once upon a plug {l.s}

By infactIarry

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Na qual Harry e Louis transam e não se lembram de nada depois, Louis acorda com um plug e Harry tira uma foto... More

avisos
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Trailer OUAP!
OUAP is back!
Um Milhão de Pequenas Coisas
trilogia Um Milhão de Pequenas Coisas
capítulo extra final

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By infactIarry

LOUEH

como prometido, capítulo novo segunda ou terça sjsjsjkwk

METADE DA FANFICTION MDS

seguinte, sem computador, como havia dito antes, e consegui adiantar muito no final de semana no computador dos outros rs, mas agora terei que prosseguir pelo celular (que o universo tenha piedade dos meus dedos) então tenham paciência e caso tiver algum erro do tipo quentão ao invés de questão, tenham em mente que ou eu estava muito louca ou o corretor me irritando

de qualquer forma, gostaria de agradecer o apoio nos últimos capítulos, as coisas melhoram e pioram e é um processo e me sinto grata por ter vocês comigo

eu idealizei tanto essa próxima fase da fanfic que meu Deus eu mal posso esperar pra escrever e postar mais e escrever e aaaa

acho que só isso(?)

eu sempre esqueço alguma coisa e acabo deitada na cama me arrependendo de não ter colocado aqui aaa

chega de mim

boa leitura

amo ocês

Liam batia o pé contra o chão do dormitório de forma irritadiça, os olhos presos em um Harry atrapalhado e ainda com a toalha na cintura, os cachos pendendo extremamente molhados sobre sua testa.

- Vamos, Styles! Que demora toda é essa!

Bufando, Harry focou em secar-se e colocar uma roupa leve - Londres estava indecisa sobre a situação climática e, embora tenha apresentado quinze graus na noite anterior, naquela manhã de sábado, esbanjava dezenove graus com alguns raios de sol escapando por entre as poucas nuvens que haviam no céu.

Quando já estava vestido e devidamente seco, apenas passou os dedos por entre os fios de cabelo e seguiu Liam para fora do dormitório e em direção ao campo. Haviam marcado uma reunião de emergência com os Wolves, pois o próximo jogo seria em apenas alguns dias e, devido históricos passados de seus adversários nessa rodada seguinte do campeonato, decidiram convocar reforços. Sem contar que alguns dos melhores jogadores dos Wolves estavam machucados e que o placar empatado não os favorecia muito no momento.

Se não fosse por Louis, Harry estaria surtando a essa altura.

Se não tivessem passado a noite juntos, se não tivessem conversado sobre tudo e nada ao mesmo tempo enquanto a estúpida música dos Minions rodeava suas mentes, se não tivessem dançado sob o luar e por entre a ventania que lentamente dava lugar a uma brisa abafada, se não tivessem se beijado e rolado na grama e passado a mão entre seus corpos e se beijado mais um pouco - talvez Harry estivesse surtando muito agora.

Mas ele só estava surtando um pouco.

Por isso, enquanto debatia se colocava Dan ou Jimmy na linha de frente com Liam, Harry mandou um ponto final para Louis - uma mensagem realmente composta por apenas um ponto final - pensando se o mesmo estava se divertindo na casa da tia de Stan.

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Louis apressava o passo para a área central da UAL, tentando de qualquer forma evitar cruzar olhar com qualquer um dos jogadores dos Wolves ou universitários relacionados a eles - Harry não podia saber que estava ali, em pleno sábado na uni, enquanto o mesmo treinava para o próximo jogo.

Era uma surpresa.

E um segredo.

E depois de muito tempo indo para as aulas escondido, quando não estava falando com nenhum dos rapazes, Louis pegou o jeito da coisa, sendo invisível por entre os alunos animados com a ida para casa - que acontecia todos os finais de semana - e outros que conversavam entusiasmados sobre a bebedeira da tarde (Por que não?).

Contudo, Louis se esquecera de um pequeno detalhe.

Sua invisibilidade era inútil quando se tratava de uma moça loira e uma morena - em especial.

- Lou-Louly! - dispensou apresentações ao ouvir o apelido e, levemente pulando de susto, virou o olhar para Barbara que, de mãos dadas com Eleanor, sorriu simpática e curiosa com a pressa do amigo. - Para onde está indo?

Continuando com o passo apressado, Louis olhava para todos os lados, casualmente se infiltrando entre as duas para fugir do olhar do camisa 72 dos Wolves e evitando falar muito alto para não ser notado.

- Jesus, Louis. - Eleanor resmungou enquanto sentia suas costelas serem prensadas por um rapaz pequeno e nada delicado. - De quem está fugindo? Roubou alguma coisa? Alguém?

- Não! Não - Louis fez bico ao ser praticamente expulso do "casulo" e, observando as duas amigas se embolarem em um abraço afetivo, gesticulou para que andassem mais depressa. - Se vão me acompanhar, é melhor se apressarem.

- Mas... - Ele está parecendo o coelho da Alice, não está?, Eleanor sussurrou no ouvido de Bárbara, a desfocando da própria fala. Louis realmente parecia o coelho da Alice.

- Estou querendo fazer uma surpresa para Harry... - baixinho, Louis murmurou. Eleanor arregalou os olhos enquanto Barbara juntava as mãos entre suspiros apaixonados. Antes que as duas gritassem animadas, continuou a dizer: - Mas não contem nada pra ele! Nada, nadinha! E nem pros outros jogadores - apontando para Barbara, Louis fingiu cara de bravo. - Isso é para você! Nada de comentar com seus amigos da banda nem líderes de torcida nem jogadores nem ninguém! Ninguém! Nosso segredo, prometem?

Ao que avançavam cada vez mais no caminho de pedras da uni, Barbara ficava mais confusa e Eleanor mais animada, já planejando a grande revelação da surpresa e em como Harry ficaria lisonjeado - mesmo sem saber nada em relação à surpresa.

- Vai pedir ele em casamento?

- O que..? Não, Els, não vou p-

- Vai pedir ele em namoro?

- Mas-eu preciso-acha que preciso pedir ele em namoro? Achei que nosso relacionamento não tivesse rótu-

- Mal posso esperar até que ele descu-

- Meninas! - Louis exclamou, alguns universitários o encarando curiosos. Xingando baixo, colocou os braços ao redor dos ombros das duas, incentivando-as a andar ainda mais rápido que antes. - Já estão estragando meu plano! Vamos, vou leva-las longe o suficiente até não saberem o caminho de volta para que eu possa seguir sozinho e-

- Louis! - Eleanor resmungou, embora sorrisse. - Não diga essas coisas. Agora - colocando seu braço por cima do de Louis, sob seus ombros, sorriu. - Diga-nos. O que está aprontando?

- É, Lou. Sabe que podemos ajudar. - piscando seus longos cílios para Louis, Barbara sorriu como uma boneca de porcelana.

Segundos se passaram até que Louis bufou e, sem concordar nem discordar, desacelerou o passo enquanto explicava seu plano para as duas, cada detalhe de cada etapa e como funcionaria e como havia pensado naquilo e o que o levou a tomar aquela decisão e, principalmente, o grande segredo que tornava a surpresa ainda mais especial.

Não planejava em contar tudo para as meninas mas assim que começara, percebera o quanto precisava de um ouvido amigo - ou dois.

Seu coração batia acelerado conforme Barbara e Eleanor reagiam aos seus esquemas, cada vez mais animadas e crentes que aquilo seria incrível. Claro, teriam que andar muito, praticamente pela uni inteira - o que não era pouca coisa - e falar com muitas e muitas pessoas, mas sabia que valeria a pena.

O único objetivo era não ser visto por um rapaz alto, musculoso e cacheado.

E isso o deixava nervoso - não gostava da ideia de mentir para Harry, mesmo por um bom motivo e com uma intenção nobre. Mas era preciso.

Valeria a pena.

Contudo, engoliu seco ao responder a mensagem sob o nome de Bobão - mandou uma vírgula - e, ignorando o olhar confuso de Eleanor, atravessou o caminho de pedras para adentrar o primeiro prédio de muitos que iriam visitar naquele dia.

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Eram sete da noite. Estava escurecendo e quase não havia vento por entre os caminhos e encruzilhadas da UAL. Louis já havia tirado sua jaqueta jeans e a carregava como um saco de batata sobre os ombros, Barbara cantarolava alguma música qualquer - embora Louis a reconhecesse de algum lugar, não importava o quanto se esforçasse, não conseguia recordar qual era - e Eleanor tagarelava constantemente sobre o que haviam feito até aquele momento.

- Então, pra resumir, precisamos de projetos sociais, projetos que ajudem a comunidade, aquele moço disse, né? - cutucou Louis com o ombro, trazendo sua atenção de volta para a realidade. - Está tudo resolvido, só precisamos organizar projetos sociais, projetos que ajudem a comunidade. Foi o que aquele moço disse, não foi? Projetos-

- El, se disser mais uma vez projetos sociais, eu juro que-

- Tudo bem, tudo bem. - Barbara cortou Louis antes que ele prosseguisse. Respirando fundo, parou de andar, formando uma roda no meio do caminho que os levaria ao Balls&Blues. Mal haviam notado que estavam automaticamente indo para lá, o que denunciava fome. E justificava a irritação do menor. - O que a Els está tentando dizer é que precisamos sentar e pensar em - olhando para Louis, a loira riu debochada, claramente o irritando de propósito. - Projetos sociais - se deliciando com cada letra, Barbara fez um aperto de mão com a namorada e prosseguiu assim que Louis rendeu-se aos risos. - Só temos que decidir qual comunidade vamos focar.

Louis assentiu durante todo o discurso, porém, após alguns segundos que Barbara parou de falar, congelou no lugar e franziu o cenho, os lábios abrindo em confusão.

- Como assim? - Barbara o fitou e sua expressão denunciava completa falta de compreensão em suas palavras. Trocando o peso dos pés, já estressado pois queria que aquela surpresa funcionasse, Louis bufou. - O que quer dizer com "Qual comunidade vamos focar"?

Eleanor virava o rosto para observar ambos a sua frente e, sem entender nada, desistiu de prestar atenção e abraçou a namorada, acalmando-a o suficiente para evitar que desse um tapa na cara de Louis. Ambas sabiam que ele estava nervoso e ansioso e apreensivo e indrciso em relação à essa surpresa e tudo que a acompanhava, como mentir e emitir coisas de Harry, ou evitar certos lugares e toda a responsabilidade e pressão - e aguentá-lo durante o dia foi difícil pois a cada prédio que entravam e a cada pessoa que conheciam, Louis parecia lutar contra um exército de medos e inseguranças para fazer aquilo dar certo. E nada parecia suficiente.

Estava virando noite. Estavam cansados de andar pela uni. Estavam com fome. E só queriam chegar no Balls&Blues logo, pedir vários lanches com batatas fritas e milk-shakes com muito chantilly - mas Louis parecia incapaz de comer, descansar ou relaxar antes que tudo estivesse nos conformes.

Por esse e outros motivos que Barbara tinha conhecimento pelas conversas com Harry nos últimos meses, apenas suspirou e agarrou Louis pelos ombros, o olhar ameno em direção à testa franzida de preocupação do rapaz.

- Lou, escuta. Sabemos que está fazendo de tudo pra isso funcionar mas preciso que confie, tudo bem? - antes de Louis retrucar, Barbara continuou, Eleanor ainda abraçada à suas costas e com a cabeça em seu ombro. - Confie em mim, em Els, em você, no universo, Lou. Vai dar tudo certo, ok?

Respirando fundo, Louis assentiu, mas Barbara sabia que ele não havia acreditado em suas palavras. Passando seu braço pelo ombro do mesmo, puxou-o em direção à lanchonete, Eleanor em seu outro lado.

- É o seguinte. Eu disse comunidade no sentido de... - estalando a língua, Barbara pensava entre as palavras, confusa depois de tanto andar e conversar e debater e andar mais um pouco. - Esses projetos sociais, vão ser em benefício da UAL ou da comunidade de fora também? Faz sentido minha pergunta agora?

Louis pensou. E pensou.

- Faz... - não havia cem por cento de convicção em sua fala, mas no fundo compreendia. Sabia que só estava exausto demais para focar em algo sólido e que, assim que estivesse descansado, faria sentido. - Não sei, acho que podemos fazer um projeto que beneficiasse ambos.

- Pode ser. Estava pensando em uma arrecadação de fu-

- Será que se eu pedir um X-Bacon sem bacon mas com ovo no lugar, eles fazem? - Eleanor os cortou, a testa franzida enquanto questionava em voz alta com a maior seriedade do mundo. Louis a encarou incrédulo e Barbara jurou ver uma veia em sua testa pulsar.

- Eleanor... - Louis mastigou entre dentes. Barbara gargalhava ao fundo, ciente de que a namorada estava fazendo aquilo de propósito para descontrair e desfocar a atenção de Louis de todo o esquema. - Por que não pede um X-Egg de uma vez, então?

- Vem muito ovo. Não gosto.

- Mas-

Incapaz de prosseguir aquela discussão, Louis apenas negou com a cabeça e sucumbiu às risadas de ambas, cada vez mais próximos do Balls&Blues. Elas tinham razão. Ele precisava de um milk-shake de chocolate.

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- E se colocássemos o Peter?

Harry observou enquanto o dedo de Liam simulava um novo posicionamento dos jogadores sob a mesa de estratégias. Após pensar, assentiu, contudo, alterou o camisa 23 para a defesa - Lance era ágil e grande, ele seria uma boa aposta naquela posição. Liam pareceu concordar com a nova disposição e, estralando as costas enquanto os braços erguiam-se acima da cabeça, bocejou.

- Se quiser terminar por hoje, vou entender. - Harry disse enquanto notava que só restavam os dois no vestiário, afinal, estavam ali desde cedo e já havia escurecido. Até o treinador havia se retirado para descansar, era um sábado no final das contas.

Liam se levantou do banco e, suspirando, assentiu. Ele começou a andar para fora do vestiário quando algo o impediu de continuar, por isso, virou de frente para Harry, ainda concentrado nas estratégias do próximo jogo, e limpou a garganta.

- Cara. - desviando o olhar da mesa, Harry o fitou. - Sabe que pode contar qualquer coisa pra mim, sim? - erguendo uma sobrancelha, Harry endireitou as costas. Liam não deixou-o responder de prontidão. - Eu estava pensando sobre... todo aquele negócio do seu novo paquera e tudo mais e... eu-eu sei que estou meio distante agora que estou com Zayn e... - coçando a nuca, Liam suspirou, as bochechas corando de leve. Harry estava cada vez mais confuso e seu coração estava acelerado ao simples pensamento de Liam ter descoberto sobre Louis. Não naquele momento, não agora. Ele e Louis precisavam de um momento em que só existiam para eles mesmos e apenas. Não agora. - Eu-eu não quero que-

Incapaz de apenas ficar parado ali e ver o amigo sofrer com palavras, Harry se levantou do banco e caminhou até Liam, poucos passos de distância de um abraço apertado e o encarou com agradecimento - afinal, Liam era seu amigo desde o primeiro dia.

- Payno. Que isso, cara. - esticou uma mão e, agarrando o ombro do amigo, Harry suspirou. - Sabe que, o que quer que seja, pode contar pra mim, não sabe?

Assentindo, Liam engoliu alto. Mal sabia ele que aquelas palavras causavam igual efeito em Harry o próprio - ele garantia que Liam podia conta-lo tudo, mas emitia a presença de Louis em sua vida novamente. Era uma situação delicada, contudo, Payne juntou seus corpos em um abraço que dizia bem mais que um obrigado. Harry sentiu palavras transcenderem dos ossos do amigo e penetrarem nos seus por meio daquele gesto. E seu coração aqueceu.

- Eu só não quero deixar passar coisas como... - murmurando contra o ombro de Harry, Liam ofegou. - Você estava no mesmo dormitório que eu e... eu não vi. Não percebi o que estava acontecendo e deixei passar. Não quero que isso aconteça de novo só porque estou com Zayn. E quero que saiba disso, quero que-que conte as coisas pra mim porque quer contar, não apenas porque eu divido quarto com você, entende?

As palavras de Liam reviveram lembranças que Harry simplesmente não havia tido tempo de reviver agora que estava ocupado criando novas com Louis - lembrou-se de Ryan, de seu relacionamento turbulento com Louis e todos, na verdade, desde o início, de como era grosso, rude e sem educação, como era inconsequente e instintivo. Harry lembrou-se dos últimos meses em questão de segundos e, por esse e outros motivos que talvez nunca descubra realmente que, quando Liam proferiu as próximas palavras, ficou calado.

- Fico muito feliz que tenha superado, que tenha virado a página no capítulo Louis e que tenha finalmente se permitido viver coisas mais saudáveis a partir de agora. Louis indo embora foi um sinal do universo de que precisava excluí-lo da sua vida. Não compreendia que ele não agregava coisas boas e-até ele percebeu isso e se mandou, mas agora... você finalmente compreendeu e superou. Está livre. Livre de Louis.

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- Precisamos falar com o reitor da uni. - Louis murmurou embolado já que insistia em manter o canudo grosso do milk-shake na boca enquanto pronunciava as palavras. "Vai matar uma tartaruga se usar esse canudo, Louis Patrickenson", dissera Barbara ao observar o amigo retirando o plástico protetor do canudo. "É Louis Tomlinson, projeto de Taylor Swift no clipe de You Belong With Me", retrucou o mesmo, antes de continuar dizendo, "E, além do mais, já compraram o canudo, o que eu posso fazer se a merda já está feita?". "Só não usar a porra do canudo, caralho. Se você não usar, ele vai ficar ai e não vai ser jogado fora e assim dispensado nos oceanos e acabar sufocando uma pobre e indefesa tartaruga marinha que só está tentando comer suas algas em paz e-" "Mas o copo do milk-shake é muito pesado pra levantar e virar!" "Essa sua boca aí já aguentou coisas piores que isso e-". O argumento teria sido bem mais longo e desgastante se Eleanor não tivesse os interrompido, afinal, muitos universitários os encaravam curiosos àquela altura.

- Crianças. Crianças. - Eleanor revirou os olhos enquanto a namorada a direcionava um bico chateado e olhos pidões. Eu estava ganhando a discussão, eles diziam. - Vamos focar no mais importante aqui. - Barbara ergueu o dedo, prestes a gritar. - Claro! As tartarugas são importantes, muito, demais, total, e não devemos usar canudos plásticos e salvar também as baleias. Sabem quem mais são importantes? As baleias. Isso. Prosseguindo. - Eleanor disparou como uma arma, gradualmente acalmando a namorada a favor da vida marinha antes que ela os lisonjeasse com mais um discurso inspirado nos ideais do Green Peace. Louis apenas direcionou um olhar indignado para a loira conforme continuava sugando seu milk-shake pelo canudo. - Agora, meus adultos maduros e cultos - ironizou Eleanor ao que colocava as folhas de papel que recolheram durante o dia sob a mesa, afastando os pratos vazios que antes carregavam seus lanches. - Aqui estão os pré-requisitos de todas que visitamos hoje. Lou, qual acha que ele vai gostar mais?

Louis desviou sua atenção para todas as folhas sobre a mesa, os dedos passando pelas linhas de cada uma e analisando minuciosamente enquanto tentava visualizar Harry ali - havia um grande problema, contudo. Ele via Harry em todos.

- Ele amaria qualquer uma dessas.

- Então isso facilita nosso trabalho. - Barbara comentou enquanto olhava com afinco uma última batata frita sobre a mesa, provavelmente debatendo se a comia ou não. Acabou por comê-la. - Montamos o melhor projeto social de todos e garantimos que ele seja requisitado em todas, assim, ele pode escolher a dedo qual quer participar.

Louis não soube dizer se ela estava sendo irônica ou não - e decidiu por não questionar.

- Vou falar com o reitor amanhã cedo, então. - por fim, disse. Eleanor o encarou.

- Vai falar o que com ele?

- Vou pedir permissão pra fazer um projeto social. Se vamos fazer algo dentro da uni e que seja para a uni, precisamos do ok dele. - Barbara virou para Eleanor como quem concordava e apoiava o que o mesmo dizia. Eleanor revirou os olhos.

- Eu entendi isso, Patrickenson. - Ah, pronto, novo apelido agora, Louis pensou enquanto revirava os olhos. - Só acho que, se vai pedir permissão pra fazer um projeto social, tem que apresentar um projeto social pra ele.

E foi logo após Barbara virar para Louis como quem concordava e apoiava o que a namorada dizia que começaram a levantar ideias para projetos sociais que fariam sucesso na uni e que garantiriam a parte principal de seu plano.

A questão era: Qual o melhor projeto social?

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- Nós temos dezessete ideias, caso ele não aceitar uma, parte pra outra. - e mais uma vez Louis não sabia se Barbara estava sendo irônica ou não.

Eram por volta das onze da noite, estavam completamente exaustos e muitos alunos - dos poucos que ficavam na uni aos finais de semana - estavam se reunindo no Balls&Blues para jogar baralho, cantar no karaokê e ver jogos reprisados que passavam na maior televisão de tela plana da UAL inteira.

E Louis estava completa e totalmente emerso nos projetos quando seu celular tocou.

Bobão.

- Oi, Hazz. - assim que as palavras saíram de sua boca, Eleanor e Barbara o encararam com curiosidade e sorrisos, um mais inocente que o outro. "Estou com saudades", ele disse. - Mas me viu ontem. - "E isso desmerece minha saudade?" Louis conseguia ouvir seu sorriso pelo telefone. "Como foi a festa?" - Festa? - algo estralou na mente de Louis no mesmo instante. - Ah! Sim, festa. Com a tia de Stan, sim sim. Foi ótima. - e Louis começara a suar frio conforme xingava-se mentalmente. Harry pareceu não perceber ou simplesmente não mencionou nada e, prosseguindo com o tom de voz neutro, sobrepôs o barulho dos batimentos cardíacos de Louis. "Ainda estou no campo. Os rapazes saíram faz tempo. Liam foi o último, acho que faz algumas horas. Treinei um pouco depois que ele saiu e estou com fome agora, muita fome. O que acha de me encontrar no Balls&Blues pra comer alguma coisa, hun? Sei que está tarde, mas realmente quero te ver e te beijar e te abraçar e te beijar mais e--"

I

ria ser mais difícil do que imaginara mentir para Harry. Primeiro, Louis não sabia mentir. E segundo, não queria mentir. Mas a surpresa compensaria tudo no final e ele estava disposto a aguentar a parte mais difícil para ver o sorriso no rosto do rapaz que mais importa em sua vida.

Contudo, até ter a certeza de que o reitor aceitaria algum de seus projetos sociais, Louis preferiu não ver Harry, com medo de deixar algo escapar e estragar tudo. Afinal, conversaria com o reitor logo pela manhã e poderia então, contar parcialmente para Harry o que estava acontecendo, dessa forma, amenizava seu sofrimento.

Seria apenas por uma noite. Harry entenderia.

Louis simplesmente não aguentaria olhar para a cara de Harry e mentir. Não daquele jeito.

- O que acha de eu te encontrar no campo? Preciso passar pelo Balls&Blues de qualquer jeito pra chegar aí, já pego e levo. - "Tudo bem, então. Te espero na arquibancada."

Por mais que Louis não quisesse mentir na cara de Harry, o mesmo havia dito que queria beijá-lo e abraça-lo e beijá-lo mais e - até onde sabia, essas coisas não envolvem falar, muito menos mentir. E, após tanto tempo separados, Louis não negligenciaria uma oportunidade de ficar com o cacheado.

E ele sentia saudades também. Mesmo só tendo passado algumas horas desde que se viram por último.

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Assim que Louis colocou o pé na área das arquibancadas, pôde perceber que Harry estava, na verdade, no campo. Apenas de calça branca, aquela calça colada que é responsável por seus sonhos mais quentes e suspiros mais desejosos, o peitoral suado e definido - cada dia mais, uma vez que, além de jogar, Harry insiste em fazer academia para manter o condicionamento - e os fios de cabelo grudados em suas têmporas mesmo atados em um coque enquanto arremessava a bola jardas à frente, os músculos do braço flexionando com tal movimento e impulsionando todo seu corpo para frente, a mão firme enquanto agarrava outra bola para repetir o movimento como se ele não se satisfizesse nunca e-

Quando Louis deu-se por conta, já estava descendo os degraus da arquibancada em direção ao gramado, mesmo sem jaqueta e apenas de jeans preto e camiseta, sentia-se quente, a noite com poucos ventos em Londres apenas piorava sua situação de ofego desesperado em busca de alívio. Demorou até que Harry notasse sua presença, tão emerso nos movimentos que, somente quando estava com o braço para cima para arremessar mais uma bola, o corpo inteiro flexionado para maior precisão, é que Louis apareceu em sua frente e grudou em seu pescoço, os lábios indo de encontro aos seus em um beijo necessitado, molhado e quente.

Jogando a bola com força no chão, Harry firmou suas mãos nos quadris do menor, fundindo seus peitorais juntos - o seu subindo e descendo pelo esforço físico constante e o de Louis buscando ar freneticamente ao que queria agarrar e devorar Harry de uma só vez. Seus narizes roçavam de um lado para o outro e suas coxas entrelaçavam-se em um nó, mas não era o suficiente.

As mãos de Louis afastavam os fios molhados de suor do rosto de Harry para abrir mais espaço para seus lábios e toques, o campo, várias e várias jardas para ambos os lados, pareceu não os comportar mais, não caber seus sentimentos. Harry ergueu-o em seu colo, suas mãos explorando outros territórios agora que havia mais espaço e estavam na mesma linha de altura.

Louis nunca desejara tanto para que começasse a ventar, que Londres esfriasse e a temperatura caísse para treze, até mesmo dez graus. Ele não se importava pois naquele instante, sentia o calor do inferno queimando em seu peito e se alastrando por seus membros - até mesmo jurava que Harry sentia o fervor por meio das pontas de seus dedos.

Ele ardia.

Ardia em paixão, em desejo e em orgulho.

Ali estava ele, após meses de dificuldades, meses de sofrimento e meses de lágrimas. Estava nos braços do rapaz que o mostrara o mundo enquanto o deixava criar o seu próprio. Queimavam juntos pois alimentaram a chama e nunca a permitiram morrer.

Eles gostavam de como ardia e como esquentava suas peles, seus ossos e desfocava seus sentidos. Gostavam de como estavam em uma mesma sintonia. Eu coloco a mão se você colocar, nunca fez mais sentido - a chama era compartilhada pois o sentimento era mútuo.

Todas as preocupações da surpresa desapareceram de Louis durante os infinitos beijos pois ele sentia que estava confessando tudo por meio dos toques afobados e quentes e úmidos com Harry. Ele sabia que estavam na mesma página.

Mesma página.

"Fico muito feliz que tenha superado, que tenha virado a página no capítulo Louis", dissera Liam.

E se Harry passara as últimas horas preocupado com essas palavras a respeito de seu "novo" paquera, se passara as últimas horas treinando para desfocar daquilo ou pensar em uma solução - os beijos de Louis sugaram todas essas preocupações.

Não havia nenhuma "página no capítulo Louis" - havia um novo livro a respeito de ambos que era escrito por ambos e só dizia respeito a ambos.

Não havia medos. Inseguranças. Mentiras. Segredos. Surpresas. Não havia nada além de Louis e Harry.

E Harry e Louis.

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- E ai - Harry começou a dizer entre mordidas, mesmo sem ter mastigado a anterior direito. Louis não se importava, ainda estava quente pela sessão de beijos no meio de campo e, mesmo sentado na arquibancada enquanto observava Harry comer um lanche gigante, não conseguia desligar sua mente do fato de que havia um chupão enorme e vermelho no pescoço do mesmo. Que ele havia sido o responsável. - Decidimos colocar o camisa 18 no lugar de Liam, porque, aí, ele iria conseguir me ajudar no ataque-

- Conseguiram descobrir a tática do outro time? - Louis questionou enquanto esticava o dedo para limpar um pouco de mostarda que havia ficado na bochecha de Harry.

Ele não entendia muito de futebol americano - mas entendia algumas coisas, por isso, Harry compartilhava as estratégias e pedia conselhos sobre as táticas dos próximos jogos. E, também, era uma forma de colocar pra fora. Louis sabia o quanto o cacheado se cobrava em relação aos Wolves e em como aquele time significava muito pra ele, afinal, quem mais passaria o sábado inteiro em campo, planejando, organizando e treinando além dele?

Ninguém.

Minutos ouvindo os desabafos de Harry depois, Louis finalmente compreendeu que o próximo adversário era um dos campeões da liga, um dos melhores e que o quarterback deles era enorme - e pôde perceber uma pitada de inveja no tom de Harry em relação a isso.

- Você não está entendendo, Lou, ele é gigante. Tipo... tipo Hulk. Liam disse que ele já quebrou uma costela de um cara com um empurrão. - assim que Harry terminou de limpar a boca com o guardanapo e o jogou dentro da sacola de papelão que comportava o lanche no início, Louis o direcionou um sorriso nem um pouco inocente.

- Está chateado com isso, Styles?

Harry sabia que quando Louis queria provoca-lo, ele o chamava de Styles.

Mas o que ele não sabia é que Hulk lembrava Louis de algo, algo alojado bem no canto mais profundo de sua mente que era incapaz de alcançar mas podia saborear.

Fitando-o com curiosidade no rosto, Harry sorriu malicioso. Estavam em degraus diferentes na arquibancada e tudo que Louis precisava fazer era descer um para ficarem mais próximos - e foi isso que ele fez.

- Hm. Me responde. - Louis aproveitou que já estava em pé e sentou ao lado de Harry, próximo o bastante para suas coxas sobreporem as do cacheado, que apenas sorriu satisfeito. - O outro jogador... o Hulk. Te chateia o fato dele ser... - Louis se inclinou até que estivesse bem próximo do rosto de Harry. Suas bochechas estavam coradas e ele sentia o sangue correndo quente por suas veias. Mas não iria parar agora. - Maior que você? Melhor que você? Styles.

Harry o puxou em um único movimento, colocando suas coxas ao redor de sua cintura e colando seus peitorais. Completamente sentado no colo de Harry, Louis direcionou suas mãos para os fios de cabelos outrora úmidos já gélidos, seus narizes roçando ocasionalmente. Louis tinha medo que Harry ouvisse seus batimentos cardíacos àquela altura e, devido à proximidade, era bem possível.

- O que disse - Harry colou seus lábios no queixo de Louis, inclinando sua cabeça para cima enquanto abria espaço em seu pescoço para beijos. - Tomlinson?

Louis engoliu em seco - e Harry lambeu seu pomo de Adão conforme subia e descia no movimento.

Soltando um ofego, Louis se arrepiou por completo ao que a mão de Harry adentrou sua camisa. Ele sentia calor. Muito calor. E os beijos em seu pescoço não ajudavam muito na situação.

- Hm, Lou. - Harry sussurrou contra a pele quente de seu pescoço, mordendo gentilmente e soltando em seguida, beijos molhados sendo depositados sob o local para garantir o chupão. - O que disse? Repete.

Louis puxou os fios de cabelo de Harry até que seus narizes estivessem alinhados e sorriu malicioso. Ele sentia-se excitado e satisfeito ao mesmo tempo - sentia-se bem consigo mesmo pois estava fazendo aquilo porque queria. E então prosseguiu.

- Eu disse - sua voz saiu tão rouca e tão necessitada que não ousou limpar a garganta. Os olhos de Harry tornaram-se escuros. - Te chateia o outro quarterback ser maior e melhor que você, Styles?

Louis ouviu um palavrão deixar a boca de Harry milésimos de segundos antes de sua língua adentrar o mesmo espaço. Foi um beijo diferente dos outros. Havia algo a mais - procuravam algo que não haviam saboreado ainda.

Ou pelo menos não lembravam que haviam, de fato, saboreado sim.

Mas o que importava - no momento - era que Louis estava focado em tomar os lábios de Harry para si e Harry estava focado em tomar os lábios de Louis para si.

Era uma batalha infinita na qual ninguém sairia vencedor, contudo ninguém realmente poderia perder.

Era o melhor tipo de batalha do mundo.

ei eu aqui

a última parte desse capítulo foi escrita pelo celular então se tiver algum erro, me perdoem

aaaaaa a parte incrível da fanfic começa agora

estão preparadxs?

não estão, eu sei que não

tentarei trazer o próximo o mais breve possível mas tenham em mente que será escrito pelo celular então aaaaa

qualquer dúvida, comentário, sugestão, declaração, ponto ou vírgula, podem me chamar no insta nathaliemach_

por aqui eu demoro um pouco mas respondo também sjsjsjiw

amo ocês

demais da conta

vou tentar escrever hoje já mas provavelmente irei assistir Friends (olhem no stories porque com certeza vai estar lá)

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