Readquirindo sonhos - Livro 2...

By CeciliaBassi83

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Manoel desistiu de seu grande amor por acreditar que era simples e humilde demais para ela, que apenas atrapa... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 24
Epílogo

Capítulo 23

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By CeciliaBassi83

POV Manoel

Já faz 2 meses da morte de Janaina. Meu irmão ainda continua calado, além do seu normal, mas está em tratamento com a Aline e sua amizade com Patrícia está ajudando. Ela vem sempre até nossa casa, fazem seus deveres juntos, jogam videogame, assistem filmes e séries. Ele começou a pintar, e fica horas no pequeno estúdio improvisado. Desabafa em suas pinturas, onde a dor é latente.

Vovó, com seu jeito divertido, é a única a fazê-lo rir, mas mesmo ela tem dificuldades. Deixou de se importar com as piadas sobre seu romance com o Sr Magalhães, pois percebeu que Edmilson gosta, apenas finge irritação para vê-lo sorrir.

Chego em casa e vejo a mesa arrumada e sinto um delicioso odor vindo da cozinha. JC, Larissa, Joana e Pedro vieram para jantar. Inês está radiante e sei que tem notícias boas sobre o vestibular.

- Família, quero fazer um anúncio – ela começa depois de limpar a garganta.

- Fale, minha neta. O que tem para nos contá?

- Passei no vestibular para Enfermagem na mesma universidade pública que JC.

- Parabéns, querida. Fico tão orgulhosa de minha filhinha – minha mãe a abraça em primeiro lugar.

- Sabia que conseguiria, minha neta. É tão inteligente, puxou a avó – D Severina sempre disposta a fazer uma gracinha.

- Obrigada, obrigada. E o senhor, papai? Também está feliz? – pergunta a meu pai que nem esconde o choro emocionado.

- Antes de JC, talvez eu não entendesse. Mas agora que abri meus olhos, posso dizê que estou feliz demais, minha menina. Me enche de orgulho.

- Que bom, papai. Não sei se poderia lutar contra sua vontade, como o meu irmão.

- Nunca desista de seus sonhos, minha filha. Lute sempre.

- Agora me deixem abraçar a Inês – me aproximo e a acolho em meus braços – Parabéns, você merece.

- Leve meu legado adiante, hein, irmãzinha. Sucesso! - JC também cumprimenta.

- Quando vamos terminar com essa melação e comer de uma vez? - Toninho pergunta insensível enquanto ela recebe o abraço silencioso de Edmilson.

- Pare de aperriá, menino alesado – minha avó dá um cascudo brincalhão em meu irmão, que foge rindo.

O jantar corre alegre, até Edmilson participa da conversa. Minha irmã está radiante, seu jantar delicioso, e sei será uma grande profissional, pois coloca amor em tudo o que faz.

Passado a pior fase do luto, decido fazer meu pedido de casamento. Irei fazer uma serenata e ensaiei por dias com meu violão para ficar bonito.

Combino com seus pais, para que me ajudem. Visto uma camisa que ela me deu e vou até sua casa. Jogo uma pedrinha em sua janela no andar superior, que abre para a rua. Começo a dedilhar a música e canto Pra Você, de Paula Fernandes, colocando todo meu coração nas palavras:

Eu quero ser pra você

A alegria de uma chegada

Clarão trazendo o dia

Iluminando a sacada

Eu quero ser pra você

A confiança, o que te faz

Te faz sonhar todo dia

Sabendo que pode mais

Eu quero ser ao teu lado

Encontro inesperado

O arrepio de um beijo bom

Eu quero ser sua paz, a melodia capaz

De fazer você dançar

Eu quero ser pra você

A Lua iluminando o Sol

Quero acordar todo dia

Pra te fazer todo o meu amor

Eu quero ser pra você

Braços abertos a te envolver

E a cada novo sorriso teu

Serei feliz por amar você

Eu quero ser pra você

A alegria de uma chegada

Clarão trazendo o dia

Iluminando a sacada

Eu quero ser pra você

A confiança, o que te faz

Te faz sonhar todo dia

Sabendo que pode mais e mais e mais

Eu quero ser ao teu lado

Encontro inesperado

O arrepio de um beijo bom

Eu quero ser sua paz, a melodia capaz

De fazer você dançar

Eu quero ser pra você

A Lua iluminando o Sol

Quero acordar todo dia

Pra te fazer todo o meu amor

Eu quero ser pra você

Braços abertos a te envolver

E a cada novo sorriso teu

Serei feliz por amar você

Se eu vivo pra você

Se eu canto pra você

Pra você

Eu quero ser pra você

A Lua iluminando o Sol

Quero acordar todo dia

Pra te fazer todo o meu amor

Eu quero ser pra você

Braços abertos a te envolver

E a cada novo sorriso teu

Serei feliz por amar você

Eu quero ser pra você

Eu quero ser pra você

Pra você

Andréia me sorri da janela, enxugando as lágrimas de emoção que teimam em descer pelo seu rosto. Deixo meu violão no suporte, retiro a aliança de meu bolso e coloco-me sobre um joelho.

- Quer casar comigo, coração?

- Sim, sim! – corro para sua casa, na ansiedade de tê-la em meus braços. Ela me encontra na escada, com seu sorriso radiante. Ajoelho aos seus pés, tomo sua mão e coloco o anel. Levanto-me e a ergo do chão, selando nosso momento com um longo beijo. Escuto as palmas e, olhando ao redor, vejo sua família e a minha, todos aplaudindo emocionados.

Recebemos os cumprimentos e até seu tio está aqui.

- Faça minha afilhada feliz e ficarei satisfeito – diz-me ao apertar minha mão.

- É meu maior desejo, senhor.

- Cadê meu neto? Quero dá um beijo nesse violeiro.

- Estou aqui, vovó – ela me abraça gostoso.

- E pensá que te vi sofrente por causa desse amor e agora vão se casá. Que alegria.

- Ela aceitou, vovó.

- Oxente! E como recusaria um cabra bonito como meu neto? – minha avó ri enquanto dá tapinhas leves em meu rosto como carinho.

- Parabéns, Manoel, será bom te receber no clube dos casados – JC me abraça.

- Obrigado, irmão. Alguma dica?

- Ame, apenas isso. Sem medida, sem reservas, sem orgulho bobo, cuida dela com todo o seu coração.

- É o que pretendo. Sabe que vai ser padrinho, não é?

- Só faltava me deixar de fora – ri, ao dar lugar ao Edmilson.

- Parabéns, que sejam felizes – me diz sorridente, mas vejo a tristeza nublando seus olhos.

- Obrigado, irmãzinho. Chegará sua vez também.

- Já perdi a minha chance, Manoel. Mas me alegro por você.

- Não fale assim. Têm apenas 15 anos e uma vida inteira pela frente. Como pode saber o que ela lhe reserva? Não desista de viver, por favor – ele apenas concorda com a cabeça e dá licença para Inês, que me abraça.

Até os vizinhos vieram ver o que estava acontecendo e nos cumprimentaram também. Quando todos voltam para suas casas, ficamos apenas Andréia e eu na varanda. Pego meu violão e toco e canto baixinho só para ela.

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