A MORTE TEM COR

By amesparzas

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A MORTE TEM COR - Narra um assassinato de uma agente federal do governo americano - Nas Kamal, onde todas as... More

APRESENTAÇÃO
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capitulo 8
Capítulo 9
Capitulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capitulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48

Capítulo 13

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By amesparzas

     Lorna continuava em cirurgia, e o time se dividia entre buscar novas pistas do último ataque e cuidar da parceira de equipe que tinha uma recuperação lenta.

- Tasha? — Reade falava ao telefone. — Como ela está? Estou no laboratório com o restante do time e o telefone está na viva voz.

- Nada bem. — Avisou a morena. — Ela teve uma lesão cerebral, e está passando por uma cirurgia, bastante delicada por sinal.

- Muito grave? — Questionou Patterson.

- Sim, infelizmente é grave. E com vocês, alguma novidade? — Tasha quis saber.

- O homem que levou a Lorna para o hospital apenas disse que a encontrou desmaiada no acostamento, ela já estava bastante machucada. — Explicou Reade. — Pelos cálculos da Patterson a história dele faz sentido, e o tempo que ele levou da rodovia até o hospital também se encaixa.

- Minha nossa! Eu não consigo imaginar tudo o que ela passou. — Tasha ficou triste em saber disso. — E a Spencer? Conseguiram algo na casa?

- Sim, um celular. — Respondeu Patterson. — O Rich está tentando localizar algo, a casa estava bem bagunçada e tinha sangue espalhado em alguns locais e não era da Lorna, acredito que seja da Spencer, mas sem sinais dela na casa. Te mandei algumas fotos.

- Que Droga! — Protestou Tasha. — Temos que achar a Spencer, se ela ainda estiver viva podemos descobrir o que aconteceu.

- Acha que aconteceu alguma coisa com ela? — Perguntou Jane.

- Como pessoa eu espero que não, mas como agente federal não dá para ter muitas esperanças. — Lamentou a morena.

- Tasha você quer vir para casa? Você precisa descansar e comer algo, eu posso ficar com ela. — Perguntou Reade.

- Certo. Pode vir mais tarde? — Pediu ela já um pouco mais calma. — Eu ainda quero falar com a médica sobre a cirurgia, saber como foi e os risco do pós cirúrgico. Você vem e fica com ela o restante da noite, mas por favor, se for para discutirem é melhor ficar por aí, ela está se recuperando e quanto menos perguntas melhor. — Alertou a morena.

- Tudo bem, irei seguir as suas recomendações. — Afirmou Reade.


Três horas após a cirurgia e Lorna ainda dormia, a médica já tinha a examinado e ela estava estável, porém ainda precisava permanecer em observação, seguia imune a qualquer coisa, ou aparatava isso. Parecia que quanto mais perto da verdade, mas difícil ficava para sobreviver.

Tasha tinha conversado com a médica sobre a possibilidade da perda de memória, mas isso só poderia ser descartado após um exame mais detalhado quando ela acordasse, até lá eles só podiam torcer para tudo está bem.

Após algumas horas Reade chegou ao hospital, encontrou Tasha no corredor enquanto ela usava uma das diversas máquinas de alimentos do local.

- Oi! — Ela falou sem nenhuma animação.

- Ei Tash, estamos bem? — Reade questionou antes de irem para o quarto da Lorna.

- Já faz algum tempo que eu não sei o que essa pergunta quer dizer. — Ela respondeu sinceramente. — Tirando isso, estamos na medida do possível. Algum avanço no laboratório?

- Ainda estão presos no celular. Qual o estado da Lorna? O que a médica falou sobre a cirurgia? — Reade torcia por boas notícias.

- Ela corre o risco de perder a memória, então eles precisam fazer exames com ela acordada. — Tasha foi bem direta.

- Vai ficar tudo bem! — Reade tentou passar positividade para ela. — Vá para casa, tome um banho quente, coma alguma coisa e descanse.

- Tudo bem, só me prometa que vai me ligar se algo acontecer. — Reade apenas acenou com a cabeça. — Me prometa por favor! — Insistiu Tasha.

Nesse momento Reade percebeu o quão distante ela estava dele, desde que ele chegou ela nem o encarou, ele se arrependeu profundamente por não ter contado desde o início sobre tudo o que aconteceu em Quântico. Sabia que ela estava muito magoada e cheia de dúvidas, também que ela não iria mais tocar nesse assunto com ele, ela tinha dado seu ultimato.

São nesses momentos que deixamos de agir pela razão e agimos pela emoção, o seu corpo respondeu mais rápido do que ele pudesse controlar, Reade a puxou para si e a envolveu num abraço tão apertado, como se aquilo pudesse dizer me perdoa, ela precisava daquilo tanto quanto precisava dormir.

- É muito difícil ainda para mim, me dê só mais um tempo e eu prometo te contar tudo. — Ele implorou.

- Reade não vamos mais falar sobre isso, eu já te falei. — Ela o interrompeu com a voz baixa e se desvencilhou dele. — Me avise quando ela acordar, se ela sentir dores chame alguma enfermeira peça alguns analgésicos, ela deve sentir fortes dores na cabeça.

Tasha se despediu sem muita cerimônia, ali Reade percebeu o quanto os seus atos lhe afastaram dela. Ao entrar no quarto Lorna estava dormindo ainda, nem parecia que tinha passado pelo inferno nos últimos dias, ele resolveu sentar-se e tentar descansar também, seu sono era leve, então no primeiro movimento brusco que ela fez ele despertou.

- Ei, você ainda não pode tentar se levantar dessa forma, acabou de passar por um procedimento sério. — Disse levantando-se da poltrona para ajudá-la. — Está sentindo alguma dor?

- Sim, bastante. — Ela respondeu fazendo uma careta. — Está aí a muito tempo? Cadê a Tasha?

- Desde que você voltou da cirurgia, eu pedi para que ela fosse descansar um pouco. Vou chamar uma enfermeira. — Reade se afastou em direção à porta.

- NÃO! — Ela gritou desesperada. — Me desculpa, quero dizer... não sai do quarto, eu não quero ficar sozinha. Tem um botão aqui ao lado da cama. — Ele acionou o botão e logo uma enfermeira chegou, para examiná-la.

- Calma, eu não vou sair daqui. — Ele tentou tranquilizá-la segurando na sua mão.



- Ela vai ficar bem, a medicação tem efeito rápido logo a dor vai diminuir. — Explicou a enfermeira após medicá-la. — Se a dor persistir ou ela tiver algum outro sintoma, como náuseas ou apresentar alguma confusão enquanto fala você precisa nos chamar. Essas primeiras 48 horas pós cirurgia são muito importantes, quanto mais cedo identificarmos algum dano mais chances vamos ter de reverter.

Reade concordou e agradeceu a ajuda, mandou uma mensagem no grupo para atualizar o estado da Lorna e descobrir se tinham novidade.

- Quer assistir algo? — Reade questionou enquanto folheava o catálogo da tv.

- Tem jogo dos Patriots contra os Giants podemos assistir como nos velhos tempos, só não vamos ter as cervejas. — Ela sugeriu fazendo Reade sorrir, Lorna sempre foi fanática por futebol, porém, sua expressão era de alguém preocupado.

- Lorna o jogo foi semana passada. — Ela baixou a cabeça um pouco confusa. — Podemos procurar outra coisa.

- Deixa pra lá! Como vocês estão nas investigações, alguma novidade?

- Ainda não, mas estamos num bom começo. Sinto muito pelo que aconteceu nas últimas semanas, não estávamos tendo uma boa comunicação.

- Humm... — Ela o olhou por alguns instantes estudando suas expressões. — Sinto falta do meu amigo, de conversar com ele, e dos passeios que ele me levava, no final sempre acabávamos tomando alguns xotes de tequila.

- Eu ainda estou aqui Lori, porém a situação em que estamos é realmente embaraçosa. — Ele foi sincero. — Precisamos aprender a confiar e não sei como fazer isso no momento.

- Eu quase terminei seu relacionamento não foi? — Disse ela com um pouco de humor.

- Um pouco, mas não foi culpa sua.

- Não totalmente, você deveria ter contado tudo a ela, desde o dia em que eu apareci, acho que teria amenizado um pouco a situação. — Ela respondeu sorrindo. — Precisam conversar e se acertarem, por mais ridículo que seja isso, eu gostei dela, e espero que vocês sejam felizes.

- Obrigada pela sinceridade. — Agradeceu Reade, jamais esperava ouvir aquilo da Lorna.

- Disponha. Você voltou para NY por conta dela? — Lorna perguntou por fim.

- Também, o time precisava está reunido, tinham algumas coisas acontecendo. Mas eu fiquei muito feliz quando ela voltou também, sabe, desde quando você chegou eu quis te perguntar, como conheceu a Nas? Como você chegou até aqui?

- Eu já trabalhava para a CIA em quântico. — Ela começou a explicar sob o olhar atento de Reade. — Eu teria que recrutar alguns alunos para a nossa agência, como sempre acontece com os iniciantes, quem mais se encaixasse no perfil levaríamos para a Langley e iniciaríamos os treinamentos, porém quando eu voltei a Nas estava de malas prontas para sair, ela era minha mentora.

- Foi quando você foi trabalhar para ela na NSA? — Interrompeu Reade.

- Foi sim. — Ela fez uma pausa, pressionando as mãos umas nas outras. — Eu estava passando por um momento muito difícil na minha vida, eu pensei que iria enlouquecer, foi ela que me ajudou.

- Podemos parar se quiser. — Ele tentou confortá-la.

- Não Reade eu preciso continuar, eu preciso desabafar com você, só me escute por favor, tudo bem? — Ele fez sinal para que ela continuasse. — Minha primeira missão foi algo simples, estava tudo dentro do que eu imaginei.

- O que ela te fez fazer? O que houve?

- Nós começamos a investigar um cientista, ele tinha algumas acusações, e aí ela me pediu para que eu fosse os seus olhos dentro da empresa, logo fui contratada e fiquei infiltrada até obter informações que fossem úteis para o plano. Precisava pegar um chip com algumas informações para a missão, quando tudo acabou ele desapareceu do nada. — Ela falou sobre a sua primeira missão.

- Desapareceu? — Reade perguntou preocupado.

- Sim, ela estava voltando para casa quando foi abordado, ele e o carro sumiram. Isso foi o que saiu nas reportagens.

- Acha que alguém o matou? Que a Nas ou alguém que trabalha com ela pode ter feito isso?

- Sim, e eu quase morri também. — Ela confessou.

- Quando foi isso? — Ele quis saber.

- Algumas semanas antes da Nas desaparecer. Ela disse que tinha uma tarefa para mim, eu precisava ir para Londres e encontrar um cara chamado Ian, precisava entregar as informações do chip que pegamos com o cientista.

- O que aconteceu lá?

- Era a minha última missão. — Ela respirou fundo, pressionando as mãos novamente. — Eu encontrei o Ian, ele trabalhava para um tal de Sherpard. A Nas falava muito com ele, mas só por telefone, eu nunca o vi pessoalmente.

- Sherpard? Lorna o que mais você sabe sobre eles? — Reade ficou bastante preocupado.

- Só que eles queriam que alguém pagasse pela morte da irmã do Ian, ele me falou em uma das vezes em que nós encontramos que a Alice estava morta, e que os culpados deveriam pagar. — Ela fez uma longa pausa. — Quando eu disse que iria voltar, que não estava concordando com isso a Nas parou de me responder, ela não atendia mais as minhas ligações ou respondia os e-mails, eu fiquei totalmente no escuro.

- E quem tentou te matar? Você sabe?

- O Ian. Nós discutimos muito porque ele deveria ser o meu contato com ela, e aí ele tentou me matar. Eu atirei nele algumas vezes antes de sair da cidade, fiquei um tempo escondida e quando enfim consegui voltar para NY...

- Nas tinha desaparecido. — Reade completou.

- Isso, a única coisa que consegui foram as informações da agência, mas nenhuma mencionava o Ian ou o Sherpard, decidi investigar por conta própria, foi quando vocês apareceram, e se tornaram os suspeitos. Eu pensei que, se vocês já trabalharam com a Nas vocês saberiam quem eram os culpados. Por isso eu vim, mas a história se tornou bem pior do que eu imaginava. — Lorna confessou.

- Por que não nos contou sobre eles?

- Não sabia em quem confiar, e ainda não sei se posso. — Ela foi bastante sincera. — Me desculpe, mas está difícil tanto para mim quanto para o time. Vocês eram os únicos que sabiam que estávamos indo para o Canadá e eu e a Tasha fomos atacadas, e agora a festa. Sinto muito, mas ainda não sei em quem confiar.

- Eu vou ajudar você, ainda confia em mim? — Ela parou para observar a forma como ele a olhava e como a sua expressão se mostrava preocupada.

- Eu confio Reade, eu vou sempre confiar! — Ele segurou forte sua mão lhe mostrando todo apoio.

- Lorna nós vamos conseguir, juntos!

Ele não sabia se era hora de contar sobre Sherpard, Roman e tudo o que aconteceu. Não sabia se ela aguentaria a verdade.

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