Las Vegas (Jikook) | Concluída

Oleh AlmtkA

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Jungkook faz uma viagem para Las Vegas para a sua despedida de solteiro. O que ele não imaginava era que bast... Lebih Banyak

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capitulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítudo 56
Capítulo 57
Capítudo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
Final | Parte 1
Final | Parte 2
Pré-venda do livro fisico!
Valores, brindes e mais!
O livro está lançado!
SEGUNDA EDIÇÃO

Capítulo 48

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Oleh AlmtkA

Por favor, não esqueçam da ⭐️

🎰 Boa leitura! 🎲

♠️♦️♣️♥️♠️♦️♣️♥️♠️♦️♣️♥️

Jimin estreitou os olhos na direção dos dois senhores bem vestidos que conversavam próximos a mesa. Não havia dúvida, eram os pais de Jungkook e Yeri.

— Kim Wonshik... — Murmurou pra si mesmo.

— O que disse? — Jongin assustou Jimin, que tinha esquecido da sua presença.

— Ah, nada não. Só estou surpreso por ver Wonshik aqui. Deixou a filha assumir sua posição sem dar nenhuma explicação e só aparece agora, bem na hora da coletiva de impressa?

— Acho que todos estão curiosos com que Jungkook irá dizer hoje.

— Esse é o meu medo... a curiosidade. — Jimin respondeu ainda olhando para os dois senhores.

— Acho que ainda tem alguns lugares lá na frente, vamos nos sentar?

— Pode ir, prefiro ficar aqui no fundo.

— Está bem, obrigado por me acompanhar no almoço. — Jongin sorriu para o loiro, se afastando em seguida.

E então, algo agitou os presentes. Junto com os flashes dos fotógrafos, surgiram Namjoon e Jungkook. Os dois andavam com tranquilidade, se dirigindo às duas cadeiras que estavam por trás da mesa grade, onde também estavam posicionados diversos microfones.

Antes de tomar o assento, Jungkook avistou Jimin no fundo da sala, em pé com as mãos nos bolsos da calça. Sem tirar os olhos daquele homem que fazia seu coração dar piruetas, soltou um suspiro longo, aliviado por ele estar ali. Era como se ele pudesse passar algum tipo de confiança extra, mesmo a metros de distância.

Mas o coração aquecido foi substituído por um frio na espinha ao ver seu pai sentado na primeira fileira, com as pernas e braços cruzados e a expressão séria.

Os jornalistas se levantaram, sem ordem nenhuma, fazendo perguntas aleatórias para o CEO da empresa, que se mantinha calado. Namjoon levantou as mãos, pedindo calma e que voltassem aos seus lugares.

Uma vez que a ordem foi estabelecida novamente, o chefe do departamento deu início à coletiva de imprensa.

— Boa tarde, senhoras e senhores. Em nome desta empresa, gostaria de agradecer a presença de todos. Estamos aqui para que o CEO Jeon esclareça algumas questões que vem inquietando muitos de vocês. Quero deixar claro que não abriremos para perguntas. — Vozes de protesto foram ouvidas por todos os lados, fazendo Namjoon pedir silêncio novamente. — Com a palavra, Jeon Jungkook.

O moreno suspirou, tentando acalmar seu coração acelerado. Ajeitou-se melhor na cadeira e posicionou o microfone à frente de seus lábios.

— Boa tarde a todos. Eu sou Jeon Jungkook, CEO desta empresa a dois anos, desde que meu pai, Jeon Jihoo, que está presente neste recinto, me confiou a liderança dos negócios da família. Nos últimos dias, boatos espalhados por fontes não identificadas, fizeram a confiança em nossa empresa cair. Todos sabem que o mercado de ações é extremamente especulativo, e que muitos fatores podem ajudar para que os valores caiam ou subam. Estou aqui para afirmar a todos os nossos clientes e acionistas que a base ética de nossa empresa não mudou. Desde o início, sempre cumprimos com todos os compromissos assumidos, visando sempre à expansão das nossas fronteiras, mas com cautela e responsabilidade. Não foi à toa que, em algumas décadas, chegamos ao topo da nossa área. Foi com muita competência de toda a administração que, cada vez mais, despontamos como os líderes na área de tecnologia. E é com essa base sólida que eu afirmo que nenhum assunto externo às paredes desse edifício, influenciará na continuidade do nosso trabalho. Muito obrigado a todos.

— Esta coletiva de empresa está encerrada. — Namjoon declarou.

Jungkook afastou o microfone de si, aliviado por aquilo ter sido mais rápido do que imaginou. E enquanto os jornalistas ainda insistiam em fazer perguntas, o moreno olhou para o fundo da sala, buscando aquele com quem precisava conversar. Jimin ainda estava no mesmo lugar, com um pequeno sorriso nos lábios, como se estivesse satisfeito com o que vira.

Namjoon e o CEO fizeram menção de levantar, mas nesse momento, uma pessoa surgiu por trás deles, trazendo mais uma cadeira, posicionando-a ao lado de Jungkook. No segundo seguinte, uma onda de flashes foi disparada na direção deles. E enquanto tentavam enxergar no meio das luzes fortes, Yeri sentou-se ao lado de Jungkook.

Enquanto a senhorita Kim puxava um dos microfone para si, os dois amigos se entreolharam assustados, sem entender o que estava acontecendo.

— Yeri, o que pensa que está fazendo? — Jungkook perguntou baixinho.

Sorrindo para os jornalistas, a ex-noiva do moreno aproximou os lábios da orelha do outro.

— Acho que eu também deveria participar dessa coletiva.

— Do que você está falando? Essa coletiva já foi encerrada.

— E eu estou abrindo-a novamente, meu bem. — Yeri fez um carinho no ombro de Jungkook, ganhando novos flashes em sua direção.

Jimin assistia a cena de longe, começando a ficar preocupado com que estava para acontecer. Aquilo era para ser uma declaração discreta, apenas para tranquilizar a mídia sedenta por uma pauta bombástica. Mas quando se tratava de Yeri, nada poderia ser discreto.

— Senhoras e senhores, boa tarde. Meu nome é Kim Yeri, como vocês já devem saber. Eu gostaria de tomar mais alguns minutos de vocês para me apresentar oficialmente como a sócia majoritária desta empresa. Por motivos de saúde, meu pai... — Apontou para Wonshik que sorria para a filha da primeira fileira. — Passou suas ações para o meu nome, me cedendo seu cargo que tanto prezou por todos esses anos.

— Senhorita Kim! — Um jornalista gritou do funda da sala, chamando a atenção de todos. - Como foi a recepção da diretoria à sua nova posição?

— A diretoria? — Yeri olhou para Jungkook e Namjoon. — Não poderia ter sido melhor. Acho que todos sabiam que, mais cedo ou mais tarde, isso aconteceria.

— Senhorita Kim! — Um segundo jornalista se manifestou. — Qual será a sua contribuição na empresa?

— Eu vou continuar com o ótimo trabalho que meu pai desempenhou por tantos anos. Como Jungkook disse, passando essa pequena crise gerada por especulações, a empresa voltará a prosperar como sempre.

— Senhorita Kim! É verdade que o casamento de vocês foi cancelado? Estando os dois à frente da empresa, isso não vai atrapalhar o trabalho?

Jungkook tentou puxar o microfone para si, mas Yeri fez força contrária, impedindo o moreno de tomar a palavra.

— Excelente pergunta. — Ela ajeitou os cabelos longos. — Sim, o casamento que aconteceria dentro de alguns dias foi cancelado.

Um burburinho foi instalado naquele local. Não havia uma pessoa se quer que não estivesse comentando aquela confirmação. E assim como todos, Jungkook estava espantado com aquela resposta. Não imaginava que sua ex-noiva admitiria o fim do casamento com tanta naturalidade.

Jimin soltou todo o ar que estava prendendo desde que a pergunta foi lançada no ar, dissipando um pouco da apreensão que estava sentindo. Sabia bem que Yeri era capaz de tudo para trazer as coisas para o seu lado, mas parecia que, pela primeira vez, o bom senso estava prevalecendo.

— E qual foi o motivo do rompimento do noivado, senhorita Kim? — A pergunta soou no meio daquela confusão.

— Rompimento? — Yeri indagou. — Acho que vocês me entenderam errado.

E então, as conversas foram substituídas pelo silêncio.

— Eu disse que o casamento foi cancelado, não o noivado.

Namjoon derrubou seu microfone da mesa e Jungkook ficou branco como um papel. Jimin teve uma crise de tosse, chamando a atenção dos que estavam por perto.

O loiro apertou os lábios um no outro, sentindo a frustração tomar conta de si. Como tinha sido ingênuo, é claro que a Yeri não ia facilitar as coisas.

— Nós cancelamos o casamento por uma questão prática. — Yeri continuou, fazendo todos se silenciarem para ouvi-la. — Como meu pai não estava se sentindo muito bem e eu tive que assumir o seu lugar, Jungkook e eu optamos por adiar a cerimônia, apenas para que eu pudesse me adaptar ao novo cargo. Achamos que seria prudente, já que esta empresa é a nossa prioridade.

Jungkook abaixou o microfone de Yeri com uma das mãos, impedindo-a de continuar falando.

— Você está louca, Yeri! — Esbravejou rente à sua orelha.

— Você é que estava louco quando terminou comigo. — A morena sorriu disfarçando para os jornalistas. — Você ainda não entendeu que eu não vou parar até ter você de volta?

— Mas Yeri... — O moreno tentou engolir a raiva presa na garganta. — Acabou e eu não vou voltar para você. Pare com esse circo.

— Circo? Me desminta então, Jungkook. Quero ver você fazer papel de palhaço na frente de todos. Quero ver você dizer que tudo o que eu disse não é verdade. Vou adorar assistir de camarote as ações despencarem novamente. Vou adorar você ser desacreditado como líder dessa empresa. Seu pai, ali... — Apontou para Jihoo, que também parecia confuso como os outros. — Vai morrer de desgosto.

Jungkook congelou, sentindo seu coração afundar ao pensar na decepção que seria para o seu pai. Sabia bem que seu progenitor odiava escândalos e sempre foi muito reservado para que o nome de sua família não caísse na boca dos maldosos.

Lentamente, se afastou de Yeri, olhando com o canto dos olhos para o seu pai, que mantinha os braços cruzados enquanto esperava ansioso pela continuação da coletiva de imprensa.

Olhou para o fundo da sala, vendo Jimin apertar a gravata com uma das mãos, tentando não demonstrar todo o nervosismo que sentia. O loiro tinha a respiração curta, entrecortada, sentindo a boca secar cada vez mais. Seu coração batia rápido, e o silêncio de Jungkook o deixava cada vez mais agoniado. Com certeza seu namorado não estava preparado para aquela situação. Talvez, se quer, imaginava que algo assim pudesse acontecer. E por isso, Jimin estava preocupado com as atitudes de Jeon, rezando para que ele não fizesse aquilo que ele mais temia.

Jungkook olhou para o pai e depois para Namjoon, buscando por uma ajuda silenciosa e desesperada.

E então, Jeon soltou o microfone, voltando-o para a posição anterior.

Os braços de Jimin penderam ao lado do corpo. Olhou para cima, fechando os olhos em seguida, não acreditando no que estava acontecendo. Jungkook havia realmente cedido.

O CEO procurou por seu namorado, vendo-o passando as duas mãos nos cabelos, olhando de um lado para o outro, mas sem parecer estar prestando atenção em mais nada. E quando seus olhares se encontraram, Jungkook pode ver toda a decepção estampada no rosto de seu amado, que mal conseguiu sustentar o olhar, se virando bruscamente e saindo daquele local.

Aquele dia tinha acabado de ficar ainda pior.

— Bom, acho que por hoje é isso. A coletiva de imprensa está encerrada. — Yeri anunciou vitoriosa no microfone.

Os jornalistas se agitaram novamente, cada um gritando uma pergunta, tentando arrancar mais informações daquele casal.

Os três que estavam sentados na mesa se levantaram, ignorando qualquer abordagem da mídia presente. Mas antes de saírem dali, Yeri segurou em uma das mãos de Jungkook e sorriu para as câmeras, acenando enquanto os flashes eram disparados.

— Jungkook, onde você pensa que vai? — Namjoon o segurou pelo braço quando viu o amigo querer sair correndo.

— Eu preciso falar com Jimin! — O moreno estava um tanto desesperado.

— Não, agora não. — Namjoon fez um sinal com a cabeça na direção dos jornalistas. — Deixe que eu vou atrás dele. Acho que você tem outros problemas para tratar agora.

O chefe do departamento jurídico foi para uma direção, enquanto o CEO tomava o sentido oposto, indo atrás de Yeri, que já tinha deixado a sala.

Jungkook tentava furar o bloqueio dos jornalistas, que ainda tentavam falar com ele, indo atrás da mulher que era igualmente seguida pela mídia.

Com a ajuda de seguranças, Yeri conseguiu entrar em um carro, que lhe aguardava na porta da entrada principal da empresa. Ela estava fora do alcance do CEO, por enquanto.

Cada vez mais irritado, Jeon voltou para dentro, vendo que seu pai esperava o elevador. Correu até lá, a tempo de entrar com ele na cabine.

— Appa... — Chamou ofegante.

— Jungkook, meu filho. Eu queria dizer alguma coisa, mas eu simplesmente estou confuso demais. Eu queria lhe dizer que estou feliz por ter ouvido que o noivado não foi cancelado, mas sei que eu estaria me iludindo. Pela sua cara, consigo presumir que isso não passou de um teatro.

— Um teatro nada ensaiado, appa. Yeri agiu sozinha, não era nem para ela estar nesta coletiva de imprensa. Eu apenas ia dar uma declaração pública, sem abrir para perguntas, mas parece que ela sempre quer chamar mais atenção do que todos.

— Pois é, meu filho. E parece que ela está conseguindo, não é mesmo?

Jungkook ficou sem palavras, afinal, seu pai tinha toda a razão. Mesmo se esforçando para evitar, Yeri estava ganhando toda a atenção que queria. E hoje, mais uma vez, mostrou que não estava brincando.

— Appa... e-eu...

— Não precisa dizer nada. Se você não negou o que ela disse para os jornalistas, é porque tem algum motivo forte. E eu espero que seja forte o suficiente para manter a empresa estável. — Jihoo saiu do elevador, na garagem. — Tem uma nova reunião da diretoria para acontecer em breve. Meu único conselho é que você se prepare, meu filho. Nenhum dos sócios vai facilitar para você.

— O Jongin... — Jungkook engoliu um pouco do ciúme. — Ele tem ajudado com algumas coisas, e...

— Não conte com ninguém, filho. No final, cada um só está interessado em defender o que é seu. Pense nisso.

E com isso, Jihoo soltou a porta do elevador, deixando Jungkook em um carrossel de emoções. O CEO apertou o botão de seu andar com força, chutando uma das paredes da cabine, fazendo-a chacoalhar. Sua vontade era gritar, colocar toda a frustração para fora. Sentia-se sufocado, por todos os lados. Só queria poder abraçar Jimin novamente, sentir o perfume dos cabelos claros e a maciez da pele de seu corpo.

Mas se não bastasse a briga da manhã, ainda tinha a coletiva de imprensa. E jungkook apertava os dedos em punho, sentindo o coração doer só de lembrar da reação de Jimin ao escutar da boca da Yeri que o noivado não tinha sido cancelado.

Mais uma vez, Jungkook se sentia um covarde.

Mas não ficaria de braços cruzados como da outra vez. Iria se redimir pelos seus erros.

Saiu como uma bala de canhão de dentro do elevador, caminhando com pressa enquanto tirava seu celular do bolso para ligar para Jimin. Ignorou todos os chamados de sua secretária e entrou em seu escritório, já com o aparelho no ouvido. Mas antes que pudesse ouvir o primeiro toque da chamada, levou um susto com a presença de Kim Wonshik dentro de sua sala.

— Não é possível! Será que eu não vou ter um segundo de paz nesse dia? — Jungkook deixou escapar sua indgnação.

— É um prazer te rever também, Jeon. — Wonshik ironizou de cara fechada.

— O que quer? Que eu saiba você não trabalha mais aqui. — Jungkook continuava parado na porta de seu escritório.

— Seu moleque sem educação! — O pai de Yeri esbravejou. — Você merecia outra surra. — Ameaçou.

— Encoste outro dedo em mim e eu não respondo por minhas ações. Não vou me importar de sair algemado dessa empresa.

— Aish, seu atrevido! Eu vim aqui em paz, tentar reestabelecer a boa convivência entre as nossas famílias, mas parece que você acordou com o pé esquerdo. E por respeito à minha filha, sua noiva, eu vou deixar essa conversa para outro dia.

— Noiva? — Jungkook riu de nervoso. — Essa loucura só pode ser contagiosa! — O CEO, sentindo a raiva explodir em seu peito, falava alto, sem se importar com as pessoas que estavam ouvindo. — Sua filha e você só podem estar fora do juízo perfeito. Em que mundo vocês estão vivendo? Eu já disse, a.c.a.b.o.u!

— Não foi isso que ouvi na coletiva de imprensa...

Jungkook cobriu o rosto com as mãos, tentando não perder os resquícios de paciência que tinham sobrado. Aquilo só poderia ser uma piada, aqueles dois só podiam estavar vivendo em uma realidade paralela, ou aquele circo todo tinha o único objetivo de o enlouquecer.

— Saia... — Segurou a porta aberta com uma das mãos, enquanto a outra apontava para fora.

Wonshik resistiu, sustentando o olha no de Jungkook.

— Eu disse, saia!

O pai de Yeri acabou cedendo. Passou direto por Jungkook, sem se quer olhá-lo na cara.

O CEO bateu a porta com força, apoiando o topo da cabeça e as duas mãos espalmadas na madeira. Jungkook fechou os olhos, puxando o ar para dentro dos pulmões, tentando se acalmar. A vontade de gritar crescendo a cada segundo.

Ficou ali, parado por alguns instantes, sentindo o coração voltar a bater no seu ritmo normal. E assim que sentiu seu sangue voltar a circular, sua mente vagou até Jimin.

Abriu os olhos assustados, lembrando-se que, aquele sim, era um assunto importante e precisava ser resolvido naquele momento. Voltou a pegar o celular no bolso, ligando para o namorado imediatamente.

Chamou uma... duas... três... quatro... cinco vezes, até que caísse na caixa postal.

Sem nenhuma intenção de desistir, ligou novamente, obtendo o mesmo resultado de antes.

Jungkook jogou-se no sofá que havia no seu escritório, tentando pela terceira vez falar com Jimin. Mas dessa vez, se quer chamou, a ligação foi direto para a caixa postal. Provavelmente, ele tinha desligado o celular.

O moreno recostou a cabeça no encosto de couro, suspirando derrotado. Mas seu coração quase saiu pela boca quando seu aparelho passou a vibrar em suas mãos.

Era Namjoon.

— Me dê uma boa notícia, por favor! — Foi a primeira coisa que disse ao atender.

— Park foi para casa. — Namjoon ouviu o amigo soltar o ar preso. — Mas ele pediu para te avisar que não é para procurá-lo hoje.

— Aish, como eu deixaria de procurá-lo depois de tudo isso que aconteceu? Eu preciso explicar que...

— Jungkook... — Namjoon o interrompeu. — Dê um pouco de espaço, ele está chateado. Jin está com ele, Jimin está se distraindo o ajudando com as coisas da inauguração do restaurante no domingo. Se você foi atrás dele, talvez as coisas só piorem.

— Não tem como piorar... Eu vou até o apartamento dele.

O CEO não deu tempo nem do amigo responder. Encerrou a ligação e saiu de sua sala correndo.

O minuto que se passou entre o último andar aquele edifício até a garagem parecia interminável. Jungkook mexia uma das pernas freneticamente, impaciente com a demora.

As portas da cabine mal se abriram e o moreno já estava em disparada na direção de seu carro.

Em alta velocidade, deixou para trás as dependências da empresa, ganhando as ruas de Seul que já começavam a ser ilumidadas pelos postes. Era uma sexta-feira, e a cidade começava a se agitar para o fim de semana, deixando o trânsito carregado.

Esquecendo-se do politicamente correto, Jungkook tentava chegar ao prédio de Jimin o mais rápido que podia, pegando rotas alternativas, ultrapassando pela direita e avançando alguns semáforos. Já não ligava para as buzinas que soavam ao seu redor e nem para os insultos que outros motoristas o dirigiam.

Faltava menos de um quilômetro para alcançar o seu destino quando percebeu seu carro balançar levemente. Jungkook diminuiu a velocidade, até que parou em um semáforo fechado. Abriu a janela e colocou a cabeça para fora, descobrindo um pneu furado.

O moreno praguejou, soltou todos os palavrões que conhecia. Com o semáforo aberto, saiu do meio da rua, encostando seu carro próximo ao meio fio. Do lado de fora do veículo, observou o estrago feito. Não daria para continuar sem trocar o pneu.

— Caralho, eu devo ter acordado com os dois pés esquerdos hoje. Não é possível. — Jungkook chutou a roda da frente de seu carro, chamando a atenção dos que passavam na calçada.

Não iria trocar naquele momento, iria tomar tempo demais. Olhou ao redor, em busca de um taxi, mas não havia nenhum. Decidiu então ir a pé, já que não estava tão longe do seu destino.

No caminho, olhava para o chão, pensando no que diria quando estivesse à frente de Jimin. Como poderia justificar o seu silêncio ao ter o cancelamento do noivado desmentido em público?

Não conseguia explicar para si próprio porque não conseguiu dizer uma única palavra naquele momento. Tudo havia acontecido muito rápido e inesperadamente. Pressionado por todas aquelas pessoas ao seu redor, incluindo seu pai, achou que, talvez, poderia ser uma solução rápida para a queda das ações.

Mas agora, sabia que tinha sido um grande erro. Compactuar com a encenação de Yeri foi uma atitude totalmente irresponsável. As coisas poderiam se acalmar das portas para fora da empresa, mas Jungkook sabia que tinha dado mais combustível para sua ex-noiva.

Como se não tivesse sentido a caminhada, o moreno parou na frente do portão do prédio de Jimin. Não havia mais porteiro naquele horário, então teria que chamá-lo pelo interfone.

Tocou uma vez, esperando ser atendido. Mas nenhuma voz saiu por aquele aparelho. Tentou mais algumas vezes, com intervalos cada vez mais curtos entre os toques, mas nada de Jimin atendê-lo.

Sentindo todo o cansaço do dia tomar o seu corpo, Jungkook desistiu de chamar. Virou-se para a rua, que não era muito movimentada, e sentou-se no meio fio. Apoiou os cotovelos nos joelhos, segurando a cabeça com as duas mãos, puxando levemente os fios escuros entre os dedos.

Não sabia mais o que fazer naquele momento. Não queria ir para casa, só queria poder ver Jimin.

— Jungkook... — O moreno levantou a cabeça, olha para os lados tentando descobrir de onde vinha aquela voz tão conhecida.

— Jimin? — Sussurrou baixinho, procurando por seu namorado.

— Jungkook... o que está fazendo aqui?

O moreno percebeu que a voz vinha do interfone do prédio. Levantou-se desajeitadamente, indo até mais próximo para responder o chamado.

— Mochi, por favor. Me deixa entrar.

— Por que você estava sentado na calçada?

Jungkook olhou para cima, notando que a janela da sala de Jimin era virada para aquele lado. Provavelmente ele tinha o visto dali.

— Por favor, vamos conversar.

— Hoje não, Jungkook.

— Jimin, eu...

— Nochu... — Aquele apelido fez o moreno sentir uma pontada de esperança, que se dissipou no segundo seguinte — Vá para casa...

— Não sem antes falar com você!

— Não insista! Me dê um tempo... acho que não consigo nem olhar para você hoje. Vá para casa.

E então o interfone ficou mudo.

♠️♦️♣️♥️♠️♦️♣️♥️♠️♦️♣️♥️

Olá, flores do meu Bellagio!!!

Dessa vez eu voltei mais rápido!!

Espero que tenham gostado do capítulo!

Só queria dizer que o próximo vai estar recheado de surpresas! Estou empolgadíssima!

Quem quiser mandar perguntinhas sobre a fic ou sobre o que quiserem, aqui está o link do meu ccat! Mandem mimos, não mandem hate, ok? 😂

https://curiouscat.me/AlmtkA

Beijinhos!

Amo vocês! 💜

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