Capítulo dedicado aos alunos que ficam matando aula
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Setembro de 2019
Já escrevi neste diário um capítulo sobre o querido e louco professor de contabilidade, o André. Ele é um daqueles clássicos tiozinhos que com certeza deve fazer a piada do "é pavê ou pacumê?" O ânimo e disposição dele pode ser comparada com a do Sílvio Santos. André deve lá ter seus 60 anos.
Um homem de cabelos brancos e que vive com papeladas enroladas em baixo dos braços e que em todas as aulas brinca com todo mundo.
Na Etec, temos uma escada de madeira que dá acesso ao segundo andar. E geralmente, os alunos se sentam naqueles degraus atrapalhando a passagem dos outros. Se você chegar ao meio-dia, irá ver muitos alunos descansando nesse andar; deitados, sentados com celular, violão ou simplesmente dormindo.
Na volta do intervalo, meus colegas do primeiro e terceiro módulos vimos o André abrir a garrafa e começar a aspergir água nos alunos como faz um padre.
Eu não segurei e disse:
— O Padre André! (risos) - comentei.
— Ele virou padre agora tá benzendo os alunos para as provas - comentou um garoto.
Quando não é isso, ele tem uma clássica pegadinha de olhar na boca da garrafa (risos).