Princesa Viollet -Livro 2 (HI...

By OsawaRei

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Livro 2- Série A Princesa O que você faria, se descobrisse que a pessoa que você mais ama, é a mesma que lhe... More

A Princesa
Prólogo
Capítulo 1- Início
Capítulo 2- Amigas?
Capítulo 3- Rivalidade
Capítulo 4- O acordo
Capitulo 6- Ligação Inesperada
Capítulo 7- Despedida
Capítulo 8- Ódio
Capítulo 9- Rosa Azul
Capítulo 10- Humilhação
Capítulo 11- Beijo Roubado
Capítulo 12- Visita Inesperada
Capítulo 13- Mason
Capítulo 14- Última Noite
Capítulo 15- Amor á primeira vista
Capítulo 16- Frieza
Capítulo 17- Invasão
Capítulo 18- Encontro surpresa
Capítulo 19- Desastre
Capítulo 20- Lealdade
Capítulo 21- Imprevisto
Capítulo 22- Dúvidas
Capítulo 23- Ombro amigo
Capítulo 24- Novos Planos
Capítulo 25- Pesadelo

Capítulo 5- Nova Vida

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By OsawaRei

Volto meu rosto para o céu.

Para as minúsculas gotas, tão pequenas que não são sentidas uma a uma, mas apenas uma sensação de umidade. Mais uma névoa que chuva.

Pouco a pouco, algumas gotinhas se juntam e descem geladas por meu rosto.

Em poucos segundos, se tornaram quentes como lágrimas..

-Sua Vadia! -Ele gritou furioso.

Imediatamente, gritos horríveis cortam meu crânio.
Terror e dor, como um animal acuado em um canto. De frente com a morte.
Ou algo pior.

A dor preenche minhas pernas, meu peito.. Não há como seguir em frente, não para mim..

Em um rompante, caio exausta no chão.

Não importa o quanto ele grite ou ameace ou implore. Em breve, nada que ele possa me fazer irá importar.
Eu não aguento mais fugir..

-Onde você está cachorrinha? -Ele pergunta com uma voz aterrorizante.

Suspiro assustada.
Não.. ele não pode me encontrar..

Está se aproximando..
De repente, sem que eu esperasse, sinto uma das suas mãos enormes e grotescas em um dos meus braços. Com grosseria, ele puxa do meu esconderijo e me coloca em sua frente.

Com os olhos semicerrados, ele se ajoelha, me segura e me olha nos olhos.

-Achei. Agora você não me escapa.. - Falou com um sorriso doentio.

****

Dias atuais..

-NÃO!!! -Gritei em choque.

De repente, em um rompante, acordo desesperada. Meus batimentos cardíacos estavam acelerados e meu rosto estava molhado de suor.

Com a respiração ofegante, olho ao redor assustada, e noto que ainda estou na praça.

Respiro fundo tentando acalmar minha respiração.

Foi apenas um pesadelo..
Está tudo bem.. -Repito para mim mesma.

Apenas um pesadelo..
Um pesadelo horrível que eu preciso esquecer..

Suspirei passando a mão no cabelo.
Dormir na rua era definitivamente uma das piores opções que eu poderia ter escolhido.

Minha noite havia sido péssima. O banco duro da praça havia acabado com meu corpo, sem contar os diversos velhos bêbados que passavam durante a noite e atrapalhavam meu sono.

Por sorte, eles só falavam besteiras. Nenhum deles fez nada comigo.

Suspirei.
Ainda bem não é?

Me levantei com uma certa dificuldade e fui até uma padaria próxima ver a hora.

9 horas da manhã.
Esse horário, meu pai está trabalhando ou bebendo no bar. Minha mãe, com sua vida misteriosa, também nunca está em casa neste horário. Então, vou aproveitar que todos estão fora, e passar em casa para tomar pelo menos um banho.

Eu não estava aguentando nem mais um segundo com essa roupa.

Fui caminhando lentamente os vários quarteirões até chegar em minha casa.
Como o previsto, quando cheguei não havia ninguém. A porta da frente estava entreaberta, como meus pais sempre costumavam deixar.

Todos conheciam minha família. Sabiam que éramos pobres. Então ninguém se importava em roubar nossa casa. Afinal, não encontrariam nada de valor.

Assim que entrei em casa, fui direto para o chuveiro, tomando um banho quente e relaxante.

Em seguida, peguei uma mochila no meu quarto, separei algumas peças de roupas e guardei nela. Sem contar alguns objetos pessoais, incluindo meu celular antigo, que continha o número que eu havia dado a Princesa.

Após guardar tudo na mochila, fui até um canto isolado do meu quarto, onde havia um piso solto, e o tirei de lá. Em baixo dele, havia algumas notas de dinheiro, que eu vinha ajuntando desde o meu primeiro trabalho.

-Sabia que um dia vocês me ajudariam. -Falei guardando o dinheiro em meu bolso.

Não era muito, mas dava para viver em um lugar digno por pelos menos alguns meses. Durante este tempo, eu estaria tranquila.
Dava para pagar um hotel e procurar um emprego até o dinheiro acabar.
Mas para esta casa, eu não voltaria jamais.

Após guardar tudo, olhei para o meu quarto uma última vez.

As paredes de madeira estavam apodrecidas. Sem contar as muitas teias e aranhas que ficavam nos cantos dos móveis e das paredes. A única coisa que me faria falta naquele lugar, era o teto furado, que me permitia ver a lua e as estrelas a noite.

Sorri.
Eu viajava em pensamentos olhando aquelas estrelas..

Não passei só momentos ruins aqui.
Conversar com a lua e fazer pedidos para estrelas cadentes, até que era legal. Porém, até hoje nenhum dos meus pedidos havia sido realizado.

Na verdade, um deles foi "meio" realizado. Eu pedi para a estrela, uma amiga. Uma amiga verdadeira que eu pudesse confiar e levar para a minha vida inteira.

Conheci Lira. De certa forma, ela foi minha primeira amiga. Não a levarei para minha vida inteira, já que ela é uma princesa e temos vidas totalmente diferentes. Mas foi bom ter tido uma amiga.

Meu segundo pedido foi me casar com um lindo príncipe, loiro e de olhos verdes.
Esse pedido me dava calafrios só de lembrar..

Eu sei que isso nunca aconteceria comigo. Mas não custa sonhar, não é mesmo?

Sorri, balançando a cabeça negativamente e fechando a porta do quarto.

Em seguida, passei pela cozinha, peguei alguns mantimentos no armário e na geladeria, e me preparei para fechar a porta da minha casa.
A última vez.

Agora minha vida mudaria de uma vez por todas.
Sem meus pais ou ninguém para me prender ou me machucar, eu me sentia livre. Finalmente ia poder ser feliz, sozinha, tomando minhas próprias escolhas, vivendo sem ter medo de chegar em casa e encontrar meus pais brigando, ou ir dormir em prantos, por saber que á qualquer momento meu pai poderia me matar ou matar minha mãe.

Eu não aguentava mais aquela situação.
Eu precisava pôr um ponto final.

Por isso decidi ir embora.
Para eles, eu não faria falta. Então, para quê me despedir?

Antes de ir, apenas deixei um bilhete em cima da mesa, dizendo o que me levou a tomar minha decisão, disse também que conheci a Princesa e falei para não me procurarem, pois eu nunca mais voltaria.

Depois disso, passei horas andando. Eu queria ir para bem longe de casa. Bem longe mesmo. Não queria que nenhum vizinho me encontrasse e dissesse para os meus pais onde eu estava.

Então, quando estava prestes a anoitecer e eu já estava me sentindo exausta, encontrei uma pensão próxima ao centro de Wenésia, que parecia ser um lugar bem tranquilo e não era muito caro.
Dava certinho para o meu orçamento.
Sem contar que eles davam 4 refeições por dia.

Sorri.
Era ali mesmo que eu ia ficar.

Assim que cheguei a recepção da pensão, uma senhora chamada Berenice me recebeu muito bem, e me levou ao meu quarto, que ficava de frente para uma paisagem linda, o Palácio do Rei Eric. Onde minha amiga Lira deveria morar.

O Palácio estava á muitos quilômetros de distância de nós. Mas só de poder vê-lo a noite, para mim era uma alegria imensa.
Eu havia conhecido e conversado pessoalmente com uma pessoa da realeza.
Eu me sentia a pessoa mais feliz e mais sortuda do mundo.

A noite, ao dormir, eu poderia ver o Palácio, a lua e as estrelas nitidamente.
Diferente do meu quarto, aquele quarto de hotel era bem maior, e tinha um ambiente amplo e iluminado.
Era simples, mas ao mesmo tempo aconchegante.

Meu quarto era o número 56. Ali eu teria direito á uma sala, uma mine cozinha, um quarto e um banheiro muito aconchegante.

Berenice me tratou muito bem e ficou a minha disposição para o que eu precisasse.

Ela me explicou as regras do lugar, e assim que ela saiu, me joguei na cama e respirei fundo o ar limpo da minha nova casa.

Aquela pensão com certeza era tudo o que eu precisava.

***

No dia seguinte, fui acordada com uma deliciosa bandeja de café da manhã me esperando em minha porta.

Haviam panquecas com mel e chocolate quente.

Após tomar o café da manhã, e me sentir muito satisfeita, me arrumei e fui para a rua ver a cidade. Eu ainda não conhecia esta parte de Wenésia. Sem contar, que eu precisava de um emprego. Meu dinheiro não duraria para sempre e os dias passavam muito rápido. Então, eu não poderia perder tempo. O quanto antes conhecer a cidade, melhor para mim.

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