The Hamptons ✧ l.s.

By loverofmaria

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O lugar onde Louis Tomlinson acaba um namoro de oito meses e é surpreendido (constantemente) pelo quaterback... More

✧prologue
✧one
✧two
✧three
✧four
✧five
✧six
✧seven
✧eight
✧nine
✧ten
✧eleven
✧twelve
✧thirteen
✧fourteen
✧fifteen
✧sixteen
✧eighteen
✧nineteen
✧twenty
✧twenty one
✧twenty two
✧twenty three
✧twenty four
✧twenty five
✧twenty six
✧twenty seven
✧twenty eight
✧twenty nine
✧thirty
✧thirty one
✧thirty two
✧thirty three
✧thirty four
✧thirty five
✧thirty six
✧thirty seven
✧thirty eight
☼thirty nine
✧forty
✧forty one
✧forty two
✧forty three
✧forty four
✧forty five
✧epilogue
✩thank you

✧seventeen

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By loverofmaria

O que vocês acham da gente conhecer mais um pouquinho o nosso Harry? Esse capítulo é muito importante, então não esqueçam de deixar os votos e comentários :)

...

– Droga. – O garoto de olhos verdes murmurou sozinho com a cabeça apoiada no volante a sua frente, assim que estacionou seu carro em casa.

Odiava os domingos.

Passou alguns minutos daquele jeito, tomando coragem pra sair dali e enfrentar seus pais em mais um jantar depois de toda a cena que eles fizeram na frente de Louis. Respirou fundo e desceu do carro, resolvendo entrar pela cozinha e tentar passar despercebido. Quando finalmente entrou em casa, viu as três secretárias trabalhando e organizando as coisas para o jantar.

– Boa noite, senhoritas. – Styles fez reverência e as três riram na mesma hora, devolvendo o boa noite.

Ele se aproximou de Celine, que estava cortando uns tomates, e deu um beijo carinhoso em sua bochecha. A cozinheira chef da casa era praticamente sua segunda mãe, já que esteve mais presente em sua vida do que a própria Anne.

– Harry, eu estou suada! – A senhora riu, se esquivando dele.

– Eu não me importo. – Deu de ombros, olhando pro lado e vendo Sally e Josephine fazendo molhos e cortando legumes. – Vocês precisam de ajuda?

– Não de você. – Jo disse sorrindo. – Seus pais estão te esperando.

– Alguma chance de eu conseguir fugir desse jantar? – Ele tentou, fazendo Celine rir e balançar a cabeça negativamente.

– O que tem de errado com esse jantar? – Ela perguntou, mesmo sabendo a resposta.

– O mesmo que tem de errado com essa família. – Harry falou baixinho, suspirando. – Eu odeio fazer isso.

– Nós sabemos, criança. – Sally disse quase com um sorriso triste no rosto. – Mas você sobreviveu até agora, não sobreviveu?

– Yeah, e eu não sei como. - Arqueou as sobrancelhas. – Na verdade eu sei sim, e as culpadas são vocês três. – Deu um beijo estalado na bochecha de cada uma. – Agora eu vou tentar subir as escadas escondido. Me desejem boa sorte.

As três senhoras riram, desejando o boa sorte mas sabendo que aquilo não adiantaria. Anne Styles tinha olhos em todos os lugares.

Harry saiu da cozinha em passos curtos e lentos, fazendo o máximo possível para passar despercebido pelos pais que continuavam sentados na mesa da sala de jantar, conversando. Só conseguiu subir os três primeiros degraus da escada.

– Harry, onde você pensa que está indo? – A voz de Anne perguntou e ele fechou os olhos com força antes de se virar para ver seus pais o encarando.

– Eu não estou com fome.

– Você sabe que o jantar dos domingos é uma tradição. – Arqueou as sobrancelhas e tomou um gole da taça. – Sente-se e tome um vinho com os seus pais.

Styles respirou fundo, se forçando para não rolar os olhos e andou preguiçosamente até a mesa, sentando do lado esquerdo da sua mãe e ficando de frente pro seu pai.
Sra. Styles ficava sempre na ponta da mesa, retratando o forte matriarcado que marcava aquela família.

– Quem era aquele seu amigo? Nunca o vi antes. – Anne disse com toda sua classe, colocando vinho na terceira taça e entregando nas mãos do filho. – Ele é do time?

– O nome dele é Louis Tomlinson, e não, ele não é do time. – Respondeu, dando um gole no vinho tinto, provavelmente o mais caro do país. – Ele odeia futebol americano na verdade.

– Ele é filho de quem? – Sra. Styles perguntou e Harry pensou que era claro que sua mãe não perguntaria se Louis era um cara legal ou o que ele gostava de fazer.

– Isso é realmente importante? – Ele rebateu.

– Claro que é. – E essa foi sua resposta, fazendo ele bufar.

– Ele estuda comigo, só isso. Ainda estamos nos conhecendo.

– Hm. – Então a mulher do seu lado o analisou. Passou os olhos pela roupa que usava e em seguida encarou seu rosto, procurando alguma coisa ali que Harry não fazia ideia do que era.

– E como está o Tigers? – Des finalmente se fez presente.

Seu pai era muito poderoso no mundo dos negócios. Fundou a Styles Company aos seus 23 anos assim que saiu da universidade, acompanhado da sua namorada, que daqui a alguns anos se tornou sócia, esposa e mãe dos seus filhos. Fora de casa, certamente, ele era um homem de grande influencia, mas dentro de casa quem mandava e desmandava ali era Anne.

Apesar de desaprovar algumas escolhas de Harry, o pai tentava amenizar o clima pesado que sempre ficava nos jantares entre o garoto e a mãe, fingindo ter algum interesse na vida do filho e puxando assuntos aleatórios como o Tigers e jogos de futebol.

– Bem. – Respondeu quase animado, mas no fundo sabia que Des não queria realmente saber. – A última temporada é no final do semestre então já estamos nos preparando de novo. Dessa vez vocês vão poder ir no jogo, certo?

– Você sabe que no último jogo nós tinhamos um jantar importante. – O pai respondeu e Harry riu sem humor.

– E em todos os outros antes desse.

Seus pais nunca tinham ido em nenhum de seus jogos, nem os mais importantes. O garoto de olhos verdes já estava acostumado a chama-los com meses de antecedência, mas de algum jeito sempre parecia surgir um compromisso qualquer e muito mais importante do que ver o filho jogando futebol.

– Se significa tanto pra você... – Anne deu de ombros levemente, dando um gole no vinho.

Ouvir aquilo naquele tom fez com que Harry se sentisse um idiota. Não sabia porque insistia e fazia tanta questão de ter os pais presentes nesses momentos, eles nunca estiveram, não existia motivos para estarem agora.

O último jogo da meia temporada para o Tigers foi o mais definitivo. Eles levaram o troféu para casa e junto com Tyler e Liam, Harry ganhou a bolsa para estudar na NYU no final do semestre, quando acabasse o colégio. Queria muito que os seus pais estivessem lá para ver que ele era realmente bom, mas cinco minutos antes de entrar em campo, recebeu uma mensagem de sua mãe.

"Não poderemos ir hoje pois temos um jantar importantíssimo de negócios. Tenha um bom jogo."

Só isso. E Harry nunca admitiria, mas entrou em campo de cabeça baixa e coração partido. Ele era inteligente, independente e maduro para um cara de 18 anos, mas no fundo, era mais sensível e emotivo do que imaginava. Foi difícil, mas ele precisou esquecer disso e jogar naquele dia como se sua vida dependesse daquilo. Liam e Tyler conseguiam brilhar tanto quanto ele - ele não sentia necessidade de fazer isso sozinho - e juntos, os três levaram mais um troféu pro Hamptons High e garantiram suas bolsas em uma das melhores universidades em Nova York.

Anne e Des deveriam ter orgulho dele.

– Já podemos servir o jantar, Sra. Styles? – A voz doce de Celine o tirou de seus devaneios.

– Já eram pra ter servido faz tempo, não acha? – Anne falou enquanto sorria como se estivesse elogiando a cozinheira.

E a senhora em pé do lado da mesa, concordou sem jeito, olhando rapidamente pra Harry e vendo ele silabar um "eu sinto muito" com uma expressão triste no rosto. Saiu dali e depois de alguns segundos voltou com as outras empregadas, servindo o jantar.

Logo em seguida, sua mãe seu pai começaram a comer em silêncio, mas o garoto não estava com fome, então só colocou a comida de um lado pro outro no prato.

– Eu tenho que dizer que não gosto de você trazendo amigos quando não estamos em casa. – A mulher voltou a falar antes de comer um pouco da salada.

– Vocês nunca estão em casa.

– Bom, sobre isso... – Des voltou a falar enquanto terminava de mastigar. – Nós precisamos conversar com você. Eu e sua mãe fechamos um negócio bilionário essa semana em Nova York.

– Era por isso que nesses últimos meses vocês estavam indo pra lá toda semana?

– Sim. E no contrato que assinamos é exigido que a gente se mude pra lá.

Na mesma hora o garoto tirou os olhos da comida e encarou os pais, esperando que eles dissessem mais alguma coisa, mas eles apenas comiam normalmente.

– Eu não vou sair de Hamptons.

– Harry. – Anne suspirou, bebendo um gole do vinho. – Você já vai ter que ir pra Nova York daqui a seis meses quando acabar o colégio por causa da bolsa na NYU. Sinceramente, eu não vejo motivo para ficar aqui se-

–  Eu não vou. – Ele repetiu.

– Bom, nós temos que ir. – O pai falou arqueando as sobrancelhas.

– Ótimo, eu fico com Celine, Josephine e Sally.

– Querido, essas são as empregadas. – A mulher disse confusa.

– E daí? Eu convivi mais com elas na minha vida do que com vocês.

– Me poupe. – Des pareceu se estressar, massageando a testa. – Nós somos pessoas ocupadas, Harry, você sabe bem disso. Estamos trabalhando e administrando a empresa que você vai seguir daqui a alguns anos.

– Quantas vezes eu preciso dizer que isso não é o que eu-

– Já chega. – Anne disse alto, perdendo sua pose por um instante antes de voltar pra o filho e falar olhando nos seus olhos. – Já que você não quer ir conosco pra NY, você pode ficar. Não é como se fosse nosso primeiro filho a virar as costas pra nós.

– Mãe. – Harry imediatamente a repreendeu. Odiava esse assunto mais do que tudo na sua vida.

– Nós realmente devemos ter sido uns pais de merda pra os nossos próprios filhos irem embora, certo, Des? – Riu em deboche, balançando a cabeça negativamente e voltando a prestar atenção no jantar.

– Você sabe porque ela foi embora. – O jogador disse tentando manter a calma.

– Gemma foi embora porque ela é uma ingrata. – Foi a vez do seu pai falar.

– Meu Deus... – O garoto passou a mão pelo cabelo, sem acreditar que estava ouvindo aquilo. Estava tão sobrecarregado com aqueles poucos minutos de conversa que desejou sair dali imediatamente.

– Seu pai está certo, Harry.

– Não, ele não está. – Resolveu se impor, sabendo que aquela já era uma briga perdida. Seus pais sempre tinham um jeito de culpar Gemma pelas besteiras que eles fizeram. – Por que hoje vocês fazem tanta questão da presença dela? Não é como se vocês fossem os pais mais presentes e amorosos do mundo quando ela ainda estava aqui.

– Ela só trouxe desgosto para nós depois de tudo que fizemos por ela. – Sra. Styles rebateu.

– Não fala desse jeito. – O jogador franziu o cenho, chateado de ouvir aquilo da própria mãe.

– A gente sustentou ela todos esses anos, demos tudo o que ela queria, todos os brinquedos, todas as roupas... tudo. Nunca faltou nada pra sua irmã, nem pra você. – Ela continuou. – E aí um dia ela simplesmente passa em uma faculdade de Nova York e vai embora, sem olhar pra trás. Todo dinheiro que a gente mandou pra ela quando ela estava lá, ela devolveu tudo de volta. Disse que não precisava da gente, que se virava sozinha. Até hoje, depois de todo esses anos, ela não liga uma vez sequer. Gemma esqueceu de nós. Gemma esqueceu de você.

– Isso não é verdade.

– É patético o jeito que você defende ela. Sempre defendeu. – Des balança a cabeça negativamente. – Me diga, filho, quando foi a última vez que ela veio te visitar?

– Eu falo com ela todos os dias e eu sei que ela não pode vim porque ela trabalha muito pra se sustentar em Nova York. – Coloca as maos em cima da mesa. – Onde vocês querem chegar com essa conversa?

– Em lugar algum. Só queremos que você entenda de uma vez por todas que a sua irmã não é a vítima da história e que você deveria pelo menos tentar entender o lado dos seus pais. – Anne pareceu abalada com aquela conversa, com um olhar triste encarando seu filho. – Você é um ótimo filho, Harry. O melhor de todos. Você é carinhoso, calmo, educado, inteligente... mas quando se trata da sua irmã você só-

– Isso é exaustivo. – Fecha os olhos, respirando fundo e balançando a cabeça negativamente. – Eu não vou mais discutir sobre isso. Eu vou pro meu quarto.

– Mas você não comeu nada.

– Eu disse que não estava com fome.

E sem colocar uma colher de comida na boca, ele saiu da mesa, subindo as escadas com pressa pra sair dali o quanto antes. Quando entrou no seu quarto se jogou na cama, colocando a mão na cabeça e fechando os olhos com força enquanto respirava fundo. Aquele assunto, aquela discursão conseguia tirar toda a sua energia.

Pensou por um momento em como as coisas estavam erradas. Teve que aprender a viver desde que nasceu em uma família problemática, com pais ausentes e uma irmã mais velha revoltada. E tudo isso era culpa dele.

Queria gritar, queria colocar pra fora toda aquela angústia e frustração que sempre vinham nos jantares dos domingos, mas não podia. Ele não tinha ninguém.

Resolveu mandar mensagem pra a única e primeira pessoa que veio na sua cabeça.

"Gem? Está aí?"
" Preciso conversar."

"Desculpa, Harry, não posso falar agora. Estou no trabalho"

Styles bufou, jogando o celular na cama e encarando o teto, tentando não pensar em nada. E quando o telefone tocou, ele o pegou rapidamente, nervoso, esperando ver o nome da irmã na tela, mas surpreendentemente era Louis Tomlinson.

– Alô. – Atendeu o aparelho, mas não ouviu nada em resposta. – Louis?

O garoto continuou em silêncio do outro lado da linha, e Harry pode ouvir ele suspirando antes de falar.

– Eu também.

– O quê?

– Eu também espero poder viver mais momentos memoráveis ao seu lado.

E Harry entendeu que Louis achou a carta que ele tinha deixado escondido no bolso da calça do garoto. Ia responder, mas Tomlinson falou antes, o surpreendendo mais uma vez:

– E respondendo a sua pergunta de hoje mais cedo, sim, eu acho que nós funcionaríamos.

Agora foi a vez de Styles ficar calado.

Arqueou as sobrancelhas, abrindo a boca algumas vezes, mas sem conseguir falar nada. Por mais que ele quisesse mais que tudo que aquilo significasse alguma coisa, sabia que com Louis as coisas eram diferentes. Se algo, um dia, fosse acontecer entre os dois, ele sabia esperar o tempo certo. Louis valia a pena.

– Que bom que chegamos em um acordo, então. – Finalmente disse calmo, com um pequeno sorriso no rosto e automaticamente esquecendo da sua conversa com os seus pais minutos antes. – Agora você vai ter que me aguentar por bastante tempo, você sabe, não sabe?

– E sei e eu não me importo. – O garoto respondeu e Harry sabia que ele estava sorrindo. – Todo esse tempo eu vivi me sentindo meio incompreendido, eu acho. Mas aí você apareceu e, sei lá, parece que as merdas que eu falo fazem mais sentido. Sinto que não preciso ficar me explicando pra você porque você só... entende. Sabe? Você me entende. – O sorriso de Styles aumentou e ele balançou a cabeça negativamente, sem acreditar que aquilo realmente estava acontecendo. – E eu sei que a vida é muito louca e que as vezes as coisas não são do jeito que a gente espera ou merece, mas eu só queria que você soubesse que você não está nessa sozinho, ok? Você tem a mim.

Ele respirou fundo umas três vezes, desejando parar o tempo e sentir tudo aquilo pra sempre, desejando que a vida fosse tão boa quanto a sensação de ouvir Louis falando aquelas coisas.

– Bom, eu acho que gostei de ouvir isso porque estou sorrindo feito um idiota até agora por sua culpa, Louis Tomlinson. E se te fizer se sentir melhor, é completamente reciproco.

– Então... hoje é um dia feliz?

– Com você é sempre um dia feliz, Louis. – E com um suspiro e um sorriso cansado no rosto, Harry entendeu que finalmente ele tinha alguém.

...

Perdoem se tiverem muito erros, não deu pra revisar. Aguardem o beijo que ele está vindo. Até a próxima :)

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