Eren - A Conquista

By WalberMendes

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Jaar Derni, um Feiticeiro de Guerra, que forçado a esconder sua identidade, se exila na pequena cidade de Ol... More

Nota do escritor
Capítulo 1 - Último Dia (Prefácio)
Parte 2
Parte 3
Capítulo 2 - Não Matarás!
Parte 2
Parte 3
Capítulo 3 - Fragmentações
Parte 2
Parte 3
Capítulo 4 - O Destino
Parte 3
Capítulo 5 Lembranças
Parte 1
Parte 2
Parte 3
Capítulo 6 - Dança no Mar
Parte 1
Parte 2
Parte 3
NOTA/GLOSSÁRIO
Capítulo 7 - Segunda Estrela
Parte 1
Parte 2
Parte 3
CAPITULO 8 - A ESFERA DA ALIANÇA
PARTE 1
PARTE 2
CAPITULO 9 - RASEVIR
PARTE 1
PARTE 2
PARTE 3
CAPITULO 10 - TEMOR, ESPADA, LIVRO
PARTE 1
PARTE 2
PARTE 3

Parte 2

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By WalberMendes

Continuando da parte 1...

- Nada... Apenas que estamos partindo hoje. Termine de comer e me acompanhe até o Porto, Wallar, tem algo que preciso lhe mostrar. - Disse Danyer, com os olhos baixos.
                                                                                                         ***        

Após terminarem, seguiram para os portões norte, Wallar em algum momento sentiu que estava sendo perseguido novamente pela pessoa de capa cinza que lhe cobria o rosto, mas ignorou.

Desceram algumas ruas até chegarem ao portão onde havia dois cavalos nos estábulos a espera deles. Danyer disse que o pardo seria o dele, que iriam a cavalo até o porto, pelo fato de ser um pouco afastado da cidade.

Apertando os arreios do cavalo, o preparam para montar, Wallar notou que havia um homem parado do lado de uma bela carroça, estava gritando para os guarda que os impedia de passar. Havia uma bela mulher, a outra parecia ser sua mãe.

- Malditos! Não viemos de tão longe para sermos barrados por guardas patifes como vocês! Nos deixe passar, temos uma mensagem para o rei! - Disse o homem quase rugindo. Notou uma outra pessoa do lado da carroça, montado em um cavalo.

- Guarde sua língua senhor, antes que eu a prenda com uma faca! - disse o guarda com convicção. Eles vestiam belas armaduras de aço, com belos adornos do sol e a lua, no peito e no ombro havia a insignia do cavalo em chamas.

- Aos diabos com as masmorras!... - Parou por um momento notando alguma coisa. - Mas que miserável, você nem está me reconhecendo! Sou Krak Delatto, seu patife de merda! Sou eu que forjo as melhores armaduras e espadas de toda Eren, de toda essa merda de reino! Sem mim, suas espadas seriam apenas gravetos e suas armaduras seriam como feno! - disse o tal de Krak Delatto. Seu rosto estava vermelho de raiva. Os guardas empalideceram ao ouvir seu nome. Sabiam da fama dos Delattos, de quão simpáticos eles eram.

- Ah, des-de-desculpe senhor Delatto, desculpe não o reconhecer. Bastava ter dito antes, assim não provocaria tudo isso.

- Mas que merda, agora preciso dizer meu nome para ganhar meu respeito! Lembre-se de guardar os rostos das pessoas especialmente se eles forem um dos Delattos.

- Si-sim senhor, faremos isso. - Disso o guarda ao lado. - Po-por precaução, devem ir para Companhia do Ouro, se estiverem com mercadorias na sua carroça. - Disse o guardo com postura.

-Sim, sim, sei disso, agora saiam do nosso caminho e nos deixe passar.

- E aquele nobre senhor a cavalo? Está com vocês?

- Sim, ei! Esqueci o seu nome! Diga logo.

- Erik, meu bom homem! - Disse o homem montado a cavalo, tinha cabelos um pouco grande precisando aparar, possuía um rosto de poeta, trajava um jaqueta e calça de coura bem casual. Percebeu que o guarda ainda esperava algo a mais. - Erik Rovi!... Santo Ményã por que dão tanta importância aos sobrenomes - disse as últimas palavras quase sussurrando.

Os guardas abriam passagem para eles avançarem.

- Wallar! Prepare seu cavalo e vamos logo. - Disse Danyer.

                               ***

Cavalgaram até avistarem os cincos navios de três mastros que graças as águas serem fundas permitiam atracarem no porto. Chegaram aos estábulos perto do estabelecimento da Companhia do Mar, uma organização que a Trindade criara, como função solicitar recursos que faltavam para o reino e taxar impostos sobre todas as mercadorias que entravam.

A Companhia do Mar fora criada no exato momento da aliança. Eles propuseram que caso um dos aliados faltasse recursos, eles poderiam solicitar qualquer coisa, para que assim a aliança se tornasse forte e leal.

Deixaram os cavalos aos cuidados do estribeiro e caminharam mais a frente tentando ignorar os marujos transportando caixas de um lado para outro, pescadores consertando suas redes e cantarolando canções sobre o mar demasiadamente alta demais, havia pequenas cabanas de pescadores, algumas ferrarias e lojas de utensílios para navios e barcos de pesca, toda o alvoroço do porto o transforma em um mini mercado.

- Então, esses são os famosos navios da Frota Daer d'Mont... - Disse com um suspiro de admiração, havia outras companhias de navios, como a Frota Dentes do Mar, os Baleias Azuis e os superestimados Flores do Inverno, mas de fato os Daer's eram mais ricos.

Eram belos navios cor marrom, talvez o que ele mais admirava era as velas douradas, que muitos diziam que eram finas tiras de ouro e no centro delas estava a imagem de uma cidade cintilante de cor branca, como vinham de algum lugar desconhecido muitos diziam que devia ser cidade d'Mont, a famosa cidade cintilante sobre o mar.

Ele sabia poucas coisas a respeitos dos Daer's, sabia de sua fama de "Soldados-Comerciantes", pois, muitos diziam que eles eram exímios espadachins e muito astutos. Sabia também que eles possuíam um sotaque de super ego, e em seus nomes primeiro vinha Daer depois o nome próprio.

- Sim, de fato são. Me acompanhe Wallar, preciso lhe mostrar algo. - Caminharam para um local mais reservado com uma visão mais ampla para o mar.

- Então... - Disse Wallar.

- Tive um sonho, onde vi você romper laços com sua família Wallar, sei que não irá explicar o motivo. Então, após sua saída, você navegou em mares de incertezas, e nelas vi você trazendo um grande exército sobre essas águas, um exército de poderosos guerreiros desembarcavam com suas espadas em defesa de Eren. - Wallar ficara desconcertado.

- Não é possível Danyer. - Disse demonstrando um sorriso sem motivo. - Nunca viajei além-mar, na verdade nem pretendo, embora possuo grande fascínio pelo mar, não há nada além dessas águas que me interesse.

- Sim, mas acredito que talvez tenha sido apenas um sonho pra ser sincero, mas a verdade é que sinto uma guerra se aproximando, primeiro Narvor foi destruída, agora sabemos que o rei Neevos do Reino-Sul e seu pai Horv, atravessam o mar, para dizer "Olá" a cidade de Rasevir, no continente de Éndar. Muito me pergunto, o que virá depois... - disse Danyer, contemplando algumas montanhas a vista ao longe.

- Não sabemos de nada ainda, e tudo isso está longe de ser um prelúdio pra uma guerra. - Hesitou em falar por um momento. - Além do mais, soube que o ataque em Narvor, refere-se a Profecia de Sélan, você a conhece, Danyer? Acha que ela realmente existe? - Disse Wallar.

Olhando para as montanhas ao longe no mar, deu um suspiro exaustivo.

Três estrelas hão de vir,

O destino á de hesitar;

Sobre o céu a escuridão irá surgir,

O Mau Banido em breve voltará.

A vida sem valor terá um preço,

O reino de glória virá a ser ruína;

A cidade sob a floresta será descoberta,

A morte do Rei iniciará A Conquista.

- Então é isso, nada de guerreiro escolhido... Sabe o que ela quer dizer? - disse Wallar.

- Na verdade não. Dizem que quem a escreveu foram os Reis Magos nos seus últimos dias. Tiveram visões antes de sua morte, e por incrível que pareça nos revelou em forma de enigma e poesia. - disse Danyer, com certo desgosto na voz.

- Você acha que ela tem a ver com Horv e Neevos indo até Rasevir?

- Não sei, mas você acha que eles atravessaram o mar apenas para visita-los? Tem algo a mais, eu sinto isso. E você deve saber que todas, mesmo as pequenas atitudes, escondem algo muito maior por trás dela. - disse.

- Wallar... Temo o que se aproxima. Como diz a profecia, são tempos onde o destino irá hesitar, estamos em um mar de incertezas agora... - disse Danyer, com o olhar perdido nas montanhas. - E preciso que você navegue nelas. Sei que você não irá entender o que irei fazer hoje, porém, mais tarde irá. - Sua voz parecia fraquejar, demonstrando estar incomodado com algo.

-O-o que você quer dizer? - disse Wallar, o encarando, mas ele fugia de seu olhar.

Então, dois homens vestindo leves cotas de malhas surgiram e agarraram a Wallar pelos braços e rapidamente puseram um capuz em sua cabeça. Ele gritava para que o soltassem, mas seu grito foi abafado rapidamente por golpe em sua nuca. Tudo ficara turvo, seu ouvido zumbia intensamente.

- Quando precisar de mim... - Escutava a voz de Danyer em ecos, passara a escutar um zumbido incessante - ... estarei em uma taberna qualquer... - Escutava ecos, sua mente se esforçava para compreender o que ouvia. - ... Até mais.

Wallar desmaiou. 

Continua na parte 3...

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