The Hamptons ✧ l.s.

By loverofmaria

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O lugar onde Louis Tomlinson acaba um namoro de oito meses e é surpreendido (constantemente) pelo quaterback... More

✧prologue
✧one
✧two
✧three
✧four
✧five
✧six
✧seven
✧eight
✧nine
✧ten
✧eleven
✧twelve
✧thirteen
✧fourteen
✧fifteen
✧sixteen
✧seventeen
✧eighteen
✧nineteen
✧twenty
✧twenty one
✧twenty three
✧twenty four
✧twenty five
✧twenty six
✧twenty seven
✧twenty eight
✧twenty nine
✧thirty
✧thirty one
✧thirty two
✧thirty three
✧thirty four
✧thirty five
✧thirty six
✧thirty seven
✧thirty eight
☼thirty nine
✧forty
✧forty one
✧forty two
✧forty three
✧forty four
✧forty five
✧epilogue
✩thank you

✧twenty two

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By loverofmaria

– Então deixa eu ver se eu entendi. Vocês ficaram ontem, passaram o dia todo juntos e foi incrível. Mas quando você foi embora da festa ele ficou com outro garoto? – Fizzy perguntou com Lottie do seu lado, vendo o irmão na sua frente assentir com a cabeça. – Que escroto ele é então.

Louis mal conseguiu dormir depois de ter visto aquela publicação na noite anterior. Sentiu uma coisa estranha no peito e cochilou algumas vezes, mas passou a maior parte da noite virando na cama de um lado pro outro, pensando em várias coisas.

Acordou na manhã seguinte com olheiras profundas e Lottie percebeu isso pela manhã, enquanto eles tomavam café com Fizzy. E bastou a loira insistir um pouco mais que o normal e Louis falou tudo o que tinha acontecido, cada detalhe.

Tomlinson não era um livro aberto, não gostava de falar de si mesmo e não se sentia confortável em se abrir com os outros. Menos com suas irmãs. Elas sim eram as únicas que sabiam de tudo que acontecia em sua vida.

– Mas você disse que foi a primeira vez que vocês ficaram, certo? – Charlottie questionou. – Então vocês não tinham compromisso nenhum?

– Não, por isso que eu não posso cobrar nada dele. Nós não combinamos nada, mas eu achei que... – O garoto respirou fundo, balançando a cabeça. – Sei lá, eu não esperava isso dele.

– Claro, do jeito que você disse parecia que ele gostava de você. – A loira complementou. – Independentemente se vocês não tinham algo sério ou não, vocês já eram muito amigos antes de ficar, então ele deveria ter o mínimo de consideração por você e pela sua amizade antes de ficar com outra pessoa no mesmo dia.

– É o que eu achava, mas aparentemente ele não pensou muito na nossa amizade quando fez isso e agora eu não sei o que fazer.

– Calma, vamos por partes. – Felicite colocou o cabelo atrás da orelha, encarando o irmão mais velho com preocupação. – Primeiro de tudo, como você está se sentindo em relação a isso?

– Estou mal. Não esperava isso dele, mas ao mesmo tempo não posso cobra-lo de nada. – Deu de ombros, exausto. – Estou mal porque isso me afetou e eu percebi que talvez gosto dele mais do que eu deveria gostar. Acho que eu confundi as coisas e agora a nossa amizade nunca vai ser a mesma.

– Então você tem que falar com ele sobre isso, Lou. Tem que dizer como se sente, jogar limpo. – A mais nova disse sorrindo triste.

– Se eu fizer isso vai piorar tudo. – Tomlinson disse decidido. – Eu prefiro acabar o que quer que seja que nós temos agora, do que esperar algo pior acontecer e nossa amizade acabar de vez.

– Então pergunte a ele se ele esteve com outra pessoa. Dê a chance dele de falar a verdade e quem sabe se redimir. – Lottie pareceu encontrar uma solução. – Se ele admitir o que fez e estiver realmente arrependido, você pode pensar melhor se quer ou não dar a ele uma segunda chance. Se ele negar e mentir pra você... aí ele é apenas um babaca que não te merece.

– Eu não sei...

– Eu concordo com a Lots. Não acho que você deve tomar qualquer decisão sem antes conversar com ele. – Fizzy respirou fundo antes de olhar o relógio. – Já tá na minha hora. Me conta depois como foi, ok?

Então ela pegou uma maça e se levantou da mesa, sendo acompanhada por Lottie que também já estava atrasada pro colégio. As duas saíram de casa e mandaram beijo pra Louis que sorriu antes de respirar fundo, sem vontade nenhuma de sair de casa naquela segunda de manhã.

Mas ele tinha que fazer isso, então colocou Samm Hamshaw no fone e foi andando até o Hamptons High tranquilamente no sol matinal leve que ele tanto gostava. As músicas conseguiram melhorar um terço daquele dia de merda, mas ele não podia negar que a suas irmãs o convenceram de falar com Harry e aquilo só o deixava cada vez mais ansioso.

Ao entrar nos portões da escola e caminhar pelo gramado, ele avistara Zayn de longe, sentado em uma das mesas com Styles do seu lado em uma conversa animada. Respirou fundo porque tinha que ir até lá, então foi, em passos demorados, se aproximando e tirando os fones, sorrindo meio forçado ao ouvir o "Hey" dos garotos.

– Bom dia. – Ele respondeu, tentando não olhar na direção de Harry e sentindo o olhar do garoto sobre si o tempo todo, talvez esperando alguma reação sua.

– A gente tava conversando sobre o jogo dos Tigers sexta. – Zayn disse animado, sorrindo. – Vai ser o primeiro da nova temporada. Você vai, certo?

– Eu não sei ainda. – Respondeu depois de algum tempo, olhando para seus pés.

Zayn franziu o cenho, alternando o olhar entre Harry e Louis algumas vezes.

– Mas...

– Não tem problema. – Styles disse sorrindo sem graça, pois sabia que o garoto odiava futebol americano e nunca faria-o assistir só por causa dele. – Louis pode ver as fotos que você tirar depois.

– Você deveria ir pra festa que vai ter depois pelo menos, Lou.

– É, eu vou pensar nisso. – Respira fundo.

Então ele escuta a risada escandalosa de Niall e vê o garoto se aproximando ao lado de Liam, se juntando aos outros três.

– Liam estava me contando a história de como o Tigers perdeu aquele campeonato do ano passado. – O loiro disse ainda sorrindo divertido como se aquela história fosse a mais engraçada de todas, se virando para Harry em seguida. – Você dá festas quando perdem também?

– Foi um jogo de merda então tivemos que beber pra afogar as mágoas. – Styles responde dando de ombros.

– Mas sexta-feira vamos beber para comemorar a vitória. – Liam sorriu, animado antes de finalmente levar seu olhar até Zayn, sentado na mesa, que o encarava de volta. – Você vai fazer as fotos?

– Yeh. – Malik assentiu envergonhado com um sorriso discreto nos lábios.

– Legal.

E eles ficaram em um silêncio um pouco desconfortável porque na verdade ninguém sabia como agir com Zayn e Liam sendo descentes um com o outro.

– Bom, eu vou indo. – Tomlinson voltou a se pronunciar, respirando fundo antes de dar um tchauzinho e caminhar para sua primeira aula do dia.

Não conseguia ficar normal perto de Harry.

– Hey, Lou. – Ouviu a voz rouca do garoto atrás de si, mas continuou andando rápido. – Hey.

O jogador o alcançou, segurando seu braço com delicadeza e o parando para ficar na sua frente e olhar nos seus olhos.

– Ah, oi. – Tomlinson disse estranho.

– Tem alguma coisa errada? – Styles perguntou com as sobrancelhas franzidas enquanto procurava algo em sua expressão.

– Não. Por quê?

– To sentindo você meio estranho.

– É impressão sua. – Sorriu forçado.

– Tudo bem. – Analisou seu rosto mais uma vez, respirando fundo. – Te vejo depois?

– Yeh. – O garoto de olhos azuis balançou a cabeça e saiu dali o quanto antes.

E assim o resto do dia se passou: ele tentando passar despercebido por Harry nos corredores, não chegando perto da cantina na hora do intervalo e fazendo o máximo que podia para não ter que conversar com o jogador.

Mas Louis sabia que tinha que ter essa conversa com Styles e continuar agindo normalmente só piorava as coisas porque estava na cara de que alguma coisa tinha acontecido.

Quando todas as aulas do dia acabaram, ele saiu pra almoçar com Niall mas teve que voltar para o colégio porque naquela segunda ele voltaria a ajudar na biblioteca. Horan o deixou no estacionamento e ele foi caminhando calmamente em direção a biblioteca, mas algo chamou sua atenção.

Viu Harry de longe sozinho treinando no campo de futebol, jogando a bola pro alto e pegando-a enquanto corria e se exercitava. Respirou fundo e foi até ele, em passos nervosos.

– Hey... – Tomlinson disse de longe, com as mãos no bolso enquanto via Harry jogar a bola repetidas vezes.

Styles olhou em sua direção surpreso, com um sorriso no rosto.

– Oi, Lou. O que está fazendo aqui? – Perguntou ofegante, tirando o cabelo úmido do rosto. – Achei que já tinha ido pra casa.

– Eu volto a ajudar na biblioteca hoje então vou ficar até tarde.

– Entendi. Só não vou aí te dar um beijo porque estou suado.

Ver Harry sorrindo daquele jeito pra ele só fazia as coisas mais difíceis. Abaixou o olhar e ficou encarando os pés durante alguns segundos enquanto tomava coragem antes de dizer:

– Eu tenho que te perguntar uma coisa.

– Qualquer coisa. – O garoto respondeu despreocupado, jogando a bola pro alto em seguida e segurando-a depois.

– Você está com outras pessoas?

E Harry hesitou.

Franziu o cenho lentamente, analisando o rosto do garoto a alguns metros de distância dele.

– Por que você está me perguntando isso?

– Porque eu quero saber. – Louis deu de ombros fazendo pouco caso, mas no fundo nunca esteve tão nervoso.

– Não, eu não estou com outras pessoas. – Styles respondeu na mesma hora, ainda com a expressão confusa no rosto.

– Você tem certeza? – Perguntou novamente, arqueando a sobrancelha.

Não podia acreditar que Harry estava mentindo na sua cara.

– Você tem alguma coisa pra me contar, Louis? – O jogador perguntou, franzindo ainda mais o cenho.

– Eu só estou me certificando se você tem certeza. – E Tomlinson respondeu prontamente, mesmo estando completamente abalado por dentro.

– É claro que eu tenho certeza. O que foi? Você está com outras pessoas?

E aquilo foi o ápice para Louis. Tudo o que ele realmente queria era que Harry o falasse a verdade, e ao mentir daquele jeito, o jogador só o provou que ele era exatamente tudo o que Louis não achava que ele fosse. O de olhos azuis diante daquela situação, balançou a cabeça negativamente, sorrindo nasalado sem humor algum, olhando para qualquer canto que não fosse os olhos de Styles.

– Aquilo foi um erro. – Ele finalmente disse.

– Do que você está falando? – Harry perguntou mesmo já sabendo a resposta.

– Nós. – Louis finalmente o olhou nos olhos. Precisava fazer aquilo parecer convincente. – Foi um erro, foi inconsequente, não vai acontecer de novo.

– Não fazem nem 24 horas e você já se arrependeu? – E agora foi a vez de Styles rir sem vontade. – Não foi inconsequente. Na verdade eu estava bem consciente do que estava fazendo, Louis. Eu queria aquilo.

– Eu também queria. Mas acho que foi inconsequente porque deixamos nossos desejos pessoais se meterem no meio do que a gente já tinha.

– E qual é o problema disso? – Perguntou, em um misto de frustração e confusão. – Se eu quis e você quis, qual é o problema?

– O problema, Harry, é que isso nunca iria funcionar. E eu não quero que fique estranho entre nós.

E aquilo pareceu mexer com Styles. O garoto de olhos azuis pareceu surpreso com a fala de Louis, ficou o encarando sem reação por alguns minutos e em seguida engoliu em seco, tentando se recompor.

– Você disse que funcionaríamos.

– Eu mudei de ideia. – Ele rebateu rapidamente, odiando com todas as suas forças fazer aquilo. – Não quero estragar nossa amizade e não vou arrisca-la por um beijo.

– Nunca foi só um beijo. – Harry balançou a cabeça negativamente. – Não pra mim.

– Eu não vou brigar com você.

– Eu não estou entendendo onde você quer chegar com essa conversa.

– Você entendeu a parte de que isso não vai mais acontecer entre nós? Se você entendeu isso, você entendeu o suficiente.

E desejando ao máximo que aquilo acabasse o mais rápido possível, Louis se virou para ir embora, deu mais cinco passos antes de ouvir a voz do garoto novamente.

– Você disse que eu te tinha.

E aquilo o fez parar. Respirou fundo, se virando novamente para Harry Styles e vendo o garoto como nunca viu: cenho franzido, olhos vermelhos e os ombros caídos. Não parecia o mesmo Styles que andava pelos corredores do colégio ou o Styles que era cercado de pessoas nas festas. Aquele Harry parado em sua frente com uma bola de futebol na mão era um Harry vulnerável, frágil e indefeso.

– E você me tinha. Até eu perceber a merda que estávamos fazendo. – Foi o que Louis respondeu, sério.

– Isso é tudo? – Ele tentou uma última vez.

– Não podemos ficar juntos. – Disse sentindo uma angústia enorme tomar conta do seu peito. – Então, sim, isso é tudo.

E Tomlinson foi embora, andando rápido para fora do campo, olhando para trás uma última vez apenas para ver Harry jogando a bola com toda sua força para o outro lado antes de sentar no chão e abaixar a cabeça.

Aquela foi a imagem que ficou na cabeça de Louis durante as três horas que ele passou na biblioteca, arrumando os livros. Não sabia ao certo o que estava sentindo, mas definitivamente nunca se sentiu tão angustiado em sua vida antes.

Por um lado, sabia que estava fazendo a coisa certa. Styles tinha mentido para ele, disse que nunca esteve com outra pessoa quando na verdade aquela foto que Bradley havia postado provava o contrário. Por outro lado, o que Louis realmente queria era que Harry apenas falasse a verdade e dissesse que se arrependeu, que só queria ficar com Louis ou algo do tipo. Mas não.

Pensou em tantas coisas, em tantas coisas que poderiam ser ditas, em tantas formas daquela conversa ter terminado bem, em tantas maneiras que eles pudessem ficar juntos no final. Estava tão disperso que mal percebeu que as bibliotecárias já estavam arrumando as coisas para fechar o local, então se despediu de todas elas e saiu dali, levando 5 minutos para sair do colégio.

Quando atravessou os portões, deu de cara com o Jaguar preto de Harry estacionado do outro lado da rua, enquanto o garoto estava encostado no capô vestindo a jaqueta do Tigers, o capuz cobrindo os cabelos e as mãos escondidas nos bolsos da jaqueta.

Andou até ele calmamente, fazendo seu máximo para acalmar seu coração e não tropeçar ou cair no meio da rua.

– Você só terminou o treino agora? – Louis perguntou, cruzando os braços e sério, mas com a expressão leve no rosto.

– Não, faz algumas horas. – Styles respondeu.

– Então o que você estava fazendo aqui?

– Pensando. – Ele deu de ombros. – Esperando você sair.

Então Louis entendeu o porquê de Harry estar ali. Suspirou exausto, começando a falar:

– Harry, eu não quero discutir-

– Eu não concordo com o que você disse, eu não quero que as coisas sejam desse jeito, e eu não gosto de pensar que o que tivemos foi coisa de uma noite só. Mas isso não é sobre mim. – Balançou a cabeça negativamente, com a expressão séria. – Se você não quer mais, se você acha que foi inconsequente, se você não vê mais sentido nisso... eu te respeito. O que eu sinto por você é o que eu sinto por você. Você não tem obrigação de sentir o mesmo por mim e está tudo bem. Eu não estou pedindo nada em troca. Nunca pediria. – Sorri triste. – Eu não vou aceitar nada além do que você queira me dar.

E Louis queria gritar, mas tudo o que conseguiu fazer foi perguntar baixinho:

– O que te faz pensar que eu não sinto o mesmo?

– Uma hora você me olha como se eu fosse tudo e depois age como se isso não significasse nada. – Respira fundo. – Eu não vou mais procurar algo na sua expressão, nos seus olhos, algo que me diga que talvez isso seja recíproco. Também não vou mais tentar achar uma pista nas suas palavras, qualquer coisa que eu ache que tenha sido subentendido. Eu cansei de tentar te decifrar.

Ele nunca pensou que ouvir aquilo fosse doer tanto. Engoliu em seco se recompondo como quem acabou de levar um soco no estômago, sentindo seus olhos arderem.

– Se você quer que sejamos amigos, é isso que vamos ser. Não vou questionar, não vou pressionar e não vou forçar a barra. Eu não sou esse tipo de cara. Eu não forço a barra. Sinto muito se fiz isso em algum momento.

Louis não conseguiu responder, então o garoto de olhos verdes respirou fundo antes de se desencostar do capô do carro e caminhar até a porta do motorista, abrindo-a e se virando para Tomlinson parado em sua frente uma última vez, antes de dizer em seguida:

– Eu sei que não vai ser eu, mas em algum momento você vai conhecer outra pessoa e isso vai mudar tudo. Quando isso acontecer, apenas tenha em mente que... não é porque o seu ex namorado foi um merda que todos os caras vão ser.

...

Tá horrível, eu sei, me perdoem. Dêem um trégua, eu não sei escrever coisas tristes. Até o próximo!

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