Maitê Downey
Acordei no outro dia deitada em cima do braço de Tom, e sua mão em meu cabelo, levanto e ele rapidamente acorda um pouco assustado e confuso.
- Que horas são? - Ele pergunta e eu olho no celular.
- São dez horas, perdi totalmente a hora. - Falo e ele ri.
- Bom que nós não precisamos levantar, esta tão frio.- Ele fala fechando os olhos novamente eu sorrio e fecho os olhos também.
Depois de um tempo eu acordei com meu celular tocando, achei que tinha dormido uma meia hora, mas tinha dormido quase duas.
- Alô.
- Mark acabou de me dizer que você não voltou pra casa. - Era meu pai.
- Bom dia pai, eu estou bem também e o senhor?
- Acabei de chegar em dubai com a sua mãe.
- Era muito trabalho ir pra casa, então peguei uma roupa da Julieta pra ir pra faculdade.
- Entendi, tá bom então filha.
- Oi, já acordou? - Tom entra no quarto, e fala extremamente alto, e coloca a mão na boca assustado ao ver minha cara.
- O que é isso? - Meu pai fala irritado. - Eu reconheço essa voz de qualquer lugar.
- Que voz pai? Está ouvindo coisa?
- Você dormiu na casa dele Maitê, você mentiu pra mim? VOCÊ DORMIU NA CASA DELE?
Ele praticamente grita, e eu continuo olhando pra Tom sem saber o que falar, ele mesmo sem ouvir a conversa parecia já saber o que estava acontecendo pois me olhava com pânico.
- Eu vim pra cá depois da faculdade pai, ai acabei deitando no sofá e dormindo.
- Eu sou ator e eu sei mentir muito bem, você não é atriz, está precisando de umas aulas de teatro, E DE VERGONHA NA CARA, VAI PRA CASA AGORA. - Ele ia falar mais alguma coisa porém minha mãe puxa logo pega o telefone.
- Vai pra casa Maitê. - Ela fala e desliga o telefone.
- Me desculpa, eu não sabia que você estava no telefone. - Tom fala rapidamente.
- Eu sei que não, está tudo bem, eu vou pra casa.
Falo levantando e colocando o tênis.
- Eu te levo.
- Melhor não, se alguém tirar foto não vai ser legal ver nós dois juntos. - Falo e ele apenas concorda comigo, nos despedimos com um beijo no rosto e eu ligo pra Julieta falando que estava passando na casa dela, ela concorda e eu pego um táxi até lá, minha amiga abre a porta e eu a abraço fortemente.
- O que aconteceu?
- Meu pai aconteceu, o Tom aconteceu, eu estou nervosa.
- Como assim?
- Eu dormi com o Tom a noite passada.
- MENTIRA?
- Não do jeito que você está pensando, eu dormi lá e não contei pro meu pai, só pra minha mãe, claramente se ele soubesse não deixaria eu ir, mas hoje eu conversando com ele no telefone, ele ouviu a voz do Tom, e surtou.
- Ele tem ciúmes de você amiga, cuidado, isso é normal, você é a única filha dele, e você e o Tom nem namoram, talvez se vocês namorassem ele ficaria mais tranquilo, mas da pra entender Maitê, ele tem medo de você sofrer.
- Por que será que ele não me pede em namoro? Poxa nós já estamos juntos a uns meses.
- Ai amiga, eu não conheço o Tom, não da pra saber.
- Você acha que é por causa do meu pai?
- Eu acho que não, eu realmente não sei. - Ela fala e eu respiro fundo sentando em sua cama, ela percebeu que eu estava mal, e sentou do meu lado me abraçando.
- Eu gosto dele, eu não queria ficar nessa situação, eu nem sei se ele gosta de mim ou se ele realmente só está querendo se divertir.
- Ele conhecendo o seu pai não estaria só se divertindo com você.
- Eu já nem sei mais amiga. - Sinto meus olhos marejarem.
- Fala com ele, sobre isso.
- Ah amiga, eu não, não vou pedir pelo amor de Deus pra ele ficar comigo.
- Pelo menos você não transou com ele, vai que ele quer só isso. - Ela fala e eu apenas balanço a cabeça concordando.
(...)
O dia passou rápido na medida do possível, a noite eu voltei pra casa, subi para o quarto tomei um banho e não quis falar com mais ninguém, fiquei lendo um livro aleatório de romance quando meu celular apita.
tom: você está bem?
eu: sim
tom: tem certeza? você saiu e nem me deu um beijo, desculpa, eu não queria que você levasse bronca por minha causa.
eu: tá tudo certo Tom.
tom: tudo bem...
Bloqueio o celular e fecho os olhos novamente, estava quase dormindo quando ouço batidas em minha porta, levanto já pronta pra brigar com o Mike, mas quando eu abro a porta eu vejo Tom parado nela.
- Quem deixou você entrar?
- Seu motorista.
- Agora ele vai contar para o meu pai.
- Eu pedi pra ele não contar.
- Não acho que vai fazer diferença.
- Não me importo, eu sei que você está estranha e não ia conseguir dormir sabendo disso.
- Não estou estranha. - Falo virando as costas, ele me surpreende pegando em minha cintura e colando os nossos corpos em um abraço apertado, ele respira fundo e eu sabia que ele estava sentindo o cheiro do meu cabelo.
- O que está acontecendo?
- O que nós temos Tom?
- Como assim o que nós temos?
- Isso que acontece entre nós me deixa confusa, o que aconteceu ontem nunca tinha acontecido com ninguém, eu só fiz porque era você, porque eu gosto de você, mas eu não entendo o que temos e isso me deixa muito confusa, eu não gosto disso.
- Nós estamos se conhecendo melhor não é?
- Se conhecer melhor até quando? - Falo já um pouco irritada, ele fica me olhando sem saber o que responder. - Você sabe o que quer da vida Tom? Eu não quero ser um brinquedo, eu não quero que você brinque com meu coração.
- Eu nunca faria isso.
- Você nunca faria isso por causa do meu pai, ou por minha causa? Por que gosta de mim?
- Claro que eu gosto de você, qual é? - Ele fala segurando a minha mão, eu fecho os olhos e ele aproxima os nossos lábios com um selinho demorado. - Só mantém a calma ok? Não duvide de mim, nunca.
Ele fala e eu apenas concordo com a cabeça sentindo seus lábios novamente colaram no meu, mas dessa vez num beijo longo, e cheio de carinho.
Oi minhas fanfiqueiras.
Tomzinho tá namorando mas claro que não vamos parar de fanficar né?
O que estão achando?
Comentem, e um beijo.