Violeta (Completo/Revisado)

By Laralaiane144

1.7M 153K 36.1K

Violeta Harvey, uma garota de dezesseis anos, quando pequena foi abandonada por seus pais em um orfanato. A ú... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Epílogo
Violeta terá continuação?
MEMES

Capítulo 32

24.6K 2.4K 677
By Laralaiane144

Christian Charles:

— Para onde estamos indo, tio? — Anne apertou minha mão e olhei para ela de novo, aquele um terço de gente loiro segurando com força seu urso de pelúcia.

— Eu vou te deixar em casa.

— Minha casa não é pra esse lado.

— Eu sei. — rio de sua resposta. — Estamos indo até o meu carro.

— Tenho medo do escuro. Você não sente medo?

— Não.

— E o que faz para não sentir medo?

Penso um pouco.

— Tenho confiança em mim mesmo.

— O quê? — ela para confusa e arqueia as sobrancelhas claras.

Paro também. Eu não sabia como diabos explicar isso para ela. Pigarreio e digo:

— Você tem que pensar que é mais forte que seu medo, que você domina ele. Tem que... só pensar que é forte. — faço uma pausa e reprimo um xingamento por não saber explicar para ela isso direito. — Será que deu pra entender? — termino de dizer e ela passa um tempo pensando. 

— É, eu sou forte! — disse fazendo uma cara de vencedora. — Após uns segundos processando o que eu disse, percebi que daria um ótimo conselheiro pra ser pai.

— Sabe — começo dizendo. — Eu te levaria para conhecer... — as palavras somem da minha mente e boca. Anne percebe e me olha com curiosidade. — Deixa pra lá.

— Conhecer quem? — não respondo. Nós não éramos nada. Eis a palavra que mais chegava perto do que éramos: Amigos. E isso soava bizarramente bizarro pra caralho. — Hm... Sua namorada? — ela dá um risinho sugestivo.

Penso nessa remota possibilidade.

— Acho que ela nunca vai me querer.

— Pergunte a ela. Vocês homens complicam tudo! — sorrio. Depois de alguns minutos, ela diz: — Eu tenho um namorado. — franzo o cenho.

— Sério? — finjo acreditar.  — E... — fico pensando na minha pergunta para não sair, digamos, adulta demais. — Vocês se abraçam? Dão beijo na bochecha?

— Não! Ele divide o lanche comigo. — solto uma gargalhada alta.

Quando saímos da mata, Anne larga minha mão. Nos cinco segundos que eu guardo o celular no bolso e caço a chave do carro, ela desaparece.

Merda.

— Posso saber o que você está fazendo?! — eu a encontro alguns metros mais a frente, segurando uma... Droga! Uma porra de uma aranha, Anne? E tinha que ser desse tamanho?

— Veja tio! Você disse pra mim ser mais forte que o meu medo, e eu tenho muito medo de aranhas também, então a peguei, sou muito mais forte que ela.

Eu nunca quero ser pai.

— Ah, não, pirralha! Você levou ao pé da letra o que eu disse!

— E o que isso quer dizer?

Suspiro.

— Quero dizer pra você soltar ela!

— Por que? Ela vai me picar? — dessa vez, ela olhou com medo para a aranha grande e peluda em sua mão.

Porra. 

— Err... Não. Seja boazinha com a aranha que ela não vai fazer nada. Coloque-a com cuidado no chão e vem.

Por algum milagre, ela fez isso direito e correu até onde eu estava.

— Vamos embora, pirralha. — falei com a voz suave. Ela sorrriu e me deu a mão. Sentei- a no banco do carona e afivelei o cinto de segurança.

No caminho a mesma ia em silêncio. De vez em quando lançava olhares furtivos para mim e depois virava o rosto para a janela.

— Veja! Aquela é a moto do meu papai. — ela apontou para a beira da estrada, onde havia três motos. — Isso siginifa que ele ainda está lá! Eu quero voltar...

— Não. Seu pai não está lá. Você conhece alguma outra pessoa pra cuidar de você?

— Sim. Eu tenho minha tia Emma. Ela é muito boazinha comigo.

— Sua tia sabia que seu pai te batia?

— Acho que não.

— Ela nunca viu nenhuma marca em você?

Ela pensa um pouco.

— Não.

— Sabe o nome da rua ou a cidade em que ela mora?

— Não.

Porra.

Penso nas minhas opções e no que posso fazer.

— Isto erve? — ela virou seu ursinho e o abriu, tirando um celular de dentro.

— Como você o conseguiu?!

— Eu peguei escondido do meu papai antes de virmos, mas não vai contar pra ele, viu!

— Como você é espertinha, viu! — a imitei. Pego-o na esperança de não ter senha. É claro que aquele cacete tinha. — Sabe a senha? — pergunto e ela a coloca. Ainda bem que ela sabia.

— Tá legal. Eu vou ligar pra sua tia Emma e você vai falar com ela.

— E eu digo o quê?

— Eu vou dizer as palavras no seu ouvido e você diz pra ela, ok? Mas só vai dizer o que eu mandar!

— Tá! — ela se alegra e eu ligo, colocando no viva-voz.

— Alô?

— Tia Emma!

— Oi, meu amor. Tudo bem? Onde está seu pai?

— Tá tomando banho. Er... Ele pediu pra eu ligar porque quer conversar com a senhora.

— Mas a essa hora? Está tarde, meu anjo. Amanhã vou aí ver vocês.

— Não! Tem que ser hoje. Ele disse que é muito importante.

— Ele te falou o que era?

— Não... Disse que quando sair do banho manda uma menssagem com o endereço, e disse que a senhora deve ir sozinha falar com a gente.

O tom da mulher sai apreensivo e surpreso:

— Tá, querida. Preciso desligar agora. Te amo.

— Também te amo.

— E o prêmio de melhor atriz vai para quem? — falei surpreendido.

— Euu! — ela gritou com as mãos para cima, fazendo um gesto de como se tivesse uma plateia a aplaudindo.

Anne foi o resto do caminho lutando contra o sono. Eu não podia culpá-la. Já era bem tarde. Por sorte, sua tia não morava tão longe.

— Não dorme. Já estamos chegando.
— seus olhos lutavam para ficarem abertos.

Parei em um quarteirão perto do local indicado. Chamei seu nome duas vezes antes dela dizer:

— Acordei! — seus olhos se abriram e ela levantou agitada. — Já chegamos?

— Quase. Eu quero te pedir uma coisa. — me viro para ela.

— O que é?

— Você não pode contar pra ninguém onde estava e que eu te salvei. Ok?

— Sim.

— Aconteça o que acontecer, não pode falar nada! Tudo o que ocorreu fica só entre você e eu. Estamos entendidos?

— Sim. — ela boceja. — Eu juro de mindinho.

— De quê?

— Mindinho! Assim, olha! — ela entrelaça nossos dedos. — Você é um bom moço. Obrigado por me salvar daquela floresta.

Suspiro.

— Está enganada, Anne. Eu não sou um bom moço. — coloco um pano com clorofórmio perto de seu nariz e a vejo cair solenemente no meu colo. Ela não tinha que ver o que ia acontecer.

Paro o carro perto do de sua tia, que estava esperando encostada no mesmo. Marquei uma rua deserta para nos encontrarmos.

— Quem é você? — pergunta quando me vê saindo.

— Vamos pular essa parte. — antes que ela fuja, puxo seu braço e aponto minha arma para sua cabeça. — Por ter o papel de tia, devia ter mais cuidado com a Anne. Você nunca viu  marcas nela? Tudo culpa do desgraçado do seu irmão. E ele ainda a levou para caçar! — faço uma pausa. — Eu não vou ficar feliz se descobrir que você sabia e apoiava isso.

A mulher me olha sem reações e demora para processar o que eu disse.

— Eu não sabia que o Steve fazia isso com a Anne! E-eu vou visitá-los de vez em quando, não sabia que ele batia nela!

— E sem motivos, porra! Fazia isso sem motivos com a menina!

Ela respira fundo. Posso ver que o medo cedeu seu lugar para a raiva.

— Onde ela está? — pergunta firme.

Me afasto.

— Quero seu endereço primeiro.

Desesperada e hesitante, ela o escreve em um papel e me passa.

— Se você maltratar ela, contar para alguém... Eu vou saber. E acho que sabe muito bem o que vai acontecer. 

— Céus, não vou contar pra ninguém! Agora quero a minha sobrinha!

Pego ela nos braços e a entrego. Sua tia a abraça com força e começa a chorar.

Ela parecia mesmo se preocupar e amar ela.

— Eu vou cuidar de você, meu amor. — murmura enquanto a coloca no banco de trás. Depois se vira para mim:

— Obrigada por me entregá-la.

— Não me agradeça. Matei seu irmão.— ela arregala os olhos e por um momento acho que vai desmaiar. — Preciso de um momento com ela. — aponto com o olhar para Anne.

A mulher sai de perto de mim trêmula e cambaleante, indo para o banco do motorista.

— Está segura agora, pirralha. — sussurro em seu ouvido. Ela não ia escutar, mas eu precisava dizer. — Nunca vou esquecer de você, pequena.

Fecho a porta e aceno para a mulher em pânico.

— E vai devagar!

___________________
Aaaa. Amei a Anne. ❤❤

Votem e comentem!

Capítulo revisado. ✔

Continue Reading

You'll Also Like

720K 42.4K 78
Sejam bem - vindos, obrigada por escolher esse livro como sua leitura atual. Nesse livro contém várias histórias, e cada capítulo é continuação de um...
89.3K 10K 65
Dois anos depois de uma pandemia que quase dizimou a vida humana. Carol tentar viver uma vida normal desacreditada da humanidade. Uma menina sonha...
311K 32.6K 140
Algumas coisas ficam como estão, mas e outras? Elas desmoronam. E era uma vez, Stephanie Olsen e Tyler Scott eram os melhores dos amigos. Uma vez ins...
973K 91.4K 52
''Eu serei o sangue se você for os ossos'' ''A história gira em torno de Safira e Heitor. Dois herdeiros poderosos das alcatéias de Nova York e Calif...