Entre o céu e o inferno - A g...

By MarcosFaria1

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A mística cidade de Valis tornar-se-à improvável cenário de eventos que influenciarão diretamente no rumo de... More

Prefácio
Capítulo I - Despertar em meio ao coro dos anjos
Capitulo II - O anjo terrestre e o pequeno querubim
Capítulo III - Aquela que sonha com o amanhã
Capítulo IV - A morada do anjo
Capítulo V - Um toque de morte
Capítulo VI - Um lugar entre o céu e o inferno
Capítulo VII - O conhecimento oculto
Capítulo VIII - A Esmeralda do anjo Rafael
Capítulo IX - O culto ao espírito fragmentado
Capítulo X - A melodia do caos
Capítulo XI - A Espada de Miguel
Capítulo XIII - A mesma capa para livros diferentes
Capítulo XIV - Uma paixão em meio à guerra
Capítulo XV - Matheus e Daniel no Jardim do Éden
Capítulo XVI - O Assassino de Amirom (Primeira Parte)
Capítulo XVII - A revelação dos sonhos
Capítulo XVIII - Trabalho noturno
Capítulo XIX - As peças no tabuleiro
Capítulo XX - Os guardiões de Amanda
Capítulo XXI - O Demônio vermelho ataca
Capítulo XXII - Os sobreviventes da dor
Capítulo XXIII - O Assassino de Amirom (segunda parte)
Capítulo XXIV - O Destino de Daniel
Capítulo XXV - O Confronto
Capítulo XXVI - A luta do anjo contra o demônio
Capítulo XXVII - Matheus enfrenta a morte
Capítulo XXVIII - Revelações que os sonhos não trazem
Capítulo XXIX - O Início
Capítulo XXX - Caso concluído

Capítulo XII - O demônio de cabelos vermelhos

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By MarcosFaria1

Por favor, não me mate!

O motoqueiro se arrastava no chão entre os cacos de vidro das garrafas quebradas até chegar ao corpo de seu companheiro inconsciente ao chão.

Assuma a conseqüência de seus atos, rato. O homem de cabelos vermelhos caminha lentamente até ele passando entre os corpos dos demais companheiros de seu alvo.

A música alta e agitada não mais motivava a multidão. Todos estavam apreensivos diante da cena impotentes e temerosos em tomar qualquer ação frente aquele homem de cabelos vermelhos e olhar intimidador que derrubou todos aqueles motoqueiros sem sequer ser tocado.

"Acabaram se os reforços?" Ele disse olhando friamente para os lados entre a multidão à procura de mais agressores.

"Não há! Por favor! Você venceu! Acabou! Deixe-me ir!" O homem colocava a mão em um dos bolsos de seu companheiro encontrado uma arma de fogo, sua ultima esperança já que sua perna quebrada não o levaria a lugar nenhum.

"Covarde imundo! "Fracos" até a raiz do cabelo. Não há nem emoção em abater suas carcaças, tenha dignidade diante de seu inimigo vitorioso". O homem dizia exaltando a si próprio de maneira séria e intimidadora.

"É isso que tem para me oferecer? Acreditavam que poderiam me capturar assim? Reunindo a gangue de amiguinhos com pedaços de pau e canivetes?"

"Vá à merda filho da mãe!" O motoqueiro saca a arma para descarregar os seis tiros do tambor naquele homem arrogante.

A multidão que presenciava temerosa a cena saiu do estado de paralisia e começaram a correr desesperadas quando viram a arma de fogo sendo sacada e um tiro se sobrepor a música que tocava. Mas nenhum outro disparo se ouviu e quando alguns corajosos pararam para ver o desfecho daquela ação, puderam ver o homem de cabelos vermelhos pisando sobre a mão do motoqueiro que segurava a arma. A pressão fazia o estalar de ossos que se quebravam. Os gritos de dor explodiram como uma doce sinfonia aos ouvidos daquele que humilhava seu inimigo no chão.

"Não sei de onde vieram e porque diabos tentaram me tocar. Volte e fale para seu "rei" que "peões" não são suficientes". O homem de cabelos vermelhos disse antes de chutar a boca do oponente caído, levando-o ao alívio da dor pela inconsciência.

"Muito bem "Killer", vejo que continua imbatível. Uma voz feminina ecoou pela casa noturna que agora estava vazia e sem musica. E muito bonito também". Completou a jovem que descia as escadas escuras batendo palmas de leve, revelando apenas o brilho dos olhos amarelos como os de gatos negros na escuridão.

"Você? Não acreditava que viveria tanto tempo". Killer disse ajeitando os cabelos vermelhos que caíam sobre seus olhos.

"Não só vivo como sou senhora desta cidade". A resposta veio da mulher jovem que se revelava aos olhos de Killer com um corpo esbelto de pele branca levemente tampada por um vestido curto negro como os longos cabelos que escorriam como um rio além da cintura. Seu braços eram enfeitados por jóias douradas e seu pescoço por pedras preciosas.

"Dalila?"

"Não me confunda com a minha irmã. Soa como uma ofensa". Ela disse com um sorriso sarcástico no canto da boca decorada com o batom preto.

"Perdoe-me Talita". Respondeu Killer devolvendo o sorriso.

Venha, vamos conversar. Disse Talita subindo a escada que dava no segundo andar.

"Não tenho muito tempo, mas pelos velhos tempos eu abro uma exceção". Disse Killer olhando para as curvas de Talita.

"Fico lisonjeada que não tenha esquecido como posso ser agradável". Ela disse se sentando sensualmente em uma mesa com taças e uma garrafa de vinho.

"Jamais esqueceria, muito menos de como é perigosa. O que quer comigo?" Apático Killer perguntava ao se sentar e colocar os pés sobre a mesa.

"O que eu quero não é a pergunta, é o que nós queremos". Ela disse estendendo uma das taças.

"Somos bem diferentes a começar pela nossa natureza".

"É verdade. Eu sou um demônio e você é meramente um meio termo, não é mesmo "Néfilin"?". Disse ela bebendo o vinho com um sorriso provocante que fez a expressão de Killer ficar enfurecida.

"Você um demônio?" A expressão de Killer deu lugar a um sorriso debochado. Não me faça rir, sem sua irmã você não é nada. É tão frágil quanto essa taça! Disse ele largando-a ao chão onde se espatifou em pedaços.

Talita ficou com a face séria e um olhar perigoso por uns segundos até que fechou os olhos e sorriu.

"Percebe então o que temos em comum? Nossa meia alma".

"Aonde quer chegar?"

"Imagina quanto poder você teria se completasse sua alma Killer?". Um demônio verdadeiro sobre a terra, um demônio de cabelos vermelhos!

"E como isso seria possível?". Killer ficou bem sério, sentou-se mais comportadamente na mesa demonstrando seu interesse.

"Eu tenho o conhecimento, já você a força. Temos um acordo?" Ela estendeu a mão com um sorriso malicioso.

"Eu poderia esquartejá-la em um segundo antes que pudesse gritar de dor, mas prefiro você assim, inteira, linda e com esse sorriso. Killer sorria maliciosamente. Temos um acordo". Apertou a mão dela selando um pacto.

"Ótimo meu lindo demônio de cabelos vermelhos..."

Ao procurar por Amanda, Daniel chegou a retornar em algumas ruas repetidamente em vão.

"Você estava certo, encontramos alguma coisa. Essa Amanda tem algo muito estranho nela. Como ela poderia saber da gente?" Matheus falava enquanto procurava com os olhos por ela nas ruas escuras.

"Não sei... Amanda? Temos um nome agora. Vou voltar no bar e perguntar".

"Vamos, nossa última chance. Não temos muitas opções".

Matheus e Daniel voltaram ao bar. Enquanto Daniel perguntava por Amanda às aparentes pessoas que trabalhavam no lugar, Matheus ficou na porta de guarda, nesse meio tempo olhou para a fila de motos estacionada em frente à casa noturna e uma em especial lhe chamou a atenção. Um modelo bem cuidado que trazia um símbolo gravado no tanque. Um crânio humano com presas bestiais envolvido por chamas negras tribalísticas.

"Matheus! Descobri que ela freqüenta um lugar chamado "Éden" e que ela faz apresentação musical lá algumas vezes por semana". Daniel surgiu ao lado de Matheus.

"Então temos chance de encontrá-la. Olhe... Estranho não? Matheus aponta para a moto".

"O que? Uma moto bonita com tatuagem? Diante das coisas que temos visto esses dias, não me parece nada demais". Sorriu Daniel de sua própria piada inoportuna.

"Na verdade, é isso mesmo. Uma moto que parece bem cara no meio dessas outras em um bairro marginalizado desses, ninguém se atreveu a tocá-la. O símbolo deve ser uma marca do dono que por sua vez é respeitado".

"Ok, "Sherlock Homes", pode até ser. Depois investigamos isso, quero encontrar Amanda primeiro. Vamos?"

"Claro, a festa acabou?". Matheus perguntou ao perceber que já não tocava o rock pesado de antes.

"É, coisa de louco. Teve até tiro ali dentro pelo que me contaram. A festa foi encerrada".

Matheus ficou pensativo por uns segundos, "Teria aquele homem de cabelos vermelhos algo haver com tal desfecho da festa?". Logo vendo Daniel entrando no carro decidiu partir.

Daniel e Matheus partiram no carro e na medida em que se distanciavam do lugar, os dois eram observados pela menina de cabelos negros como a escuridão partida por uma mecha vermelha com seus olhos brilhantes em uma janela do casarão e, por sua pequena boca, foi pronunciada breves palavras:

"Era uma vez um lugar onde anjos e demônios caminhavam entre os homens. Esse deve ser meu conto de fadas..."

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