Violeta (Completo/Revisado)

By Laralaiane144

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Violeta Harvey, uma garota de dezesseis anos, quando pequena foi abandonada por seus pais em um orfanato. A ú... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Epílogo
Violeta terá continuação?
MEMES

Capítulo 40

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By Laralaiane144

Christian Charles:

Quase não consigo acreditar que Violeta está aqui nos meus braços. Meu corpo inclinado sobre o seu. As lembranças de antes dela perder a memória e agora inundam meus pensamentos, e me sinto indigno e sujo por estar beijando-a. Mesmo assim, não consigo parar. A vontade de tê-la perto é maior do que não estar com ela, por isso não consigo manter o controle.

Charles... — ela sussura, parando o beijo.

— O que foi?

— Melhor entrarmos. Acho que vai chover.

Olho para cima e as nuvens estão cinzentas e carregadas. Baixo o olhar e começa a pingar.

Cacete.

— A mulher do tempo tem mais informações? Temperatura abaixo de zero?

— Não fique tão preocupado. A temperatura não vai baixar tanto. — ela sorri com sarcasmo e se apoia em meus ombros, descendo do capô.    

A chuva engrossa e Violeta solta um gritinho, correndo para dentro de casa. Decido deixar o carro lá mesmo e entro também.

— Onde paramos? — sorrio maliciosamente, mas ela não parece escutar. Está admirando a água caindo.

— Por que não tomamos banho?

Solto um gemido.

— Nem pensar.

Violeta coloca seu pé para fora e grunhe, tirando-o rapidamente.

— Está um gelo. Não vai? — pergunta com a testa franzida e eu nego com a cabeça.

— Então vou sozinha. — porra. Não acredito que ela vai fazer isso.

Violeta tira o cordão que ela comprara mais cedo e o deixa em cima do sofá. Antes que eu diga algo ela sai em disparada para fora e seu corpo congela quando a água a deixa encharcada no mesmo segundo. Enquanto ela está de costas, contemplo a visão de sua...

— Charles! — ela exclama meu nome, me tirando da torrente de pensamentos pervertidos que estou tendo. Porra. Não acredito que só um beijo está fazendo isso comigo.

— O quê?

— Pode pegar uma toalha?

— Por que você não entra? Está branca feito neve.

— Vai. — choraminga. — Por favorzinho...

Com ela falando desse jeito qual a porra de homem que não tem pensamentos descarados?

— Tá. — suspiro, me rendendo. — Só um minuto.

Quando já estou de volta com uma toalha limpa e seca, Violeta não está mais lá. Olho ao redor e tudo o que vejo são as árvores balançando por causa do vento.

Porra. Porra. Porra. Mil vezes porra!

Tê-la feito sofrer do modo que fiz corroía cada maldita célula minha, e meu coração parecia doer só de pensar que Violeta pudesse me odiar como antes.

As coisas não podem voltar ao normal, não depois de ter matado seus amigos e tê-la trago apagada para minha casa naquela maldita noite, não depois dela não lembrar do monstro que sou, do que fizemos juntos, do nosso beijo... Puta merda, ainda não acredito que a beijei.

Saio na chuva sem pensar duas vezes e a procuro. Nunca me importei tanto com alguém como me importo com ela. É a primeira vez que sinto que tudo pode acabar. Tudo. E isso está me deixando fodidamente acabado.

Penso nas infinitas possibilidades do que pode ter acontecido. Vou até onde a encontrei naquela noite e passo pelos troncos, olhando para dentro do buraco. Ela não está lá. Chamo seu nome e o único som que escuto é o da chuva: forte e ensurdecedor, como se dissesse: Você não vai encontrá-la. Está vivendo uma ilusão. No fundo, ela te odeia.

É incrível e sinistro a forma como me sinto. Chega a ser patético a urgência de tê-la ao meu lado.

Quando finalmente a encontro, ela está perto do lago. Sinto um alívio percorrer minha coluna e me aproximo lentamente, fazendo-a ter um susto.

— Não faça mais isso, Charles! — nunca achei uma mulher brava tão sexy em toda minha vida. Merda. Que raios está acontecendo comigo?!

— Isso é por ter me feito ficar preocupado e todo molhado.

— A culpa não é minha! — retruca.

— É sim. Aquilo foi só uma desculpa para me dar um susto.

— Eu não queria que ficasse preocupado. Só que se molhasse. — dá de ombros e sorri, me olhando. — E funcionou.

— Infelizmente.

— Aqui é perfeito. — ela olha ao redor e eu faço uma careta.

— Você que é perfeita. — envolvo sua cintura com meus braços.

— Deve dizer isso para todas.

— O que eu já falei para elas não chega nem perto disso, se é que me entende. — Violeta capta minha mensagem subliminar e tenta se afastar.

— Me poupe da sua vida cafajeste passada.

Rio e dou de ombros.
 
— Foi você quem tocou no assunto.

— É, mas não precisava dizer.

— Você é muito complicada.

— E você é...

Não a deixo terminar de dizer e uno nossos lábios com pressa. Me recosto numa árvore e a puxo para se sentar no meu colo. De início Violeta hesita, mas logo se entrega correspondendo aos meus beijos urgentes e minhas carícias.

Chega um momento que acho que não vou aguentar e vou rasgar sua roupa ali mesmo, então cesso o beijo.

— É melhor irmos. Vamos acabar pegando um resfriado. — que porra de desculpa é essa?

— Charles, eu não quero ir.

Tiro seu corpo de cima do meu e me levanto.

— Então vou sozinho.

Viro as costas para ela.

— Christian Charles, eu te obrigo a ficar aqui!

— Fode não, meu bem. Vamos embora.

— Estou com preguiça de voltar —, ela sorri com sua própria desculpa que não chega nem perto de ser uma desculpa. — É um pouquinho longe.

— Então eu te carrego. — puxo-a pela cintura e a coloco em meu ombro.

— Charles, me põe no chão! — ela bate em minhas costas e me xinga de palavras que não chegam nem perto de serem palavrões. — Exigo que me solte, agora!

— Não disse que estava com preguiça de caminhar? — rebato.

— É, mas já passou.

Coloco-a no chão e ela começa a caminhar ao meu lado.

— Acha que vamos ficar doentes? A última coisa que quero é ficar de cama de novo.

— Talvez. — sinto quando sua mão acerta meu braço.

— Você é tão pessimista!

— Mas eu só disse "talvez".

Ela ri.

Essa risada me desmonta por dentro.

  

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