The Hamptons ✧ l.s.

By loverofmaria

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O lugar onde Louis Tomlinson acaba um namoro de oito meses e é surpreendido (constantemente) pelo quaterback... More

✧prologue
✧one
✧two
✧three
✧four
✧five
✧six
✧seven
✧eight
✧nine
✧ten
✧eleven
✧twelve
✧thirteen
✧fourteen
✧fifteen
✧sixteen
✧seventeen
✧eighteen
✧nineteen
✧twenty
✧twenty one
✧twenty two
✧twenty three
✧twenty four
✧twenty five
✧twenty six
✧twenty seven
✧twenty eight
✧twenty nine
✧thirty
✧thirty one
✧thirty two
✧thirty three
✧thirty four
✧thirty six
✧thirty seven
✧thirty eight
☼thirty nine
✧forty
✧forty one
✧forty two
✧forty three
✧forty four
✧forty five
✧epilogue
✩thank you

✧thirty five

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By loverofmaria

Que porra foi essa?! – Foram as primeiras palavras que Louis, sentado no banco do passageiro, gritou para Harry quando o maior saiu com seu Jaguar depois da confusão na praia.

Ao chegar na área dos banheiros e encontrar o namorado sentado em cima do corpo de Tyler Jones no chão, Louis gritou desesperado vendo o resto do time avançar da direção dos dois e separa-los. Tomlinson não sabia o que tinha acontecido, nem como tinha acontecido, só conseguia enxergar duas coisas naquele momento. A primeira era Tyler no chão sendo socorrido por alguns garotos com o rosto todo melado de sangue que escorria de sua boca, nariz e de um corte logo acima de sua sobrancelha. A segunda era Harry  sendo tirado de cima dele por pelo menos três caras, completamente transtornado com olhos escuros e vazios, maxilar travado e as mãos ensanguentadas fechadas com força, veias grossas saltando do seu pescoço e o rosto completamente limpo e impecável, sem nenhum registro de murro ou qualquer outro tipo de violência.

Louis não falou uma palavra quando puxou o namorado pelas mãos trêmulas e andou o mais rápido possível com ele até o estacionamento para irem embora dali. Styles, calado como nunca, pegou a chave do bolso em um silêncio ensurdecedor e abriu o Jaguar preto, abrindo a porta do passageiro para o menor que quase riu sem humor com a tamanha contradição: há um minuto atrás estava esmurrando violentamente seu colega de time e agora estava abrindo a porta do carro para ele como se fosse um cavalheiro.

Quando Harry finalmente sentou do seu lado, colocou o cinto tremendo um pouco e deu partida no carro, Louis se permitiu gritar. Se permitiu gritar porque já tinha entendido o jogo de Tyler há muito tempo em querer desestabilizar o namorado para ele perder a cabeça e Styles caiu. Louis se permitiu gritar porque aquele cara batendo forte e constantemente no seu ex namorado não era Harry, não combinava e não soava nem um pouco como Harry e isso o assustava mais do que tudo.

– Põe o cinto, por favor? – O jogador respondeu ao seu grito pedindo baixo com a voz seca, dirigindo sem olhar em sua direção.

– Você tá falando sério? – Louis não se importou nem um pouco em gritar novamente. Foda-se o cinto. – Que merda foi essa que acabou de acontecer?

– Põe o cinto. – Harry o ignorou novamente, dessa vez com um tom de voz rude e impaciente.

– Puta que pariu, Harry! Por que você fez isso? Você é idiota?! Ele tava tentando te provocar! Onde estava com a cabe-

– Põe o cinto, porra! – O garoto esbravejou por cima dele sem tirar os olhos da estrada escura e vazia perdendo a paciência de vez e o assustando.

Louis abriu a boca chocado na mesma hora, se encolheu minimamente no banco do carro ainda sem colocar o cinto, podendo observar melhor o seu namorado. Styles tinha os cabelos bagunçados, seu corpo todo estava tenso enquanto ele dirigia. Seu rosto estava indecifrável, estava pálido e sem vida, completamente perdido. Seus olhos não tinham brilho nenhum e estavam levemente vermelhos ao redor enquanto suas mãos grandes apertavam o volante com força e o que chamou mais atenção foram os nós de seus dedos ensanguentados em um tom de vermelho ardente, quase em carne viva. Harry, depois de alguns segundos, percebeu que tinha gritado com o namorado, então olhou em sua direção rapidamente pela primeira vez desde que foram juntos pro carro, vendo Tomlinson todo encolhido no banco e por isso respirou fundo, derrotado, balançando a cabeça negativamente.

– Desculpa, ok? – Voltou a dizer, dessa vez muito mais baixo e em um tom arrependido – Eu não tô bem, minha cabeça tá latejando e isso é a sua segurança, então se você puder, por favor, colocar o cinto de segurança, eu iria ficar-

– Sai daí, eu vou dirigir. – Louis o interrompeu rudemente assim que se deu conta que Harry não estava bem.

– Mas-

– Sai. Daí. – O interrompeu novamente, sem se importar em soar grosseiro. Estava com tanta raiva de Harry e de seu comportamento explosivo naquela noite que não se importava em ser tão explosivo quanto.

Styles parou o carro sem pestanejar, saindo do mesmo e dando a volta para sentar no banco do passageiro enquanto Louis passava para o do motorista. Quando ambos colocaram o cinto, o menor começou a dirigir em silêncio, apenas com o barulho do motor do aquecedor. Ficaram calados por alguns minutos, Tomlinson dirigindo e pensando em mil coisas com vontade de gritar e colocar pra fora toda a frustração que sentia e Harry com a cabeça encostada no banco e olhos fechados enquanto apertava a lateral do assento de couro com força.

Louis podia ser mais tímido, podia ser mais fechado e mais antissocial que Harry, mas diferente do namorado, Louis tinha a língua afiada e era bom em brigas, então obviamente, por mais que ele temesse brigar com o jogador pela primeira vez, ele não iria guardar o que sentia para ele mesmo. Styles não falava tanto sobre sempre falar o que sentir no momento? Então era isso que Tomlinson iria fazer.

– Bradley Simpson simplesmente me parou na praia e passou cinco minutos falando sobre o suposto relacionamento abusivo que ele teve com você e o jeito que você supostamente conquista os garotos apenas para se cansar deles e os jogarem fora depois de ter conseguido transar com eles. – Ele começou sério e tentando manter a calma. – Ele me contou uma história de merda e eu tremi de raiva, a minha vontade também era dar uma porra de um murro no meio da cara daquele moleque abusado, mas sabe o que eu fiz? Eu disse que tinha empatia por ele porque o meu namorado, o meu cara legal, tinha me ensinado essa merda! Então imagine a minha surpresa quando eu vou te procurar e te encontro espancando um cara que claramente estava te provocando de propósito só porque queria te ver perder a cabeça para provar uma droga de um ponto. – Nesse momento, já falava mais alto com os lábios tremendo antes de dizer pausadamente. – Imagine. A minha. Surpresa.

E foi a vez de Styles ficar surpreso. Ele abriu os olhos na hora, encarando o menor com as sobrancelhas unidas em uma confusão genuína, como se não estivesse acreditando no que estava ouvindo. Além de perdido e frustrado, agora ele parecia realmente decepcionado mais do que tudo.

– Bradley disse isso? – Perguntou baixo quase fazendo uma careta, olhando a estrada em sua frente reflexivo quase como se estivesse falando consigo mesmo. – Mas... P-por que ele diria isso? Eu nunca-

– Não deveria estar tão chocado, você sabe. – Tomlinson diz sem piedade alguma. – Esse garoto é uma cobra.

– Não fala assim...

– É sério que você vai defender ele depois dessa merda? – Perguntou irritado em um tom agudo, sentindo o sangue correr mais rápido em suas veias.

– Ele é um garoto perdido, ele não tem ninguém. – Harry disse por fim, parecendo triste e piedoso demais para o gosto de Louis. – Não sabe o que está fazend-

– Coitadinho, um garotinho perdido que você pegou pra cuidar, hm? Como você é um amigo bonzinho... colocou ele no seu colo? Deu mamadei-

– Louis, você está sendo infantil agora. – O jogador o interrompeu em uma aparência exausta, jogando a cabeça pra trás novamente no banco.

Infantil? – Tomlinson perguntou baixo depois de segundos em silêncio para ter certeza de que Harry realmente tinha falado aquilo, sentindo sua mão tremer da raiva que crescia dentro dele. – Você acabou de me chamar de infantil?

– Acho que foi exatamente isso que eu falei.

Aquela pequena frase foi a gota d'água. Ele tinha o chamado de infantil em alto e belo tom. Se Harry achava que Louis era um coitadinho inseguro que não sabia se defender, ele estava muito engado, por isso o de olhos azuis quase gargalhou forçadamente e sem humor nenhum em seguida.

– Você perdeu o juízo, só pode. – Disse nervoso e pronto para uma briga, balançando a cabeça negativamente. – Ficou louco de vez.

– Louis...

– Não fode, Harry! – Falou alto novamente, batendo com uma mão no volante com força a fim de externar um terço da raiva que estava sentindo. – Bradley Simpson é uma cobra sim, se juntou com Tyler pra ferrar com a nossa fogueira e com o nosso relacionamento. E você, que deveria ser o racional entre nós dois, espancou Jones na frente de todo mundo! Então mais uma vez eu te pergunto: que porra foi essa?

– Espanquei?! – Quase fez uma careta de dor, incrédulo. – Você não pode tá falando sério.

– Olhe pra minha cara e veja se eu pareço que estou brincando.

– Eu não espanquei ninguém, tudo bem? Por Deus, não fale uma coisa dessas. – Styles continuou meio desesperado com uma carranca, passando a mão pelo cabelo agressivamente. – Eu só dei três socos na cara dele.

– Não importa, você bateu nele do mesmo jeito! O que eu mais te disse foi pra não cair na pilha dele, ele estava te provocando, ele jogou a isca e você pegou! Ele conseguiu o que queria, tá bom pra você?!

– Ele estava falando merd-

– Se toda vez que ele falar merda você o bater daquele jeito, ele morreria no primeiro dia! – Continuou. – É claro que ele estava falando merda, ele sempre está e não faz isso por nenhuma razão, faz isso por um motivo. Ele fala merda porque quer te manipular com isso, quer ver você perder a cabeça, perder o controle, sair da porra do jogo. E foi exatamente isso que você fez!

– Eu só dei três soc-

– O rosto dele estava desconfigurado, eu mal consegui ver de tanto sangue! – Louis disse no meio da briga, no calor do momento, mas sabia que estava exagerando.

– Você está exagerando, pelo amor de Deus! – Harry aumentou o tom se voz, igualando ao do namorado antes de esbravejar baixinho algo que Tomlinson não compreendera e voltar a falar mais baixo e calmo em seguida. – Podemos conversar sobre isso depois? Eu não estou me sentindo bem, minha cabeça parece que vai explodir. E eu não quero brigar com voc-

– Você bateu nele, eu vi com os meus próprios olhos, você estava fora de si, Harry, estava descontrolado! – Ele continuou dirigindo nervoso sem olhar na direção do maior. – O que você bebeu? O que ele te disse pra te deixar daquele jeito?

– Não tô afim de falar sobre isso, Louis. – Sua voz era impaciente. – Para de ser teimoso, puta que pariu.

– Eu sou teimoso? Eu sou teimoso? Você que é a porra do teimoso aqui, ok? E quer saber o que mais? Foda-se que você não tá afim de falar sobre isso! Eu não dou a mínima, porque se tem uma coisa que nós vamos fazer agora é falar sobre isso!

– Eu-

– Por que você fez isso, Harry? Por que você fez isso? Você não pensou em ninguém, não? Em mim? Em você mesmo? Acha que eu sou idiota? Hm? Eu sei que existem regras no time, eu sei que um Tiger não pode, sob hipótese alguma, agredir fisicamente outro. Você tem consciência que acabou de arriscar todo seu futuro? E se por acaso você sair do time agora por agressão? E se perder tudo o que conquistou até agora por um capricho seu de bater em Tyler? O que estava pensando? É a porra do seu futuro, Harry!

– Você não entend-

– Realmente, eu não entendo. Eu não entendo por que diabos você bateu no Jones, eu não entendo porque você em sã consciência seria tão burro a esse ponto, eu não entendo porque esse ciúminho ridículo te fez-

– LOUIS, TEM UM HOMEM NA ESTRADA! – Harry o interrompeu com um grito desesperado e tudo aconteceu muito rápido.

O jogador se inclinou no banco do motorista e puxou a direção bruscamente pro lado para desviar do homem que vira parado em pé no meio da rua e o carro quase faz um cavalo de pau no estrada escura e vazia, iluminada apenas pelo farol alto. Quando o carro estava parado e eles estavam bem, Louis estava em choque com os olhos extremamente arregalados, a respiração descompassada e o coração acelerado enquanto Harry respirava pesadamente o encarando assustado.

– O que foi isso? – Tomlinson sussurra apavorado, se virando para ver a estrada atrás de si e não achando ninguém, procurando rapidamente pelos próximos segundos antes de se voltar para o namorado. – Não tem ninguém na estrada, Harry, você tá louco?

– Como assim? – Ele pergunta igualmente abalado e confuso, também se virando para procurar algo e não achando absolutamente nada, se sentindo enjoado. – Não tem? E-eu... eu posso jurar que vi um homem...

– O que tem de errado com você, porra? – Louis perguntou alto sem perceber, quase choramingando de nervoso com as sobrancelhas franzidas em uma expressão agonizante.

– Para de gritar, você tá me deixando nervoso. – Styles pediu baixo e completamente perdido com o rosto empalidecendo a cada segundo que passava, encostando no banco com o corpo todo tremendo e tentando respirar fundo.

O que estava acontecendo ali? O que estava acontecendo com Harry?

– Ah, e você acha que eu não estou nervoso? Você acha mesmo? Eu não estou-

Mas Louis foi interrompido pela a porta do carro do lado do passageiro abrindo em um baque e Harry inclinando as costas para baixo e para fora do carro, vomitando no chão de asfalto.

– Harry! – Exclamou surpreso, tirando o cinto na hora para se aproximar no namorado e afagar suas costas preocupado. – Meu Deus, você está bem? O que houve?

Styles não respondeu, vomitou mais algumas vezes sentindo Tomlinson atrás de si segurar com cuidado e carinho seus cabelos para trás e continuar passando as mãos em suas costas largas.

– Filho da puta... – O jogador murmurou baixo como se estivesse falando sozinho enquanto cuspia no chão uma ultima vez e fechava porta do carro voltando a se encostar no banco com a pele mais branca que o normal, limpando a boca com as costas da mão, olhos pesados e lacrimejando, e suando frio.

– O quê? – Tomlinson franziu o cenho confuso, colocando uma mão em sua coxa e afagando ali.

– Tyler. – Harry respondeu com a voz quebrada. – E-eu.. eu tenho quase certeza que ele colocou alguma coisa na minha bebida.

– Como assim, Harry? – Arregalou os olhos, chocado e entrando em desespero. – Pelo amor de Deus.

– Eu não estou m-me sentindo bem... – Ele ressaltou o obvio, colocando sua mão em cima da mão do namorado que estava repousada em sua coxa, ainda sem encara-lo. – A gente pode só... ir pra casa? Por favor?

– Casa? Não, eu vou te levar pra um hospital. – Louis respondeu colocando o cinto e pronto para partir com o carro.

– Não! – Styles o pediu na mesma hora, olhando-o nos olhos. – Não, por favor. Eu já usei... essas coisas... outras vezes. Mas faz muito tempo, então acho que o meu organismo não recebeu muito bem a droga... Eu sei quais são os efeitos colaterais e eu sei que vou ficar bem. Só me leva pra casa, Lou, por favor? Eu quero ir pra casa.

O menor sentiu seu olho marejar ao ver o namorado daquele jeito, pequeno, vulnerável e mal. Respirou fundo concordando e saindo com o carro para irem para casa finalmente entendendo o comportamento estranho do garoto e se sentindo mal por ter feito toda aquela cena minutos antes. Estava revoltado com aquela situação, não podia acreditar que Jones fizera algo do tipo.

– Eu vou matar Tyler. – Louis disse baixinho, apertando o volante com força em suas mãos.

– Eles fazem isso as vezes. – Harry disse com os olhos fechados e as mãos massageando as têmporas. – Toda vez que entra um jogador novo no time, a bebida deles são batizadas desse jeito. Quando eu descobri que estavam fazendo isso, ameacei contar pro treinador mas eles me convenceram de que estava tudo bem, de que era só uma brincadeira e que eu estava exagerando.

– Esses garotos são problemáticos pra caralho. – Respirou fundo, olhando rapidamente pro namorado. – Liam também está envolvido nessa merda?

– Não, é só Tyler e Danny que costumam fazer isso. – O jogador respondeu com a voz lenta. – O efeito pode mudar de organismo pra organismo, mas geralmente é normal ter alucinações, comportamento alterado e as vezes agressivo, pupilas dilatadas, náusea, vomito... Pode parar o carro de novo, por favor?

Tomlinson não respondeu nada, apenas parou o carro na mesma hora vendo o namorado pálido abrir a porta e se inclinar para baixo, vomitando novamente. Dessa vez foi mais rápido o processo com Louis o ajudando e sussurrando pra ele se acalmar e que ia ficar tudo bem. Quando já tinha acabado, limpando a boca com a mão e se sentindo menos enjoado, Harry voltou pra dentro do carro tentando focar apenas em sua respiração. O garoto de olhos azuis continuou calado, dirigindo com uma mão enquanto a outra estava entrelaçada na de Styles até o caminho pra casa.

Assim que Louis estacionou o Jaguar na garagem de Harry, deu a volta o ajudando a descer do carro e entrar na casa em silêncio. Segurando a cintura do jogador com força, os dois subiram as escada com o maior tropeçando algumas vezes até seu quarto.

– Você tá com febre. – Tomlinson disse preocupado quando colocou as costas da mão na testa quente e suada do garoto deitado em sua cama. – O que eu posso fazer? Que remédio eu posso te dar?

– Não existe remédio pra isso. – Styles respondeu exausto, desabotoando sua camisa branca com as mãos trêmulas. – Tenho que esperar o efeito passar.

– Deixa eu te ajudar. – Se ofereceu, ajudando o namorado a tirar a blusa social, os sapatos e meias, vendo o garoto de olhos verdes suar frio. – Quer que eu prepare a banheira pra você? Podemos ficar acordados juntos até você ficar bem.

– Você pode fazer isso? – Ele perguntou meio inseguro sentindo um beijo rápido em sua testa como resposta.

– Fica conversando comigo enquanto eu resolvo isso? ­– Louis pediu com um pequeno sorriso querendo transmitir segurança antes de ir até o banheiro e começar a preparar a banheira pra o jogador. – O que aconteceu lá na praia?

– Os caras do time... estávamos juntos depois que resolvemos os problemas das bebidas. – Harry disse do quarto com os olhos fechados, tentando focar naquilo. – Pra comemorar, Tyler pegou cerveja pra todos nós. Ele deu na minha mão. Eu não estava bebendo muito, eu estava sóbrio, mas depois daquela cerveja as coisas começaram a ficar estranhas. Fiquei alterado muito rápido, perdi um pouco dos meus sentidos, eu acho. Lembro de ter te mandado algumas mensagens e depois disso... Não sei, minha cabeça tá latejando.

– Vem, eu te ajudo. – Tomlinson voltou para o quarto o ajudando a se levantar e ir até o banheiro novamente.

O garoto de olhos azuis observou Harry escovando os dentes com sua escova rosa e jogando água em seu rosto pálido e sem vida. O maior desabotoou a calça jeans apertada e a tirou de seu corpo antes de, naturalmente, puxar sua boxer cinza pra baixo revelando sua nudez e entrando dentro da banheira com calma, encostando as costas largas na extremidade e fechando os olhos para suspirar aliviado.

– Você... hm, consegue ficar cinco minutinhos aí enquanto eu faço um chá? – Louis perguntou coçando a nuca meio desconcertado de ver pela primeira vez o namorado completamente despido em sua frente, mas tentando não pensar muito sobre isso.

– Yeh. – Styles concordou lentamente, parecendo perdido em seu próprio mundo. – Vou ficar bem.

Então Tomlinson desdeu para o andar de baixo e tentou ser rápido para não deixar Harry sozinho lá em cima por muito tempo. Lembrou onde eles guardavam o chá naquela casa, pois já tinha observado Celine fazer várias vezes enquanto conversavam na cozinha, então esquentou a água rapidamente e em cinco minutos o chá estava pronto. Subiu as escadas com cuidado para o líquido não cair e quando chegou no banheiro, encontrou um Harry sonolento brincando com a água fria e com espumas da banheira.

– Estou vendo três patos nadando. – O jogador comentou, rindo baixinho da sua alucinação em seguida vendo o menor se sentar ao seu lado, na borda da banheira.

– Seu chá. – Ofereceu a xícara em suas mãos. – Toma esse comprimido também, vai ajudar na dor de cabeça... Como está se sentindo?

– Obrigado. – Ele agradeceu, tomando o comprimido e o chá calmamente sem pressa. – Estou mais relaxado, mas minha cabeça ainda dói um pouco.

– Estou tão preocupado com você agora... – Tomlinson disse baixo com uma expressão de dor, fazendo um carinho em seus cabelos secos e observando seu rosto com uma aparência doente.

– Tá tudo bem. – Harry respirou fundo, virando a cabeça em sua direção para encara-lo e seu olhar parecia dizer mil coisas. – Fica aqui comigo.

– Estou aqui.

– Não foi isso que eu quis dizer. – Ele continuou sério. – Fica aqui comigo... eu preciso de você mais perto.

Então Louis entendeu. Ficou olhando seus olhos que agora tinham um leve brilho de vida antes de respirar fundo e ficar de pé em sua frente, tomando coragem quando tirou a jaqueta do time calmamente, a colocando em cima do balcão da pia. Fez o mesmo com os sapatos, a blusa e a calça e quando estava apenas de boxers, sentindo o olhar de Harry quase queimar sua pele, puxou o tecido branco para baixo deixando qualquer tipo de vergonha de lado e se juntando ao namorado, sentando na banheira de frente pra ele, encostado na outra extremidade. Harry o encarava sério em todo o processo, sem tirar os olhos do seu corpo e sem ousar falar uma palavra que fosse arruinar a atmosfera que fora construída naquele momento. Mesmo chapado, sonolento, drogado ou doente, Harry venerava Louis e aquilo era claro como o dia.

– Não acredito que estou pelado com o meu namorado gostoso dentro de uma banheira em um tom não-sexual. – Foi o que o jogador disse depois de um tempo com os dois se encarando na água fria, fazendo a expressão nervosa e preocupada de Louis cair na mesma hora, dando lugar a um sorriso quase imperceptível no canto dos lábios.

– Haz... – Ele balançou a cabeça negativamente e minimamente envergonhado, mas não tanto quanto estaria se aquilo tivesse acontecido antes da conversa dos dois um dia antes sobre as inseguranças sexuais que Louis carregava consigo.

– Tem noção de que tivemos provavelmente a briga mais idiota da história de todos os relacionamentos no meus carro, não tem? – Harry perguntou sério bebendo o chá, mas não parecia bravo pois sua feição estava leve e despreocupada.

– Tenho.

– Você gritou comigo mais do que você grita com Niall quando estão jogando fifa. – Arqueou apenas uma sobrancelha. – Isso é muito.

– Eu me desespero em situações de conflito. – Louis disse mordendo o lábio inferior, temendo que fossem ter mais uma briga.

– Toda vez que brigarmos vai ser assim? – Styles perguntou acabando com a preocupação do namorado quando lançou um sorriso leve e cansado em sua direção, colocando a xícara em cima da bancada de mármore da banheira. – Tenho que me preparar para encarar o meu namorado bravinho então?

– Você está fazendo graça de mim, é isso? – Franziu o cenho, desacreditado e sendo sincero em seguida. – Achei que iria ficar bravo depois de levar tantos gritos.

– Bravo? Eu só não fiquei duro porque estou chapado. – Ele brincou com um sorriso de lado, passando a mão pelo cabelo.

– Você é impossível, sabia disso? – Louis riu, balançando a cabeça negativamente e incrédulo com o dom de Harry em transformar qualquer situação desconfortável e tensa em leve e descontraída.

– Você me interrompeu literalmente 8 vezes naquela discussão. – Ele respondeu soltando um risinho baixo. – Consegue ser bem irritante quando quer, Lou.

– Sei disso, mas você vai aprender a gostar de mim assim. – Deu de ombros, jogando um pouco de água em sua direção.

– Eu já gosto de você. – Styles rebateu, jogando um pouco de água de volta.

– Sinto muito pelo surto no carro. – Louis suspirou sincero com um sorriso triste.

– Não sei porque, mas sinto que ao longo do nosso relacionamento ainda vão ter muitos e muitos surtos no carro como aquele. – Disse cerrando os olhos.

– Você acha?

– Eu acho. – Harry sorriu minimamente, entrelaçando seus dedos nos de Tomlinson na borda da banheira. – Porque você é o tipo de cara que leva uma bronca injusta do seu chefe por uma coisa que não tinha culpa no trabalho. Você vai sorrir educadamente e dizer que sente muito, que aquilo não vai se repetir, mas ai quando estivermos deitados na cama pra dormir eu vou te perguntar como foi o seu dia e você vai surtar e falar alto e gesticular por mais ou menos uma hora me explicando porque o seu chefe foi um babaca e que na verdade você estava certo e ele errado.

– É assim que você imagina o nosso futuro juntos? – O menor não conseguir segurar um sorriso genuíno no rosto.

– Sim, o futuro próximo, é claro. – Ele logo se explicou. – No distante as crianças já estarão dormindo no quarto do lado, provavelmente.

– É, provavelmente. – Louis só sabia sorrir. – E quando eu der um escândalo o que você vai fazer?

– Vou fazer você se acalmar, daquele jeito que só eu sei fazer. –Piscou em sua direção e o de olhos azuis riu de verdade, porque não era possível que um garoto conseguia ser lindo e charmoso até com aquela aparência sem vida.

– Massageando os meus pés? – O provocou fingindo inocência.

– Se eu tivesse fetiche neles, sim. – E obviamente Tomlinson gargalhou leve com a fala do namorado.

– Você não existe, Harry. – Comentou baixo e sorrindo. – Eu sou o surtado do relacionamento então? Isso é ótimo.

– E eu sou o calmo, então nos complementamos. Isso é ótimo.

– Você também não parecia muito calmo hoje. – Resolveu dizer, vendo a feição do jogador cair por um momento.

– Isso é conversa pra amanhã. – Ele mudou de assunto parecendo incomodado, mas logo dando lugar a uma expressão satisfeita com as sobrancelhas arqueadas. – Agora me pergunte o que eu estou vendo.

– O que está vendo?

– Estou vendo borboletas azuis voando ao redor da sua cabeça. O tom delas lembra os seus olhos, mas não são tão bonitos quanto eles, é claro... – Harry suspirou, olhando pro rosto de Louis e vendo ele franzir levemente o cenho, olhando pra cima e obviamente, não encontrando nenhuma borboleta. – Você está lindo agora.

O menor mordeu o lábio sem saber o que dizer. Claro que já estava acostumado com os elogios do namorado, mas vez ou outra ele ficava meio sem jeito.

– Você está horrível agora. – Resolveu dar de ombros com um pequeno sorriso no canto dos lábios, mesmo sabendo que aquilo era impossível.

Sim, Harry estava pálido com olheiras, olhos mortos e cansados, boca ressecada e qualquer pessoa que o visse naquele momento, perguntaria se estava bem. Porque não aparentava estar bem, mas mesmo assim, conseguia tirar os melhores suspiros do menor e continuava lindo em seus olhos.

– Eu estou horrível, não estou? – Styles concorda rindo e falando sem pensar em seguida. – Você continua me amando mesmo assim, Lou?

E obviamente o clima pesou naquele momento. Harry travou, fechando os olhos com a boca apertada em uma linha fina enquanto balançava a cabeça negativamente suspirando e provavelmente amaldiçoando a própria língua por falar aquilo. Já Louis gelou, abrindo a boca mas sem responder nada.

Se lembrou do momento que teve antes de ir até a área dos banheiros encontrar Harry. Lembrou que tinha percebido, pela primeira vez, que o amava e que iria dizer isso a ele. Com tudo o que aconteceu a partir daí, ele esqueceu desse pequeno detalhe e agora já não tinha mais clima pra dizer nada. Resolveu naqueles dois minutos de silêncio ensurdecedor que preferia guardar aquela nova descoberta para si, queria aproveitar e se acostumar com a ideia de que agora, realmente, amava alguém de verdade, então decidiu omitir isso pelo menos por enquanto. Queria dizer no momento perfeito.

Várias coisas passaram por sua cabeça enquanto encarava calado a água gelada, acabando por decidir mudar o foco da conversa e tentar descobrir o porquê daquilo tudo ter acontecido em primeiro lugar.

– Por que você bateu nele? – Louis perguntou baixo e viu a feição do namorado endurecer na mesma hora.

– Eu estava drogado. – Harry deu de ombros fazendo pouco caso, mas estava na cara que queria esconder o motivo. – Eu achei que ele era Donald Trump.

– Harry. – O menor o repreendeu, mas Styles não se deu por vencido.

– Eu te disse, eu estava drogado.

– Você não bateria em uma pessoa sem motivos nem se estivesse drogado, eu sei disso. – Tomlinson continuou baixo, sentindo uma angustia crescer no peito. – Por que bateu nele? Seja honesto comigo, é a única coisa que eu te peço.

Falou aquilo porque sabia que o maior não conseguia negar aquele pedido. Harry respirou fundo calmamente com os olhos fechados, parecendo se preparar para algo ruim quando finalmente disse baixo e com toda a calma do mundo.

– Ele falou coisas sobre você na frente de todos os caras do time.

– Coisas? – O garoto de olhos azuis perguntou depois de um tempo calado processando aquela frase e, obviamente, já esperando o pior.

– Coisas maldosas e... inapropriadas. – O jogador só confirmou seus pensamentos ruins com uma expressão triste e sobrancelhas unidas. – Coisas que não devemos falar na frente de outras pessoas.

– Continua.

– Eu o ameacei e mandei ele parar, mas ele começou a dar detalhes que... – Balança a cabeça como se quisesse expulsar aquelas lembranças. – Eu perdi a cabeça, foi isso.

– Detalhes...

– Sim.

– Que tipo de detalhes? – Tomlinson perguntou novamente, mesmo sabendo a resposta. Precisava ouvir da boca do namorado.

– Por favor, não me faça falar. – O garoto de olhos verdes pediu com a voz baixa e quebrada.

– Harry.

– Ele disse coisas tipo... – Respirou fundo, seguindo em frente por não ter outra saída senão dizer a verdade. – Tipo o barulho que você faz durante o sexo. A cara que você faz quando está tendo um orgasmo, as suas posições preferidas, o jeito que você... o jeito que você gritava pedindo por mais.

Harry parecia lutar uma batalha interna consigo mesmo para externar aquelas palavras que eram tão duras de ouvir. Louis com os olhos vermelhos e marejados, não falou nem fez nada, apenas abaixou o olhar, arrasado e completamente vulnerável.

– Gatinho... – O jogador o chamou com a voz carinhosa e o menor não conseguiu mais se segurar, começando a chorar baixinho na mesma hora. – Vem cá.

Harry se inclinou para puxa-lo com cuidado pela cintura, voltando a se encostar na banheira em seguida com Louis deitado em seu peito chorando e sendo abraçado com força pelo maior.

– Não queria que você soubesse, eu odeio te ver chorar assim. – Styles disse sincero e doloroso, afagando seus cabelos. – Sinto muito, meu amor.

– P-por que ele fez isso? – Balbuciou no meu no choro com o corpo tremendo mais que o normal, se sentindo completamente constrangido com aquela situação.

– Eu não sei, babe. – O jogador responder igualmente frustrado em um suspiro, sem parar de acaricia-lo. – Para de chorar, por favor...

– Foi por isso que v-você bateu nele?

– Foi. Eu mandei ele parar, tentei me segurar pra não ir pra cima dele, mas ele continuou e não consegui controlar. Sinto muito.

– Sente muito por ter batido nele ou por eu ter visto? – Louis tirou a cabeça de seu peito, o encarando com os olhos vermelhos e o rosto molhado pelas lágrimas.

– Por você ter visto. – Ele respondeu com toda sua sinceridade. – Não vou mentir pra você. Sou contra qualquer tipo de violência, mas quando eu me vi naquela situação, pareceu a coisa certa. E, honestamente, eu faria a mesma coisa se pudesse voltar atrás.

– Você não devia ter feito isso, Harry. – Tomlinson disse preocupado, se forçando a parar de chorar, limpando as lágrimas com a palma da mão. – Se você se prejudicar de alguma maneira no Tigers eu nunca vou me perdoar.

– Nem começa com esse assunto, ok? – Styles deu um beijo em sua testa, com as sobrancelhas unidas. – Eu faria exatamente o mesmo se Tyler estivesse falando de qualquer pessoa que eu me importo. Não se preocupe comigo, eu vou conversar com o treinador Carter e ele vai entender. Pare de pensar no Tigers, o que importa é você.

– O que importa é o seu futuro.

– E você está nele, esqueceu? Nós dois no quarto transando baixinho e as crianças dormindo? – Perguntou com um sorriso pequeno nos lábios, fazendo o namorado sorrir igualmente, mesmo com a car de choro. – Lamento muito pelas coisas que Jones disse. O que ele fez... falando suas intimidades desse jeito, isso é nojento, é errado. Não entendo como ele ficou do lado de uma pessoa como você e ainda assim conseguiu estragar tudo. Encontrar alguém como você no mundo... ter esse privilégio é uma chance pra vida toda, amor.

– Os outros garotos do Tigers... quando eles ouviram o que Jones falou, eles... riram de mim? – Quis saber sentindo as bochechas corarem, vendo Harry fazer um carinho delicado nelas em seguida.

– Não, eles não ousariam fazer isso na minha frente, muito pelo contrário, eles mandaram Tyler calar boca. Você sabe que todos os caras gostam de você, Lou. Não é um comentário idiota de um cara idiota que vai mudar isso.

– E você? Não está me olhando diferente depois disso?

Ali estava a insegurança, o grande problema, a pedra no sapato de Louis. Dessa vez ela não veio de forma avassaladora, foi apenas uma pontinha de dúvida, apenas uma pontinha de medo que Harry absorvesse demais aquelas palavras de Tyler ou imaginasse algo ruim, ou não conseguisse olhar em sua cara. Mas o namorado só o provava o quanto era bom e o quanto eles dois funcionavam com suas atitudes e por mais que Styles não fosse – nem devesse ser - o motivo para Tomlinson melhorar isso nele, o jogador já o ajudava bastante a ter sua própria confiança e segurança.

– Eu nunca te olharia diferente. – Respondeu na mesma hora, sem hesitar. – Você é o mesmo, nunca vai mudar pra mim. A porra dos barulhos que você faz, as posições que você gosta, foda-se. Isso não diz nada sobre você. Eu não quero que ninguém me conte, pra ser sincero, prefiro descobrir tudo isso sozinho, obrigado.

Então Louis sorriu, mais uma vez inebriado pelas palavras e ações de Harry Styles que era sim o seu cara legal, o seu amante e o seu melhor amigo. Construíram isso juntos e seguiriam assim, dia após dia.

– De novo, me desculpa por ter xingado e gritado com você.

– Me desculpa também, foi tudo muito intenso. – Falou, o puxando novamente para deita-lo em seu peito. – Estou vendo uma nuvem escura em cima da gente agora.

– As vezes elas aparecem, não aparecem? – Tomlinson fungou no meio do abraço forte.

– Elas sempre vão aparecer uma hora ou outra, não se pode fugir das nuvens escuras. – Styles beijou o topo da sua cabeça, com todo carinho e gentileza que carregava consigo. – Mas você sabe que com a gente o sol sempre volta, não sabe?

– Sei. – E ele realmente sabia. – Podemos dormir agora e esquecer essa noite pra sempre?

– Sim, por favor.

Se levantavam da banheira em seguida e se secaram calmamente sem tirar o olhar um do outro. Harry arranjou cuecas para os dois e quando estavam devidamente prontos e higienizados, se deitaram na enorme cama confortável na mesma posição de sempre. Louis todo encolhido de costas para o namorado que o abraçava fortemente por trás, com o queixo encostado em seu ombro.

– O que está vendo agora? – O garoto de olhos azuis perguntou baixinho, quase inaudível, mas recebeu a resposta logo em seguida.

– Você.

– E o que mais?

– Nada mais, Louis Tomlinson, só você. Você é tudo que eu vejo.

...

Bizarro a quantidade de leitores novos aqui😳 sejam bem-vindos e muito obrigada??? Eu amo ver vocês interagindo e indicando The Hamptons pra xs migxs <3 até o próximo!

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