Pistas Perdidas - Livro 2

By Quel_Cardoso

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Livro 1 : Entre Pistas "O passado nunca morreu!" Após o assassinato da mãe, Megsson Courtney e sua fil... More

Introdução
Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33 - Parte 1
Capítulo 33 - Parte 2
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37 - Parte 1
Capítulo 37 - Parte 2
Capítulo 38
FINAL
Nota da autora
AGRADECIMENTOS

Capítulo 20

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By Quel_Cardoso

       Juntei todas as minhas forças para suportar aquela dor em mim ou tentar amenizá-la de alguma maneira. Não conseguiria expressar o tamanho de minha decepção.

       Sem dizer nenhuma palavra, me levantei rápido e andei a procura de algo para abrir o vidro. Aquele maldito vidro que nos separava.

       Perambulei por trás das mesas até encontrar um pequeno martelo de ferro. Oque me arrepiou todo o corpo imaginando para oque eles precisariam desta ferradura.

       O peguei junto com um cobertor branco e andei até a parede transparente (vidro).

       Ajoelhei e bati duas vezes contra o trinco o fazendo cair ao chão, oque fez a porta se abrir jogando todo ar frio do gelo em meu rosto.

       Corri para dentro do local e segurei em seu corpo nu, congelado. O que fez meus dedos esfriarem. Logo o cobrindo com o cobertor e tentando o levantar.

       Ergui seu corpo, jogando um de seus braços por meu pescoço, o guiando para frente. Seus passos eram pesados e fracos, quase mórbidos naquelas condições. Com certeza os joelhos arranhavam com o frio.

       Observei a janela, era baixa e daria a chance de fugir facilmente dali.

       Me sentia fraca, poder suportar dias nesse local me causou reações desconhecidas em meu corpo. A indisponibilidade de ações físicas e tudo oque eu tinha, estava desaparecendo. Havia algo em mim que eu não podia explicar.

       O corpo de Robert estava gélido, então não seria o primeiro a enfrentar a janela de cinco metros.

        Com dificuldade, levantei seu corpo e subi sobre uma mesa para quebrar a janela. Estava aberta, oque estranhei.

         Coloquei Robert sobre ela e me ergui para pular com ele. Tive que ir por baixo, para amordaçar sua queda. No estado que estava, não saberia se suportaria a altura.

       Minhas costas trincaram com o impacto de seu corpo sobre o meu. A grama me ajudou, por pouco.

       Me levantei ofegante e o ergui, quase em desespero. Eu não acredito que saí dali tão fácil.

Ou seria outro truque?

        Robert dizia algo, ou tentava, aparentemente. Sussurrava devagar, quase inaudível.

       Apertei seu corpo ao meu. Segurando firme sua cintura para não o deixar cair, andamos rápidos em direção a uma pequena floresta. Eu não tinha a mínima ideia de onde estávamos.

       Desaparecemos do campo de visão da casa — Que era enorme. Branca. — e entramos por baixo das árvores altas. Andamos por alguns minutos, já não aguentava mais o corpo de meu amigo por cima de mim.

— Vamos, estamos perto. Ouço o eco das árvores desaparecerem! — Digo com dificuldade.

        Robert se ajoelhou, me fazendo cair por cima de seu corpo. Segurei o lençol e o cubro novamente, foi quando percebi os vários hematomas em meu corpo. Os que não estavam ali.

       Me levantei ofegante e levantei o vestido branco. Oque me assustou por completo. Rasgos, sangue, arranhões, furos... Eu estava totalmente ferida e não me lembro como aconteceu.

— Oque... Oque ele fizeram com você? — Ouço a voz fraca de Robert me olhar assustado e baixo meu vestido indo até ele.

— Isso não importa... — Seguro seu rosto. — Precisamos sair daqui, e rápido! — Disse o erguendo.

       Andamos firmes por mais alguns minutos até ouvir os barulhos dos motores de carros. Estávamos perto da estrada.

— Megsson? — Alguém gritou no fundo das árvores e todo o meu corpo se arrepiou. Estava longe, não podia distinguir de quem era a voz.

       Apertei firme os passos, puxando Rob comigo.

— NÃO IRÁ FUGIR DE NÓS, ESTAMOS POR TODA PARTE! — Tornou a gritar.

       Assim que avistei a rua, corri com Robert ao meu lado. Nos rasgando nas galhas baixas. Oque causou alguns cortes finos em meus braços.

       Gritei para o primeiro carro que vinha em nossa direção. Assim que parou, a porta se aberta.

— Vocês estão bem? Oque aconteceu? — Um homem, idoso, veio desesperado ao nosso encontro deixando o carro já ligado.

       Agradeci a Deus com meu amigo ao meu lado, quase desmaiando.

— Precisamos de ajuda!

Um dia depois...

       Meus olhos ardiam. Meus pulmões estavam lentos e minha respiração quase falha. Sentia alguns aparelhos sobre meu corpo. Meus dedos com aparelhos assim como meu nariz.

       Abri meus olhos, esperando a luz forte ser acostumada pelo mesmo. A primeira pessoa que vi ao meu lado, era Rose Mariana.

       Meu sorriso se abriu, meus olhos ficaram vermelhos. Minhas lágrimas simbolizou a felicidade transparecer em mim.

       A emoção de vê-la novamente me dominou por completo.

— Rose...

— Mamãe! — Seu grito fino me fez soluçar entre as lágrimas.

       Minha filha pulou sobre a cama, deitando sobre meu corpo.

       A pequena dor em meu corpo, não me impediu de tentar a abraçar.

— Mamãe sentiu sua falta! — Disse entre dentes beijando suas bochechas rosas.

— A senhola dorme demais! — Disse fazendo bico. Algo havia mudado nela.

— Não se preocupe querida, estou aqui agora. E nada, simplesmente nada, irá me tirar daqui novamente! — Sussurrei enrolando um cacho loiro que caía sobre seus olhos.

— Como se sente? — Ouço a voz de Tyler e me viro para ele.

       Éramos apenas eu e ele? Como diria a verdade?

— Estamos esperando Megsson. Robert ou Tyler?

— Ja disse que não posso, amo um tanto quanto amo o outro! — Disse em lágrimas abraçando meus joelhos como forma de me próprio repreender em pensar numa resposta.

— Temos apenas uma opção, escolha! Johan insistia freneticamente.

        Estava um passo da loucura e eu estava ciente disso. Podia sentir meus nervos se contorcerem dentro de minha carne, roendo cada centímetro de meu músculo. Meu cérebro gritava socorro cada vez que abria meus olhos. Estava psicologicamente ferida.

Como pude chegar a esse ponto?

Era apenas uma escolha, nada faria diferença.

Quem sempre esteve ao meu lado? Quem nunca me abandonou mesmo quando merecia?

      Não irei abandoná-lo desta vez.

— Eu escolho Robert para viver!

Você está bem? — Tyler se senta ao meu lado, segurando meus dedos brancos e o acariciando. Cheio de emoção.

       Fechei os olhos e retirei seu toque do meu, oque causou dúvida em seus olhos claros.

— Como Rose se comportou? — Perguntei olhando minha filha brincar com uma boneca sentada sobre a poltrona. — Digo, quando estive longe essa semana! — Terminei o olhando.

— Essa semana? — Perguntou. — Meg, você ficou longe um ano e meio!

       Como isso era possível?

— Oque? — Olhei para minha filha. — Ficaram todo esse tempo me procurando e nada? — Tentei me erguer. — Sabem oque eu e Robert passamos para chegar até aqui?

— Robert? — Perguntou confuso.

— Oque? Ele está bem? — Me assustei.

— Você estava sozinha, Meg. Oque há de errado?

— Onde está Robert?

— Chegando. Depois que encontramos restos de roupas suas na explosão do carro, foi dada como morta! — Seus olhos se enchem de lágrimas.

— Dada como morta?

— Robert viajou para longe, mas já está a caminho assim que soube que havia voltado. Seja lá de onde veio!

— Oque aconteceu? Durante todo esse tempo...

— Precisamos conversar!





CONTINUA...

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