Las Vegas (Jikook) | Concluída

By AlmtkA

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Jungkook faz uma viagem para Las Vegas para a sua despedida de solteiro. O que ele não imaginava era que bast... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 38
Capítulo 39
Capitulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítudo 56
Capítulo 57
Capítudo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
Final | Parte 1
Final | Parte 2
Pré-venda do livro fisico!
Valores, brindes e mais!
O livro está lançado!
SEGUNDA EDIÇÃO

Capítulo 37

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By AlmtkA

🎰 Boa leitura 🎲

♣️♥️♠️♦️♣️♥️♠️♦️♣️♥️♠️♦️

Jungkook chegou na empresa pontualmente às oito da manhã, assim como fazia todos os dias. Estava de bom humor, carregava em seu bolso do paletó algo que faria Jimin sorrir e, para ele, isto já seria o suficiente para aguentar mais um dia de trabalho.

Quando o elevador alcançou o último andar do imponente edifício, Jungkook cumprimentou sua secretária e foi direto até a sala de Park, mas parando frente à porta e dando leves batidas na mesma. Não queria levar outra bronca por entrar sem bater novamente.

Um "Entre!" pode ser ouvido de dentro da sala, e então o CEO entrou, fechando a porta atrás de si.

Jimin estava concentrado na tela do computador, roía a unha do polegar esquerdo enquanto a mão direita manuseava o mouse. Park estava vestido com um terno cinza escuro, camisa branca e gravata preta e estreita. O cabelo dourado parecia ter sido tingido recentemente, e um longo brinco prateado pendia de sua orelha direita. Naquele momento, Jungkook percebeu que seria assim: Jimin sempre estaria mais bonito do que o dia anterior, mas nunca mais bonito que amanhã.

— Bom dia, Mochi. — Interrompeu a concentração do outro.

— Bom dia, Nochu. — Jimim abriu um sorriso largo em sua direção. — Achei que só te veria mais tarde. Yang Mi me disse que você teria uma reunião fora da empresa esta manhã.

— Não ia conseguir me concentrar sem um beijo de bom dia. Vim até aqui só para te ver, antes de ir para essa reunião chata.

— E vai me dar esse beijo aí dá porta mesmo? — Jimin debochou.

Jungkook riu, caminhando em sua direção, enquanto Park o acompanhava com os olhos. O moreno deu a volta na mesa, girou a cadeira, deixando o loiro de frente para si. Agarrou o colarinho de Jimin e o puxou, colando os lábios em um beijo afoito.

O ar pareceu ter abandonado os pulmões de Jimin quando Jungkook massageou os lábios finos nos seus. Um arrepio percorreu sua espinha e ele desejou que aquele beijo nunca mais terminasse.

Jimin tentou manter o contato das bocas quando sentiu Jungkook começar a se afastar, mas o moreno o empurrou levemente de volta, exibindo um sorrisinho sacana.

— Quer mais? — Perguntou enquanto passava o polegar pelos lábios cheios de Jimin, que balançou a cabeça sutilmente para cima e para baixo. — Eu teria te dado um monte deles ontem se você não tivesse me dispensado por causa de um ciúmes bobo.

— Não é ciúmes bobo. — Jimin afastou a mão de Jungkook. — Aquele cara estava me dizendo que queria te dar um "ombro amigo", se é que ele não se referia a outra coisa.

Jungkook gargalhou, achando adorável o jeito que Jimin ficava quando tinha ciúmes. A ponta das orelhas ficavam vermelhas e um biquinho se formava em seus lábios.

— Não se preocupe, coração. Eu não daria um fio de cabelo se quer para ele, eu sou todo seu. — Jungkook piscou na direção do loiro. — Ele é passado.

— Mesmo assim... é desconfortável. Ou você ia gostar de ouvir histórias sobre meus relacionamentos anteriores? — Jimin cruzou os braços na frente do peito.

— Talvez uma outra hora... — Jungkook desconversou, se afastando um pouco mais do loiro.

— Ah, mas eu poderia te contar sobre a minha primeira vez! — Um expressão de triunfo surgiu no rosto de Jimin, enquanto o outro engolia a seco. — Sabe... eu já estava morando nos Estados Unidos, e ele era meu colega de faculdade. Um dia....

— Nossa, olha só a hora! Já estou atrasado para a reunião, Namjoon vai me matar! — O moreno olhou no relógio, interrompendo a história que estava sendo narrada.

Foi a vez de Jimin gargalhar, ele sabia que Jungkook não ia aguentar ouvir. E ele também não queria realmente contar sobre o quão desastrosa tinha sido a sua primeira vez.

O CEO estava prestes a sair da sala quando se deteve, dando um tapa na própria testa, como se tivesse se lembrado de algo importante.

— Jimin... — Se voltou novamente para o loiro. — Eu não vim aqui somente por causa de um beijo.

— Não? — Perguntou curioso.

— Não, temos outro assunto para resolvermos.

Jungkook foi até a mesa de Park e jogou sobre a superfície de madeira um envelope branco. Jimin o pegou em suas mãos e analisou-o por fora, mas não havia nada escrito.

— O que é isso?

— Abra! — Jungkook sorriu.

Jimin se encostou na cadeira e quando viu o que estava dentro do envelope, teve que cobrir a boca com uma das mãos.

Era dinheiro.

O dinheiro da venda da aliança de Jungkook.

— Nós vamos fazer isso mesmo? — Perguntou, sentindo lágrimas se formarem no canto dos olhos.

— Eu prometi, não prometi?

E então o sorriso de Jimin se alargou ainda mais. Ele abandonou a cadeira onde estava sentado e se jogou nos braços do moreno à sua frente, que o pegou no ar, sustentando seu corpo entre os braços.

— Obrigado, Jungkook! Isso significa tanto para mim... — Disse rente ao pescoço do outro. — Eu já até escolhi o lugar para a gente distribuir as flores. 

— É mesmo? — O CEO pousou Jimin no chão. — E por que não resolvemos isso hoje mesmo? Faremos um horário de almoço estendido!

— Perfeito!

— Ótimo, avise a instituição e eu venho aqui te buscar depois da minha reunião. — Jungkook tocou a ponta do nariz do loiro. — Até mais tarde.

— Até. — Jimin selou os lábios do moreno de leve.

Assim que Jungkook saiu da sala, o auditor correu até a sua mesa, ligando para a administração da instituição que tinha escolhido. Era um hospital, onde sua mãe havia dado a luz e que, posteriormente, trabalhou como voluntária. Jimin tinha ido até lá algumas vezes, e observava atentamente a sua mãe em ação, ajudando as mães com os primeiros contatos com seus bebês, lendo histórias para as crianças internadas, e ajudando na alimentação dos idosos.

Continuar os passos de sua mãe era uma tarefa que já havia se imposto desde que se formou em direito nos Estados Unidos. Sentia que tinha que devolver ao mundo um pouquinho do que ele tinha oferecido a si, e aquele hospital seria o primeiro desse seu compromisso.  

Depois de tudo acertado com a administração do hospital, Jimin voltou a sua atenção para o que estava fazendo antes. Seus olhos continuaram a percorrer a imensa tabela com nomes de empresas que haviam solicitado permissão de funcionamento nos Estados Unidos no último ano.

Em sua busca pelos clientes da empresa de Taemin, Jimin descobriu que um deles residia nos Estados Unidos, o que fez o auditor levantar uma suspeita. Entrou em contato com um grande amigo de faculdade, que agora trabalhava na receita federal, e este lhe deu os caminhos legais para chegar até aquele documento que estava analisando.

Além do nome, sócios e tipo de empresa, a tabela também mostrava quais tinham recebido liberação do governo para atuar no mercado norte americano.

E depois de uma busca incansável, Jimin confirmou suas suspeitas em uma das últimas páginas daquele documento. Não havia dúvidas, Lee Taemin havia entrado com pedido de licença para abrir uma filial de sua empresa de softwares em Chicago. Mas ele não aparecia com o dono da empresa, era apenas um dos sócios.

Aquilo era, no mínimo, curioso. Em nenhum momento, Taemin havia dito que pretendia abrir filiais fora do Japão, muito menos uma com processo iniciado.

Jimin percorreu a linha da tabela com o dedo indicador, até chegar na coluna que mais o interessava. A licença de funcionamento havia sido negada pelo governo dos Estados Unidos, uma semana antes dele ter ido até o Japão com Jungkook para a reunião.

O auditor sorriu para si mesmo. Aquele dia já tinha começado bem.

[...]

Por volta de uma da tarde, o celular de Jimin vibrou com uma mensagem de Jugkook. Ele dizia para o loiro descer, pois já o esperava no estacionamento.

Park desligou o computador, colocou o envelope com o dinheiro no bolso e tomou o cuidado de trancar em sua gaveta os documentos com as pistas sobre a empresa de Taemin.

Quando chegou ao estacionamento, Jimin procurou pelo carro preto de Jungkook, mas não o encontrou. Pensou me tirar o celular do bolso e ligar para ele, mas a buzina de um carro lhe chamou a atenção. À sua direita, uma SUV prata estava com o motor e os faróis ligados, e Jimin reconheceu de imediato aquele veículo.

— O que está fazendo com o carro do Namjoon? — Jimin perguntou ao entrar.

— O porta malas do meu carro é muito pequeno, não caberia as flores que vamos comprar. Então, Namjoon ofereceu o dele.

— Me lembre de agradecê-lo depois. Você já almoçou?

— Acabamos comendo em um restaurante do centro com os clientes da reunião. Mas eu sei que você provavelmente ainda não, então te trouxe isso.

Jungkook pousou no colo de Jimin um dosirak*, e o loiro pode sentir que o conteúdo ainda estava bem quente. O cheiro da comida se espalhou rapidamente quando o recipiente revestido de bambu foi aberto. Além de perfumada, a comida parecia uma obra de arte. Tudo muito bem arrumado, havia uma porção de arroz branco com gergelim tostado, cogumelos, repolho refogado e um pedaço de salmão defumado.

— Obrigado, Jungkook! Estou morrendo de fome, parece ótimo! — Jimin sorriu para o homem ao seu lado.

— Espero que goste! É de um dos meu restaurantes preferidos. — Jungkook respondeu, passando-lhe um par de jeotgarak** descartável.

— Eu te pago a sobremesa mais tarde.

— Eu vou cobrar — Jungkook piscou para Jimin, fazendo o loiro dar um soquinho no seu braço.

Os dois seguiram viagem até a floricultura, Jimin se deliciando com seu almoço e Jungkook sorrindo por vê-lo comendo com tanto gosto. Vez ou outra, o loiro levava pequenas porções de comida até a boca do outro, e este, sendo o guloso que era, não recusava nenhuma vez.

O CEO estacionou o carro na frente da loja, e Jimin foi o primeiro a entrar. Os dois passaram pelas prateleiras, cheias de vasos com diversos tipos de flores e folhagens. Eram tantas opções que tornavam a tarefa da escolha muito difícil. Mas o loiro já tinha algo em mente, tinha pesquisado um pouco para relembrar tudo que sua mãe havia lhe ensinado e havia a flor perfeita para aquela ocasião.

Astromélias.

Estavam nos fundos da loja, em diversas cores. Jimin foi até elas, pegando uma de coloração rosada em suas mãos, levanto até o nariz e sentindo o perfume suave.

— O que elas representam? — Jungkook perguntou ao se juntar ao loiro.

— Elas simbolizam o desejo de amizade eterna, de um vínculo forte entre duas pessoas. Também faz referência à felicidade plena, à gratidão e a saudade. Elas são perfeitas, Nochu! Vão ser uma forma de mostrar a minha gratidão por tudo que eu tenho nessa vida, sem deixar de lembrar de minha mãe.

— Então vamos levar todas! — Jungkook interrompeu os pensamentos de Jimin, distraindo-o, sabendo que seu coração já estava se enchendo de saudade da sua família falecida.

Jimin sorriu, com os olhos brilhando. Foi até a atendente, que preparava um arranjo com rosas vermelhas, e pediu que ela separasse todas as astromélias da floricultura.

Junto com a funcionária, Jungkook e Jimin fizeram pequenos buquês, misturando as cores e prendendo os caules com um barbante.

Quase uma hora depois, seguiram para o hospital, que ficava um pouco afastado de onde estavam, com o carro lotado das flores delicadas.

A direção do hospital disponibilizou dois funcionários para ajudar a distribuir os pequenos buquês. A primeira parada foi na maternidade, onde cada "nova mãe" ganhou um ramalhete, junto com as congratulações pelos bebês recém nascidos.

A segunda parada foi na enfermaria, onde dezenas de pessoas estavam internadas, acomodadas em camas separadas por uma cortina.

Jimin, além das flores, distribuía sorrisos e mensagens de conforto, enquanto Jungkook, um pouco mais intimidado, fazia o possível para imitar as ações do seu amado.

Todos no hospital estavam encantados com os dois, pacientes e funcionários. Era nítido como o ambiente ganhou uma nova energia, trazendo sorriso e cores no rosto daqueles que sofriam por diversos motivos.

Em uma das últimas macas, havia uma senhora, parecendo bastante debilitada. Enquanto Jimin organizava o restante das flores, Jungkook foi até a mulher, colocando as flores amareladas na mesa de apoio.

O CEO olhou para ela, que parecia dormir. O rosto exibindo os sinais de cansaço da idade, o corpo magro demais, ligado a diversos aparelhos. Jungkook fez uma reverência, em respeito, mas quando ia se afastar da cama, a senhora segurou a sua mão. O toque era leve, quase sem força.

— Meu jovem, qual é o seu nome? — A sua voz saia falha.

— Meu nome é Jeon Jungkook. E a senhora, como se chama? — Jungkook voltou para o lado da cama, segurando a mão da paciente entre as suas.

— Meu nome é Kim Sunhee.

— Muito prazer em conhecê-la. — Jungkook sorriu.

— Obrigada pelas flores, meu querido. Você e aquele belo rapaz — Apontou com a cabeça para Jimin — trouxeram mais alegria para esse lugar cinzento.

— Fico feliz que tenha gostado, para nós também está sendo um grande experiência.

— E o que ele é seu?

— C-como?

— Aquele rapaz loiro... Eu vejo seus olhos brilhando quando ele sorri. O que ele é seu?

Jungkook voltou a cabeça para Jimin, que agora conversava animadamente com uma das enfermeiras. Ele parecia radiante, a pele vívida e os movimentos relaxados. O CEO suspirou antes olhar novamente para a senhora e responder.

— Ele é o amor da minha vida.

Sunhee tinha ouvido a resposta que queria, sorriu docemente para Jungkook, apertando um pouco mais a mão que continuava sustentando a sua.

— Pois então, lute por ele todos os dias. Faça-o se sentir a pessoa mais especial do mundo. E mais do que seu companheiro, seja o seu melhor amigo. Não deixe de viver um grande amor, sempre vale a pena.

— A senhora viveu um grande amor? — Agora Jungkook estava curioso.

— Sim, meu jovem. Amei e fui amada. E agora, depois de 15 anos separados, eu finalmente vou poder encontrá-lo novamente.

Jungkook engoliu a seco, tentando controlar a umidade que surgiu em seus olhos. Tinha entendido perfeitamente o que a senhora quis dizer e não conseguiu evitar em sentir um aperto no coração. Mas ela parecia conformada com seu destino, aliviada por poder se juntar ao seu amado.

— Jungkook, vamos? — Ouviu o loiro lhe chamar.

O CEO acenou com a cabeça, voltou sua atenção para a mulher acamada.

— Preciso ir, senhora Kim. Obrigado pelos conselhos, vou segui-los à risca. Mande lembranças para o seu marido. — Sorriu triste.

— Pode deixar, meu jovem. Seja feliz.

Jungkook soltou a mão da senhora com cuidado, colocando-a sobre o colchão. Fez uma última reverência e se afastou da cama, sem dar as costas para a senhora Kim, que mesmo muito debilitada, ainda juntou forças para sorrir e acenar em despedida.

Os dois, juntamente com os funcionários do hospital, seguiram para a ala pediátrica. Seria a última parada da entrega de flores daquele dia.

O andar reservado às crianças ficava no topo do edifício e assim que as portas do elevador se abriram, notaram a diferença de ambientes. Tudo tinha mais cor. Muitas das paredes estavam desenhadas ou cobertas com papéis com rabiscos coloridos e alguns brinquedos se espalhavam pelos cantos.

— Eu adoro crianças! — Jimin exclamou animado. — E você?

— Ah... bom... sim, claro! Elas são ótimas, eu só não tenho muito jeito com elas. — Jungkook coçou a nuca.

— Não existe isso de "não tenho jeito". É só se lembrar que você já foi uma! — Sorriu largo para o moreno.

— Jimin, quando eu era criança, eu brincava de CEO.

— É mesmo? — Jimin riu. — Ah, mas você não brincava de mais nada?

— Bom... eu jogava bola com Namjoon às vezes.... e... — Jungkook ficou corado, estava com vergonha.

— E...? — Jimin insistiu.

— Eu brincava de super-heróis... — Respondeu, virando para o outro lado, não querendo mostrar o constrangimento.

— E qual super-herói você era? — Jimin perguntou enquanto começou a andar pelos corredores da ala pediátrica.

— Eu... era... o Homem de Ferro...

Jimin congelou alguns instantes no lugar, olhando para Jungkook sem uma expressão bem definida. O moreno achou que ele tinha ficado chateado, ou algo do tipo, mas segundos depois, Jimin apertou os lábios um no outro, seu queixo tremendo levemente. E então, explodiu em uma gostosa gargalhada.

— Do que você está rindo? — Jungkook perguntou um tanto ofendido.

— Homem de Ferro? — Jimin segurava a barriga que começava a doer.

— O que tem de errado?

— Quer dizer então, que quando você não estava brincando de CEO, você imaginava que era um super-herói que, por um acaso, era empresário? — Jimin continuava rindo, lágrimas se formando nos olhos.

— Mas era um empresário que combatia o crime! — Jungkook tentou se defender, mas não se aguentou também, e começou a rir. Nunca tinha parado para pensar, que até suas brincadeiras de infância envolviam os negócios da família.

Os dois entraram em uma sala onde havia cerca de uma dezena de crianças, variando entre 5 e 12 anos de idade. Algumas pareciam ainda lutar contra alguma doença, quietas e deitadas ao lado de seus responsáveis, enquanto outras pareciam animadas e cheias de energia.

Jungkook e Jimin não tinham muito mais tempo, precisavam voltar para a empresa antes que estranhassem o sumiço dos dois juntos, então se dividiram, cada um indo entregar um buquê de flores para os pacientes.

Quando estavam quase terminando, Jimin se deteve na cama de uma garotinha, por volta de seus 8 ou 9 anos. Cabelos negros e olhos redondos cheios de vida. Era sorridente e parecia estar aguardando a sua vez de receber um ramalhete.

— Olá, meu nome é Park Jimin. E o seu? — O loiro se sentou na beirada da cama.

— Você se chama Jimin? — Ela arregalou os olhos. — Eu também! Baek Jimin!

— Não acredito! — Jimin sorriu para a coincidência. — Nós temos o nome mais bonito do mundo! — Falou com orgulho, fazendo a menina esconder a risada com as mãozinhas.

— O seu cabelo é tão bonito, parece de um príncipe.

— Obrigado, Jimin. O seu também é lindo. — O loiro mexeu em uma mecha do cabelo longo. — E você também se parece com uma princesa, sabia?

— Pareço? — A menina perguntou animada.

— Sim, só falta uma coisa para virar uma princesa de verdade. — O auditor declarou carinhoso.

— O que? — A menina perguntou, cada vez mais eufórica.

E então, Park tirou a tiara que a menina usava. Pousou-a no colo, e pegou um dos buquês de astromélias. Desfez o nó do barbante que unia as hastes das flores, deixando-as livres umas das outras.

Nesse momento, Jungkook já tinha terminado de entregar os seus buquês, e parou para observar a interação de Jimin com a garotinha, também curioso para saber o que ele iria fazer.

Park, com habilidade, começou a amarrar as flores na tiara de sua xará, contornando todo o acessório, como se fosse uma coroa. Algum tempo depois, satisfeito com o trabalho manual, Jimin devolveu a tiara à cabeça da menina, que dava pequenos pulos na cama.

— Pronto, agora você é uma princesa de verdade! — Park declarou, sorrindo largamente.

— Obrigada, Jimin! A menina ficou de joelhos, envolvendo o pescoço do loiro, abraçando-o com força.

Jimin, ainda um pouco surpreso com a reação, abraçou-a de volta, fazendo um carinho leve em suas costas.

Baek Jimin, ainda abraçada à Park, olhou para a figura alta que estava logo atrás. Jungkook, com as mãos dentro da calça social, tinha um sorriso bobo e orgulhos nos lábios finos.

— Ele é seu namorado? — A garotinha soltou-se do abraço, sussurrando no ouvido do loiro, mas não baixo o suficiente para que Jungkook não a ouvisse.

Jimin arregalou os olhos e olhou para trás, vendo que Jungkook estava atento à conversa.

— Ele? Ah... bom.. na verdade... — Jimin ficava cada vez mais vermelho, sem saber o que responder direito. — Não, ele não é meu namorado. — Concluiu, apertando os lábios um no outro.

— Verdade? Então ele pode ser meu namorado? — A garotinha perguntou animada.

Park olhou pra trás novamente, e os dois riram, se divertindo com a situação inusitada.

— Mas é claro! Mas acho que você vai precisar esperar uns 10 anos até poder sair com ele. O que acha? Consegue esperara até lá? — Jimin perguntou, apertando a pontinha do nariz da menina.

— Aigoo... Dez anos?? Ah, não. — A menina olhou por cima do ombro de Jimin. — Acho que não vale a pena esperar tanto.

— Você tem toda razão! — O loiro gargalhou. — É isso mesmo, não tem que ficar esperando por homem nenhum! Toca aqui! — Jimin e a menina trocaram um "High five". — Bom, tenho que voltar para o trabalho. Me prometa que vai cuidar direitinho da saúde para poder sair daqui o quanto antes.

— Eu prometo. E obrigada pela minha coroa!

— De nada, minha princesa. Até qualquer dia! — Jimin piscou para a menina que devolveu a piscada, um tanto desajeitada, com os dois olhos.

Jungkook e Jimin agradeceram os funcionários do hospital que tinham ajudado com a distribuição das flores e seguiram para o estacionamento.

Jimin sempre achou que seria bom fazer ações como essa, mas nunca imaginou que seria uma experiência tão mágica. Ver a alegria das pessoas ao receberem as flores, os agradecimentos sinceros, os sorrisos estampados nos rostos, fez o loiro se sentir como uma criança novamente, aquela que acompanhava sua mãe no trabalho voluntário.

Os dois entraram no carro, mas antes que Jungkook desse a partida, ele virou-se para Jimin.

— Mochi... — Jungkook interrompeu o movimento do outro de colocar o cinto de segurança.

— Sim? — Jimin também se virou para o moreno.

— Eu só queria te dizer que adorei fazer isso aqui. Eu nunca fiz nada parecido e não imaginava que, com um gesto tão simples, era possível arrancar tantos sorrisos.

— Que bom, Jungkook. — Jimin sorriu até que seus olhos se fechassem.

— Você é tão bonito. — O CEO levou uma das mãos até o rosto de Jimin, acariciando a pele macia. — Bonito por fora.... — Desceu a mão até tocar o lado esquerdo do peito do loiro. — Mas ainda mais bonito aqui dentro.

Jimin suspirou, segurando a mão de Jungkook entre as suas. Se aproximou, um tanto desajeitado por estarem dentro de um carro, e selou os lábios do outro.

— Espero que você me acompanhe nas próximas!

— Mas é claro! Eu só preciso ter mais jeito com as crianças...

— Não diga isso, elas gostaram de você.

— Menos aquela garotinha, a Jimin. — O loiro começou a rir. — Ela disse que não valia a pena esperar para namorar comigo! Eu fiquei ofendido... — Jungkook cruzou os braços, fingindo ressentimento.

— Ah, não fique assim... Esse Jimin aqui espera por você. — O auditor arregalou os olhos com as palavras que tinha deixado escapar.

Jungkook descruzou os braços, inclinando a cabeça para o lado, tentando interpretar o que aquela frase tinha significado.

— Bom... a Jimin achou que fossemos namorados... E eu vi que você ficou um pouco constrangido por ter dito que não. E... Eu percebi naquela hora, que... na verdade... eu não cheguei a te pedir em namoro.

— Ah... o que? Não... não se preocupe com isso. Isso é uma bobagem... Eu... e-eu não preciso de um rótulo, eu sei que nós estamos em um relacionamento... — Jungkook se virou de costas, procurando algo dentro do carro. — E... eu... não acho que precisamos colocar um nome nisso que estamos tendo no momento, e...

Jungkook pareceu finalmente ter encontrado o que procurava. Virou-se no assento do carro, com um único lírio branco em mãos.

— Quer ser meu namorado, Park Jimin?

O loiro esqueceu como se respirava, e por alguns segundos ficou pensando se aquilo era real ou apenas coisa da sua imaginação.

Jungkook permanecia o encarando, com a flor à sua frente e os olhos brilhando em expectativa. Presenteá-lo com o lírio tinha sido premeditado, mas o pedido de namoro tinha sido uma ação totalmente espontânea daquele momento.

Não tinha passado pela sua cabeça, mas quando aquela garotinha praticamente afirmou que eles pareciam uma casal de namorados, Jungkook sentiu uma necessidade de ir além, de estabelecer, mesmo que seja com um rótulo bobo, que o que ele queria com Jimin não era algo raso, superficial.

Sem tirar os olhos dos de Jungkook, Jimin tomou o lírio branco para si, levando-o até o nariz para sentir o perfume delicado. Seu coração batia forte e a flor tremia levemente em sua mão.

— Sim, Nochu... quero ser seu namorado.

Jungkook jogou a cabeça para trás, aliviado por ter sido aceito. Sabia que provavelmente ninguém mais saberia sobre aquele momento, mas estava feliz por terem dado um passo a mais na relação.

Eram agora, oficialmente, namorados.

O CEO tomou o rosto de Jimin em suas mãos, colando as bocas para um beijo apaixonado. E Jungkook sentiu, nos lábios do loiro, o gosto doce do primeiro amor.

Ainda mais sorridentes, seguiram caminho de volta para empresa e nem mesmo o trânsito infernal do horário estragou aquele momento especial. Não falaram muito durante a viagem, mas não era preciso, apenas o carinho leve da mão esquerda de Jungkook sobre a mão pequena de Jimin era o suficiente.

O moreno estacionou o carro na garagem e assim que soltou o cinto de segurança, sentiu Jimin puxá-lo para baixo pelo colarinho.

Ele também estava abaixado, como se estivesse tentando se esconder de algo.

— O que foi, Jimin? — Perguntou sem entender o que estava acontecendo.

— Shhhh... fique abaixado. Yeri está vindo na nossa direção.

♣️♥️♠️♦️♣️♥️♠️♦️♣️♥️♠️♦️

*Dosirak na Coréia do Sul ou kwakpap na Coréia do Norte se refere a uma refeição embalada (marmita).

**jeotgarak - "pauzinhos" utilizados como talheres, o mesmo que os hashis japoneses.

♣️♥️♠️♦️♣️♥️♠️♦️♣️♥️♠️♦️

Olá, meus queridos!!

Me perdoem pela demora!

Espero que tenham gostado do capítulo!!

Bom... por enquanto é só!

Nos vemos no próximo!!

Ah... não esqueçam que logo em seguida eu vou postar fotos lá no Twitter!!

Beijinhos

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