Violeta (Completo/Revisado)

By Laralaiane144

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Violeta Harvey, uma garota de dezesseis anos, quando pequena foi abandonada por seus pais em um orfanato. A ú... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Epílogo
Violeta terá continuação?
MEMES

Capítulo 11

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By Laralaiane144

Violeta:

— Aii! — resmunguei após encostar, sem querer e de novo, outro dedo na panela quente fervente.

Deixei o que estava fazendo de lado e decidi explorar a casa à procura de algo para usar contra ele. Faca estava fora de questão. Eu não conseguiria me aproximar dele por vontade própria para tentar alguma coisa. Tinha uma vaga esperança em mim de encontrar uma arma, seria bem mais fácil, mas é claro que ele não deixaria nenhuma ao meu alcance. 

Mas espera aí... fui correndo até o seu armário e peguei uma faca de mesa pequena. Levei-a até a fechadura e enfiei sua ponta, torcendo para que desse certo.

— Vamos! Por favorzinho... — falei, como se de alguma forma isso ajudasse.

Desisti afundando em seu sofá depois de passar uma meia hora tentando. Seria mais difícil do que pensei.

Eu esperava do fundo do coração que ele demorasse muito tempo lá fora. Cheguei a pensar no que estaria fazendo, e obriguei meu cérebro a parar com aquilo. Esperava também que a polícia o descobrisse por ter matado tanta gente. Qual é, mundo! Sei que estávamos em meio à uma floresta, mas por acaso a polícia não investiga florestas? É tão óbvio que esse tipo de lugar é o preferido dos bandidos. E aqueles vira-latas, serviam pra quê? Não era para farejarem e descobrirem cadáveres ou alguma coisa assim?

Suspirei, frustrada. Quanto mais eu pensava, mais frustrada ficava. Desprestigiar a polícia e seus cães não iria resolver minha situação. Não iria mesmo.

— É só uma questão de tempo para pegarem ele. Acalme-se, Violeta. — repeti e repeti para mim mesma, de olhos fechados e com a cabeça erguida para seu teto. — Respire, inspire. Não perca a cabeça, Violeta. Isso... — levei as mãos às têmporas.

— Pois é. Que bobagem. Não perca a cabeça com isso. — disse sua voz grave. Fria.

Saí de meu ritual de tentativa de relaxamento sobressaltada, vendo-o bem ali, parado, me olhando como se eu fosse uma idiota. Mas como assim eu não o escutei chegar?!

Me pus de pé apressadamente, cambaleando para trás.

— Humm... — dois! — Que cheiro bom de comida. Acho que cheguei bem a tempo.

Sua felicidade alimentava-se de meu sofrimento. Ser humano desprezível. Eu o odiava do fundo do coração.

— Com tanto jeito pra coisa, irei me sentir ofendido se não te der um presente como retribuição — estendeu-me uma caixa embrulhada de tamanho médio, com um tom super elegante. Peguei-o com as mãos trêmulas. Vai que era uma bomba ou algo relacionado que explodiria em minhas mãos.

— Abra. — mandou.

Abri-o, meus olhos chegaram até a ofuscar.

— Só pode ser brincadeira. — ouvi quando as palavras saíram furiosas de minha boca.

Seu cenho franziu.

— Não. São suas novas roupas. Já passou da hora de trocar essa calça velha e essa blusa.

— Prefiro ficar com o que estou vestida.

— Está recusando meu presente? — me lançou um olhar penetrante. Então, balbuciei:

— Não.

— Que bom. Agora troca a porra dessa roupa! — rosnou. Seu rosto estava avermelhando de raiva, ao contrário do meu, que era de constrangimento. Estúpida. Era isso que eu era.

Com certeza meu rosto denunciou o que eu estava sentindo, porque ele fez uma careta, incrédulo.

— Esqueci de como você é. Pode subir naquele quarto que te levei e trocar lá. — como assim esqueceu de como eu sou? Passei por ele voando, sentindo seu olhar queimando a região de minhas costas. Quando me troquei, desci.

— Uau! — fingiu estar impressionado. Sua boca formou de leve um "o". — O que achou do uniforme de... empregada? — seus olhos percorreram cada parte de meu corpo, analisando-o. Em seguida, uma gargalhada preencheu o ambiente. Senti uma imensa vontade de socá-lo. Disfarcei minha ira e ele sentou-se à mesa.

— Estou com fome. Você não tá?

Come a mesa então. É, pelo menos dessa vez só pensei.

Limpei a garganta, deixando-o se servir. Quando o fez, falou:

— Pode colocar pra você, se quiser. — deu de ombros, mais interessado em seu prato agora.

Preparei o meu e sentei no mesmo lugar da última vez. Por uma fração de segundo — eu juro! Minha visão vagou sobre seus cabelos negros despenteados, seus braços, a cicatriz em seu queixo e no movimento de seus lábios mastigando a comida.

Suspirei, olhando para qualquer coisa que não fosse ele.

Assassino.

Enquanto observava aquela vergonha à humanidade comer, arrisquei-me a perguntar seu nome.

— Pode me dizer como é seu nome? — ele parou e ficou me encarando, parecia meio pensativo. Por um momento achei que ele fosse responder.

— Por que você quer saber? — respondeu ríspido.

— Por nada. — dei de ombros e fingi não importar-me caso ele não dissesse. E não importava mesmo.

Ele me olhou sério demais. Achei que fosse pegar o garfo e enfiar na minha garganta.

— É Christian, Christian Charles. Mas prefiro só Charles.

Charles... não recordava-me de seu nome.

Abri a boca para falar algo, mas a fechei imediatamente quando percebi que não era uma boa ideia. Ele percebeu meu ato, e disse:

— Sei que quer perguntar mais coisas. Vá em frente — me encorajou. Isso não era bom. Como era possível dialogar com o seu futuro assassino normalmente? Nem em um milhão de anos que isso daria certo.

A curiosidade me venceu.

— Quem batia em você antes de chegar ao orfanato?

— Pergunte outra coisa.

— Mas você disse que...

— Eu disse pergunte. Outra. Coisa. — seus punhos se fecharam. Tentei não demonstrar no quanto isso me deixou com medo.

— Tá. Hm... C-como conseguiu essa cicatriz no queixo? — perguntei a primeira coisa que veio à mente. Isso aliviou um pouco a tensão que se instalara, pois ele sorriu de lado.

— Um filho da mãe que partiu pra cima de mim por que eu estava flertando com a mulher dele. — soltou um riso rouco. — Não tinha como eu saber que ela era casada, nem estava usando aliança no dedo... ou estava? Não lembro direito.

Tomei fôlego.

— E... Você o matou. — afirmei, embora imaginasse onde tinha acabado aquela história. — ele sorriu de uma forma estranha para mim.

— Ele não ia parar até conseguir o que queria. Ou ele me matava, ou eu matava ele. — deu de ombros, como se aquilo não fosse nada demais.

— Como a mulher dele reagiu? — ele estreitou os olhos, quase admirado pela minha curiosidade. Ou coragem. Ou insanidade.

— Não lembro direito.

— Você... sente prazer em matar?

Dois minutos ou mais que não saiu nada de sua boca.

— Só pessoas que me feriram.

— Aquelas garotas não feriram você. — acusei.

— Não. — concordou, sem esboçar um pingo de emoção.

— Não faço ideia do que você passou e... a dor que sentiu. — comecei, querendo não ter falado nada. Ele gesticulou para que eu me calasse. Não adiantava.

— Tá querendo bancar a terapeuta?

Me rendi.

— Não.

— Foi o que eu pensei.

Reuni minhas forças, disparando:

— Quando olho pro garotinho indefeso que me chamou para brincar, não consigo imaginar, nem em um milhão de anos, que ele fosse fazer o que você está fazendo. — respirei, voltando a falar antes que a coragem faltasse. — E eu não sou sua prisioneira, você é que está preso nesse seu mundinho onde tudo se resolve com a morte e a dor das pessoas. É doentio! E, por mais que eu te odeie, sinto pena de você. — cuspi as palavras. Ele não ouviria, não daria a mínima, mas eu precisava dizer.

Vi que ele estava ofegante, mas não por minhas palavras o terem tocado. Era de... raiva.

— A próxima palavra que sair de sua boca, será a última. — rosnou. Fiz de conta que aquilo não me abalou.

Só fiz de conta mesmo.

___________________________
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Capítulo revisado. ✔

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