Mais uma chance - Degustação

By adrianaramosbrasil

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Isabela e André se amam desde a infância, mas uma decisão muda o rumo de suas vidas, afastando-os. "Precisam... More

Capítulo 1
Capítulo 3
Capítulo 2
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 30
Esclarecimentos

Capítulo 8

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By adrianaramosbrasil


Boa noite! Sei que estou bem sumida, peço desculpas. Infelizmente passei por alguns problemas pessoas, perdi um ente querido, muita coisa atrasada na faculdade, filhos, enfim. Vamos ao que interessa? 

Algum tempo depois...

Eu sabia que deveria ser muito importante ou a pessoa que estava ligando já teria desistido. Saio correndo do banho para atender a ligação, deixando o rastro de água por todo quarto. Eu havia acabado de chegar do trabalho onde acabei de receber a melhor notícia do mundo. Não aguentava de tanta felicidade, havia sido contratada pela empresa que fiz meu estágio em arquitetura e não tinha nada a ver com a construtora do meu pai. Estava radiante com a notícia, felicidade me define nesse momento, pena que por hora não poderia dividir diretamente com meus pais e meu namorado. Meus pais estavam em viagem de lua de mel, e meu namorado também estava viajando a trabalho.

— Alô. — Atendi um pouco ofegante.

— Por acaso você resolveu correr em uma maratona? — Seu tom de voz soa brincalhão como sempre.

— Eu estava no banho e acabei tendo que correr até onde estava o celular — respondo tentando controlar o riso. — Oi, meu príncipe encantado.

Matheus e eu namoramos já faz dois anos, ficamos um período em uma relação não definida, amizade colorida até que engatamos em um namoro sério. Nesse momento ele está em Milão pondo em prática o projeto de expandir sua rede de lojas. Enquanto isso não acontece ele fica sempre viajando. Faz três semanas que só nos falávamos por telefone e isso é péssimo, me acostumei a ter o meu namorado sempre ao meu lado em todos os momentos e essa distância estava sendo terrível. Não posso ignorar a sensação de alegria e paz que sinto ao ouvir sua voz. Existe um sentimento forte que nos une, que nos faz pertencer um ao outro. Somos perfeitos juntos.

Depois daquela viagem à Angra, eu só encontrei o André algumas vezes. Nos tratávamos com educação. Ele foi morar nos EUA e eu continuei aqui. Confesso que sofri durante muito tempo tentando esquecê-lo. Eu o amava muito, quer dizer, ainda o amo, foi muita dor que passei com ele no final de tudo, mas foram mais momentos bons e inesquecíveis do que de tristeza. Talvez esse seja o motivo dele ser inesquecível para mim, achei que não superaria tanta tristeza, então o Matheus apareceu em minha vida e me resgatou fazendo meus dias mais alegres, ele esperou pacientemente até que eu estivesse pronta para entregar meu coração outra vez.

— Nem preciso dizer que estou com saudades, você já sabe que não aguento mais essa distância, não vejo a hora de voltar de uma vez. — Coloco o telefone no viva-voz e continuo me arrumando. Hoje é sábado e já passa da hora do almoço, e eu estou faminta.

— Queria tanto que você estivesse aqui Matt, tenho tanta coisa para te contar.

— Mesmo? Então por que não vem e abre a porta? Assim pode me falar tudo e eu posso matar a saudade. — Abro um sorriso e desligo o telefone para abrir a porta e lá está ele, lindo como sempre. Segura a mala em uma mão e na outra um buquê de peônias. Provavelmente esqueceu a chave.

Pulo em seu colo fazendo com que quase derrubasse as flores.

— Mas que surpresa maravilhosa! — Encho seu rosto de beijos, enquanto entrávamos em casa quase tropeçando. — Por que não me avisou que estava vindo?

— Então deixaria de ser surpresa. — Sentei-me ao seu lado no sofá. — Estou morto de cansado e com muita fome. — Faço uma carícia em seu rosto lindo sem acreditar que ele estava mesmo aqui.

— Por que não toma um banho enquanto eu termino o almoço?

— Ótima ideia. — Sento-me no seu colo e puxo-o para um beijo sentindo a sua barba rala que o deixava deliciosamente sexy.

Depois de um longo tempo encerramos o beijo e ele vai para o meu quarto enquanto eu termino nosso almoço com um imenso sorriso no rosto e muito mais empolgada do que antes. Matt não demora muito para descer, com os cabelos lavados, vestindo uma bermuda de linho branca e camiseta azul, que realçava seus olhos. Fico admirada com quanto ele é lindo. Vou até seu encontro e nos abraçamos, ele beija meu pescoço e ficamos abraçados por uns instantes.

— Senti tanto sua falta — digo.

— Eu também, por isso tive que vir o mais rápido possível para te ver. Mesmo que por tão pouco tempo, atravessaria o oceano só para te abraçar assim por alguns minutos.

— Pois para mim minutos não seria suficiente — abro um sorriso malicioso e sou retribuída com uma mordida leve no meu lábio inferior. — Acho melhor comermos ou vai esfriar. Fiz arroz, batata sauté e bife com salada de rúcula com tomate seco e muçarela de búfala.

— Adoro comida fria — diz enquanto vai tirando meu vestido. — Mas seremos rápidos porque estou morto de saudade.

Respiro fundo quando ele abocanha o meu seio sugando forte e uma sensação deliciosa reverberou por todo meu corpo. Me inclino deixando que sua mão segurasse o outro seio. Sua língua passa a deslizar no meio deles, depois desce um pouco mais e para em meu umbigo, depois começa a descer ainda mais.

— E você, sentiu minha falta? — Ele não estava mais falando comigo, mas com minha amiga lá enquanto abaixava minha calcinha me fazendo rir da sua gracinha. Ele gemeu de satisfação enfiando a pontinha do dedo em mim. — Que delícia, eu senti muito a sua. — Ele passou a língua no meio das minhas pernas contra minha carne sensível. — E desse gosto então... — Sugou forte me deixando de pernas moles.

Matheus se levanta me pegando no colo e leva-me para a sala. Me deita carinhosamente no sofá tomando a minha boca em um beijo ardente. Volta a torturar meu ponto sensível circulando a língua. Levanto meu quadril na direção daquele tormento delicioso. Seus movimentos estavam me deixando louca de desejo, gemo mais alto quando um dedo entra em mim fazendo movimentos lentos contradizendo o "seremos rápidos", enquanto eu me contorcia em busca da liberação. Matheus me fez vir como uma onda suave e morna que ia invadindo e tomando espaço até alcançar todo o meu corpo. Senti-o entrar de uma vez me penetrando de forma implacável. Envolvi-o com minhas pernas fazendo com que entrasse mais firme, sentindo seus glúteos relaxarem e comprimirem enquanto entrava e saía com uma habilidade enlouquecedora.

— Que saudade que eu estava de você, gatinha — diz antes de atingir junto comigo a ápice do prazer. Ficamos abraçados sentindo nossa pulsação se acalmar. Já com a respiração regular, ele se levanta sorrindo e me estende a mão.

— Agora vem que precioso de comida de verdade, mulher.

— Tenho uma novidade — falo empolgada enquanto comemos. — Consegui ser efetivada na empresa, sou a mais nova arquiteta contratada, estou tão feliz! — Ele se levanta pegando-me pela cintura me girando no ar como uma criança.

— Parabéns, meu amor, sabia que isso aconteceria, você é ótima no que faz.

Coloca-me de volta no chão e passo a contar detalhes sobre minha contratação e ele sobre os negócios em Madri. Matheus sempre foi muito trabalhador, apesar de ser de família influente sempre lutou pelo que queria. Foi modelo por um tempo e entrou em uma sociedade com um amigo italiano que também já foi modelo, hoje são donos de uma grife que também está expandindo para o Brasil. Como está montando um escritório aqui, estou responsável pelo projeto da loja e do escritório.

— Vamos sair para jantar à noite e comemorar?

— Claro. — Terminamos o almoço, demos uma arrumada na cozinha e voltamos para o sofá.

— Agora quero comemorar de outro jeito.

Adormecemos no sofá mesmo depois de fazermos amor bem lentamente, nem tinha visto as horas passarem tão rápido.

— Acorda. — Beija-me perto da orelha enquanto tenta me acordar. — Vamos perder a reserva — me virei de frente para ele, passando minha perna por cima de sua cintura vagarosamente até ficar por cima dele.

— Como assim reserva? Fez reserva onde e quando? — Começo a beijar seu pescoço, subindo com beijos até chegar a seus lábios onde dei uma mordida leve. Suas mãos começaram a passear pelo meu corpo, segurando minha nuca aprofundando mais nosso beijo.

— Melhor parar, vamos nos atrasar e perder a reserva, e você me seduzindo assim eu não vou aguentar. — Levanto-me e estendo a mão para que ele segure.

— Podemos tomar banho juntos o que acha?

— Excelente ideia — me levanta em seu colo. — Como sempre ótimas ideias, hein, dona Isabela?

∙∙∙

Visto um vestido bege justo até a cintura ficando um pouco rodado até abaixo dos joelhos, calço um scarpin vermelho, faço uma leve maquiagem, não tinha lavado os cabelos porque não dava tempo de secar, então deixo-os soltos dando um ar um pouco rebelde.

— Linda! Adoro seus cabelos assim, naturais — diz pegando uma mecha do meu ombro.

— Você que está arrasando, lindo como sempre — falo, olhando de cima a baixo admirando sua calça preta, camisa de manga longa cinza escuro, sapatos italianos assim como o restante da roupa enquanto ele dava uma voltinha tipo modelo de passarela. Soltei um assovio. — Desse jeito me apaixono — ele pisca e faço cara de desmaio.

O restaurante que ele tinha feito reserva ficava a uns vinte minutos de onde eu moro, um lugar requintado, situado no topo de um arranha-céu com um chef bem renomado. Sentamo-nos em uma mesa afastada mais reservada. Já tinha uma garrafa de champanha na mesa e tocava uma música ambiente.

— Vai querer pedir agora? — pergunto levando minha mão ao menu.

— Agora? Eu pensei que...espera pedir o quê? — Matt parece tão nervoso que tive vontade de rir.

— O jantar — falo levantado o cardápio que o garçom tinha acabado de deixar. — Não foi para jantar que viemos aqui? — Estava me divertindo com sua versão Matheus nervoso, o que era de se estranhar por ele ser sempre tão calmo.

— Claro. — Sorri um pouco mais confiante. — O que vai querer?

Fizemos nosso pedido, Matheus respira pesadamente, morde o lábio inferior em uma demonstração clara de seu estado nervoso e eu não aguento e começo a rir.

— Matt, tem alguma coisa errada? — Seguro em sua mão e sinto o quanto está gelada.

— Sim... quer dizer não, eu... — ele então olha para mim, se ajeita na cadeira, sorri segurando minhas mãos. — Tudo bem, estou meio nervoso, é que hoje é um dia muito importante para mim, para nós. — Fez uma pausa. — Estamos juntos há um tempo e você é tudo que eu sempre desejei em uma mulher. Linda, inteligente, amiga, sexy, são tantas qualidades que eu não poderia numerá-las — ele engole em seco e olha nos meus olhos.

— Isabela, eu amo você e quero passar o resto da minha vida ao seu lado — ele tira uma caixa preta sei lá de onde porque eu não consigo prestar atenção em nada a não ser em suas palavras —, casa comigo?

Estou completamente de boca aberta, por essa eu não esperava, fico olhando seu rosto nervoso, meus olhos vagueiam entre seu rosto e a caixa preta à minha frente.

— Olha só, isso está meio estranho, eu estou esperando uma resposta.

Eu não sei o que dizer.

Se for pensar bem na situação seria exatamente o que qualquer garota espera, mas e eu? É o que quero? Eu o amo o suficiente? Este é o homem com quem eu vou passar o resto da minha vida? Na verdade, não é surpresa nenhuma o pedido, é o natural a se fazer, as pessoas namoram e depois ficam noivas para se casarem, eu deveria esperar por isso. Nosso relacionamento é sério e profundo. Várias dúvidas passam por minha cabeça e então a resposta sai dos meus lábios.

— Sim, eu aceito me casar com você. — Vejo-o soltar o ar aliviado, pega minha mão e coloca o anel. Aprecio cada pedaço do anel de noivado ponderando o que esse pequeno objeto significa. Ele segura meu queixo levantando meu rosto e deposita um beijo em meus lábios.

— Prometo te fazer muito feliz — eu sei que ele fará tudo para cumprir essa promessa. Eu sou mesmo uma garota de sorte.

— Eu sei que vai. — Beijo-o mais uma vez e analiso o anel em meu dedo.

— Ficou um pouco largo.

— Sim, ficou um pouco.

— Fiz por um anel que costuma usar nesse mesmo dedo, peguei em sua caixa de joias.

— Devo ter emagrecido então. — O garçom chega com a sobremesa enquanto o Matheus me olha sorrindo.

— Não percebi nada. Olhando bem acho que não, você continua gostosa como sempre.

— Sabe de uma coisa? Acho que deveríamos pular essa sobremesa e ir comer uma melhor em casa, o que acha?

— Não... — eu coloco uma colher na boca e solto um gemido baixo. — Hummm de jeito nenhum. Ai que delíciaaaa.

— Isabela, acho bom parar de gemer assim ou eu...

— Vai fazer o quê? Me comer aqui junto com a sobremesa? — Provoco-o.

— Exatamente.

— Então come — eu o desafio.

Ele me olha com um sorriso no rosto.

— Abra as pernas.

— Matheus...

— Seja boazinha, abra as pernas — eu obedeço e sua mão começa a subir por minha perna lentamente e encontra minha calcinha. — Seria mais fácil se tivesse sem calcinha, não acha? — Ele afasta o tecido para o lado e começa a passar o dedo me olhando.

— Nossa, que delícia — digo colocando mais uma colher de doce na boca. Ele entra com o dedo e eu respiro fundo.

— Tão safada.

— E a culpa é de quem? — pergunto lambendo a colher.

— Boa noite! — Levo um susto tão grande com a voz atrás de mim e engasgo, quase jogando a sobremesa para fora.

— Tia Laura, oi — falo tirando a mão do Matheus para o lado. Ele sorri lindamente, me levanto e abraço a mãe do André. Era só o que me faltava encontrar minha ex-sogra em um momento como esse.

— Bela, como está linda! — Ela beija meu rosto enquanto eu assisto Matheus passar o dedo que estava dentro de mim na sobremesa dele e levar a boca. Minha nossa, que isso?

— Não queria atrapalhar o jantar de vocês, só falar oi mesmo — ela se vira para o Matheus que agora está de pé para cumprimentá-la. — Gente, toda vez que te vejo penso se você é de verdade! — Ela olha para o meu noivo sorrindo. — Eu só te perdoo por não ser minha nora por causa do exemplar que você arrumou, Isabela. Que homem é esse? — Matheus beija seu rosto já acostumado com os elogios dela, que não diz nenhum exagero, ele é realmente perfeito.

— É bom te ver, Laura. Não quer sentar-se conosco?

— Eu adoraria, estou morrendo de saudades da Bela, mas minha companhia já chegou. Vou me sentar com eles, obrigada — ela sai jogando beijo, eu olho para o Matheus que tenta segurar uma gargalhada.

— Que tal terminarmos a sobremesa deliciosa de onde paramos? — fala com cara de riso. Safado.

— Vai sonhando! — Eu me sento passando a mão sobre a testa envergonhada.

— Podemos ir então. — Ele chama o garçom e pede a conta. — Vamos comer outra sobremesa em casa. Estava pensando em sorvete com calda quente de morango, o que acha?

— Uma delícia — digo sorrindo. 

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