Hate is love!! - HINNY

By MariaGayo

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E se seu melhor amigo tivesse uma irmã gata pra cacete, mas ela fosse completamente insuportável, o que você... More

PRÓLOGO!
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Último Capítulo

Capítulo 5

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By MariaGayo


Ginny POV

Eu estava sentada atrás do carona, ou seja, atrás de Rony, quando meu celular tocou. Logo comecei a procurar por ele dentro da minha bolsa que nem uma louca, devido ao escuro. E exatamente por perceber isso, Harry ascendeu a luz para mim e eu apenas o olhei pelo retrovisor agradecendo assim que o achei e constatei que era Luna que me ligava.

- Oi Lua! - falei assim que atendi - Você já saiu de casa? - questionei pois a havia chamado para ir conosco assim que comecei a me arrumar

- Não, Ginny! - ela me disse e eu me surpreendi, minha amiga não era de recusar sair com os amigos, então algo aconteceu.

- Aconteceu alguma coisa? - perguntei a ela

- Estou cansada, Gi! Apenas isso. - eu sabia que ela estava mentindo

- Luna... - foi o suficiente para ouvir ela respirar fundo e me dizer o real motivo

- Estou doente, Ginny! 39,5 de febre - falou me preocupando - E não, amiga. Não precisa perder sua noite e vim ficar comigo1 - se adiantou já me conhecendo e sabendo o que eu iria propor

- Tem certeza? - perguntei meio insegura por deixar ela sozinha - Não quero te deixar sozinha assim... - disse demonstrando a minha verdadeira preocupação, pois eu sabia que Luna normal era um perigo, quem dirá ela doente.

- Não estou sozinha! - ela disse e eu me assustei - Nev está aqui comigo!

- Tudo bem então. - me dei por convencida quando soube que ela não estava só - Qualquer coisa já sabe né? - questionei e ela riu

- Sim, amiga. Eu te ligo se precisar, mas aproveite por mim! - me falou antes de nos despedirmos

Minutos depois, o celular do meu irmão e o de Harry apitou. O que me fez achar que era alguma mensagem em algum grupo deles, pois aquilo não podia ser apenas uma coincidência. E eu estava completamente certa.

- Nev não vai mais! - Rony disse a Harry quando ele parou em um sinal já próximo ao bar

- Ele está com Luna! - informei e a julgar pelo espanto do meu irmão e de Harry a ponto de se virarem para me encarar, aquela informação não estava na mensagem. - Ela está doente! - terminei de explicar e Harry voltou a atenção para o volante.

Em questão de minutos, estávamos os três andando em direção a mesa onde se encontrava Hermione com Draco e Simas. Depois de falar com minha amiga e cumprimentar devidamente Simas, me sentei ao lado de Draco e engatamos em uma conversa um tanto quanto divertida.

Ele me contou várias viagens que havia feito com a mãe e que em sua infância passou por um perrengue ao ser sequestrado sem querer por ser confundido com um outro garoto. A companhia dele era divertida, pelo menos até tal momento ele não havia sido um idiota assim como Harry.

Mas porque será que eu estava comparando os dois?

Depois de algumas risadas da minha parte na minha conversa com Draco, vi Harry se levantar e ir até o balcão do bar, onde se sentou para esperar sua bebida. Eu até acharia isso normal se não fosse pelo fato da minha amiga ter trocado um olhar com meu irmão e ele ter se levantado imediatamente indo até seu melhor amigo.

Acompanhei Rony com os olhos e pude ver os dois gesticulando algumas coisas enquanto conversavam, mas voltei a me concentrar na conversa, ou pelo menos tentar.

Quando os dois retornaram, percebi que o dono do bar estava junto a eles.

- Vamos cantar garotos? Quero a ajuda de vocês hoje para animar esse pessoal, pode ser? - Seu Jef perguntou

- Foi para isso que viemos! - meu irmão respondeu e ele riu

- Só peço a vocês que intercalem com algumas brasileiras, tudo bem? - quis saber

- Harry canta essas! - Rony se adiantou, pois todos sabiam que ele não sabia muito bem português. Já Harry pronunciava muito bem.

- Sempre né Rony? - Hermione brincou e eu ri

Assim que se organizaram no pequeno palco e que começaram a tocar a música, eu pude reconhecê-la imediatamente. Viva la Vida de Codplay, uma de minhas músicas favoritas.

I used to rule the world

Seas would rise when I gave the word

Now in the morning I sleep alone

Sweep the streets I used to own

Eu sentia uma conexão tão forte com aquela música, parecia que estava ligada a ela. Ou melhor, parecia que havia sido feita para mim. Eu realmente costumava dominar a minha própria vida, ter controle de tudo o que eu fazia, mas de uns tempos pra cá, todo o controle que eu possuía não passava apenas de caos espalhado para todo lado.

I used to roll the dice

Feel the fear in my enemy's eyes

Listen as the crowd would sing:

"Now the old king is dead!

Long live the king!"

Tudo que eu fazia, eu sempre via como um jogo. Um longo jogo que eu tinha controle absoluto. Sabe quando você ou decora as estratégias ou já entendeu o padrão de um vídeo game ou um jogo do tipo? Pronto, era exatamente assim como eu via a minha vida em Londres. Eu mantinha um certo padrão. Um padrão o qual eu seguia a risca perfeitamente bem. Pelo menos até o jogo se renovar e o padrão acabar.

One minute I held the key

Next the walls were closed on me

And I discovered that my castles stand

Upon pillars of salt and pillars of sand

Era como se as portas tivessem se fechando para mim, as mesmas portas que um dia sempre estiveram escancaradas para que eu adentrasse.

I hear Jerusalem bells are ringing

Roman Cavalry choirs are singing

Be my mirror my sword and shield

My missionaries in a foreign field

For some reason I can't explain

Once you go there was never

Never an honest word

That was when I ruled the world

Cada nota tocada, cada palavra dita daquela música me levava a um estado inexplicável. Quando senti tudo aquilo, eu me sentia fria novamente, exatamente do jeito como eu estava antes de regressar a Santa Mônica. Me sentia frágil, o que eu realmente odiava.

It was the wicked and wild Wind

Blew down the doors to let me in

Shattered windows and the sound of drums

People couldn't believe what I'd become

Tudo não passou de um vento forte. Um vento cheio de maldade e de violência que destruiu minha brilhante vida. A vida que eu levei um bom tempo para conseguir. Anos almejando-a e planejando tudo, para terminar em que? Em absolutamente nada. Foi então que as lágrimas começaram a rolar pelo meu rosto e eu pude ver que Rony havia notado e entendido o que aquela música, que havia sido por muito tempo uma de minhas favoritas, estava fazendo comigo.

Revolutionaries wait

For my head on a silver plate

Just a puppet on a lonely string

Oh who would ever want to be king?

Eu me sentia um brinquedo velho e usado. Aquele brinquedo que ou esta se desmontando ou a criança já enjoou. Ouvir aquela letra tão cheia de verdade escondida me trazia as piores sensações e quando dei por mim, estava chorando mais do que devia e minha melhor amiga afagava meus cabelos na maior cautela possível.

I hear Jerusalem bells are ringing

Roman Cavalry choirs are singing

Be my mirror my sword and shield

My missionaries in a foreign field

For some reason I can't explain

I know Saint Peter won't call my name

Never an honest word

But that was when I ruled the world

Eu realmente ouvia sinos, mas eram completamente diferentes dos harmoniosos que eu estava acostumada a ouvir quando tudo estava bem. Eram os sinos do inferno pessoal em que me encontrava e eu, a julgar o estado em que me encontrava, pedia desesperadamente por socorro.

I hear Jerusalem bells a ringing

Roman Cavalry choirs are singing

Be my mirror my sword and shield

My missionaries in a foreign field

For some reason I can't explain

I know Saint Peter will call my name

Never an honest word

But that was when I ruled the world

Quando a música acabou, pude sentir o abraço doce da minha amiga ser deixado para virar o abraço reconfortante e pesado do meu irmão.

- Eu estou aqui Gi! - ele me dizia - E ninguém jamais vai fazer isso com você novamente. - me acalmava de um jeito que só ele sempre conseguiu.

De fundo eu pude ouvir Harry substituir a voz de Rony com uma música que eu não conhecia e consequentemente não sabia de quem era.

Quando consegui me acalmar, depois de beber um copo de água, meu irmão voltou para o palco e anunciaram que cantariam agora uma música brasileira.

- Para isso, meu amigo vai precisar de uma voz feminina.. - Rony começou e a única coisa que eu pedia a Deus era para que ele não me chamasse - E como estou afim de animar a minha irmãzinha... - puta merda - Sobe aqui, Ginny! - ele pediu olhando para mim e Hermione me empurrou para que eu levantasse e fosse em direção ao palco.

Hermione me pagava! Subi lá morta de vergonha e ao mesmo tempo querendo matar meu irmão por me colocar naquela situação. Rony sabia muito bem que eu tinha vergonha de cantar assim, eu me sentia mais a vontade no chuveiro.

- Romance com Safadeza, Ginny. Você já ouviu? - Harry me perguntou e eu apenas assenti pra ele.

Eu já tinha escutado aquela música algumas vezes e conhecia bem a sua letra. Então não seria difícil. Tirando o fato do meu coração estar quase saltando pela boca, porque nunca cantei pra um público que não fosse meus cremes de banho, shampoo e condicionador.

Que eu te amo, muita gente sabe

Já dei prova em forma de buquê

Harry começou a cantar olhando para mim e eu ri ao perceber que aquilo era o oposto dele, já que ele era um completo idiota. Harry Potter provando amar alguém? É muito difícil de imaginar.

Quem olha pra mim, não vê maldade

Maldade só na hora do prazer

Cantei e o olhei com um olhar malicioso só para ver a sua reação e eu não pude evitar rir ao vê-lo revirar os olhos na ultima palavra cantada por mim.

E daí se você é gostosa?

Se você sobe e desce na festa?

Se você tá virando tequila, não me interessa

Segurei uma gargalhada ao ouvir a parte da música e me lembrar do que ele tinha dito em relação ao meu corpo em uma das vezes que nos vimos.

Sabe por que eu não te largo?

Cê faz gostoso e ainda põe leite condensado

Cantei olhando em seus olhos e ele não tardou a desviar.

Sabe por que você não me deixa?

É que eu misturo romance com safadeza

Aquela situação me arrancava risos e mais risos. Era extremamente engraçado ver Harry cantando aquela música, pois me fazia o imaginar como seria uma mulher nesse estado com ele.

Sabe por que eu não te largo?

Cê faz gostoso e ainda põe leite condensado

Sabe por que cê não me deixa?

É que eu misturo romance com safadeza

Vai, me beija

Pede, eu faço

A gente balançando o quarto

Vai, me beija

Pede, eu faço

A gente balançando o quarto

Quando a música acabou e o público presente aplaudiu, pude ver de longe meu irmão dançando com Hermione e assim que sai do palco, fui de encontro aos dois.

-Você me paga, Rony! - disse quando sai do palco e dando uma tapa no braço do meu irmão, que se separou do abraço da namorada para virar e olhar para mim

- Você precisava se distrair, maninha. E pelo que vi, você se divertiu bastante. - falou tirando os olhos de mim para Harry. - Se acabou de rir que eu vi. - completou e minha amiga riu

- Você também dona Hermione. Ou pensa que eu esqueci que me empurrou para o palco? - lancei um olhar amedrontador para ela que se escondeu atrás do namorado, meu irmão, fingindo estar com medo.

- Ei ruiva, você canta muito bem! - Draco exclamou enquanto me abraçava por trás, e eu logo me esquivei do seu abraço ao ver Harry se afastar pela segunda vez naquela noite e meu irmão ir atrás.

Dei uma desculpa rápida a Draco, para me livrar dele naquele momento e ficar a sós com Hermione, para finalmente saber o que estava acontecendo com Harry.

Harry POV

Assim que entramos no meu carro, eu não consegui parar de prestar atenção, através do retrovisor, na linda ruiva que estava no banco de trás. E justamente por isso, consegui perceber a tempo o seu desespero para achar o celular, o que me fez ascender a luz e logo em seguida ver que ela achou o aparelho.

Ela entrou em uma conversa com Luna que pelo jeito que as duas falavam, a maluca da nossa amiga não iria mais nos encontrar. E minhas suspeitas foram confirmadas no momento em que meu amigo, sentado ao meu lado, leu a mensagem de Neville no celular dizendo que não iria. Como confirmação da minha suspeita, por não achar coincidência os dois não irem, Ginny disse a nós dois que ele estava cuidando de Luna, por isso não iria.

Assim que chegamos ao bar e o adentramos, todos já nos esperavam e não demorou muito para que assim que Hermione se afastasse de Ginny, Draco se aproximasse dela e começasse suas investidas.

Aquilo me deu uma raiva tão grande. Eu era amigo dele, mas sabia o babaca que ele era com todas as garotas. Por conhecer meu amigo desde sempre, eu sabia que ele era do tipo que conquistava a garota até conseguir transar com ela e depois de uns dias, quando se cansava, ia em busca de outra presa. Sim, outra presa. Era assim que ele tratava todas as mulheres que entravam na sua vida: como lixo.

Não aguentando ver os "arremessos", que era como ele dava o nome ao ato de investidas, me afastei e fui em direção ao bar. Como estava dirigindo, pedi apenas um refrigerante e me sentei ali mesmo tanto para esperar a bebida como para evitar vomitar com aquela ceninha de quinta categoria.

- O que aconteceu hein, cara? - meu melhor amigo se sentou pedindo uma cerveja, que chegou segundos depois junto ao meu refrigerante

- Nada. - exclamei em um misto de raiva, pelo que via mesmo de longe, e de tristeza, por saber que ele se fazia de bonzinho e consegui a garota que eu, infelizmente e felizmente, queria pegar.

- Você realmente vai mentir para mim? - ele quis saber já percebendo que eu estava mentindo. Droga, Rony! Porque me conhecer tão bem?

- Ah Cara... - foi a única coisa que eu disse e ele entendeu que eu não queria conversar sobre o que quer que fosse agora

- Já entendi. Você não quer falar. - ele começou e bebeu mais um gole de sua cerveja - Mas qualquer coisa eu estou aqui, você sabe, não sabe? - me questionou mais pra ter certeza do que afim de saber e eu apenas concordei com a cabeça

Olhei de longe e vi Ginny ainda conversando com Draco e achando graça de alguma coisa que ele dizia. Dei graças a Deus por não ter tempo de pensar naquela cena, pois o dono do bar suplicou para mim e para Rony chamarmos os meninos para tocar e cantar logo.

Já de volta a mesa, chamamos Draco e Simas e subimos ao palco, iniciando minutos depois Viva la Vida de Coldplay, que segundo Rony, era uma das músicas preferidas da irmã. Como ele tinha arrastado ela para tentar animá-la, pensou que seria uma boa tocar uma música que ela gostava.

No começo, ela estava normal. Mas em um certo tempo da música, eu a vi pensativa e logo em seguida vieram as lágrimas. Olhei para Rony e ele já aparentava ter percebido que a música que seria para anima-la, estava tocando ela de um jeito não muito bom.

Não demorou para que o choro se tornasse mais intenso que antes e nesse ponto, Hermione já afagava os longos cabelos ruivos dela. Devo confessar que eu estava bastante preocupado e Rony, bem... o meu amigo estava louco e desesperado para que a música terminasse logo e ele pudesse ir até a irmã.

Assim que a canção chegou ao seu final, Rony não esperou muitos aplausos e desceu decidido indo em direção a irmã, onde a puxou dos braços da namorada e a abraçou com toda força possível.

- Eu estou aqui Gi! - meu amigo dizia a irmã dele - E ninguém jamais vai fazer isso com você novamente.

Mas o que diabos estava acontecendo ali? Ginny parecia uma bomba prestes a explodir. Eu pude notar o seu pedido silencioso de socorro. Ela precisava de ajuda, e nesse caso o certo a se fazer seria ou ela desabafar com os amigos ou procurar um profissional.

Ao que tudo indicava, só Rony sabia o que de fato tinha acontecido com ela em Londres. Hermione estava tão perdida quanto eu, ou qualquer um que fosse amigo dela e isso ficou evidente no seu aniversário.

Ginny Weasley escondia um segredo. Um segredo que a machucava por dentro a ponto de corroer cada pedacinho dela. Eu queria muito ser capaz de ajudar, mas sabia que ela tinha uma visão minha de idiota e que jamais aceitaria. Ela estava em uma bolha, não tão confortável, mas que a fazia se fechar cada vez mais. E eu temia que uma hora isso fosse o estopim para alguma burrada.

Quando ela estava visivelmente mais calma, Rony se afastou dela e voltamos ao palco. Eu já sabia a intenção do meu amigo, então não falei nada. Mas fui surpreendido ao vê-lo chamar ela para cantar. Ginny cantava? Sim, ela cantava e eu tive a certeza de que era muito bem quando ela começou as primeiras palavras.

Durante toda a música, trocamos olhares provocativos, alguns bons e outros ruins, pois eu notava que eram eles duvidosos e questionadores.

Eu me segurei ao máximo para não rir em uma parte da música, que por uma casualidade fazia alusão a uma coisa que eu já havia dito a ela, relacionado ao seu corpo.

O fim da música chegou e com ele vieram as aclamações positivas do publico. A galera gostou demais de Ginny, só não sei dizer se foi pela sua voz ou pela sua beleza extravagante.

Eu estava feliz por vê-la sorrindo novamente e não via a hora de ter a oportunidade de lhe dizer que sua voz era realmente incrível, mas no lugar de eu conseguir fazer isso, meu amigo foi quem chegou ao seu lado para lhe dizer.

- Ei ruiva, você canta muito bem! - Draco se adiantou a abraçando por trás e eu me afastei novamente de todos, sentando no meu lugar favorito: o bar.

Tudo que eu desejei era não estar dirigindo hoje para que eu pudesse beber, mas eu logo me lembrei que não adiantaria de nada, afinal tinha uma reunião com um cliente na manhã seguinte e não queria estar com uma cara péssima. Ou pior, estar com uma cara péssima pelo puto do meu amigo ter conseguido a garota e eu tanto queria.

Puta merda! Eu estava me apaixonando por Ginny Wealey e ela tinha entrado na minha vida há poucos dias. Eu estava completamente fudido. Não podia deixar isso ir adiante, então decidi, quase na mesma hora em que meu melhor amigo se sentou novamente ao meu lado, que eu iria voltar a ser o Harry que sempre fui. Na verdade, eu não sabia o porque de ter deixado uma ruiva mexer tanto com minha cabeça.

"Vai ver é só porque ela é mô gostosa e você queria tentar algo mesmo" - pensei tentando me convencer.

- Eu já percebi tudo! - Rony disse com mais uma garrafa de cerveja na mão e eu o encarei com o cenho franzido, indicando que eu não tinha entendido nada - Você está ficando afim da minha irmã, não está? - bufei e revirei os olhos, como se o que ele estivesse dizendo fosse uma loucura, quando na verdade tinha um fundo de verdade.

- Não viaja! Já lhe disse o que acho da sua "irmãzinha" - imitei como ele normalmente me falava dela quando ainda estava em Londres

- Deixa de ser assim, Harry, além de ser o irmão dela, sou o seu melhor amigo, então você não precisa me esconder nada. - ele me disse e eu revirei mais uma vez meus olhos indicando que não estava gostando nada do rumo que aquela conversa estava tomando - Só toma logo uma atitude, porque além desse cara que está sentado na minha frente não ser o mesmo que conheci assim que entrei na faculdade, logo outra pessoa tomará o lugar que pode ser seu... - finalizou apontando para Malfoy, que estava chegando ao lado dela.

Esperei uns minutos, depois da minha conversa com Rony, e quando vi meu amigo fura olho se afastar dela, levantei e fui em sua direção.

- Você canta muito bem, sabia? - elogiei e ela se virou para mim, sorrindo

- Estou surpresa com tal delicadeza e um elogio. - rebateu e eu ia me virar, pois não estava afim de entrar em uma discussão, mas ela me segurou. - Muito obrigada! - disse quando meu olhar sustentou o seu

Uma música lenta começou a tocar no som e como se fosse automático, minhas mãos foram para sua cintura no mesmo momento em que as suas vieram para o meu pescoço. Nós nos aproximamos e tudo ao nosso redor parecia ter desvanecido naquele instante.

Nossos corpos se moviam ao som de Ed Sheeran em Thinking out Loud. E eu pude sentir suas unhas arranharem o minha nuca quase que ao tempo em que suspirei adjunto ao seu ouvido.

- Não faz isso! - supliquei e ela repetiu o ato só que bem mais lento - Gin... - o apelido saiu de minha boca quase que como um sussurro

- Ninguém nunca me chamou assim! - ela murmurou próximo ao meu ouvido e eu me arrepiei - Gostei do novo apelido! - me senti vitorioso pela primeira vez com aquela mulher

- Você ainda vai negar o meu pedido de irmos para minha casa? - questionei e senti ela me empurrar com força, percebendo que repeti a merda que havia feito quando nos conhecemos

- Você é um idiota! - ela disse irritada

- Gin... - tentei

- Nunca mais me chame assim! - ordenou com o dedo em riste no meu rosto e virou de costas

- Ótimo! De volta a estaca zero! - exclamei mais para mim mesmo do que para qualquer pessoa.


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