Recém casados - (Jikook)

By KamiLuiza

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A morte é a única coisa na vida que não tem uma solução; perder a sua esposa foi a pior coisa que lhe acontec... More

Capítulo 1 - Medidas drásticas
Capítulo 2 - Angie
Capítulo 3 - Flores
Capítulo 4 - Mel
Capítulo 5 - Entre conversas e Desabafos
Capítulo 6 - Florescendo
Capítulo 7 - Sherlock Holmes
Capítulo 9 - Traidor!
Capítulo 10 - Epifania
Capítulo 11 - Enfermidade
Capítulo 12 - Aniversário
Capítulo 13 - Cio
Capítulo 14 - Internações e exames
Capítulo 15 - Duas partes em um único ser
Capítulo 16 - Fotografia
Capítulo 17- Um pedido
Capítulo 18 - Descanse em paz
Capítulo 19 - Mais de mim
Capítulo 20 - Brilhar
Capítulo 21 - Um misto de sentimentos
Capítulo 22 - Querido Eu do futuro
Capítulo 23 - Desejos
Capítulo 24 - Repulsa
Capítulo 25 - Especial
Epílogo
Agradecimentos e esclarecimentos
Uma nova história?

Capítulo 8 - Borboletas

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By KamiLuiza

Jimin suspirou, sabia que a irmã não tinha culpa de estar desconfiada ou insegura com a situação. Hyosun estava querendo apenas lhe proteger, afinal era sua irmã mais velha e sempre foram muito unidos, porém ele não poderia lhe contar a verdade. Ela faria um escândalo e as crianças poderiam ouvir, sendo assim respirou fundo uma última vez e tornou a se pronunciar.

— Hyosun eu entendo você estar preocupada comigo, em vista do que você me viu passar sete anos atrás. Porém eu não sou o mesmo Jimin de antes, hoje em dia eu tenho os meus dois pés no chão, sei me virar. Eu tenho 28 anos e agora, não acabei de sair da adolescência, claro que eu não vou te falar sobre todos os meus amigos, você não me conta todos os seus, às vezes as conversas não se batem. — Declarou calmamente. — Eu estou dizendo e peço que acredite em mim, me casei porque quis e Jungkook me faz muito feliz se é isso que lhe aflige. — Pegou na mão do alfa no fim da fala e sorriu para a irmã. — Eu tenho até mesmo filhos agora.  Eu só não contei pois quis esperar mesmo.

Hyerin pensou, pensou e pensou mais um pouco, mas no fim, negou com a cabeça suspirando e se dando por vencida.

— Sendo assim, eu fico feliz por vocês. — Declarou por fim. — Mas um aviso a senhor?

— Jeon. — Jungkook respondeu sorrindo para a ômega.

—  Ah sim, esteja avisado que o outro eu não consegui decapitar a cabeça de baixo, mas tenha certeza que se magoar o meu irmãozinho a sua eu irei decapitar. — Alertou em um tom sério.

— Ela tá brincando. — Jisang segurou no ombro da esposa.

— Eu não estou não.

— Não vai cortar parte nenhuma dele, eu preciso dele inteiro. — Jimin deixou o corpo tomar para trás, até se encostar em Jungkook. — Mas assim, o que vocês gostariam de almoçar?

Perguntou enquanto Jungkook engolia em seco, queria ter o Júnior para sempre, então a meta era "Não magoe o Jimin nunca, primeiro porque ele não merece e segundo por prioridades!".

Os Park ficaram ali por bastante tempo e na hora do almoço viram Angie toda contente brincando com os filhos da irmã de Jimin, era bom estar no meio de outras ômegas da sua idade, soube até que as meninas estudavam e que Hyosun era arquiteta.

— Eu faço e ele assina como se fosse dele. — Explicou. — Eu meio que fui contra a lei e fiz faculdade fingindo ser beta, quase fui pega, mas tranquei a faculdade no último mês. Porém eu já tava praticamente recebendo o diploma, já era casada com ele e ele concluiu o curso então a gente vive assim.

— Appa sua família é brilhante. — Angie disse animada. — Eu ainda quero ser uma grande estilista, CEO da MS como o papai!

Jungkook sentiu seu coração parar em uma batida com a fala da filha, Angie era realmente preciosa, enchia o peito do alfa de orgulho de sua pequena.

Angie quase chorou quando as suas novas primas estavam indo embora, elas eram legais e faziam farra consigo. Estavam lhe distraindo do que aconteceu anteriormente, visto que tanto no café quanto no almoço seus irmãos não olhavam para si, tudo bem que o almoço dos outros cinco tinha sido no quarto pois não queriam descer, estavam fazendo birra por terem recebido bronca na noite passada e sendo obrigados a estudar para as provas, era o castigo deles estudar, mas Jungkook obviamente não tinha proibido de comer, só de se divertir mesmo.

— Eu gostei muito da tia Hyosun, ela parece realmente muito inteligente.— Angie falou, olhando para o papel em branco.

— Ela me ajudou muito a aprender matemática, afinal ela sempre foi uma gênia em exatas. — Jimin contou, observando Jungkook brincar com Wonho. — O que vai fazer pequena?

— Eu quero desenhar que nem o papai, mas não sei como faz uma saia, como faz Appa? — Olhou para Jungkook.

— Eh... como eu explico sem toda a parte técnica? — Olhou para Jimin, pensando numa forma de não falar sobre medidas, ângulos, tons, tecidos...  — Bem, você está usando saia nesse momento, como você começaria desenhando?

— Talvez fizesse uma linha reta e ia puxando dos lados e juntando depois?

— Foi assim que eu comecei. — Jungkook disse sorrindo e Angie então colocou a mão na massa. —  E você? — Olhou para Wonho. — Você vai ser um alfinha sapeca ou vai ser todo preguiçoso que nem é agora?

— Uh! — mexeu os pezinhos, sorrindo.

— Gosto tanto quando são desse tamanho. — Jungkook comentou deixando vários beijinhos na bochecha do bebê. — E de pensar que ele é o último...

— O que? — Angie olhou com os olhos arregalados. — Não, não. Eu quero mais irmãos Appa, eu quero irmãos que venham do Jiminie. Assim eles não vão implicar comigo por gostar dele.

— É só uma fase anjo. — Jimin sorriu para si. — não é tão fácil para os seus irmãos, nem todos pensam como você.

— Só o Wonho, ele é mais inteligente do que o Junghyun que tem nove. —  Angie negou com a cabeça, arrancando uma gargalhada do casal. — Appa, vocês vão casar de novo?

— É um pouco complicado, Angie. A gente tem que casar no civil, ou seja registrar que casamos no cartório e casar na igreja, diante da lei de Deus, claro se assim for nossa escolha.

— Mas o vovô me disse que só pode casar uma vez na igreja e você se casou com a mamãe lá, tem foto e tudo mais. —  Disse confusa.

— Lembra quando eu te disse que a sua mamãe tá dormindo lá no céu? — Jimin perguntou e a pequena assentiu. — Os votos do casamento diz "Até que a morte nos separe", então se você se casa na igreja e o seu esposo ou esposa morrer, você pode se casar de novo lá.

— AHHHH! — Soltou um gritinho compressivo. — E uma marca? Pode ser feita em outra pessoa?

— Funciona mais ou menos da mesma forma, anjo. — Jungkook respondeu. — Posso marcar o Jimin, pois o elo que eu tinha com o lobo da sua mãe foi desfeito.

— Uh, então é fácil quebrar o elo da marca. — Pareceu empolgada, de fato a pequena ainda não entendia o significado verdadeiro de uma.

— Quem me dera. — Jungkook falou bem baixinho, talvez só Wonho tivesse ouvido. Angie mesmo que indiretamente deixou o alfa mal com aquele comentário, pois ainda se lembrava da sensação que se apossou de si naquele dia.

— Gosta assim Jiminie? — Angie mostrou o desenho e Jimin sorriu assentindo. — Um dia eu faço um modelo mais lindo dos que o que o papai fazia. Queria que você voltasse a criar as coisas aqui em casa.

— Talvez ele volte. — Jimin sorriu para o alfa, que escondeu o rosto no corpinho de Wonho.

— Vamos sair? — Angie perguntou. — Quero tomar sorvete.

— Mas e seus irmãos? — Jimin perguntou pois as crianças iam ficar sozinhas em casa.

— Evangeline está aí, você já deixou a mim e ao Wonho sob responsabilidade dela e ela cuida muito bem de nós.

— Jungkook?

— Está bem, vamos na sorveteria.

Jimin se levantou indo atrás da empregada e pedindo para que ela ficasse de olho nas crianças, Jungkook optou por não levar Wonho, não queria que o pequeno ficasse com vontade, já que ele não podia comer esse tipo de coisa ainda, então ficou em casa e apenas Angie ficou com eles, a pequena andava feliz e saltitante pelas ruas, um pouco a frente deles, nada muito distante.

— Acho melhor me apresentar para sua família toda de uma vez, talvez devêssemos fazer um almoço ou algo do tipo, pois eu estou ficando com medo das ameaças. — Pegou na mão do ômega, entrelaçando seus dedos.

—  Desculpe por isso, é só que ninguém pode saber mesmo, iam me tirar a força da sua casa. — Jungkook riu baixinho. — Mas eu não sei se conseguiria ir, mesmo que se crianças não gostem muito de mim, eu gosto delas.

— Nem todos são inteligentes como a Angie Jimin. — Comentou e ômega riu, concordando.

— A gente pode passar na praça que tem lá perto depois? Tem patinhos! — Angie perguntou animada.

— Podemos, mas tem que ser rápido. — Jungkook respondeu e viu a menina assentir.

Angie parecia ter realmente muita energia a pequena ômega estava exalando alegria, principalmente quando chegaram na sorveteria e tinham vários e vários sabores para a que a mesma pudesse apreciar. Ela queria um cascão com três bolas, mas Jungkook pediu a casquinha a parte e um potinho com apenas duas bolas, uma no sabor pistache e o outro abacaxi ao "vinho", o vendedor se certificou que não faria mal a menina e Jimin achou melhor dar o que ela queria, afinal mesmo com a evolução das espécies a querida tia lombriga ainda existia, então antes prevenir do que remediar. Jimin optou por um milk-shake de morango básico – que básico nada, ele pegou o tamanho família – Jungkook pediu um especial que vinha tinha em uma cestinha grandinha e que continham seis bolas de sorvete, floresta negra, mousse de uva, flocos, morango, prestígio e o abacaxi ao vinho – sim talvez tivesse lhe dado vontade mesmo ao ver a filha se deliciando. – e por fim, pegou um pote de napolitano para viagem e a cobertura junto. Seus pequenos estavam em sua maioria de castigo, mas Jungkook não era um monstro e se Angie ganhou sorvete era injusto – mesmo que não merecessem por conta do atual comportamento –, os outros cinco mão ganharem também.

No caminho para casa, passaram pela praça que Angie queria, tinha um lago com patinhos mesmo, bastante até. Era tudo bem branco e bege, tinham músicos e desenhistas por ali. Passar pela ponte e ver os lindos patinhos fez Angie dar um pequeno gritinho animais, queria tocar mas Jungkook não deixou.

Tinham bastante pessoas sentadas nos bancos e Angie viu uma círculo cheios de desenhos de rosa e ficou maravilhada por lembrar da história das doze irmãs que eram bailarinas e comia o sorvete animada girando nelas.

— Ela vai ficar tonta. — Jungkook negou, se sentando em um dos bancos vazios e olhando para a filha um pouco mais a frente.

— Vai ficar bem, relaxa. — Jimin tomava o seu Milk-shake calmamente, sentindo a brisa passar e fazer seus cabelos voar. — Está esfriando.

— Talvez chova. — O alfa disse, parando para analisar Angie dançando, ela parecia uma pequena rosa de desabrochando, deu até uma ideia para o lúpus. — Sabe, eles crescem tão rápido. E de pensar que eu só tenho sete, pois a genética da minha família está na geração dos gêmeos. Aguentei surtos de quatro gestações e a da Angie foi mais complicada.

— Talvez seja por isso que as gêmeas sejam tão diferentes umas das outras. — Jimin comentou, se referindo a personalidade. Mesmo que fosse estranho Somin e Jungwa serem idênticas e Angie ter os cabelos mais claros e ao invés de ter olhos como duas jabuticabas, chegava quase a um mel. — Tem alguém na sua família que seja parecida com a Angie?

— Minha avó, Angie nasceu com os cabelos e olhos dela. Até hoje estranho, mas eu entendo de medidas, roupas e moda. De genética eu passo longe. — Enfiou três colheres de sorvete de uma única vez na boca.

— Não posso dizer que sei muito sobre, estudei bem mais a arte da escrita do que outras matérias. — O ômega contou. — Quando você descobriu que gostava de desenhar modelos?

— Eu passei boa parte da minha vida dentro da MS pois a minha mãe sempre achou que meu pai traia ela, mas no fim era paranóia da cabeça dela pois meu pai é perdidamente apaixonado por ela, sabe? Acaba que por conta disso eu vivia lá pois a mamãe ficava lá e bem, onde ela estava eu estava depois que voltava da escola. — Começou. — Eu via o trabalho que faziam e bem, comecei a fazer e vi que adorava, resolvi fazer isso da minha profissão e com o tempo fui nomeado o mais novo CEO da MS.

Jimin sorriu para si e em seguida olhou para Angie e mais para frente tinha um moço de costas e o ômega franziu o cenho, aqueles ombros lhe pareciam familiar. Não queria se precipitar, mas talvez fosse realmente ele, talvez fosse só a sua cabeça sendo paranóica por conta de ter lhe visto no Shopping, mas era certeza que não ficaria ali para decidir.

— Vamos pra casa, daqui a pouco é hora de dar banho no Wonho e o sorvete vai derreter. — Se levantou e Jungkook apenas assentiu confuso, pois nem lhe deu tempo de perguntar para o loiro como tinha decidido que seria escritor. — Angie, vamos pequena?

— Já? — Perguntou um tanto chateada.

— Já, o sorvete vai derreter, neném.  

Mesmo que triste a pequena foi até si, pegando em sua mão pronta para ir para casa. O caminho foi um pouco silencioso por parte do ômega, enquanto Angie conversava com o pai sobre querer fazer ballet e Jungkook lhe confirmar que podia sim fazer e a pequena pulou de alegria mais uma vez no dia.

Jimin estava realmente refletindo sobre o porquê daquele fantasma do passado estar aparecendo nos lugares que andava indo, afinal quando morava com os pais nunca mais tinha visto o dito cujo, foram sete anos sem lhe ver e de repente ele começou a aparecer? Talvez não fosse ele na praça? Talvez, mas isso ainda ficava na cabeça do ômega, principalmente pois não sabia o que faria se ele se aproximasse de si. Talvez iria dar uns belos cascudos no alfa? Lhe chutar as bolas até ficar estéril? Ou quem sabe lhe quebrar o nariz? Eram possibilidades reais perto que que se passava em sua mente.

— Obrigada por me levarem a praça dos patinhos, toda vez que a mamãe me levava lá, ela pedia pra senhora que vende maçã do amor ficar de olho em mim e sumia por um tempo. — Angie comentou de repente. — Aí eu brincava, mas ela não me deixava ir pra depois da ponte e também... eu não posso contar.

— Como assim? — O lúpus lhe olhou confuso. — Começou termina, sua mãe não vai brigar com você se contar.

— Até porque é impossível, Appa. — Riu. — Toda vez que eu dizia pra ela levar todos nós pra praça dos patinhos e chamar você para ir junto ela dizia não, que isso jamais ia acontecer e que eu deveria ficar quietinha se não magoaria ela. — Angie ponderou por um momento. — Jiminie não tem a possibilidade da mamãe ficar magoada lá do céu, não é?

— Não tem princesa, fica tranquila. — Passou a mão pelos cabelos da pequena, vendo Jungkook em silêncio estranhando.

Yoona deixava Angie sozinha, com uma moça que podia nem sequer olhar para sua filha e então levarem a menina e fazerem sabe-se lá o que com ela? O que a ômega fazia nesse tempo? Resolver questões de negócios com certeza não era.

Jimin tinha uma certa suspeita, mas ele não acusava nada por hora. Sabia que a ômega era uma pessoa ruim, mas quem era ele para sair especulando algo, porém Jungkook tinha uma expressão estranha. Talvez pensasse o mesmo que si? Bom, não iria perguntar, queria evitar brigas.

Quando chegaram em casa às coisas ficaram um tanto estranhas, o clima parecia tenso pois ambos os tinham certos dilemas para pensar e resolver em suas mentes.

Angie que anunciou rapidamente sobre o sorvete para os outros irmãos e Jungkook foi para algum lugar da ala oeste, olhava para as coisas ali daquele quarto. Estava limpo, bem arrumado e tinham todas as coisas da esposa ali, até mesmo o cheiro da falecida ainda era presente e seu lobo tinha a sensação de nostalgia, porém com o tempo começou a se sentir mal. Com toda certeza digo que é pela saudade. Talvez fosse algo bobo para muitos, mas pense como seria você ser como vidro e você tivesse algo no seu interior que fosse você de uma forma espiritual e que apenas você sentisse ele, como se sentiria se isso fosse quebrado em pedaços, pois era como uma vidraça despedaçada que Jungkook se encontrava por dentro.

Você se entrelaçar com alguém era algo lindo, era algo que te completava, porém ver essa parte sumir, ser arrancada de ti do nada, era como morrer por dentro. No entanto, o alfa sabia que isso ainda não tinha acontecido, porém iria acontecer caso não criasse algo além do atrativo pelo seu atual marido. Estava tentando, estava mesmo, não era difícil pois Jimin era lindo e tinha uma conversa boa, porém isso não anula quase onze anos casado com uma pessoa, isso não anula quinze anos apaixonado por um único ser. Sendo essa pessoa a que você seria capaz de abrir o mar para ela passar sem medo.

Se deitar naquela cama e refletir sobre o que tinha ouvido da filha, chegou na resposta de que não, Yoona não seria capaz de lhe trair e que ele teria que se esforçar mais, pois pensando seriamente no que sentia pelo ômega dos cabelos loiros, já passava com certeza da empatia e também da atração, mas ainda não chegava no gostar ao ponto de sentir aquele frio na barriga e o coração errar algumas batidas, isso era claro para si.

Então deitado naquela cama, Jungkook adormeceu em meio a memórias e questionamentos internos. Enquanto as horas passavam, Jimin fazia companhia a Angie e cuidava de Wonho, até o momento em que deixou Angie dormir por ter ficado trade e ir conferir se os outros já tinham comido e ir dormir.

— Não se preocupe mamãe, eu sei que o papai não ama ele da forma que te amou. — Junghyun era o único acordado, enquanto olhava para um retrato. O retrato da linda ômega que Yoona era, os cabelos escuros e tinha um belo sorriso, os olhos um pouco menores que os de Jungkook e parecia bem magra.

Suspirou após fechar a porta e se deparar com o cinza dos corredores, céus a sensação de ser intruso ali parecia nunca sumir. Foi indo então até seu quarto, entrando e vendo o vermelho predominante ali, Wonho deitado no Moisés e dormindo calmamente e Angie na cama de casal, no meio dela para ser mais específica.

Passando a andar pelo quarto, vendo as coisas ali, observando enquanto pensava. Não queria estar sentindo aquelas coisas estranhas, não deveria sentir, na verdade. Era só empatia, era só isso não era? Tinha que ser só isso, pois foi como os pingos de chuva que caíam do lado de fora, que as lágrimas acompanharam o que acontecia e o que sentia. Entrou no closet apenas para não acordar nem Angie e nem Wonho. Se sentou no chão e abraçou as pernas, formando uma espécie de bola de proteção.

Aquela situação toda mexia consigo, era tudo junto, de uma única vez e estava tudo ali dentro, preso e não tinha que sair, mas era forte demais e não teve outra escolha senão liberar. As lembranças ainda rondavam, os sinos, a decoração, os anéis, juras de amor ... tudo junto, tudo se repassando na sua cabeça, assim como o dia que chegou na igreja, todos disfarçado os rostos preocupados e as horas iam se passando e cada segundo angustiante, até que os convidados foram indo embora e o ômega ficou parado sentado na escada da igreja, onde esperou anoitecer para finalmente ser tirado de lá. Foram dias e dias chorando pelos cantos, procurando explicações sobre o que tinha levado a ser abandonado no dia de seu casamento.

Pois viveu um lindo romance, digno de contos de fada e de repente tudo some como o passe de mágica da varinha de condão da Fada Madrinha. Amar doeu demais naquele momento, os momentos felizes se tornaram mentira quando viu que aparentemente só uma das partes amava ali.

E o que lhe desesperava mais naquele momento, era o que sentia perante ao alfa que tinha casado. Era tudo muito confuso, tudo muito rápido... viveu sete anos se negando, sete anos trabalhando na floricultura de seus pais e somente para se distrair, afinal não precisava trabalhar. De repente apareceu uma oportunidade de realizar um sonho e em pouco tempo viveu tanta coisa.

No começo criou a empatia por saber sobre o que o alfa ia passar e o que poderia vir a acontecer e pense só como é a sensação de deixar alguém morrer por falta de informação, não... não podia deixar o alfa acabar consigo mesmo. Então inicialmente era o desejo de ajudar, pois Jungkook tinha sete filhos para criar, além de ser jovem e muito bonito, um casamento era algo que sim poderia realizar. Tudo naquela casa começou a lhe deixar cada vez mais mal, seja os cinco alfas que aparentemente lhe detestavam ou como a decoração do ambiente fazia se sentir deslocado e um verdadeiro intruso.

É como na própria história que escreveu, mesmo com barreiras, aparentemente seu lobo tinha escolhido o do lúpus como na história. Porém diferente como as coisas aconteceram em Instinto Animal, sabia que Jungkook não sentia o mesmo que si.

As palavras, o tom, o jeito brincalhão, às vezes inseguro e fofo; o cuidado e o sorriso do alfa lhe deixavam sempre com aquela sensação no estômago, como de várias e várias borboletas fizessem uma festa em seu estômago; e também como sentia-se envergonhado pelas palavras gentis e o coração errando as batidas não poderiam negar o que sentia, estava realmente se apaixonando pelo alfa, se recusava a admitir que já estava apaixonado. No entanto ele podia negar, mas sabia que verdade e ele querendo ou não, teria que encarar a realidade.

Mesmo depois de anos dizendo que não acreditava no amor, ele estava passando a amar. O antigo Park e agora Jeon Jimin, estava sim sentindo paixão. Ele estava apaixonado pelo seu marido e naquele momento doeu, doeu como o inferno saber que o outro não lhe amava.

No fim, a vida nos ensina que por mais que a gente tente, vão aparecer coisas e pessoas que nos farão perder as estruturas de forma boa ou ruim. Pois no fim, estamos todos fadados a ter uma nova descoberta sobre nós mesmos.

Isso é sair do nosso mundinho, para então ter novas descobertas.

~^•^~
Bem apesar de ser segunda, vamos fingir que é domingo e que eu quase enganei geral com a pergunta do último capítulo.

Yaa neném vc foi a primeira a acreditar no Jiminie <3

Essx falou com certeza, orgulho!

Outrx com certeza, adoro.

Não vi tanta firmeza, mas tá valendo.
Em muitos comentários, acho que uns 50 e poucos (ou era 29 e poucos? Não lembro) foram essas quatro que falaram do Jiminie.

Eu vou explicar pra vocês porque não poderia ser o JK como muitos apontaram.
Mesmo que o Jimin não queira se apaixonar e não acredite no amor, ele ainda não pode se privar de sentir.
Já o JK teve uma ômega marcada, ao qual ele amou muito, então entre os dois o mais complicado é o Jungkook, pois mesmo que a gente tenha que deixar o passado pra trás e aprender com ele, Yoona fez grande parte da vida dele e ele amou demais ela, ainda ama, porém claro que ele tá tentando novamente e o novo questionamento quando ele vai passar a gostar realmente do Jiminie?

Próxima perguntinha pra ver quem leu até aqui:

Qual a próxima pulguinha que vocês acham que vai se aproximar do Jimin?
Somin, Jungwa, Jiho ou Dawon?

PS. Junghyon não é uma opção.

Ps2. Estou tão ansiosa pro Lemon de história quanto vcs, vai ser lindinho <3

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