Eren - A Conquista

By WalberMendes

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Jaar Derni, um Feiticeiro de Guerra, que forçado a esconder sua identidade, se exila na pequena cidade de Ol... More

Nota do escritor
Capítulo 1 - Último Dia (Prefácio)
Parte 3
Capítulo 2 - Não Matarás!
Parte 2
Parte 3
Capítulo 3 - Fragmentações
Parte 2
Parte 3
Capítulo 4 - O Destino
Parte 2
Parte 3
Capítulo 5 Lembranças
Parte 1
Parte 2
Parte 3
Capítulo 6 - Dança no Mar
Parte 1
Parte 2
Parte 3
NOTA/GLOSSÁRIO
Capítulo 7 - Segunda Estrela
Parte 1
Parte 2
Parte 3
CAPITULO 8 - A ESFERA DA ALIANÇA
PARTE 1
PARTE 2
CAPITULO 9 - RASEVIR
PARTE 1
PARTE 2
PARTE 3
CAPITULO 10 - TEMOR, ESPADA, LIVRO
PARTE 1
PARTE 2
PARTE 3

Parte 2

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By WalberMendes

continuação da parte 1...

- Obrigado... - Ficou sem postura, derramou um pouco do liquido na palma da mão e deslizou pelo braço e pescoço. - Certo, agora devemos ir, a peça já deve ter começado, reze para Ményã que ainda tenha comida e cerveja.

Seguiram para o banquete, as ruas ainda possuíam movimento, conversaram metade do caminho sobre suas vidas, por curiosidade de seu irmão, Jaar explicara como a pequena cidade Oliva, melhorara nas plantações de verduras, frutas e principalmente de oliva; sobre o prefeito incompetente que vivia trancado na prefeitura de tão gordo que tinha dificuldade de andar; sobre a guarda ser cheia de magricelas sem força para levantar uma espada, que a metade da população vivia nas tabernas, bêbados ou procurando estar.

Como esperado, Erik o ignorou, mudando drasticamente o assunto para mulheres e flores, desta vez arriscando ser poético nas suas falas e sempre que podia, acenava para jovens na rua, mostrando seus dentes brancos.

- Estou dizendo, irmão, Denise Dellato é a melhor chance de você... - Parou instantaneamente, com uma expressão de medo no rosto. - Oh Ményã, os Delattos, Jaar! Eles me encomendaram flores e essências! - Sua voz era puro medo - Essa não, eles vão me matar se tiverem partido sem suas encomendas! - Erik conhecia bem Krak Delatto, um ferreiro conhecido por sua "simpatia" no trabalho de forjar espadas. Dizia na cidade que o aço gritava quando martelado por ele, não, não o aço, mas os rapazes que flagrara levantando a saia de sua filha ou quem olhasse torto para ela.

- Ainda devem estar nos portões da cidade Erik - Disse Jarr, tentando acalmá-lo - Não se preocupe.

- Não me preocupar?! Você não o conhece mesmo. Chega, preciso ir, espero que ainda estejam nos portões oeste e diga para Niek que mandei um abraço. - Disse enquanto corria.

                                                                                   ....

Quando chegou, a peça que se chamava, Calios Amedrontado, estava na cena final, todos nas mesas estavam atentos para o espetáculo, os integrantes estavam vestidos de forma cômica como esperado.

- Oh Ményã, eles vãos me roubar, me roubar, roubar! - Sorriu a platéia enquanto a figura engraçada de Calios gritava com a aproximação de dois bandidos.

- Não se desespere meu amigo gordo, não roubaremos sua comida! - A platéia gargalhou, incluindo Calios.

- Veja, ele já comeu tudo, inclusive o seu ouro.

- Então devemos abri-lo e pegar o seu ouro.

Jaar caminhou em direção a mesa rodeada por guardas, os integrantes da mesa ainda não o notaram, estavam entretidos na peça, percebeu que a águia que pertencia a Calios estava no ombro de Niek, o conhecendo bem, devia ter dado de presente a ele. Um dos guardas ao redor da mesa interrompeu seu caminho.

- Ei! Um passo pra trás, quem é você? - Indagou o guarda sem elmo. Enquanto na cena, Calios continuava balbuciar palavras e faziam todos rir.

- Ora, quem sou eu? Sou Jaar Derni, soldado! Desejo falar com Calios.

- Terá de esperar a peça acabar, ele pediu que ninguém, até mesmo aqueles que se acham conhecidos dele, o interrompesse. - Na cena, Calios foi segurado por um dos bandidos, enquanto o outro, alegando que ele havia comido o ouro, abriu com uma faca sua barriga, a plateia se assustou, as crianças fecharam os olhos enquanto numa engraçada encenação ele morria com ouro saindo de sua barriga.

- Saia da frente soldado - Ordenou Jaar.

- Me chame de soldado outra vez e arrancarei seus olhos com minhas próprias mãos, talvez assim passe a enxergar um Capitão da Guarda quando vir um! - Rosnou o Capitão, era Vymer Zard, deu um empurrão para Jaar se afastar. Vymer tinha um rosto sério e severo, vestia uma bela amardura de aço leve, com cor azul e amarelo tingindo algumas partes de sua armadura, ela delineava todo o seu corpo. Sem o elmo de águia mostrava seu cabelo negro como breu, e olhos marrons, seguido de um rosto triangular.

- Se der um passo novamente, perderá a visão! - Alertou Vymer.

Antes que Jaar pudesse fazer algo o anel com um rubi brilhou em seu dedo, sentiu um arrepio subindo por sua costa olhou para um lado assutado, olhou para o outro. Nada. Mas sentia uma enorme energia surgindo perante a cidade, algo muito familiar. O anel era magico, apenas brilharia caso detectasse magia banida, algo que ele temia seu retorno.

- Está ficando maluco? O que viu para estar com medo? - Disse o Capitão, movendo sua mão até o cabo da espada.

Novamente sentiu um arrepio por suas costas, sentiu uma energia forte que sua cabeça doeu, o Capitão desconfiando, discretamente alarmou os guardas ao seu lado.

Uma névoa muita densa, surgia lentamente sobre a cidade, Jaar notou rapidamente sabia que era fruto de magia banida, e alarmou os guardas.

- Todos saiam daqui agora!! - Gritou Jaar atraindo a atenção de todos para ele, pôs a mão na cabeça novamente, sua cabeça doía pela energia que sentia.

- Jaar? O que está acontecendo?! - Disse Calios notando-o, todos os encaravam confusos. Então a densa névoa desceu sobre eles, todos pararam o que estavam fazendo, ficaram inertes perante a névoa se perguntando o que estava acontecendo, após um breve tempo um som estrondoso semelhante a uma grande criatura soouperante a cidade, em seguida veio o rugir dos sinos e dos grandes cornetas, os guardas alertados sobre um possível ataque se reuniram em um círculo ao redor da família de Calios, que foram rapidamente escoltados, porém, Jaar não via Niek, olhou para todos os lados desesperado esperando vê-lo mas a densa névoa e correria que havia se formado dificultava sua procura. 

No meio da correria de guardas e das pessoas correndo assustadas, viu alguém correndo até ele. Era Niek.

- Pai! O que é essa névoa...? E por que as pessoas estão correndo desesperadas? É apenas...névoa, eu acho. E o que foi aquele grito de um animal grande? - disse Niek abraçando-o de medo, com a águia em seu ombro.

- Não é nada filho - mentiu Jaar - Vamos embora, venha rápido! - Correram para o outro lado da cidade, para o pequeno porto, pensou que seria mais fácil a fuga pelo rio Geer. Com grande esforço desviava da multidão, sentia algo quando corria pela rua, escutava aos poucos espadas se chocando e gritos de pessoas sendo atravessadas por espadas, parecia que estavam no meio de uma invasão. Parou, parecendo somente agora perceber a águia.

- Voe para o Reino-Norte e avise o Rei Horv, diga que a Profecia de Sélan, está... acontecendo, rápido! - Ordenou telepaticamente para a águia, que bateu asas o mais rápido possível quando terminara de dar a ordem.

- Ei! Nuvem! Volte aqui, não vá! - Lamentou Niek chamando a águia, que batizara de "Nuvem" por sua cor branca.

- Não se preocupe, ele vai ficar bem, vamos!

Niek dificultava a corrida, então Jaar o agarrou, colocando sobre o peito e abraçando-o, correu o mais rápido possível para o porto, estava difícil respirar com seu filho pressionando seu peito, arfava todo momento, ao se aproximarem viram vários corpos no chão, crianças, homens e mulheres, todos ensanguentados. Apenas conseguiram enxergar por causa dos barcos em chamas, um cenário horrível e assustador, forçando Jaar pressionar a cabeça de Niek sobre o seu ombro dizendo " Não olhe, filho, não olhe ", sua mão tomou um brilho azul sobre o rosto de Niek que o fez adormecer, ouviu gritos maléficos semelhantes a silvo de cobra. Lembrou-se rapidamente que seu irmão se dirigiu para o portão leste, onde devia deixar as encomendas.

Seguiu em direção ao Portão Leste, mesmo com a névoa atrapalhando sua visão conseguia com dificuldade se mover pela cidade, pelo caminho podia ver os cadáveres na rua, sangue, pessoas desesperadas correndo, casas em chamas, sons de espadas se chocando com intensidade, sentia energias ao seu lado, se perguntava quem estava atacando, tudo estava em um cenário frenético e caótico. Ao perceber que estava se aproximando do portão, parou. 

Sentiu que algo grande seguidos de pequenas energias havia surgido de repente igual a névoa, escutou gritos de pessoas ordenando para que abrissem os portões.

Por um segundo todas as coisas fizeram silêncio, então um som aterrorizador soou atrás dos portões, parecia ser um rugido de uma grande criatura e outros sons que pertenciam a seres menores.

Novamente o silencio de segundos tomou conta da cidade, seguido de um som esmagador como se os muros de Narvor caísse. E caiu. Jarr aterrorizado pelo som assustador, viu uma grande sombra negra surgir parecia que ela segurava algo semelhante a um porrete, não conseguia distinguir o que era, estremeceu ao ver pequenas sombras invadindo Narvor e atacando as pessoas no portão, não era homens, o que o fez temer ainda mais. 

Não havia para onde ir, nem onde se esconder. Eram muitos. 

Continua na parte 3...

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