Vencendo Barreiras [DEGUSTAÇÃ...

By ViviMari02

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[⚠️DISPONÍVEL COMPLETO NA AMAZON⚠️] "Até onde você iria pelos seus sonhos?" Disposta a não depender mais do d... More

Elenco
Capítulo 1 - Começo de um novo período
Capítulo 2 - Uma grande proposta
Capítulo 4 - Preciso de um plano
Capítulo 5 - Há quanto tempo
Capítulo 6 - O que ele faz aqui?
Capítulo 7 - Amigos compartilham inseguranças
Capítulo 8 - Sem estresse
Capítulo 9 - Quer sair comigo?
Capítulo 10 - Encontro

Capítulo 3 - Aprenda a me suportar

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By ViviMari02

Gabi on:

Fora a universidade, mal tive tempo para contar para a Juh como foi na casa da Marília, mas amanhã posso explicar tudo a ela, porque eu sei que ela não vai me deixar em paz até saber tudo.

[...]

No dia seguinte...

Acordei no meu horário de sempre, com um sentimento diferente, estava determinada a dar o meu melhor trabalhando e ajudando o Felipe para que ele possa recuperar os movimentos e possa voltar a andar. Com essa determinação, me troco e desço para ir tomar o café da manhã com os meus pais.

Gabi:Oi mãe, bom dia — lhe dou um beijo no rosto assim que chego na cozinha, e estranho não ver meu pai ali — onde está o meu pai?

Ana:Infelizmente teve de sair maia cedo, reunião da empresa.

Gabi:Ah sim, entendo.

Meu pai é um arquiteto bem conhecido na nossa região, e acabam sempre precisando dele em reuniões de novas construções, já que ele é um dos encarregados mais confiáveis da sua empresa.

Ana:E como foi o primeiro dia na casa da Marília?

Gabi:Foi bom mãe... — não quis entrar muito nos detalhes do meu dia com Felipe, e ainda tentei convencer a minha mente que era apenas o nervoso do primeiro dia, dele e meu.

Ana:Tem certeza de que foi tudo bem? Você chegou em casa ontem com uma carinha, até me deixou preocupada.

Gabi:Eu só estava cansada mãe, correu tudo bem lá — termino de tomar meu café rapidamente —me desculpa sair assim tão depressa, mas é que eu já estou atrasada para passar na casa da Júlia, até mais.

Corro para buscar a minha mochila no quarto, me despeço de minha mãe com um beijo em seu rosto e entro no meu carro para ir até a casa da Júlia buscá-la. Ao chegar em sua casa, a chamo mas não obtenho uma resposta.

Gabi:Juh... Júlia! — a chamo outra vez e apenas ouço o silêncio, então tive de buzinar alto para que ela pudesse me ouvir.

Juh:Já vai... ai! — ouço um barulho de queda depois de ouvir o grito da Júlia — porque essa mesa 'tá bem no centro do corredor, mãe?!  — rio das suas reclamações com minha tia e logo a vejo saindo de casa — bom dia, Gabi — ela vem apressadamente até mim e entra no carro — me desculpa a demora, hoje eu não ouvi mesmo o despertador tocar.

Gabi:Dá próxima vez, eu não espero você — falo com uma falsa seriedade e quase rio com a expressão de Júlia.

Juh:Não Gabi, por favor. Sem você eu vou chegar atrasada todos os... — começo a rir dela e a mesma me encara brava — você é muito besta, Gabi — recebo um tapa no meu ombro enquanto dirijo.

Gabi:E você sempre cai em tudo com muita facilidade — ela faz língua pra mim e eu apenas rio.

Chegamos na universidade quase que na hora do início das nossas aulas, e quando saímos do carro e íamos em direção aos nossos prédios, Júlia me puxou pelo braço e me parou.

Juh:Hoje, quando formos almoçar, eu quero saber sobre as novidades do seu novo emprego. Pode ser?

Gabi:Mais uma rodada de camarão no Timoneiro?

Juh:Você me conhece tão bem — nós rimos e cada foi para o seu lado do campus.

[...]

Já havíamos pedido uma porção de camarão no Timoneiro e comíamos enquanto conversávamos sobre coisas fúteis, até que o assunto chegou no meu tão comentado trabalho, ao menos pela Júlia.

Juh:Me conta, como foi ontem no seu primeiro dia de trabalho?

Gabi:É muito bom poder finalmente começar a ganhar experiência na minha área, mas...

Juh:Mas, o quê? Aconteceu alguma coisa ontem?

Gabi:É que o meu paciente é um cara muito chato, nós mal tivemos uma conversa ontem.

Juh:Nossa — Júlia me encarou seriamente enquanto comia mais um pouco — qual o nome dele? É bonito, pelo menos?

Gabi:O nome dele é Felipe, e eu não achei ele tão bonito assim — minto e Juh me encara com uma sobrancelha arqueada, como se não acreditasse muito em mim.

Juh:Ah, sim. Então me diga como ele é.

Gabi:Ele tem a pele clara, cabelo castanho, usa óculos e ficou o tempo todo muito sério... ai ai, mas ainda assim ele parecia uma gracinha — quando me dou conta do que eu disse, eu já estava vermelha de vergonha e Júlia estava rindo de mim — pare com isso.

Juh:Que gracinha, você está apaixonada — ela brinca e aperta minhas bochechas, e eu afasto suas mãos irritada.

Gabi:Eu não estou. Eu mal o conheço, e nesse pouco tempo tudo o que ele fez foi ser um grosso comigo.

Juh:Isso deve ser algum trauma que ele teve por causa do acidente, mas nada que um pouco do seu charme não possa resolver — ela pisca mim e eu reviro os olhos.

Gabi:Para com isso, Juh.

Juh:O quê? Eu acho mesmo que você pode mudar ele, não custa nada  — ela diz e acaricia a minha mão — você nunca mais tentou ter nada com ninguém depois que terminou com o Túlio — afasto sua mão da minha assim que ouço aquele nome — Gabi, me desculpa...

Gabi:Não... tudo bem Juh, só não vamos falar dele. Ok? — ele assente e continuamos o nosso almoço.

[...]

Depois de deixar o restaurante, Júlia foi para o seu trabalho e eu segui para o apartamento da Marília, que era bem perto dali.

Eu havia conversado com a Marília ontem e pedi para que ela providenciasse algumas barras para pôr no corredor do apartamento para auxiliar o Felipe a caminhar quando o tratamento avançasse, e um colchão para usarmos para fazer os alongamentos.

Assim que entrei no apartamento, Marília me cumprimentou e logo saiu, mas não sem antes me avisar que Felipe estava na sala me esperando. Tive de respirar fundo e me preparar para encará-lo antes de entrar.

Gabi:Boa tarde, Felipe. Tudo bem? — pergunto ao entrar na sala do apartamento e deixar as minhas coisas no sofá.

Felipe:Não — ele disse sem muito humor, então apenas o ignorei, prendi meu cabelo em um coque e tirei meu tênis.

Gabi:Bom, vamos começar então. Consegue passar da sua cadeira pro colchão sozinho? — ele assente e se apoia nos braços da cadeira de rodas, mas logo noto que ele tem muita dificuldade em sustentar o peso do próprio corpo — me deixa te ajudar com isso — me aproximo e seguro seus braços, mas ele me afasta rapidamente, fazendo com que ele caísse com tudo na cadeira já que não estava mais se apoiando com os braços nela.

Felipe:Eu disse que eu consigo fazer isso sozinho.

Gabi:Não é o que está parecendo, você não tem força para sustentar seu próprio peso sozinho — ele desiste de tentar descer da cadeira sozinho e finalmente aceita a minha ajuda para se sentar no colchão — doeu ser ajudado? — Felipe desvia o olhar de mim e fecha mais ainda seu semblante, me fazendo rir de sua birra — a sua mãe me disse que você fica o dia inteiro dentro desse apartamento e passa quase todo o tempo nessa cadeira de rodas sem fazer nenhum exercício ou alongamento, então vou precisar estimular a circulação do sangue nas suas pernas — seguro sua perna direita e a dobro ate chegar a altura de seu peito, depois paro e faço com a esquerda, e sigo revezando.

Felipe:De que isso vai adiantar? Eu não sinto nada — suspiro e reviro os olhos, eu estava me contendo pra manter o profissionalismo.

Gabi:Eu estou te ajudando a não deixar os músculos das suas pernas atrofiados, Felipe — ele fez uma careta quando me ouviu, parecia que eu estava falando em outra língua com ele — ficar muito tempo sem fazer exercícios ou alongamentos pode deixar sua perna rígida e assim vai demorar mais pro tratamento ter um bom avanço.

Felipe:Pra mim tanto faz, isso não vai adiantar de nada.

Gabi:Você poderia ter um pouco mais de confiança na sua capacidade de melhora, só pra variar. Positividade não faz mal a ninguém — falo assim que termino seu exercício e o ajudo a se sentar — próximo exercício...

Felipe:Pra você é fácil pedir pra que eu seja positivo, a sua vida é mais fácil que a minha. Você não tem de ficar presa a uma maldita cadeira de rodas, não sabe o que passei nesses meses... — ele disse e aquilo me fez chegar ao ápice da minha paciência.

Gabi:Está certo, eu realmente não sei pelo que você passou Felipe. Não sei sobre o seu acidente, não sei sobre como está o seu estado psicológico e mesmo que eu devesse exigir que me dissesse essas coisas para que eu pudesse fazer uma anamnese e assim pudesse criar o melhor programa de tratamento, eu aprendi uma coisa nas minhas aulas chamada de "conduta ética" e é isso que eu vou manter aqui com você, te respeitando como meu paciente e esperando que você me respeite como profissional! — o encaro no fundo de seus olhos — e entenda uma coisa, a sua mãe foi quem me contratou porque ela ainda tem esperanças de que você possa voltar a andar, e talvez você possa mesmo, então aprenda a me suportar de agora em diante. Não estou exigindo que você goste de mim, mas sim que entenda que eu vou estar aqui durante todos os dias da semana. E eu não vou desistir do seu caso tão fácil assim.

Depois do meu desabafo, Felipe não ousou dizer mais nenhuma palavra até o fim dos exercícios, ele só me respondia quando eu perguntava se ele estava sentindo alguma dor ou algo do tipo.

Quando Marília voltou no fim do dia, tentei fingir que tinha dado tudo certo no meu primeiro dia, quando na verdade a tarde havia sido muito complicada e o clima entre o Felipe e eu estava ainda mais tenso do que no dia anterior.

Fui embora do apartamento com a cabeça a mil. Eu sabia que eu deveria tentar fazer alguma coisa além dos exercícios para ajudar o Felipe, algo que ajudasse não só o corpo como a mente dele também.

Mas a grande pergunta era: o quê, exatamente?










Oi gente, tudo bem? Eu estou aqui com mais um capítulo para vocês.

Gabi e Felipe passando por alguns perrengues, afinal ele não é uma pessoa tão fácil assim de se lidar, mas Gabi não é uma pessoa que desiste tão fácil assim e ele vai persistir e tentar ajudar nosso homem do coraçãozinho de gelo.

Espero que estejam gostando, que votem e me deem apoio para trazer mais capítulos de Vencendo Barreiras.

Beijos e até a próxima😘

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