As vantagens de não se APAIXO...

By Marciamcl

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Existe um ditado que diz: "A felicidade está onde o coração encontra repouso.". Nunca acreditei neste ditado... More

Prólogo
Capítulo 01 - Velha lembrança
Capítulo 02 - História
Capítulo 03 - Ciúmes incontrolável
Capítulo 04 - O meu melhor segredo
Capítulo 05 - Tutora
Capítulo 06 - Sonhos
Capítulo 07 - Expectativas
Capítulo 08 - Jeans
Capítulo 10 - Surpresa
Capítulo 11 - Noite barulhenta
Capítulo 12 - Onde estou?
Capítulo 13 - Jaqueta perfumada
Capítulo 14 - Passeio em "família"
Capítulo 15 - Olhares
Capítulo 16 - Ambiente novo
Capítulo 17 - Contagem regressiva
Capítulo 18 - "Primeiros" encontros
Capítulo 19 - Parque de Diversão
Capítulo 20 - Luzes
Capítulo 21 - Água fria
Capítulo 22 - Declarações
Capítulo 23 - Lágrimas
Capítulo 24 - Esperança
Capítulo 25 - Me beija?
Capítulo 26 - Par do baile
Capítulo 27 - Atrás do vestido
Capítulo 28 - Estranho
Capítulo 29 - Flores
Capítulo 30 - Desinteresse
Capítulo 31 - Frio na barriga
Capítulo 32 - Finalmente
Capítulo 33 - Despedida

Capítulo 09 - Boas impressões

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By Marciamcl

DIA 5

"A quinta vantagem de não se apaixonar quando se está na etapa de iniciante: VOCÊ NÃO PRECISARÁ IMPRESSIONAR DEMAIS."

Não me lembrava qual fora a última vez que havia acordado tão disposta assim. Talvez o motivo para tanta animação era o fato da xícara de chocolate quente que mamãe deixará em meu quarto, como de costume aos sábados.

Deliciei-me com aquele sabor doce em minha boca e continuei ali de baixo das cobertas aconchegantes e quentes.

As persianas estavam abertas e uma boa quantidade de claridade adentrava meu quarto. O sol era forte e desejava que continuasse daquela forma já que a festa seria no quintal, em espaço aberto.

Dei play em uma playlist enquanto providenciava as minhas vestes para o banho. Havia um pequeno post-it na porta do meu quarto.

"Salão às duas horas da tarde."

Mamãe era demais. Detestava marcar as coisas por telefone ou pedi-las e amava quando as fazia para mim.

Tentava controlar o nervosismo e a ansiedade pelo que aconteceria mais tarde. Fortes emoções estavam por vir.

Optei em utilizar a mesma roupa tanto para a festa de papai quanto para sair com Austin depois. Isso facilitaria a minha vida em não ter que escolher outra peça e demorar para fazer a troca.

Papai iria trabalhar até uma hora da tarde em sua empresa. Segundo ele, ainda haviam algumas entregas de materiais e produtos a serem feitas e uma última instalação de jardim que não demoraria muito.

Mamãe havia saído para buscar o bolo que havia encomendado na semana passada e alguns docinhos. Como fariam carne na brasa, não se preocuparam em pedir salgadinhos também.

Só de imaginar que encheria a minha barriga com guloseimas mais tarde, fazia a minha boca encher de saliva.

Estava atenta às minhas redes sociais, apesar de não ter muito contato com as pessoas a minha volta. De repente uma janela se abriu, declarando que Austin havia me enviado uma mensagem.

Por um segundo imaginei que ele havia se arrependido do convite e estaria desmarcando, mas eu estava errada.

Austin: oi? Está aí?

Amélia: estou, tudo bem?

Austin: ah sim! Queria saber se poderia passar uma hora mais cedo para buscá-la? Talvez poderíamos passar comer algo antes.

Isso não seria possível. As nove horas estava no planejamento de mamãe contar a grande surpresa e eu não poderia acabar com os planos dela.

Amélia: é o aniversário do meu pai, então eu meio que já estarei saindo da sua festa, se eu sair mais cedo...

Austin: certo. Tudo bem então.

Amélia: mas se você quiser pode vir aqui. Vai ser legal, nós ficamos um pouco e já saímos, o que acha?

Poderia ser considerada louca por estar convidando um estranho para uma festa de família. Colocando-me em seu lugar, provavelmente nunca aceitaria.

Austin: tem certeza? Não vai ser estranho?

Amélia: não!!! Pode vir.

Austin mandou um gif dando beleza e senti meu coração pulsar de felicidade. Havia algo ali naquela mensagem que despertou algo fora do comum, algo que eu não senti ainda.

Precisei acompanhar minha playlist fazendo a dancinha da vitória, mas infelizmente fui pega no flagra.

— O que é isso Amélia? Por favor, não dance assim na festa com Austin. — Mamãe falou brincalhona.

— É a minha dança da vitória. — Respondi. — Além do mais, nem pretendo dançar lá.

Ela riu debochadamente, enquanto eu a ajudei retirar as coisas do carro.

A festa não seria muito grande. Iriam vir cerca de vinte pessoas. Alguns tios e alguns colegas de trabalho de papai.

Meus avós infelizmente moravam em outra cidade e não poderiam estar presente.

Papai já havia acendido o fogo na sua churrasqueira. Ele estava com um avental que eu havia comprado no seu aniversário do ano retrasado. Às vezes pegava mamãe na porta distraída o olhando de longe, havia um sorriso muito bonito em seus lábios.

Ah, ela era tão apaixonada por ele.

A campainha tocou, mostrando que os primeiros convidados já haviam chegado. Corri abrir a porta, enquanto mamãe tentou amenizar a bagunça que estava seu cabelo.

Ao abri-la, dei de cara com tia Alexia e tio Bruce. Um casal que me deixava muito confusa. Eram idas e vindas a todo o momento. Eles até conseguiram ficar dois anos separados, mas de alguma forma algo os conecta novamente.

— Quanto tempo. — Ela falou me abraçando.

Ela era uma mulher bonita. Até demais, quase foi modelo, mas optou pela confeitaria. Seus longos cabelos louros quase num tom de dourado batiam na sua cintura. Eu com certeza invejava seus fios.

Meu tio, por outro lado, havia largado a vaidade. A barba estava grande demais como de costume e seu cabelo não parecia ter um corte definido.

Não deu tempo para que eu fechasse a porta. Um carro já estava estacionando em frente a nossa casa. Lá de dentro era possível ver Georgia acenando freneticamente.

Geórgia era minha prima, havia completado cinco no mês passado. Tia Anna precisou de muito tratamento para conseguir engravidar, após três abortos espontâneos precisou apelar para inseminação artificial. Tio Kaleb não gostou muito da ideia de ter que deixar seus filhos em um pequeno potinho na clínica.

O importante era que tudo havia dado certo.

— Que linda você está menina. — Anna falou. — Tem algo diferente em você.

Kaleb me abraçou em um abraço apertado, levantando-me do chão com a sua força. Sua filha estava feliz demais e não queria sair do meu colo por nada no mundo.

Quando consegui respirar, aproveitei os minutos sozinhas para ir até meu computador, visualizar se Austin havia enviado alguma mensagem. Mas não havia nada.

Durante o tempo que fiquei no andar de cima, pude escutar a porta da frente bater vários vezes. Olhei da janela e já havia um bom número de carros lá na frente, o pessoal era pontual.

Ao descer os degraus, dei de cara com tia Betty a irmã caçula de mamãe. Ela segurava um embrulho de presente nas mãos e sorri olhando para Geórgia fazendo bagunça.

— Você chegou! — Falei animada.

De todas as minhas tias, ela era a minha preferida. Mas isso era um segredo que nem mamãe sabia.

Ficamos abraçadas por um tempo, enquanto ela cochichava coisas obscenas no meu ouvido, era um hábito que eu já estava acostumada.

— O Patrick veio? — Perguntei tentando avistá-lo entre os convidados.

— Está lá atrás. — Respondeu.

— Vou em uma festa hoje. — Contei.

E eu não deveria ter contado, porque houve uma chuva de perguntas sobre a possibilidade de eu estar namorando.

Precisei negar todas as suas insistências.

Não demorou muito para que tia Dannah irmã de papai e viúva chegasse com sua filha Edwina. Infelizmente em um acidente de carro Michael, seu marido acabou vindo a óbito. E quando imaginávamos que ela não encontraria mais forças para continuar, Deus colocou Edwina em sua vida. Era uma adorável menina que encontrava-se em adoção. Ela era estrangeira e vinha de algum país onde os pais morreram na guerra.

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