Entre o céu e o inferno - A g...

By MarcosFaria1

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A mística cidade de Valis tornar-se-à improvável cenário de eventos que influenciarão diretamente no rumo de... More

Prefácio
Capítulo I - Despertar em meio ao coro dos anjos
Capitulo II - O anjo terrestre e o pequeno querubim
Capítulo III - Aquela que sonha com o amanhã
Capítulo IV - A morada do anjo
Capítulo V - Um toque de morte
Capítulo VI - Um lugar entre o céu e o inferno
Capítulo VII - O conhecimento oculto
Capítulo VIII - A Esmeralda do anjo Rafael
Capítulo IX - O culto ao espírito fragmentado
Capítulo X - A melodia do caos
Capítulo XI - A Espada de Miguel
Capítulo XII - O demônio de cabelos vermelhos
Capítulo XIII - A mesma capa para livros diferentes
Capítulo XIV - Uma paixão em meio à guerra
Capítulo XV - Matheus e Daniel no Jardim do Éden
Capítulo XVI - O Assassino de Amirom (Primeira Parte)
Capítulo XVII - A revelação dos sonhos
Capítulo XVIII - Trabalho noturno
Capítulo XIX - As peças no tabuleiro
Capítulo XX - Os guardiões de Amanda
Capítulo XXI - O Demônio vermelho ataca
Capítulo XXII - Os sobreviventes da dor
Capítulo XXIII - O Assassino de Amirom (segunda parte)
Capítulo XXV - O Confronto
Capítulo XXVI - A luta do anjo contra o demônio
Capítulo XXVII - Matheus enfrenta a morte
Capítulo XXVIII - Revelações que os sonhos não trazem
Capítulo XXIX - O Início
Capítulo XXX - Caso concluído

Capítulo XXIV - O Destino de Daniel

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By MarcosFaria1

As nuvens passavam velozmente pela lua amarelada em um céu sem estrelas, entre os horripilantes edifícios deformados de uma cidade encoberta por um manto de escuridão. E no meio das trevas, feixes de luz abriam caminho até chegar a uma ponte gigantesca que parecia levitar no meio de tanta escuridão. A luz era do farol de um carro que parecia construir a realidade por onde passava. Mas, quando a luz se afastava, as trevas dominavam formando um abismo de escuridão, de silêncio, de nada.

"Não tenho um bom pressentimento". Pensou Daniel ao conduzir o carro pela ponte no meio da escuridão.

As trevas o seguiam desmaterializando toda a realidade que ele deixava para trás. Daniel não podia ver nada pelo retrovisor e na sua frente conseguia ver até onde as luzes do farol podiam alcançar.

"É ele!" Daniel gritou quando viu algo em seu caminho.

Surgindo do meio da escuridão diante de Daniel, o demônio de cabelos vermelhos estava de pé entre os destroços flamejantes de um caminhão e um carro. Alguns corpos estavam espalhados pelo chão em chamas e os olhos vermelhos refletiam todas aquelas luzes incandescentes.

"Não! Você vai pagar por tudo isso!" Daniel gritava enraivecido com todo aquele caos e acelerou o carro para atropelar a fera.

"Venha para mim!" O demônio rosnou e parou o carro com sua força colossal.

A pancada foi como se Daniel tivesse batido contra um muro, o que o levou a ser projetado pelo vidro da frente e rolar muito no asfalto antes que pudesse parar.

"Você não vê? Não tem o poder para me vencer..." Disse o demônio de cabelos vermelhos que caminhava na direção do anjo caído ao chão. "Eu já consegui o que queria, desista e eu permitirei que se vá!"A fera falava rosnando segurando em sua mão a iluminada Esmeralda de Rafael.

"Não permitirei que se vá com esse artefato!" Gritou Daniel ao se levantar para em seguida invocar de seu peito a arma celestial.

"Então prefere morrer. É uma escolha digna!" Retrucou a fera cujos olhos refletiam a luz de Daniel que retirava de seu peito a espada dourada.

Os dois correram um na direção do outro até se encontrarem atacando simultaneamente. A espada de Daniel atravessou o braço esquerdo da fera, mas o direito engalfinhou o peito do anjo terrestre.

"Por quê?" Daniel se perguntou enquanto o sangue lhe saía pela boca e sua luz lentamente se desfazia junto com a espada.

A fera rosnou vitoriosa, erguendo a Esmeralda de Rafael enquanto o corpo de Daniel caia sem vida sobre o próprio sangue. O rugido despertou Matheus entre as estátuas dos anjos.

"Daniel?"

"Está morto..." Vozes misteriosas responderam o murmuro de Matheus.

"O que?" Matheus perguntou assustado procurando pela origem das vozes.

"Sem ti, era o destino inevitável. Com ele morre a esperança de todo esse pobre mundo". Disse a estátua mais próxima de Matheus.

De repente, todas as quatro imagens movimentaram-se, abrindo suas asas trincadas de pedra. Matheus ficou perplexo observando os anjos que partiam da torre.

"Daniel? Daniel! Daniel!" Gritava Matheus.

"Não!" Gritou Amanda despertando desesperadamente de seu sonho revelador.

"Daniel vai morrer..." Disse ela com as mãos no rosto sobre a cama tocada pela pilastra de luz que entrava por sua janela. "Eu tenho que impedir... Matheus? Matheus!" Ela começava a pronunciar as palavras sem sentido enquanto colocava um casaco para em seguida sair correndo de casa na fria madrugada. Atravessou o parque escuro euforicamente como se fugisse de algo, o que chamou a atenção das poucas pessoas que estavam na rua àquela hora, Por fim, chegou ao pátio da catedral e tentou gritar, mas estava cansada demais e sem ar.

"Matheus..." Murmurava Amanda tentando juntar forças para gritar.

"Matheus!"

Ela insistiu até que pode gritar o nome de Matheus três vezes. O som ecoou pelas torres despertando as aves noturnas que repousavam no lugar, entre elas Matheus desceu levitando pela escuridão.

"Amanda? O que está acontecendo?" Ele perguntou surpreso com o comportamento até histérico da jovem, se já não bastasse o simples fato dela o ter descoberto na torre.

"Daniel... Se você não for atrás dele... Ele vai morrer... Eu vi nos meus sonhos! Aquele demônio de cabelos vermelhos vai matá-lo porque Daniel vai insistir em impedi-lo de adquirir a Esmeralda de Rafael!" Amanda falava com dificuldade com as mãos nos joelhos tentando recuperar o fôlego.

"E onde eles estão?"

"Eu não sei... Mas sei que a luta vai acontecer em uma grande ponte que só pode ser a que dá acesso à cidade".

"Eu não sei onde é..." Disse Matheus com uma expressão confusa e assustada.

"Eu te levo! Não podemos perder tempo!" Gritou Amanda sacudindo Matheus.

"Vamos..." Disse ele enquanto a puxava pelo ar.

Os dois levitaram e subiram até as nuvens baixas. Amanda olhou para as estátuas sem vida que em seu sonho conversaram com Matheus, mas elas estavam imóveis e silenciosas.

"Amanda?" Matheus despertou a garota de sua distração.

"Para lá..." Ela apontou em uma direção e Matheus se projetou comela pelo céu noturno seguindo sua indicação    

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