Las Vegas (Jikook) | Concluída

By AlmtkA

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Jungkook faz uma viagem para Las Vegas para a sua despedida de solteiro. O que ele não imaginava era que bast... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capitulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítudo 56
Capítulo 57
Capítudo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
Final | Parte 1
Final | Parte 2
Pré-venda do livro fisico!
Valores, brindes e mais!
O livro está lançado!
SEGUNDA EDIÇÃO

Capítulo 33

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By AlmtkA

🎰 Boa leitura! 🎲

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O sangue pareceu ter abandonado o rosto de Jungkook, assim como a força de suas pernas, que não conseguiam se mover. O moreno sabia que teria que enfrentar o pai, cedo ou tarde, mas não imaginava que seria tão rápido.

Suas mãos começaram a transpirar e a cabeça dava voltas, tentando, apressadamente, elaborar a sua defesa.

- Jungkook, você está bem? - Jimin perguntou ao ver o estado do outro.

- Mochi, você poderia pegar um taxi? - Respondeu sem tirar os olhos do pai.

- Sim, claro...  - Pausou. - Me liga mais tarde? Por favor?

Jungkook não respondeu, apenas acenou afirmativamente com a cabeça. Jimin, voltou-se para o senhor Jeon, fazendo uma reverência antes de se retirar dali para procurar um táxi. Olhou para Jungkook novamente, como uma forma de despedida, ainda muito preocupado com aquela situação.

Jeon Jihoo permanecia imóvel, olhando na direção do filho mais novo. Este, juntando toda a coragem que tinha lhe sobrado, conseguiu se mover até ficar à frente do pai, o cumprimentando de forma respeitosa.

- Appa... e-eu...

- Vamos, sua mãe está nos esperando para jantar. - Foi o que disse, virando as costas e andando para fora do aeroporto.

Os dois Jeons caminharam lado a lado, em silêncio, até chegarem no estacionamento, onde um motorista os aguardava. Sentados no banco de trás, cada um olhava para fora de sua janela, sem trocarem nenhuma palavra durante o caminho. Jihoo tamborilava os dedos de uma das mãos no estofado de couro, nitidamente indicando a sua impaciência e irritação.

Jungkook estava se sentindo um menino, com medo do pai por ter levado advertência na escola. Profissionalmente, era um homem firme, rigoroso e um tanto arrogante perante seus funcionários. A figura séria do CEO era temida por toda a empresa, ninguém ousava desafiá-lo. Mas quando estava na presença de seu pai, toda a sua autoconfiança parecia desaparecer. O olhar sério de Jihoo tirava-lhe toda a convicção, e o medo de fazer algo que não o agradasse vinha à tona.

E sempre foi assim, desde pequeno, Jungkook tentava fazer de tudo para que seu pai se orgulhasse de si. Estudava muito, tirava boas notas, era bom em esportes, em artes e em qualquer tarefa que se propunha a fazer. Talvez fosse uma maneira de chamar a atenção do pai que mal ficava em casa por causa do trabalho.

- Chegamos. - Disse o senhor Jeon quando o veículo estacionou à frente da grande casa.

Jungkook soltou o cinto e saiu do carro, acompanhando seu pai a alguns passos atrás. A porta principal já tinha sido aberta para eles, e o moreno pôde sentir imediatamente o cheirinho de comida caseira.

O som dos saltos de couro no chão de mármore branco chamou a atenção de uma senhora, que ajeitava uma travessa fumegante na mesa de jantar. Era Jeon Sojin, mãe de Jungkook.

- Filho, você chegou. Vem até aqui dar um abraço na sua omma. - chamou o moreno, acenando com o braços.

Jungkook se apressou, e deu a volta na mesa, alcançando os braços, sempre tão convidativos, de sua mãe.

- Sim, omma. Acabei de chegar do Japão.

- E como foi a viagem, querido? - Perguntou segurando o rosto do filho com as duas mãos.

- Ah... foi... boa...

- Sentem-se, vamos comer. - Jihoo interrompeu.

Mãe e filhos se separaram, sentando-se um de cada lado do senhor Jeon, que estava na cabeceira da mesa. Sojin servia grandes porções para o filho, como sempre fazia. Gostava de ver a família bem alimentada.

Mesmo com muitos empregados para cuidar da casa, a senhora Jeon fazia questão de comandar a cozinha. Era o seu passatempo, sua distração naquela vida sem muitos afazeres.

Os três jantaram em silêncio, vez ou outra, a voz de Sojin era ouvida, perguntando se o marido ou filho queriam mais comida. Jungkook não ousava olhar diretamente para o pai, que comia com o olhar voltado apenas para o seu prato.

Ao final da refeição, a senhora Jeon começou a recolher a louça para levar a cozinha. Jungkook levantou-se para ajudar a mãe, mesmo ela dizendo que poderia cuidar de tudo sozinha.

- Jungkook, estarei te esperando no escritório. - Jeon Jihoo disse antes que os dois fossem para o outro cômodo.

-Sim, appa. - Fez uma reverência.

Mãe e filho se encaminharam para a cozinha, ajeitando os pratos e talheres na pia. Enquanto Sojin guardava as sobras do jantar na geladeira, Jungkook se encostou na bancada, suspirando e passando as mãos pelo rosto.

A senhora Jeon, percebendo a aflição de Jungkook, destampou um vasilha que estava sobre a pia e a ofereceu para o filho.

- Pegue um, acabei de fazer.

- Kyungdan*? Eu adoro isso! - Jungkook exclamou mais animado, colocando um dos bolinhos inteiros na boca.

- Eu sei. - Sojin sorriu satisfeita.

- Omma, o appa está furioso comigo, não está? - Perguntou com a boca cheia.

- Ah, filho. - Suspirou enquanto colocava a vasilha com os doces sobre a pia. - Sim, está...

Jungkook deixou a cabeça pender, um tanto nervoso com a conversa que teria que ter com o pai a seguir. Mas enquanto tentava pensar no que iria dizer, sentiu seu celular vibrar dentro do bolso da calça.

Um sorriso tomou conta de seu rosto assim que viu de quem era a mensagem.

Mochi: Nochu? Está tudo bem?

                    Eu: Sim, não se preocupe. Já está com Jin?

Mochi: Estamos jantando, Namjoon também está aqui.

                Eu: Que bom. Vou conversar com meu pai agora. Te ligo depois.

Mochi: Sim, claro. Ficarei esperando.

Eu: Te amo

Mochi: Também te amo.

A mãe de Jungkook percebeu a mudança repentina de humor do filho. O sorriso largo, os olhos brilhando ao digitar as mensagens no aparelho. Entendeu na hora os possíveis motivos para o seu caçula ter tomado decisões tão drásticas.

- Quem é? - Perguntou curiosa.

- Hã? Ah, não é ninguém. - Bloqueou o celular e o colocou de volta no bolso.

- Filho, não minta para mim. - Disse divertindo-se com a situação. - Eu não te vejo sorrir assim desde o dia que seu pai o nomeou CEO.

- Não é ninguém, omma.

- Está bem, não precisa me dizer. - Aproximou-se do filho, tomando o seu rosto entre as mãos. - Quem quer que seja essa pessoa que está fazendo você sorrir dessa maneira, já tem a minha aprovação. - Puxou o caçula para beijar-lhe a testa.

- Obrigado, omma. - Sorriu

- Agora vá! Sabe que seu pai odeia esperar.

Jungkook deixou sua mãe na cozinha, enquanto lutava para vencer a distância até o escritório do pai que ficava no segundo andar. O lance único de escadas nunca pareceu tão longo para o moreno.

Parou de frente para a porta, que estava fechada, hesitando tocar na maçaneta. Tirou o celular do bolso, abrindo a última foto que tinha sido tirada. Era a de Jimin, sentado no banco ao pé das cerejeiras, os olhos fechados, sentindo as pétalas que se desprendiam dos galhos tocarem o seu rosto. Sorriu para a imagem, sentindo o sangue voltar a correr em suas veias.

Não podia fraquejar, não agora, quando as coisas tinham ficado tão claras para ele. Ele queria continuar se dedicando ao máximo ao trabalho, como sempre, mas agora ao lado de Jimin. Respirou mais uma vez, profundamente, sentindo os pulmões se encherem, antes de girar a maçaneta e entrar no escritório.

O cômodo era grande, digno de um grande empresário. Estantes altas cheias de livros, diplomas e homenagens ornamentando as paredes, uma mesa grande e bem organizada de madeira maciça, e um conjunto de sofás de couro negro.

Jeon Jihoo estava sentado em um dos sofás, descansando um dos braços sobre o móvel, enquanto a outra mão segurava um taça de licor.

- Sente-se, Jungkook. - Acenou para que o filho entrasse e se acomodasse à sua frente. - Quer algo para beber?

- Não, appa. Estou bem, obrigado. - disse ao se sentar.

- Filho... - Pousou a pequena taça na mesa de centro. - Eu estou tentando entender porque você, o CEO da empresa, saiu do país para fechar um contrato que estava sendo negociado à meses e volta alguns dias depois, sem esse contrato e com o noivado cancelado.

- Appa... - Jungkook engoliu a saliva presa em sua garganta. - Você pode não entender bem o que vou dizer agora, mas eu gostaria que você tentasse.

- Prossiga.

- Em primeiro lugar, sobre o cancelamento da compra da empresa de software, eu não quis assinar o contrato porque não senti segurança no dono, Lee Taemin. Jimin, que me acompanhou na reunião, já tinha me alertado sobre diversas divergências entre os dados fornecidos nesses meses de negociação. A princípio, eu não tinha dado muita importância, mas Park me fez abrir os olhos.

- Jungkook, você foi contra a vontade de todos os sócios e a diretoria da empresa. Dizer que "valores" não batiam será muito pouco para convencê-los na reunião que teremos em alguns dias. Eu realmente espero que você possa provar que a compra dessa empresa não era uma boa ideia.

- Eu posso provar, appa. - Jungkook pressionou os lábios, duvidando do que tinha acabado de prometer ao seu pai. A verdade é que não tinha provas concretas de algo que pudesse ser considerado como fraude naqueles relatórios, mas era a única coisa que tinha a seu favor.

- Filho... - Jihoo suspirou pesadamente. - Você sabe muito bem o quanto Wonshik, Chanyeol,  Jongin e Sehun desconfiam da sua capacidade de comandar uma empresa desse porte, principalmente Sehun. Ele não vai perder nenhuma oportunidade de te desmerecer na frente dos demais. E eu não te coloquei como CEO para você envergonhar o nome da família e jogar tudo o que eu construí pelo ralo. Assim como eu te dei esse cargo, eu posso tirá-lo de você.

Jungkook abaixou a cabeça, sentindo o peso das palavras de seu pai. O fardo de carregar aquilo tudo nas costas era pesado, mas o jovem CEO sabia que as coisas seriam assim, que ele teria que provar o seu talento para os negócios o tempo todo. E foi justamente por isso, que tinha aceitado se casar com Yeri. Seria mais uma maneira de seu poder se expandir, não precisando tanto da interferência dos sócios minoritários. Mas agora, não poderia mais contar com as ações do pai de sua ex-noiva.

- Não se preocupe, eu vou dar um jeito nisso. - Disse tentando parecer o mais convincente possível.

- "Não se preocupe"... você também disse isso para mim quando afirmou que nada abalaria o seu relacionamento com a Yeri. - Jeon Jihoo fechou ainda mais a expressão.

Jungkook sentiu que seu coração sairia pela boca, seu estômago revirando de nervoso. Passou as duas mãos pelos cabelos lisos e escuros, tentando encontrar as melhores palavras para aquele momento, se é que elas existiam.

- Appa, essa viagem ao Japão me fez enxergar coisas que estavam completamente erradas na minha vida. Muitos valores, que eu julgava serem certos, caíram por terra. Eu não sei se o senhor entenderia, mas estive a ponto de perder uma das coisas mais valiosas que eu poderia ter nesse mundo, tudo por causa do orgulho e da ambição. Eu não sabia que, para ser feliz, eu precisasse de poucas coisas. Na verdade, apenas uma.

- Do que você está falando, filho? - Seu pai perguntou confuso. - Que coisa é essa que você quase perdeu?

Jungkook respirava pesadamente. Queria gritar para o mundo que amava Park Jimin, mas sabia que não seria o mais prudente naquele momento. Não saberia qual seria a reação de seu pai ao contar que largou a "nora perfeita" para ficar com um homem. Seu pai se quer sabia que ele sentia atração pelo mesmo sexo, seria informação demais para uma noite só.

- A minha liberdade... é isso o que eu estava a ponto de perder. Aquele noivado me sufocava, Yeri me sufocava. Eu juro que tentei, appa. Mas eu não consegui ama-la. E isso não seria justo comigo e nem com ela. Eu não sei se foram as cerejeiras, a brisa fresca ou as comidas simples de rua... mas eu percebi que era justamente isso o que eu queria para o meu futuro. Eu não preciso da ostentação que a família Kim tanto gosta. É a delicadeza das flores, a brisa do final da primavera, as estrelas, e o aroma de um mochi fresco que eu quero ter na minha vida.

- Jungkook, eu não estou entendendo nada. Que história é essa de mochi e flores? Você nunca ligou para essas coisas.

- Pois é... e agora eu me pergunto onde estavam essas coisas até agora. - Olhou no fundo dos olhos do pai. - Appa, me perdoe. Mas eu não poderia mais continuar com esse noivado. Eu sei que não faz sentido algum para você agora, mas para mim isso nunca foi tão claro. Mais para frente você vai entender, e eu espero que você possa me apoiar nessa decisão.

Jeon Jihoo ficou em silêncio, observando o rosto do filho, que parecia ter ganho um outro brilho. Não parecia o mesmo Jeon Jungkook que conhecia e sentiu que algo realmente tinha se transformado dentro dele. Terminou de tomar o restante do licor de sua taça pousada na mesa de centro e levantou-se da poltrona, ficando com o corpo ao lado do filho ainda sentado.

- Jungkook, eu não sei o que se passa nessa sua cabeça, mas vou te dar mais um voto de confiança. Eu só espero que toda essa mudança não nos prejudique. Eu acredito na sua capacidade, no seu talento. Apenas pense muito bem como vai ser daqui para frente. Por favor, não me decepcione, filho.

Jihoo apertou de leve o ombro de seu filho, como se quisesse passar algum tipo de confiança, saindo do escritório em silêncio.

Jungkook soltou todo o ar que parecia ter ficado preso em seus pulmões desde que aquela conversa tinha começado. Ainda não se sentia aliviado, mas pelo menos seu pai tinha lhe dado mais uma chance de provar os seus atos.

Não me decepcione, filho.

Aquela era a frase que o atormentava desde pequeno. Ainda não sabia como, mais ia ter que arrumar um jeito de se explicar para os sócios e a diretoria da empresa. E o término do noivado com a Yeri, provavelmente ainda lhe traria muitas dores de cabeça.

Levantou-se do sofá de couro, saindo apressadamente pelo corredor. Queria ir embora, dormir um pouco e ouvir a voz de seu mochi. Mas antes que alcançasse as escadas, sua mãe surgiu no corredor, chamando por seu nome.

- Filho, não vá embora agora. Já está tarde e você está muito cansado. Eu já mandei arrumar o seu quarto, durma aqui em casa.

Jungkook não tinha pensado em dormir na casa dos pais, mas fazia tanto tempo que não os via e sabia que sua mãe estava com saudade.

- Está bem, omma. Eu vou ficar esta noite.

- Eu farei doenjang guk** para você comer antes de sair para o trabalho. - Disse animada.

- Obrigado, omma. - Beijou a testa de Sojin carinhosamente antes de se retirar para o seu antigo quarto naquela casa.

Jungkook entrou no cômodo espaçoso, que ainda tinha alguns traços de sua infância. Alguns diplomas, troféus e fotos se espalhavam pelas paredes e prateleiras. Alguns bonecos de seus super heróis favoritos decoravam a estante cheia de livros de sua época escolar. A escrivaninha ainda era a mesma onde estudava para as provas e onde rascunhava alguns desenhos no tempo livre.

Depois de ir ao banheiro e escovar os dentes, Jungkook foi até a janela de seu quarto. Abriu as cortinas e olhou para o céu, um tanto nublado. A lua estava encoberta por algumas nuvens, mas o moreno pode imediatamente achar o que procurava: Sírius. A estrela era uma das únicas visíveis naquela noite, e assim como Jimin havia dito, era a mais brilhante entre elas.

Jimin.

Jungkook apressadamente tirou o celular do bolso, ligando para seu amado. Alguns toques foram ouvidos até que a voz doce surgiu.

- Nochu? - Jungkook sorriu ao ouvir o seu recente apelido.

- Sim, Mochi. Sou eu. Desculpa pela demora.

- Aigoo, você me deixou preocupado. Está tudo bem? - Suspirou aliviado do outro lado da linha.

- Não estou de castigo. -  Tentou fazer piada da situação. - Foi uma conversa um tanto tensa, mas acho que consegui me colocar frente ao meu pai.

- O que ele disse? Você contou sobre nós?

- Não, eu não disse nada, assim como você sugeriu. Ele ficou um pouco confuso e preocupado com a reação dos outros na empresa, mas me deu um voto de confiança. Jimin, vamos ter uma reunião da diretoria em alguns dias, e até lá eu vou precisar provar para todos que a compra da empresa japonesa era um péssimo negócio.

- Não se preocupe, Jungkook. Eu vou te ajudar, tenho certeza que podemos encontrar alguma coisa à seu favor.

- Obrigado, querido. E você, onde está?

- Ainda estou na casa do Jin, vou dormir aqui esta noite.

- Ok, não vejo a hora de te ver novamente. - Jungkook fechou as cortinas e apagou as luzes, deixando o quarto iluminado pelos abajures.

- Já está com saudade?

- Não imagina o quanto, e você? Sentiu minha falta?

- Não muito... - Jungkook pode ouvir a risadinha do outro lado da ligação. - Brincadeirinha, Nochu. Sim, eu senti sua falta. O que você está fazendo agora?

- Estou tirando a roupa, me preparando para dormir. - Disse com intuito de provocar o seu pequeno. - Nesse exato momento, estou desabotoando a camisa. - Jungkook pode ouvir um pequeno suspiro. - E você?

- Eu já estou deitado, no sofá da sala. Eu queria poder te ver nesse momento... - Disse manhoso.

- Eu vou te mandar uma foto. - Jungkook tirou o celular da orelha, ligou a câmera e tirou uma foto de seu reflexo no espelho, enviando em seguida para Jimin.

- Jungkook-ah... Por que tão gostoso? - Ouviu o moreno rir pelo nariz.

- Jimin, quero te ver também...

- Você me verá amanhã no escritório. - Adorava provocar Jungkook.

- Ah, por que você é tão malvado? Por favor... Jimin-ssi. - Sussurou no final.

- Assim é golpe baixo. - Jimin sentiu um arrepio percorrer a espinha. - Espere um minuto.

O loiro abriu a sua câmera, pensando como tiraria aquela foto. Não queria mandar um nude, mas algo que provocasse tanto quanto um. E então, soube exatamente o que poderia mandar.

- Ah, Jimin-ssi! Você realmente não tem dó! Como eu faço para dormir agora sem ter essa boca linda colada à minha?

Jimin riu baixinho, tentando não acordar Jin e Namjoon que dormiam no quarto.

- Eu posso cantar para você... - Disse um tanto tímido.

- Sério? Eu adoraria, Mochi!

E então, Jimin começou a cantar, enquanto Jungkook se aconchegava entre os lençóis.

Tudo isso não é uma coincidência
Apenas, apenas eu pude sentir isso
O mundo inteiro está diferente do que era ontemApenas, apenas com sua alegria

Quando você me chamou
Eu me tornei sua flor
Como se estivéssemos esperando
Nós florescemos até nós sofrermos

Talvez seja uma providência do universo
Tinha que ser assim
Você sabe, eu sei
Você sou eu, e eu sou você

O tanto que meu coração palpita, eu me preocupo
O destino está com inveja de nósAssim como você, eu estou tão assustado
Quando você me vê
Quando você me toca

O universo se move para nós
Não houve nem uma pequena falta
Nossa felicidade
Era pra ser
Porque você me ama
E eu te amo

Você é minha penicillium
Me salvando
Meu anjo
Meu mundo
Eu sou seu gato cálico
Aqui pra te ver
Me ame agora
Me toque agora

Apenas deixe-me te amar

Desde a criação do universo
Tudo estava destinado
Apenas deixe-me te amar

Deixe-me te amar, deixe-me te amar

E repetindo o mesmo refrão, Jimin percebeu o silêncio do outro lado da ligação.

- Jungkook?

Jungkook havia adormecido, ao som da doce voz de seu Mochi.

- Boa noite, Nochu.

♣️♥️♠️♦️♣️♥️♠️♦️♣️♥️♠️♦️

*Kyungdan: Bolinho de arroz recheado com mel e açúcar

**Doenjang guk: Sopa de pasta de soja é um guk feito com doenjang e outros ingredientes, como legumes, carne e frutos

♣️♥️♠️♦️♣️♥️♠️♦️♣️♥️♠️♦️

Bom... Começou a nova fase da fanfic! Espero que tenham gostado!

Como prometido, Taehyung e Hoseok vão voltar para a história no próximo capítulo!

Alguma ideia de como eles vão aparecer?

Obrigada mais uma vez por acompanharem a fanfic, que a cada dia recebe mais amor!!

Beijinhos

Até o próximo capítulo! Nos vemos lá no Twitter!

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