A MORTE TEM COR

By amesparzas

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A MORTE TEM COR - Narra um assassinato de uma agente federal do governo americano - Nas Kamal, onde todas as... More

APRESENTAÇÃO
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 6
Capítulo 7
Capitulo 8
Capítulo 9
Capitulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capitulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48

Capítulo 5

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By amesparzas

O avião já estava a meia hora de distância de Montreal, estavam uma de frente para a outra, permaneciam em absoluto silêncio olhando pela janela desde a hora que o avião saiu de NY. Tasha não se sentiu confortável com toda aquela história de amizade entre Lorna e Reade, afinal ela o amava e a ideia de que outra mulher o conhecia aparentemente tão bem quanto ela a deixava irritada. Na verdade, ela não tinha gostado nada dessa aproximação dos dois, mas preferiu não falar nada, odiava o papel de namorada ciumeta.

Tasha permaneceu em silêncio desde o momento em que entrou no avião, era um clima estranho naquele avião. Lorna consultou alguns dados do voo e decidiu quebrar todo aquele silêncio, sabia muito bem que a morena à sua frente não iria ceder.

- Zapata, me desculpe pelo clima que eu causei.

- Qual especificamente? — Tasha perguntou arqueando uma das sobrancelhas.

- Eu posso estar enganada, mas, era você a mulher que o fez ir para quântico não foi? — Tasha a encarou por alguns segundos e voltou o seu olhar para a janela. — Se eu soubesse que era você desde o início eu jamais teria feito aquela pergunta no bar, não tinha como adivinhar que vocês trabalhavam juntos e... eu não fiquei o com Reade, tenho certeza de que você pensou nisso.

- Você tem muitas certezas, não é? Então por que a equipe? Por que a Nas ou alguém nos quer como suspeitos? — Questionou Tasha.

- Eu sinceramente não sei, e é por isso que estamos indo para Montreal. Eu tenho certeza de que vamos descobrir coisas que podem inocentar vocês, realmente espero que me desculpe, não queria causar aquele clima. — Disse Lorna sinceramente.

- Por que saiu da CIA? — Tasha foi direta.

- Nossa! Você é bem direta, isso é quase um interrogatório. — Lorna respirou fundo o olhou pela janela do avião. — Não estava mais conseguindo fazer aquilo, ficou pesado demais para mim, teve momentos em que eu precisei fazer coisas das quais eu me arrependo, você sabe do que eu estou falando, não é?

- Não, eu não sei! — Sim Tasha entendia bem o que Lorna queria dizer. — Você fala por muitos códigos, sabe tudo sobre todos nós e não sabemos de nada sobre você. — Respondeu Tasha um pouco irritada, mas boa parte dela já tinha se sensibilizado com a história.

- Quando você trabalhou na CIA também fez coisas que até hoje se arrepende, e isso também deve ter te motivado a sair. — Tasha apenas acenou positivamente com a cabeça. — No fundo não somos tão diferentes!

Aquilo deixou Tasha pensativa, parecia um filme na sua mente. Ter estado na Cia em um certo momento da sua vida foi destruidor, existam feridas em aberto que ainda não tinham sido curadas totalmente.



O avião aterrissou em um aeroporto particular situado em Montreal, já no heliponto Tasha observou um homem encostado no carro, seu primeiro instinto foi se proteger sacando sua arma.

- Ei, pode guardar a arma. — Disse Lorna segurando a mão da Tasha. — Ele está conosco.

- Pensei que Reade tinha pedido para fazermos tudo sem ajuda das pessoas além da Patterson e do Rich.

- Você sabe que não iríamos sobreviver sem ajuda, não é? — Tasha precisou concordar com ela. — Oi Bryan, como vai? – Lorna cumprimentou o homem desconhecido. — Você conseguiu o que te pedi?

- Alli, o que você aprontou dessa vez garota? — O homem falou a abraçando.

- Nada que eu não possa resolver. Essa é minha irmã Lisa. — Lorna falou apresentando Tasha. — Lisa esse é Bryan um amigo de longas datas.

- É um prazer Lisa! Família da Alli também é nossa família. — Tasha aceitou o aperto de mãos dele. — Aqui estão as identidades que você me pediu e os celulares descartáveis. Me ligue se precisar de algo.

Lorna se despediu dele, deixando Tasha com uma cara de interrogação, completamente sem entender nada.

- O que? — Questionou Lorna ao ver a expressão de Tasha.

- O que acabou de acontecer Lorna?

- Pega! — Ela passou a identidade para Tasha. — Você vai se chamar Jully, combina com você. Tasha não podemos circular aqui como federais americanos sem levantar suspeitas, vamos precisar desses nomes falsos. E também não sabemos se vamos passar dois, três dias ou uma semana.

- O cara, o tal Bryan sabe quem você é? Porque ele te chamou de Alli?

- Não, ele me conheceu quando eu trabalhei infiltrada num caso, Alli era o nome que eu usava, decidi manter meu disfarce. Ele conseguiu os celulares e as identidades, não sabemos o que vamos encontrar aqui e é melhor estar prevenida.

Saíram em direção ao endereço onde possivelmente a Nas teria guardado as informações. No caminho Reade ligou para as duas, só para confirmar se tinham chegado bem, ele passou para elas algumas informações e logo que chegaram ao endereço se depararam com a casa toda lacrada.

- Droga! — Tasha exclamou. — Poderia ser algo mais fácil, tipo só entrar e pegar essa maldita agenda.

- Ei Zapata quer matar a saudade dos velhos tempos da CIA? – Lorna falou estendendo um par de luvas para Tasha. — Vem me ajudar a abrir essa porta.

- Você anda bem equipada, não é? Nós vamos arrombar a porta?

- Tá vendo alguém para abrir pra você? — Lorna perguntou mexendo na fechadura na tentativa de abrir a porta. — Vem Natasha, consegui abrir, só toma cuidado.

- Hmm, você é boa nisso. — Tasha precisou elogiar a rapidez e habilidade de Lorna.

- Em outras coisas também. — Lorna falou em um tom sarcástico tentando quebrar a tensão do momento.

As duas seguiram com cuidado até o andar superior da casa, atentas a tudo o que viam.

- Lorna quantas vezes você esteve aqui? — Tasha puxou conversa.

- Acredito que umas três vezes, em uma delas foi uma festa que demos, um dos convidados estava sendo investigado e foi preso e ... Olha essa foi a sala que foi gravado o vídeo, então tem que ter algo aqui. — Lorna foi na frente e Tasha a seguiu.

Elas procuravam por cofres ou locais que poderiam ser algum tipo de esconderijo.

- Achei algo. — Disse Tasha empurrando uma moldura. — Um cofre? Sério Nas? — Bufou Tasha. — Que criativo!

- E não é um cofre fácil de abrir adivinhei? — Falou Lorna se aproximando.

- Acertou! Mandei a foto para a Patterson, ela vai nos explicar como abrir.

Enquanto Patterson dava as coordenadas de como abrir o cofre, Lorna permanecia atenta a qualquer coisa. Logo um barulho foi ouvido vindo do andar de baixo.

- Zapata você ouviu isso? — Lorna parecia assustada.

- Não vem me dizer que a casa é mal-assombrada, por favor. Você acredita em fantasmas? — Zombou Tasha.

- Eu acredito nos sons que estou ouvindo. Acha que a Nas teria coragem de forjar a própria morte? O que ela ganharia com isso? — Perguntou Lorna.

- Não faço a menor ideia, acho que as pessoas são capazes de tudo. — Respondeu Tasha.

- Estamos sendo vigiadas, tem algo lá embaixo. — Falou Lorna impaciente.

- Lorna estou quase abrindo o cofre e vou precisar da sua ajuda.

- Eu sei, mas você não está ouvindo isso?

- Não! Espera só um pouco e eu te deixo caçar os fantasmas. Por favor não tem mais ninguém aqui além de nós duas. Então vem aqui e me ajuda a abrir isso. — Disse Tasha enquanto obedecia às coordenadas de Patterson.

Lorna andava de um lado para o outro da pequena sala, olhava pela janela e não via nada, mas dentro dela tinha uma sensação de que algo estava para acontecer e não seria nada bom.

- Estou falando sério, tem mais alguém aqui. — Insistiu Lorna.

- Isso é o seu subconsciente, está te fazendo ficar com medo de uma casa mal-assombrada. — Falou Tasha. — Estou quase abrindo, só me dá alguns segundos.

- Tasha! — Lorna tentou mais uma vez alertar a parceira.

- Consegui! Pronto agora temos a agenda, vamos sair daqui antes que as suas assombrações apareçam. — Tasha brincou.

Quando as duas estavam no corredor da casa se preparando para sair puderam ouviram passos que se aproximavam cada vez mais, num impulso Tasha conseguiu puxar Lorna para um dos quartos. Agora ela sabia que não era só coisa da cabeça da sua dupla.

- Viu! Eu te falei que tinha alguém na casa. — Lorna sussurrou.

- Desculpas senhora sensitiva, da próxima eu presto mais atenção às suas paranoias. — Tasha debochou.

- Não é hora de brincar Zapata! Como vamos sair daqui? Você conseguiu ver algo? — Perguntou Lorna que se mostrava bem assustada.

- Nada, não deu para ver quase nada, só um vulto vermelho passando muito rápido. — Respondeu Tasha. — Precisamos de um plano, você conhece bem essa casa, sabe de alguma saída?

- Deixe-me lembrar. — Pediu Lorna.

- Não temos tanto tempo. — Alertou Tasha.

- Já sei, as saídas de ar, nesse quarto deve ter alguma. — Falou Lorna indo em direção a uma delas.

As duas bloquearam a passagem da porta com um sofá que tinha no cômodo, era algo temporário enquanto buscavam um meio de sair daquele lugar.

- Zapata por aqui. — Lorna indicava uma passagem na ventilação. — Vou te dá impulso e você sobe, vai te levar até o telhado é só seguir em frente e não faça barulho.

- E quanto a você? Vai bancar a heroína? — Questionou Tasha.

- Quero que vá e entre no carro, fique escondida lá. Seja quem for que está lá fora quer a agenda, quero que a leve com você, e se eu demorar quero que vá embora daqui e fique segura.

- Não vou te deixar aqui sozinha. — Insistiu Tasha.

- Alguém precisa descobrir o que tentou nos atacar, se eu demorar pegue o voo para NY, eu tenho outros meios de voltar, ok? — Orientou Lorna.

Tasha já estava pronta para seguir o caminho até o teto quando seu instinto falou mais alto.

- Ei, Lorna? — Tasha lhe chamou.

- Sim?

- Estou te esperando no carro, tente chegar viva lá, ok? Você consegue! — Incentivou Tasha.

- Obrigada, agora vai! Vai logo!

Seja lá o que estivesse atrás delas agora tentava abrir a porta do cômodo em que Lorna estava um misto de desespero e tensão pairava naquele cômodo.

- Droga, droga! No que você se meteu Lorna? Era para você ter saído logo, por que bancar a salvadora da pátria? — Lorna estava tão preocupada com a sua situação que começou a questionar suas próprias atitudes. — Aqui tem munição e granada de luz, parece ser perfeito. — Ela só precisava de acalmar para planejar uma saída daquele lugar e ela era especialista em fazer isso.

Tasha por muitas vezes pensou em voltar para ajudar aquela pessoa que ela mal conhecia e já tinha uma péssima sensação sobre ela. Queria ajudá-la, não saberia o que aconteceria se voltasse, e se fosse uma armadilha? Se toda essa história de agenda e vulto fosse algo combinado? E se voltasse e acontecesse algo bem pior?

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