Entre o céu e o inferno - A g...

Oleh MarcosFaria1

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A mística cidade de Valis tornar-se-à improvável cenário de eventos que influenciarão diretamente no rumo de... Lebih Banyak

Prefácio
Capítulo I - Despertar em meio ao coro dos anjos
Capitulo II - O anjo terrestre e o pequeno querubim
Capítulo III - Aquela que sonha com o amanhã
Capítulo IV - A morada do anjo
Capítulo V - Um toque de morte
Capítulo VI - Um lugar entre o céu e o inferno
Capítulo VIII - A Esmeralda do anjo Rafael
Capítulo IX - O culto ao espírito fragmentado
Capítulo X - A melodia do caos
Capítulo XI - A Espada de Miguel
Capítulo XII - O demônio de cabelos vermelhos
Capítulo XIII - A mesma capa para livros diferentes
Capítulo XIV - Uma paixão em meio à guerra
Capítulo XV - Matheus e Daniel no Jardim do Éden
Capítulo XVI - O Assassino de Amirom (Primeira Parte)
Capítulo XVII - A revelação dos sonhos
Capítulo XVIII - Trabalho noturno
Capítulo XIX - As peças no tabuleiro
Capítulo XX - Os guardiões de Amanda
Capítulo XXI - O Demônio vermelho ataca
Capítulo XXII - Os sobreviventes da dor
Capítulo XXIII - O Assassino de Amirom (segunda parte)
Capítulo XXIV - O Destino de Daniel
Capítulo XXV - O Confronto
Capítulo XXVI - A luta do anjo contra o demônio
Capítulo XXVII - Matheus enfrenta a morte
Capítulo XXVIII - Revelações que os sonhos não trazem
Capítulo XXIX - O Início
Capítulo XXX - Caso concluído

Capítulo VII - O conhecimento oculto

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Oleh MarcosFaria1

Em meio aos sons de sinos que tocavam em uma catedral entre as montanhas de uma região remota na Europa, a harmonia dos cânticos sagrados dos monges que ecoavam pelas paredes daquele lugar, gritos delicados não ameaçavam a harmonia, mas chamavam a atenção dos frades e seminaristas que lá viviam reclusos.

"Mestre Aristides!"

Gritou a menina de cabelos loiros encaracolados e pele branca levemente suja de terra como seu vestido azul que trazia alguns fragmentos de mato e sujeira, seu rosto era bonito mesmo ela estando tão desarrumada correndo como um moleque entre as várias flores que formavam um espetáculo de cores belas como as janelas da catedral com suas figuras bíblicas.

"Olá Beatriz? Que euforia é essa?" O homem usando a mesma roupa marrom dos frades que andavam por aquele pátio e a catedral com suas humildes sandálias e suas faces escondidas sob os mantos.

"Mestre chegou uma carta para o senhor. Vim o mais rápido que pude. Papai só ia vir até aqui, amanhã, então decidi trazer para o senhor". A criança sorridente chamada Beatriz esticava as mãos segurando um envelope branco levemente sujo com um selo vermelho com o símbolo de uma espada junto a uma cruz. Desculpe se a sujei, mas atravessar a floresta sem sujá-la é difícil.

"Não precisava se arriscar tanto por causa de uma cart. Deve estar cansada. Venha, vamos comer aquele bolo delicioso do padre Anthony". O frade disse enquanto retirava o manto que encobria sua face revelando um rapaz jovem com cabelos negros levemente cacheados, volumosos e penteados pára trás, sua testa era grande como se tivesse perdido cabelos, uma barba fina de um jovem que nunca havia aparado suas extremidades.

"Mas está escrito "Urgente", e é raro o senhor receber cartas, então eu não pensei duas vezes, além do mais eu conheço as florestas que cercam esse lugar como a minha própria mão!". A criança falava sorrindo mostrando suas mãos pequenas.

Tenho certeza que sim. Disse Aristides com seu sorriso gracioso levantando algumas marcas de expressão no canto de seus olhos castanhos e brilhantes com a luz do sol que derramava seu calor sobre aquele lugar.

Os dois caminhavam juntos até uma casa de pedra e madeira que tinha uma chaminé que liberava a fumaça negra entre as poucas nuvens brancas daquele céu, Aristides examinava a carta esteticamente, o selo era a marca de um grande amigo do passado. A criança caminhava dando pequenos pulos espantando borboletas que repousavam nas flores que lá estavam em abundancia.

"Mestre Aristides!" Exclamou a pequena Beatriz quebrando a reflexão do frade que olhava para a carta introspectivamente.

"Sim, o que foi?"

"Dizem que o senhor é o homem mais inteligente daqui, que o senhor sabe tudo".

"Ora quem disse tal coisa bondosa e até exagerada sobre minha pessoa?"

"Todos comentam! Por isso eu acho que o senhor devia dar aulas para o vilarejo. Tenho certeza que todos iriam gostar mais do senhor do que do padre Lucas. Ele é muito mal-humorado e sem paciência com a gente, e eu queria muito ficar inteligente, mas as aulas dele são estranhas...". A criança dizia enquanto puxava o tecido do braço de Aristides.

"Beatriz, não é fácil ser professo. Procure entender o padre Lucas, ele faz com todo o coração, mas é uma tarefa muito difícil. Eu não posso largar meus estudos pessoais para ser o professor do vilarejo, eu tenho uma missão aqui".

"Por isso que todos dizem que o senhor é inteligente. Vive na biblioteca estudando os textos antigos de linguagem que ninguém mais sabe ler".

"Olha, você está no caminho certo, querer é a força para conquistar as coisas, ser inteligente ou não é uma escolha. É questão de empenho e dedicação, mas não menospreze sua inteligência. Sabia que você é mais esperta que eu?"

"O que? Como poderia? Mal consigo ler e o senhor sabe várias línguas diferentes, umas que nem existem mais!"

"Veja, se nós dois nos perdermos na floresta, o que você acha que aconteceria? Eu não sobreviveria! Agora você sabe tudo, caminhos, plantas venenosas ou comestíveis, então? Quem seria o ignorante?" Ele perguntou colocando a mão sobre a cabeça de Beatriz.

"O senhor!" A criança disse segurando com as mãos a boca que ia soltar uma gargalhada.

"Isso mesmo! Não tem ninguém mais esperto que ninguém, apenas conhecimentos diferentes. Por isso quanto mais conhecimento melhor".

"Entendo! Como a comida do padre Anthony! Ninguém é mais esperto que ele para fazer comida!"

"Ah... ha... ha! Mais ou menos isso!" Disse gargalhando o Jovem Aristides ao entrar na casa.

Enquanto Beatriz comia o bolo na mesa de madeira acompanhando o padre Anthony, um homem gordo, rosado e sorridente, Aristides abriu a carta e começou a ler o seu conteúdo.

Saudações irmão Aristides,

Serei breve e sincero com vós. Venho por essa carta não por questões de afinidade ou saudade (Embora eu as tenha), mas por necessidade. Preciso de sua ajuda com todo o seu conhecimento das escrituras e dos pergaminhos antigos e seu envolvimento com a ordem sempre abriu nossos olhos e apresentando a solução dos problemas que se deparam diante de nós nessa guerra contra o obscuro que engole o mundo nas suas entranhas tenebrosas.

Como sabe, estou em uma cruzada, que para minha surpresa não se tratava de um blefe. Há um culto secreto que envolve a manifestação de um espírito chamado "Beseleel", contudo sua grande força está fragmentada em duas pessoas. Até então a missão era simples, destruir o mal. Porém, algo aconteceu. Estou envolvido com a mulher que compartilha o espírito do mal...

"Tudo bem irmão Aristides?" Perguntou o padre Anthony vendo a expressão séria do amigo que raramente tem essa reação.

Sim. Um velho amigo que não vejo há tempos está me contando uma angustia pessoal. Ele respondeu fechando a carta.

Entendo...

Mestre Aristides! Vamos para o vilarejo? A noite vai ter festa!

Agradeço Beatriz, mas tenho um trabalho a fazer, um amigo precisa de minha ajuda e eu só vou poder ajudá-lo ficando na biblioteca. Ele respondeu se levantando. Obrigado por trazer a carta, realmente foi importante.

Que triste... Vai perder, mas se é tão importante assim, o senhor tem que ajudar seu amigo então.

Aristides não gostava de deixar as pessoas tristes antes de partir. Ele vivia a filosofia de sempre deixar os outros sorrindo antes de ir embora, mas era uma situação especial. Simon não era um homem de pedir ajuda, sua característica era a força, e para ele fazer aquilo, deveria ser realmente importante. Contudo Aristides estava preocupado com o tal "envolvimento", seres de natureza maligna são extremamente corruptores. Estaria Simon sendo enganado? Ou mesmo vítima de algum poder? Aristides se perguntava em pensamentos antes de entrar na biblioteca do castelo escuro, em seu interior, ao ponto de ser iluminado por velas.

Aristides pegou um candelabro e colocou sobre a mesa de madeira que habitualmente ele usava para estudar na imensa biblioteca, cujos livros extremamente velhos tinham suas páginas plastificadas ou protegidas por vidros que ficavam dependurados nas paredes de alguns dos cômodos que eram salas de estudo.

...uma criança inocente que herdou essa maldição. Eu sinto que Deus me colocou ali não para fazer aquilo que aprendi segundo a ordem.

Seguimos caminhos diferentes irmão. Hoje eu compreendo que sua missão também é importante. Eu arrogantemente dizia que eu estava à frente, no campo de batalha, mas hoje percebo que sem a sabedoria minha força não serve de nada. Você foi para o lado do conhecimento cuja força pode evitar matanças e salvar vidas de uma outra maneira, não posso usar a espada abençoada para cumprir essa missão, e você é quem pode me ajudar.

Das relíquias sagradas há uma que tem o poder de "curar".

Não me lembro bem, mas tem algo haver com o anjo Rafael, me lembro que quando éramos crianças ouvimos algo a respeito. Então me diga, você deve saber do que se trata e se pode me ajudará salvar o meu amor...

Aguardo noticias...

De eu irmão e amigo, Simon.

Aristides ficou perplexo com a simplicidade da carta, Simon não falou praticamente nada, simplesmente pedia ajuda de uma maneira tão espontânea que parecia desespero.

"Simon, como poderia eu lhe negar um favor? Só rezo para que o desfecho dessa história não seja lagrimas como me parece que será. Espero que meu julgamento equivocado esteja errado. Pois bem, é nessas horas que devemos ter fé..."

Aristides não precisou se esforçar muito para lembrar-sedo que se tratava a história do anjo Rafael. Sua memória era exata, bastavaentão escrever uma carta resposta a Simon dizendo tudo o que ele sabia e eraisso que ele faria. Foi então que pegou uma das canetas que ficavamdisponibilizadas sobre a mesa como em todas as outras e sobre a folha quedatava aquele dia no seu diário rústico, resolveu escrever a resposta para aangústia de Simon.    

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