II - Onde Eu Quero Estar |hia...

By annestengel

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[Parte II de "Quem Eu Quero Encontrar"] Vincent Woodham é um aclamado escritor de 28 anos. Ante a publicação... More

PRÓLOGO
CAPÍTULO 01
CAPÍTULO 02
CAPÍTULO 03
CAPÍTULO 04
CAPÍTULO 05
CAPÍTULO 07

CAPÍTULO 06

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By annestengel

— O senhor está bem acomodado? Precisa de mais alguma coisa? — O Sr. Byrne perguntou, sorrindo enquanto eu me sentava na cadeira confortável disposta no centro da pousada, juntamente a uma mesa na altura perfeita para meu notebook. Sorri em retorno, negando e agradecendo sua presteza.

O sol, que apenas há algumas horas estava a pino, já não estava insuportavelmente quente e eu pude me instalar bem sob a sombra de uma árvore. Depois de digerir o almoço lendo um pouco, a quietude e pacatez do interior começaram a me deixar inquieto; eu sentia falta de fazer algo.

Decidi, é claro, escrever um pouco. Não estava exatamente disposto a caminhar por aí e esbarrar logo de cara em Lora, ainda mais sabendo que ela estava tão próxima agora. Eu sabia que era uma fuga; que eu podia simplesmente levantar do almoço, dizer "já venho" e encontrá-la para resolver tudo de uma vez por todas. Obviamente isso não aconteceria, e se eu parasse para pensar muito, perceberia o quão covarde eu era. Enquanto dizia que estava tudo bem e que eu apenas chegara, que ainda teria muito tempo para isso, instalei-me em meu refúgio na pousada e passei a, mais uma vez, ignorar a existência de Lora, afogando-me em meu trabalho para distrair minha mente.

Abri meu caderno de rascunhos, completamente desorganizado, e pensei no que poderia fazer tirando dali. Mesmo que eu não tivesse nenhum contrato novo, ou um prazo, era impossível parar de escrever. Aquele caderno era a prova disso, repleto de palavras desconexas soltas, conectadas, emboloradas, que algum dia poderiam vir a ser uma nova história por completo. Folheei-o, buscando inspiração e motivo para minha fuga ser justificada.

As últimas folhas eram, de alguma forma, as mais especiais. Era onde eu anotava ideias de títulos e palavras com significados curiosos que poucas pessoas conheciam. Eu pessoalmente gostava daquelas que nomeavam sentimentos que estamos acostumados a ter e nunca achávamos que havia um nome para eles. É estranha essa necessidade do ser humano de nomear tudo, ao invés de simplesmente sentir; a sensação vai existir, você a tendo nomeado ou não. Ainda assim, alguém em algum lugar do mundo se dedicava a achar uma ou outra palavra para esses sentimentos confusos e ridiculamente específicos, e, por isso, eu gostava dos nomes complicados que faziam Percy reclamar.

Algum conjunto de atitudes e sentimentos é chamado de "amor", outro conjunto é "tristeza", e outro, ainda, "alegria". E o medo de nomear algo e fazer esse algo perder sua essência misteriosa é chamado de "aimonimia", título do meu primeiro livro. Essa questão da nomeação foi justamente o que me inspirou a escrever a história que acabou me rendendo destaque como autor. Ao descobrir-se o nome de alguma coisa, o acaso torna-se um conceito vazio, e é como se essa coisa fosse estragada ao ter seu nome revelado. Por isso, algumas pessoas receiam descobrir o nome de um pássaro, de uma flor, de uma pessoa, e prendem-se apenas à existência da coisa por si só – ou pelo sentimento trazido por ela.

Meus olhos depararam-se com "Kairosclerosis" anotado em minha letra um tanto garranchosa, com três exclamações do lado. Suspirei, refletindo sobre aquela palavra e toda a história que tentara nascer dela. Kairosclerosis era sobre a percepção de que se é feliz e estar conscientemente tentando aproveitar esse momento de realização, o que acaba fazendo com que se disseque a essência dessa felicidade, separe-a e a coloque em um contexto, de forma que essa felicidade se dissolve e desaparece, sobrando apenas um gosto amargo na boca. Martín e Nynn, meus personagens, encontravam-se frequentemente nesse jogo de autodestruição: ao perceberem que estavam felizes, tentavam desesperadamente apreciar aquela felicidade, saboreá-la, separar seus pequenos detalhes para guardar em potes de areia que se dissolveriam ao menor toque de uma onda do mar. Tudo que tentavam preservar era arrastado para as profundezas, deixando-os vazios, deixando-os com o desejo de retomar aquela felicidade que compartilharam e que lhes fora tão preciosa naquele momento.

No entanto, com a revolta de Lora, a história por algum motivo perdera o sentido. Todo o trabalho e dedicação que eu tivera em minha casa na praia, tentando trazer à vida o sentimento de "amor" entre aqueles dois, fora em vão. No momento em que Lora se fora, aquela história praticamente acabada perdera sua essência e eu não sentia mais que Kairosclerosis veria a luz do sol como publicação. Depois das palavras dela, das dicas, da interpretação dos personagens, a história que eu tentara escrever fora, juntamente com a felicidade dos dois, arrastada para longe de mim e eu a perdera.

Enquanto tentava consertá-la, enquanto sacrificava minhas noites de sono e minha atenção a detalhes da vida cotidiana, uma nova história surgiu. E aquela nova história já não poderia receber o título de Kairosclerosis, pois sua essência já não era mais a mesma. Eu não sei se tivera sucesso em produzir uma história de amor, mas ela ao menos me pareceu mais certa do que a primeira tentativa. Lora nunca havia lido uma palavra sequer da história nova, e eu me perguntava se ela compraria o livro assim que saísse, ou se nunca mais leria algo que eu havia colocado o dedo na criação.

Talvez eu quisesse que ela lesse, certo. Havia coisas ali que eu gostaria de ver sua reação ao ler, coisas que nasceram graças à ajuda dela naquela noite no parque de diversões. Na verdade, quando eu parava para pensar sobre isso, mesmo o pouco tempo que eu passara com Lora tinha sido suficiente para ela me fornecer uma visão diferente sobre certos elementos e me fazer crescer como escritor. Tinha sido vantajoso, de certa forma.

Subitamente, notei o que estava fazendo, e baixei a tela do computador em frustração. Eu tinha me organizado para trabalhar e escrever, mas estava me perdendo em pensamentos de novo sobre Lora. Quando aquilo ia acabar?

Esfreguei meus olhos e levantei-me, impaciente. Se ia ser improdutivo daquela forma, era melhor resolver tudo de uma vez. Guardei todas as coisas na minha mala e fechei o quarto, avisando a Sra. Byrne que sairia para dar uma volta.

O ar estava fresco, apesar do sol ainda estar um pouco forte agora que eu saíra da sombra. A estrada de terra era rodeada por pequenos arbustos, e alguns outros caminhos perpendiculares levavam, pelo que eu pude ver, a plantações baixas de verduras que eu não sabia o nome. Os caminhos se estendiam por todo o pé do morro principal, que ficava mais distante de mim conforme eu andava, e aqueles que levavam às casas começavam a ser mais rodeados por árvores e outros tipos de cerca, para manter a privacidade das pessoas que ali moravam. Eu tentava manter minha atenção nos pequenos detalhes da natureza, como pequenas flores azuis que tinham pelo caminho, ou borboletas coloridas que farfalhavam suas asas rapidamente, ao invés de me distrair mais uma vez com a imagem de Lora e aquele sentimento incômodo que permanecia dentro de mim. Era como se um anzol estivesse preso à boca do meu estômago e, a cada passo que eu dava, meus pés puxassem esse pequeno gancho, causando um desconforto.

Eu ouvi os gansos antes de notar que estava me aproximando do criadouro, com sua grande placa "Gansos Preston". Mesmo que o lago e os pequenos abrigos de madeira construídos ao redor dele estivessem distantes, e os animais não passassem de uma massa branca e um tanto disforme ao longe, eles eram barulhentos o suficiente para me fazer parar durante a caminhada e observá-los com certo receio. Era com aquele tipo de animal que Lora crescera, e o pensamento me fez ter que segurar um sorriso. Talvez eu estivesse um pouco nervoso.

Na entrada do terreno, bem ao lado da placa, havia um caminhão estacionado descarregando algumas caixas de madeira novas. Um homem em razoável boa forma, com barba grisalha de uns três dias por fazer, cabelo fino e um tanto ralo que voava à menor brisa que passava, supervisionava o descarregamento, mas os funcionários deixavam tudo ali na frente de seu portão ao invés de levar para dentro. Aproximei-me aos poucos, observando o serviço, sem saber direito o que fazer. Já tinha minhas suspeitas de quem seria o homem e não sabia se seria seguro ou não fazer uma aproximação.

O homem coçou a barba e olhou ao redor, de repente me notando. Ele sorriu.

— Ah, você é o famoso hospedado com o Will, não é? Está dando um passeio por nossa acolhedora cidade? — Ele colocou as mãos na cintura, rolando um pouco os olhos. Decidi chegar um pouco mais perto, perguntando-me se Lora teria falado sobre mim com ele, e se ele conhecia meu rosto.

— Sim, muito prazer. Sou Vincent. Eles me falaram do seu criadouro então quis dar uma olhada, nunca vi gansos pessoalmente antes — contei, o que era verdade. Ele riu, estendendo a mão para que eu apertasse.

— Sou Mason. Fique à vontade, eles estão fazendo um estardalhaço agora por conta do barulho do caminhão, como você pode notar. Mas, bem, é pra isso que os crio então não tenho opção.

— Você precisa de ajuda com essas caixas? — ofereci, observando os funcionários do caminhão trazerem a última leva e depositarem aos seus pés. Mason coçou a barba mais uma vez e olhou para trás, buscando algo com os olhos.

— Bom, acho que Fausto se enfurnou pra acalmar os gansos e fugiu dessa tarefa. Honestamente, é bastante trabalhoso, mas dou conta sozinho, não precisa se preocupar, chefe — ele sorriu, alongando os braços para cima. Dei ombros.

— Uma mão a mais não faz diferença? Não estou tão treinado mas acho que pelo menos um pouco de ajuda posso oferecer — eu nem sabia muito bem por que estava insistindo. Dessa vez ele aceitou, já se abaixando e pegando as primeiras caixas.

— É só levar atrás daquele prédio branco baixo ali — instruiu, começando a andar. Apressei-me em pegar o mesmo tanto de caixas que ele e segui-lo. Não eram tão pesadas assim, mas a madeira machucava um pouco as minhas mãos nas quinas afiadas.

Ainda assim, em dois, conseguimos rapidamente trazer todas as caixas para o local coberto onde havíamos depositado as primeiras, e os gansos já tinham se acalmado na altura que terminamos. Minhas mãos ardiam um pouco e meu rosto estava quente pelo esforço; era esperado quando meu trabalho consiste em sentar em uma cadeira e ficar pensando e digitando. Eu não reclamei, é claro, já que era minha oferta, e não era tão ruim assim. Mas Mason pegou-me encarando minhas mãos avermelhadas e flexionando os dedos, e tinha um olhar divertido em seu rosto quando ofereceu uma água.

A porta telada separava o quintal de uma cozinha de azulejos claros, com uma mesa de madeira rústica bem no meio. Indo até a pia, Mason encheu um copo d'água.

— É do poço que temos aqui, então é completamente potável, não se preocupe — disse, ao me entregar. Agradeci. — O que está achando da cidade?

Tomei um gole e pensei um tempo.

— É... pacato. Um pouco diferente do que estou acostumado. Acabo ficando inquieto e com vontade de fazer coisas.

Ele riu.

— Você veio visitar alguém?

— Eu vim tentar espairecer um pouco. A cabeça estava cheia demais enquanto estava lá na cidade — respondi, tentando desconversar e não mostrar o desconforto que a pergunta me causava. Mason estava sendo extremamente simpático e eu não sabia se aquilo era uma armadilha ou uma característica típica interiorana. Ele riu mais uma vez.

— Sinto lhe informar, mas fez uma péssima escolha — ele disse. Um gato peludo entrou na cozinha e me encarou intensamente com seus olhos azuis. — O tempo nas cidades do interior passa de forma totalmente diferente, bem mais lento. Você vai ficar tão entediado que as coisas não vão sair da sua cabeça, só vão ficar se remoendo na cachola — ele deu uma girada com o dedo do lado da cabeça, e sorriu. — Mas às vezes isso é bom.

— Agora estou começando a questionar minha decisão — murmurei. Tentei buscar algum assunto que desviasse a atenção de mim. — É a primeira vez que vejo um criadouro de gansos. Desculpe-me se soar rude, mas por que gansos?

— Porque é fácil e rentável — ele ergueu os ombros, fazendo sinal para que eu o seguisse.

Passamos pela cozinha e entramos em um corredor um pouco escuro, repleto de quadros de molduras coloridas pendurados pela parede. Olhei para alguns rapidamente, vendo desenhos de uma Lora criança que ainda eram mantidos ali como recordações. Alcançamos uma sala de estar bem iluminada graças a janelas grandes com cortinas claras, e podíamos ver parte da criação dali. A vista era bonita, com as pequenas ondas que o vento causava no lago refletindo o sol e iluminando o cômodo de forma um tanto celestial. Alguns gansos caminhavam com seu rebolar baixo pelo gramado verde, mordiscando coisas do solo, e Fausto passou por ali levando uma bacia com muito verde em direção às pequenas casinhas de madeira feitas em volta do lago. Perdi-me nessa visão por um tempo, receoso que Lora subitamente aparecesse pela janela e eu não soubesse como me sentir. Para evitar isso, troquei meu foco para a sala onde me encontrava e de imediato meus olhos encontraram-se com os dela.

Era uma foto, o que ainda assim fez meu coração disparar de susto. Provavelmente era a formatura da faculdade dela, por seu sorriso largo e o modo que se vestia. Ela segurava um buquê de flores e parecia ainda se recuperar de um episódio não tão saudável. Já parecia melhor, mas ainda longe da Lora sorridente e cheia de energia que eu conhecera.

— Basicamente, você pode lucrar com gansos de diversas formas: ovos, as aves em si para ornamentação, abate e até limpeza de gramados e plantações. Como você pode ver, esses pequenos demônios adoram comer coisas encontradas por aí. Eu pessoalmente não gosto de vendê-los para abate, Lora me obrigou a começar a diminuir isso. E também, só faço a venda de penas e plumas quando eles estão na época de muda, já que caem naturalmente e reduz o sofrimento deles — Mason explicou, os braços cruzados, ainda observando seu terreno e seus animais. — É barato cuidar deles, só precisam de pasto, hortaliças, umas frutas aqui e lá e alguma ração, eles se complementam com minhocas e outros animais se deixar passar por ai. Fausto está aqui mais porque gosta, pois não temos necessidade de muita mão de obra.

Os grasnados dos bichos se tornaram mais altos de repente e Fausto passou correndo, com alguns deles atrás de si. Mason riu e eu não pude evitar um sorriso do garoto desengonçado.

— Ouvi dizer que são ótimos sinaleiros também, como animais de guarda. Nunca tinha visto nenhum pessoalmente antes, mas sempre tive medo por conta disso — contei, lembrando-me de algumas histórias que ouvira. No fundo da minha mente, eu me questionava o que diabos estava fazendo batendo papo sobre gansos tão casualmente com o pai da moça que provavelmente me odiava com todas as suas forças e que da última vez que eu vira quase metera um soco em meu rosto.

— Ah sim. Reagem a qualquer barulho diferente do normal, e ai fazem esse estardalhaço. É claro que um ou outro não vai ser tão incômodo assim, esses daqui são demasiado barulhentos porque são um bando todo... — ele disse. Voltou-se divertido para mim. — Não esperava que um escritor famoso fosse se interessar por gansos.

— Pode ser útil pra alguma história — dei ombros, tentando desconversar. Antes que pudéssemos continuar a conversa, a porta de tela da cozinha bateu ao longe e tanto eu quanto Mason nos viramos em direção ao corredor.

O gancho pendurado na boca do meu estômago, mesmo que eu estivesse parado, foi puxado e eu tive que refrear a vontade de levar a mão até minha barriga para protegê-la daquele incômodo. Lora atravessou o corredor em passos rápidos, com um olhar confuso e irritado ao mesmo tempo, sem nem piscar e nem olhar para seu pai. Parecia que ela não podia acreditar no que estava vendo, e aquilo não parecia exatamente deixa-la feliz. Bem, ela ainda não havia me metido um soco, então esse reencontro já estava melhor do que eu tinha planejado.

— O que diabos você está fazendo aqui? — sua voz saiu tremida e a gata enroscava-se em seus pés. Eu engoli em seco, sem saber muito bem qual resposta dar para ela. Mason pareceu congelado no lugar, olhando de Lora para mim e de volta para ela, tentando provavelmente somar 1+1 em sua cabeça.

— Oi, Lora — cumprimentei, tentando ganhar tempo, mas ela não estava nem aí para isso. Quase chutando a gata acidentalmente, pegou meu pulso e começou a puxar-me de volta para a cozinha, provavelmente para me expulsar da casa.

— Até mais, Sr. Preston. Foi um prazer — Acenei para o pai dela, resignado com sua atitude e pronto para o que viesse daquele encontro.

O confronto para o qual eu tentara me preparar era inevitável, como eu bem sabia, e a realização de que o momento chegara parecera apagar de minha cabeça toda e qualquer palavra. Ao invés de pensar no que eu falaria para ela, foquei-me em distrair minha mente com a visão de sua mão enlaçando meu pulso, enquanto me arrastava para fora da cozinha. Algo a mais que eu não sabia bem descrever parecia pesar em minha cabeça e me impedia de levantar os olhos e observá-la por completo. Eu, que tivera Lora incessantemente invadindo minha mente nas últimas semanas, percebi-me temeroso de sua versão real, e, como havia dito mais cedo para Mason, comecei a questionar minha decisão de ter vindo até ali.

Quando ela finalmente me soltou, eu sabia que não tinha mais volta. Arrependido ou não, agora teria que lidar com o que eu viera resolver.

- - - - - - - - Continua... - - - - - - - -

Nota da autora: Como prometido, o retorno! Finalmente formada, de férias, e com toda a história planejada até o fim, prontíssima para ser escrita e atualizada na frequência de sempre (a cada duas semanas, aos sábados!). Muito obrigada por esperarem e sejam bem vindos de volta!
Não é um capítulo tão impactante quanto eu gostaria que fosse, porque as coisas ainda precisavam caminhar lentamente para eles se encontrarem, então decidi responder algumas dúvidas existentes ou curiosidades. Sei que parece um pouco de encheção de linguiça, mas lembrem-se dessa vez que é Vincent quem narra, e o ritmo dele é um pouco diferente e mais lento. De qualquer forma, nossa Lora finalmente está de volta em carne e osso, e o bicho vai pegar!

Obrigada por não desistirem de mim ou da história e até a próxima atualização!
Beijos,
Anne

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