NEIGHBORS

By maduSinger

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Thomáz se muda para um apartamento depois que a mãe vai morar com o marido. Queria independência, silêncio. P... More

SINOPSE
P l a y l i s t
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
EPÍLOGO
AGRADECIMENTOS

Capítulo 10

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By maduSinger

Eu não posso correr para você, pai
Eu preciso de amor
Eu não posso falar com você, mãe
Eu sei que você está presa
Mas sua doce sensação sem pecado não é meu estilo
Eu não vou desistir
Mas me diga, se eu fugir
Quanto tempo eu sangrarei?
Então me diga, se eu fugir
Quanto tempo eu sangrarei?

— Grave Digger - Matt Maeson

Se puderem, POR FAVOR!, leiam ouvindo a música Dangerously, que está na mídia. Eu escrevi ouvindo e ficou muito mais emocionante, RS! Boa leitura!

.............….......…..................…........…..........

T h o m á z

O corredor estava com a luz fraca. Os gritos eram ensurdecedores. Bryan falava alguma coisa para mim, com uma cara pálida, mas eu não escutava. Não conseguia. Meus pensamentos estavam divididos entre a garota que eu tinha acabado de deixar em uma sala e no cara que eu teria que enfrentar essa noite. Eu não queria pensar, para falar a verdade. Eu queria bater. Até desacordar o meu oponente. Rato é um dos meus maiores inimigos – mesmo eu não tendo muitos –, e eu sei que eu era o mesmo para ele. O filho da puta era envolvido com drogas pesadas. E essa merda foi o gatilho para acabar com a minha vida há dois anos. Pisquei forte os olhos quando me aproximei mais da arena, sendo praticamente engolido pelas pessoas a minha volta. A minha mente foi bombardeada de imagens de dois anos atrás, que até então tinham sido apagadas temporariamente da minha memória.

– Thomáz! Thomáz! Meu Deus, não!

Paro de dedilhar a guitarra assim que ouço os gritos da minha mãe no andar de cima. Bryan faz o mesmo com o teclado e o resto dos caras também deixam de tocar seus instrumentos. O som da casa chega abafado na garagem da casa, mas os gritos da minha mãe chegam nítidos para mim. Não penso duas vezes ao ouvir o seu tom desesperado me chamando e arrancar a guitarra do pescoço, correndo para fora da garagem deixando os meus amigos para trás com rostos preocupados. Conforme eu pulava os degraus de dois em dois e algumas vezes de três em três, os sons de choro ficavam mais nítidos.

Eu não fazia ideia do que estava acontecendo.

Abri todas as portas até me aproximar dos gritos desesperados da minha mãe vindo de dentro do escritório do meu pai. Eu gelei. Um arrepio passou pela minha coluna assim que abri a porta e vi a cena na minha frente. Eu esperava que aquilo fosse um pesadelo e que eu acordaria na minha cama, aliviado por não ter passado daquilo: um sonho ruim. Porém a cena na minha frente era mais real do que nunca. O anel de ouro brilhante com uma pequena serpente enrolada em uma pedra vermelha rubi no topo envolvia o dedo mindinho na mão esquerda do meu pai, estirado no chão. Subindo os olhos, encontrei seu tronco sendo abraçado em desespero pela minha mãe que não parava de chorar. O cabelo loiro farto dele estava espetado, como se tivesse sido puxado várias vezes para cima. Eu não conseguia entender a visão a minha frente. Nada se encaixava. O grito entrecortado por soluços da minha mãe me tirou do transe momentâneo:

- O seu pai... Ele... Ele... – Mas ela não conseguiu terminar de dizer o que parecia estar bem claro na minha frente. O rosto pálido do meu pai resumia tudo em apenas uma palavra.

Morto. Meu pai estava morto bem na minha frente. E eu não sabia como mexer os pés para sair daquela posição. Não sabia mais como respirar. Minha mãe não conseguia controlar o choro e eu não conseguia ajuda-la. A ficha ainda não tinha caído e eu duvidava que cairia tão cedo. Ouvi a porta sendo escancarada atrás de mim e então passos e vozes invadindo o escritório. Mas isso foi a única coisa que eu consegui prestar atenção. Os vultos e as vozes dos meus amigos e de outras pessoas que eu não conseguia notar quem eram, estavam muito longe. Porque a única coisa nítida para mim naquele momento era o corpo do meu pai caído no meio do escritório, sem vida. Alguém me conduziu até a cadeira de couro atrás da mesa do meu pai e me forçou a sentar, o que não foi um trabalho muito difícil, já que eu não conseguia mais comandar nenhum movimento do meu corpo.

Mas então, como se tivesse voltado para a realidade, um pequeno saco plástico com um comprimido igualmente pequeno em cima da mesa chamou a minha atenção. Aproximei minha mão e peguei a embalagem, analisando com cautela o que era aquilo. Não demorei muito para perceber do que aquilo se tratava. Um comprimido de alguma droga pesada que provavelmente foi a causadora da cena a poucos metros de mim. Uma raiva começou a crescer no meu corpo, aos poucos.

Como ele pôde? Por que foi tão egoísta por ter usado aquelas merdas de comprimido? Por que decidiu pensar em si mesmo e não em mim? Na minha mãe? Ela teria uma parte despedaçada a partir de hoje, assim como eu. Eu não tinha lágrimas escorrendo pelo meu rosto naquele momento. Todas as perguntas e razões para ele ter feito o que fez cobriam toda a emoção que eu tinha, todo o amor pelo meu pai foi soterrado naquele momento, por raiva. Raiva que aumentou a cada confirmação de que o meu pai tinha, de fato, morrido. O mesmo pai que me levava para os lugares mais incríveis da minha infância. O pai que acordava de madrugada para comer besteiras na cozinha, escondido da minha mãe. O mesmo pai que na minha formatura de Ensino Médio, me abraçou e disse que tinha muito orgulho de mim, que eu seria um grande homem, um grande pai.

Um grande pai? Como eu seria um grande pai se o meu próprio fez isso comigo, com a minha mãe?

Eu não acreditava que poderia um dia perdoa-lo pelo que fez, pelas escolhas que tinha tomado. Enquanto isso, eu só precisava externar toda a minha raiva, até que não existisse mais. Até não haver nada e então, eu o perdoaria.

Bryan segurou nos meus ombros, tirando a minha atenção do rosto do cara que fazia parte de um dos motivos por eu ter entrado nesse galpão há dois anos atrás e acabar tanto com um cara, movido por algo dentro de mim, que quebrei alguns ossos do seu corpo e o desacordei por uma hora. Nesse momento, eu queria que o cara que terminasse todo fodido nessa arena fosse Rato.

- Você tem certeza que quer lutar com esse cara? Não acha perigoso? Arriscado? – Bryan continuava tentando me convencer a desistir de lutar com ele, mas agora que eu estava ali, tendo a oportunidade de acabar com Rato, como uma forma de vingança, como uma chance de poder externar toda a minha raiva, de poder matar o filho da puta, sem culpa, podendo dizer que foi acidente, eu não desistiria.

Eu tinha uma oportunidade de acabar com o cara que vendeu a droga que tinha matado o meu pai.

E eu não desistiria agora.

- Eu vou lutar, B.C. Nada vai me convencer de fazer o contrário. Nem mesmo você.

Bryan suspirou e então acenou com a cabeça na direção do segundo andar.

- Nem mesmo ela? – perguntou.

Movi instantaneamente os meus olhos para aquela direção, encontrando Giennah encostada na grade de ferro do camarote, olhando para mim, sem fazer ideia do que que aquilo significava. Que aquilo ali era muito mais do que uma simples luta clandestina. Seria um palco de vingança. Ela sorriu tão abertamente para mim, tão linda, que eu podia jurar que o meu coração tinha tropeçado nas batidas, como se quisesse sair do meu peito para correr até ela. Antes mesmo que eu pudesse responder Bryan, Dick chegou, dizendo para o meu amigo que já podia começar a luta. Bryan suspirou pesadamente, derrotado, me encarando.

- Se não vai desistir, então pelo menos não deixe ele acabar com você, irmão.

Sorri para o meu melhor amigo.

- Não é do meu feitio.

Então Bryan foi para o lugar dele no pódio e com uma saudação pelo microfone, anunciou que a luta poderia começar. Olhei para cima mais uma vez, encontrando os olhos castanhos da minha vizinha focados em mim. Eu me odeio por ter tido a ideia de ter trazido você justo hoje, linda. Voltei os olhos novamente para o meu oponente, encontrando os olhos raivosos, com fúria, diferentes dos olhos puros que tinha acabado de ver no andar de cima. Me aproximei dele, com os punhos na frente do rosto, na defensiva. Rato abriu um sorriso sujo, focado em mim, enquanto se aproximava lentamente, com confiança exalando do seu corpo alto. Éramos da mesma altura, porém Rato era mais forte do que eu, o que não significava que era melhor, mas hoje eu tinha uma dose a mais de sangue nos olhos para acabar com ele.

Os gritos altos e incentivadores me motivavam a fazer uma boa luta hoje, e eu não esperava menos para essa noite.

Foquei meus olhos nos dele, prendendo os dele nos meus, ao mesmo tempo que lançava o primeiro soco no seu maxilar, errando, quando ele institivamente desviou para o lado oposto. No segundo seguinte, o seu punho acertou o meu nariz, que na mesma hora escorreu uma fina linha de sangue no lado esquerdo. A minha raiva apenas aumentou. Avancei na sua direção e levantei a perna direita, acertando com força a sua costela, fazendo-o cambalear para o lado. Aproveitei seu desequilíbrio e acertei o seu olho esquerdo com o punho.

Por você ter feito parte da morte da pessoa que eu mais amava, seu filho da puta.

Rato avançou com violência para cima de mim, me pegando de surpresa e me jogando no chão. Minhas costas bateram com força no concreto. Ele montou em cima de mim, prendendo minhas pernas com as dele, me imobilizando. Eu não tinha como sair dali. Ele não perdeu tempo, acertando o meu rosto repetidas vezes. Um punho seguido do outro. Punho esquerdo, punho direito. Levantei meus braços na direção do rosto, tentando diminuir os impactos das suas investidas. Tentei mover minhas pernas, para inverter as posições, mas eu não conseguia. Minha raiva era bloqueada pela falta de movimentos. Eu estava ficando agoniado, sem esperanças de sair dali. Tinha sido tão rápido que eu não consegui acompanhar o momento que ele tinha me prendido no chão com tanta maestria.

Começava a sentir que estava perdendo os sentidos. Meu rosto recebia violentos golpes, sendo revezado com as costelas. Sentia Rato se cansando também, o que era como uma esperança para mim caso eu conseguisse sair dali. Eu não desistiria. Já não bastava ter um pai que tinha desistido. Em um momento, olhei para cima, tentando bloquear os golpes com as mãos, praticamente sem resultado nenhum.

No mesmo momento me arrependi. Giennah estava com o rosto pálido, em desespero. Eu podia notar que ela estava assustada, com medo. Vi o momento exato em que ela me viu olhar na sua direção e então correr até a escada do andar. O segurança segurou Giennah, impedindo-a de descer. Mais um soco no maxilar. Tentei me mover novamente, notando que as forças de Rato estavam se esgotando conforme deixava o meu rosto cada vez mais ensanguentado. Por um momento, consegui olhar para as escadas, vendo o momento exato em que Giennah empurrou o segurança e desceu as escadas, correndo. Quando alcançou o térreo, se misturou entre as pessoas, fazendo eu perde-la de vista. No mesmo momento, movido pela vontade de não fazer Giennah ver aquela cena, uma força antes não sentida por mim apareceu. Com um movimento mais rápido, segurei o pescoço de Rato com as duas mãos, apertando. Seus punhos deixaram de me acertar, passando a segurar os meus pulsos. Em um movimento rápido, girei o corpo, ficando por cima dele, tirando as mãos do seu pescoço para então, acertar o seu rosto assim como ele fazia comigo. Soquei o se rosto repetidas vezes, deixando Rato, que já estava cansado, mais exausto ainda, sem conseguir impedir os meus golpes. Ouvi uma voz feminina entre todas as outras, gritando, me fazendo erguer a cabeça na direção do som. Giennah estava com os olhos arregalados, sendo impedida por um dos seguranças, de se aproximar. Eu só queria acabar com aquilo logo. Voltei meus olhos para Rato, então, olhando bem fundo nos seus olhos semiabertos, cuspi na sua cara:

- Seu merda! Eu espero que você aprenda a nunca mais se meter comigo e nem com ninguém da minha família, se não eu juro que mato você – reuni toda a força que ainda me restava e soquei com tudo o seu rosto, o desacordando na hora.

Os gritos aumentaram, vibrando cada vez mais alto. Assim que notaram que eu tinha, enfim, vencido a luta, me tiraram de cima dele e me guiaram para fora da arena. Olhei para trás e vi Giennah me seguindo com dois seguranças atrás. Suspirei aliviado por ela não ter se machucado e então entrei no corredor, com a ajuda dos seguranças para conseguir andar. Eu não sentia as minhas mãos e minhas costelas estavam doloridas. Meu rosto estava molhado com sangue e meu nariz, muito provavelmente, quebrado. Quando entramos na sala, me virei para o segurança.

- Não deixe a Giennah entrar, por favor. Ela não...

Antes que eu pudesse dizer mais alguma coisa, Giennah entrou como um furacão na sala e correu na minha direção. Tarde demais. Ela parou na minha frente, analisando freneticamente o meu estado e movendo as mãos pela extensão do meu corpo, sem me tocar, aproximando o toque e tirando rapidamente, como se tivesse receio de me machucar com qualquer movimento brusco.

- Meu Deus, Thomáz! O que ele fez com você? – sua voz ficou repentinamente chorosa – Por que você faz isso? Você podia ter morrido! Você... Oh meu Deus, ele te machucou muito... – Instantaneamente ela envolveu o meu rosto com as duas mãos e aproximou o rosto do meu. Eu fiquei sem reação. Uma lágrima escorreu do seu olho esquerdo enquanto ela olhava todos os cantos do meu rosto. Por cima do ombro, ela gritou:

- Alguém traz uma toalha por favor? Rápido!

Ri levemente, mas me arrependi no mesmo momento quando senti uma pontada na costela.

- Senta, eu vou ajudar a limpar esses machucados, seu inconsequente! – ela fez uma cara de brava e desviou o olhar quando um dos seguranças entregou uma toalha, água gelada, um pacote de gaze e band-aid. Os caras já estavam acostumados a entregar medicamentos e materiais nos finais de luta, então prontamente trouxeram tudo que eu precisava.

Giennah me guiou até a mesa no canto da sala, me fazendo sentar na cadeira e sentir dor em alguns pontos que eu nem sabia que tinha no corpo.  Ela embebeu a toalha com água gelada e fazendo um montinho com o dedo na toalha, aproximou o pano da minha boca. Senti uma fisgada na hora.

- Não faça essa cara. Isso é o mínimo que você merece por ter feito eu quase morrer do coração. 

Apesar do pano na minha boca e a fisgada ficando cada vez mais suportável, sorri para ela.

- Você ficou preocupada comigo, Jones?

Ela parou instantaneamente de mover a toalha e me encarou.

- Óbvio que sim! Eu me preocuparia com qualquer um naquela situação – ela desviou os olhos dos meus e focou a atenção na minha boca, voltando a limpa-la. Suas bochechas coraram levemente.

- Então por que você não teve a mesma preocupação de cuidar do Rato, como teve comigo? – perguntei, vendo suas bochechas corarem mais ainda.

Ela afastou o toque do meu lábio e se afastou.

- Se não quer a minha ajuda, é só falar, seu ogro.

Soltei uma gargalhada, diminuindo o som assim que senti mais uma fisgada na coluna.

- Não é nada disso, Jones. É claro que eu quero ser cuidado por você. Vem aqui – A chamei com as mãos e ela relutantemente se aproximou novamente e então pegou a toalha de volta.

Enquanto ela passava a toalha no meu rosto e de minuto em minuto a molhava com mais água, analisei o seu rosto. Ela sabia que meus olhos estavam nela, porém focou a atenção em seu trabalho. Eu já estava acostumado com a dor e a ardência, então não me incomodei quando ela colocou um pouco mais de pressão no corte da minha sobrancelha.

- Terminei. Espero que eu não precise fazer isso novamente e que essas surras que você levou hoje, sirvam de lição – ela começou a se afastar com a toalha, mas antes que ela saísse de perto, puxei sua cintura na minha direção, a pegando de surpresa, fazendo ela cair de lado no meu colo.

Aproximei o meu rosto do dela, mas fui impedido pela sua voz quase em um sussurro:

- O que pensa que está fazendo?

Mirei o olhar nos seus lábios e raspando a boca na sua, sussurrei antes de beijá-la:

- Agradecendo.

Colei os meus lábios nos seus, desesperado. A sensação de beijar Giennah era como enfim, beber água gelada estando com a boca seca. Seus lábios molhados não desgrudaram dos meus enquanto eu os movia sobre os dela. Cobri a sua boca e toquei seu lábio inferior com a ponta da língua, fazendo-a abri-los instantaneamente. Minha língua invadiu a sua boca, entrelaçando na sua, igualmente desesperada. Acho que não era o único que desejava esse momento. Senti suas mãos na minha nuca e seu corpo colar no meu peito. Ela beijava incrivelmente bem. E eu não queria mais solta-la.

Acho difícil que depois de hoje, eu consiga me manter afastado dela.

Sua boca se movia pela minha, deixando minha língua formigar em contato quente com a sua. Segurei sua cintura com as mãos, movendo seus quadris para ficarem de frente para mim. Ela passou a perna pela minha cintura, cercando-a, ficando frente a frente comigo, sem romper o beijo. Meu pau já estava duro desde o momento em que ela encostou a porra da toalha na minha boca. Desci as mãos para a curva da sua bunda e a apertei, sentindo Giennah colar mais ainda o peito no meu.

Meu Deus, essa mulher ainda acaba comigo.

Em um movimento brusco, Giennah pressionou um ponto sensível da minha costela com o corpo, fazendo eu soltar os seus lábios no mesmo momento. Ela se levantou do meu colo, assustada com o som de dor que saiu da minha garganta e colocou as mãos na boca.

- Desculpa! Eu te machuquei? – perguntou, genuinamente preocupada.

A dor passou rapidamente, como se nem tivesse sido sentida, e então eu sorri para a garota a minha frente.

- Doeu mais quando você levantou – respondi, sincero, porém com um sorriso ladino nos lábios, que já ansiavam por mais contato.

Ela revirou os olhos, mas com um sorriso igualmente safado.

- Você é louco, sabia?

- Já me disseram algo parecido, mas não era eu que ficava louco...

- Meu Deus! Você é um pervertido, Thomáz. Apenas saiba que isso – apontou entre a gente – não vai acontecer de novo, que fique claro.

Ri alto, pressionando onde doía na lateral do corpo.

- Vou anotar isso quando você bater na minha porta pedindo uma segunda dose.

Dessa vez, ela que riu alto.

- Nos seus sonhos, vizinho, nos seus sonhos.

Sorrindo, me levantei e vesti meu moletom, com cuidado para não forçar os músculos. Eu ficaria de cama por um tempo até parar de der. Merda.

Saímos da sala e com alguns seguranças, chegamos na parte externa do galpão.

- Você não vai dirigir essa coisa nesse estado, né? – Ela perguntou quando eu coloquei o capacete e entreguei o outro para ela.

- Claro que eu vou. A não ser que você queira ir andando.

Ela revirou os olhos.

- Tudo bem então.

Giennah se virou e começou a caminhar na direção da calçada.

- Você não vai me obrigar a ir até aí e te trazer a força, vai?

Ela continuou andando, me ignorando totalmente.

- Giennah, vamos, por favor! Eu tô cansado e só quero levar você em segurança para casa.

Isso pareceu chamar a sua atenção e então ela parou de andar. Vi seus ombros subirem e descerem, em derrota e então ela girar o corpo e vir na minha direção, pegar o capacete e o colocar na cabeça.

- Só vou com você porque estou com preguiça de ir andando – disse.

Eu ri, e então, assim que ela montou na moto atrás de mim, tomando cuidado para não segurar com muita força em mim, dei partida na moto, indo para casa.

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