Contos de Um Lobo na Cidade...

By FelipeSenaPereira

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O Volume 3 se inicia, anunciando problemas.... Problemas que precisam ser resolvidos... Problemas que não pod... More

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Tempo de Uma Amizade - Parte 1

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By FelipeSenaPereira

"Quanto tempo dura um... "dar um tempo" em uma relação? ... eu descobri que o tempo nessa situação... é irrelevante e não tem prazo pra acabar...".

Aqui continuava eu, dentro deste ônibus nesta cidade.

- Cidades grandes... são sempre tão sujas... – falei comigo mesmo. O ônibus estava praticamente vazio.

O sol entrava pelas janelas transparentes enquanto tentava passar pelas grossas nuvens.

Eu estava indo para trabalhar em uma sexta-feira à tarde, aparentemente normal.

- Normal de mais... – a tranquilidade, aquela energia 'parada' que havia no ambiente, dentro e fora, do ônibus.

Olhei para fora e ficava pensando se meu amigo Anjo havia recebido a minha carta.

Aquela claridade do dia, mais branco, e mais claro, me fazendo cerrar os olhos.

***

Ah sim, lá estava eu, sentado na poltrona enquanto olhava o mensageiro descer do céu.

Ele aparentava um carteiro, do tamanho de um adulto de 1,90 de altura e aparentemente magro, com uma bolsa do estilo que se carrega cartaz.

Ele olhava para mim e sorria.

Eu sorri de volta.

- "Pois não?" - perguntei sem mexer a boca e apenas olhando para ele.

- "Lhe trago algo." – respondeu, mostrando um sorriso em sua face sem expressão e logo mexendo na bolsa.

Não demorou e ele puxou as duas mãos brancas para fora segurando-as um pouco abertas.

Mostrava-me uma massa bruta de energia que se assemelhava uma pedra neste mundo do tamanho de uma bola de baseball.

- "Para mim?" – voltei os olhos para o mensageiro – "tem certeza?" – indaguei surpreso.

- "Sim senhor" – respondeu ele prontamente e emendou – "foi mandado para o senhor, por que o senhor tomaria a melhor decisão de como usar uma dessas"

Abri minhas mãos e recebi o que me foi enviado.

- "Ahm... isto é o que estou achando...?" – perguntei para ele, que já estava se afastando.

- "sim senhor, uma realização de desejo sem esforço" – responde-me e sumiu próximo da luz do céu.

***

O ônibus parou no farol.

Uma música forte começou a tocar em meus ouvidos de meu celular.

Minhas mãos abertas em meu colo, uma visão no mínimo estranha para quem não podia ver aquilo emanando próprio calor em mim.

O ônibus voltar a andar, e ninguém entrava ou saia do ônibus.

"Uma 'pedra' capaz de transformar um desejo em realidade me foi entregue sem motivo aparente... Qualquer desejo em realidade... O que faço...?"

Os pensamentos caiam feito raios dentro de minha cabeça, eu precisava tomar uma decisão.

A minha cabeça foi abaixando e novamente, notei outra música forte tocar em meu celular, o que me puxou de voltara a fora de meus pensamentos.

Aquela batida forte, aquele som e aquela voz feminina, gritando por 'liberdade' dentro de uma música.

"Já sei" Pensei comigo fechando os olhos, me concentrando naquela música e também fechando as mãos da 'pedra'.

Um Som de mensagem em meu celular se mistura com a música.

"Não perder o foco" Pensei em minha mente e sem ligar para a mensagem que chegava.

***

Mesmo com os olhos fechados, eu me concentrava.

"Se isto inteiro pode realizar um desejo..." Pensava eu enquanto prensava a minha energia em volta "eu vou... Quebrar isso em partes para que cada parte possa influenciar no desejo de algumas pessoas, mas sem tirar o esforço necessário da pessoa para realiza-lo".

Logo após o meu pensamento se concluir, ouvi algo se quebrando.

Minhas mãos continuavam paradas, segurando cinco pedaços de energia em seu meio.

"Pedaço um vai para..." Ele sumiu e se desfez.

Senti algumas fisgadas pelo meu corpo, e o som dos carros que agora parecia muito mais alto que antes, entrava em meu ouvido com violência.

"Pedaço dois..." Fisgadas em meus dedos, e se foi.

Meus olhos tremiam para se manterem fechados.

"Pedaço Três..." Tremeu a minha mão e se foi também.

Meu corpo se viu sendo jogando para o lado, batendo levemente no vidro.

Minhas mãos se fecharam e os pedaços foram guardados dentro de uma pulseira. A minha.

***

Abri os olhos, aparentava cansado e respirando ofegante.

Automaticamente peguei o celular para ver a mensagem que havia recebido, remetente:

- "Anjo".

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