Simply Happens [H.S]

By gabriela231d

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Ela, uma menina ofuscada pelo próprio medo de se mostrar as pessoas. Sendo muito difícil conseguir desifrar... More

1°- Capítulo.
2°- capítulo.
3°- capítulo.
4°- capítulo
5° - capítulo
6°- capítulo
7°- capítulo
8°- capítulo
9°- capítulo
10°- capítulo
11°- capítulo.
12°- capítulo
14°- capítulo.
13°- capítulo.
15°- capítulo.
16°- capítulo
17°- capítulo.
18°- capítulo.
19- capítulo.
20°- capítulo.
21°- capítulo.
22°- capítulo.
23°- capítulo.
24°- capítulo.
25°- capítulo.
26°- capítulo.
27°- capítulo.
28°- capítulo.
29°- capítulo.
30°- capítulo.
31°- capítulo.
32°- capítulo.
33°- capítulo.
34°- capítulo.
35°- capítulo.
36°- capítulo.
37°- capítulo.
38°- capítulo.
39°- capítulo.
40°- capítulo
41°- capítulo.
42°- capítulo.
43°- capítulo.
44°- capítulo.
45°- capítulo.
46°- capítulo.
47°- capítulo.
48°- capítulo
49°- capítulo.
50°- capítulo.
51°- capítulo.
52°- capítulo.
53°- capítulo.
54°- capítulo.
55°- capítulo.
56°- capítulo.
57°- capítulo.
58°- capítulo.
59°- capítulo.
60°- capítulo.
61°- capítulo.
62°- capítulo.
63°- capítulo.
64°- capítulo.
65°- capítulo.
66°- capítulo.
67°- capítulo.
68°- capítulo.
70°- capítulo.
71°- capítulo.
72°- capítulo.
73°- capítulo.
74°- capítulo.
75°- capítulo.
76°- capítulo.
77°- capítulo.
78°- capítulo.
79°- capítulo
Fim.
Agradecimentos e recadinhos.
Epílogo.
Wedding And Party ( capítulo bônus)

69°- capítulo.

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By gabriela231d

- Eu realmente não consigo acreditar nisso. - murmurei, piscando os olhos para ter certeza se o que estava vendo era verdade.

- Você só pode estar de brincadeira com a gente, não é? - conseguia sentir a indignação perfeitamente na voz de Mary e podia ter quase certeza que sua mandíbula estava tensa e que seus olhos estavam brilhando em decepção. Igualmente como os meus.

Meu pai engoliu em seco, sua expressão vaga e pálida provavelmente formada pelo o susto que nós demos-o. A mulher ao seu lado parecia igualmente perdida, e apreensiva.

- Meninas, por favor. E-eu posso explicar...

- Oh, claro! É claro que você pode. E como vai ser uh? Vai dizer que essa mulher te seduziu e fez você trair a tia Cyndi, porque era óbvio que você não queria, não é? - Mary não poupou seu sarcasmo e muito menos o seu tom de voz alta.

As pessoas ao redor da pequena lanchonete já começavam a virar suas cabeças em nossa direção, os olhos curiosos focalizando nas quatro pessoas em pé, em volta de uma das mesas localizadas no exterior do estabelecimento.

A princípio, era para Mary e eu apenas estarmos indo em direção ao salão de beleza em que ela sempre vai, pois hoje, ironicamente é seu aniversário de dezoito anos, e como estou de folga e já tinha prometido que iria passar o dia com ela para fazer seja lá o que ela quisesse, cedi acompanhá-la. Entretanto ambas não fazíamos ideia que flagrariamos meu pai em uma lanchonete qualquer, trocando carícias e beijos com sua amante para quem quisesse ver.

Meu pai estava vermelho, provavelmente de vergonha e a mulher ao seu lado mantinha a cabeça baixa, parecendo querer se esconder atrás dos seus cabelos loiros.

- Meninas, eu sinto muito. E-eu..-

- Olha, guarde isso para a tia Cyndi, ok? Não queremos ouvir suas lamentações.

Mary revirou os olhos, se mexendo inquietamente ao meu lado. Eu estava tão indignada quanto ela, mas somente não conseguia ter alguma reação decente. Era difícil acreditar que seu pai estava traído sua mãe, no final das contas. Como ele consegue ser tão babaca?

- John, eu acho melhor eu ir. - a mulher disse, pegando sua bolsa em cima da mesa e mal encarando Mary e eu. Meu pai não deu muito atenção à ela, e em segundos ela já estava dobrando a esquina, os saltos altos fazendo barulhos nítidos na calçada.

- Por favor, meninas, me deixem explicar. - meu pai pediu, parecendo angustiado.

Mary cruzou os braços, arqueando as sombrancelhas em expectativa e eu somente mantive minha postura decepcionada, suspirando e assentindo fracamente para ele prosseguir. 

- Aqui? Vocês não querem ir para um lugar mais reservado? - ele olhou ao redor, parecendo desconfortável. - Não me sinto a vontade aqui.

- Que estranho, não é? Você estava bem a vontade cinco minutos atrás.

Limpei a garganta, um pouco desconfortável com a frase sarcástica de Mary. No entanto meu pai parecia mais do que eu, pela maneira como seus olhos se arregalaram e ele rapidamente desviou o olhar em seguida.

- Pega leve, Mary.

- Pegar leve? Está falando sério, Bella? Ele traiu a tia! Ele nem pensou nela ou em nós enquanto estava aqui, pagando uma de adolescente apaixonadinho.

Meu estômago embrulhou, mas Mary não parou por aí, se direcionando diretamente à ele em seguida.

- Você devia ter vergonha, sabia? Porque tudo isso é patético! Você é patético!

- Mary, por favor, para com isso. Não piora mais as coisas, tá legal?

- Fale isso para ele, Isabella. Porque ele quem começou tudo isso, ele quem estragou a porra toda.

- Eu sinto muito, Mary. Juro que sinto, não queria que isso acontecesse. - Mary soltou uma risada forçada, balançando a cabeça em negação. - É sério. Nada disso foi planejado, e-eu jamais pensei em trair a Cyndi. Eu a amo.

- Ah, não, fala sério. Você não quer realmente que a gente acredite nessa baboseira, não é? Ninguém te forçou a ficar com aquela mulher, você tinha plena consciência do que estava fazendo.

- Eu sei! Não estou dizendo o contrário. Só que vocês não entendem o quanto um casamento de anos pode ser desgastante. Acaba que situações assim sejam.. sejam inevitáveis.

- Traição é uma escolha, pai. O senhor não pode colocar a culpa nos anos ou dizer que é inevitável. Se isso não estiver mais funcionando para você, então sai fora, abandona o barco, mas apenas não torne as coisas dolorosas para ela. Ela não merecia isso.

Meu pai ficou quieto, o olhar baixo e envergonhado. Meu peito ardia, sentido pela minha mãe. Não sabia exatamente o que sentia, mas era um sentimento extremamente ruim. Estava decepcionada com ele, estava triste pela minha mãe, e estava com medo que talvez esse seja o fim para os dois.

Era horrível pensar nisso, pensar nos dois separados, no sofrimento que minha mãe provavelmente vai sentir quando descobrir tudo isso, mas eu sabia que era o certo. Preferia ver os dois separados, do que um deles infeliz com o casamento, e o outro sofrendo com isso. Mas isso, era um assunto apenas deles e que ele teriam que resolver.

- Nós vamos indo. Não quero estragar o aniversário da Mary mais do que essa história provavelmente já estragou. - encarei Mary ao meu lado, as feições ainda irritadas e decepcionadas, antes de voltar para o homem cabisbaixo à minha frente. - O senhor tem até amanhã para dizer a verdade à mamãe e se resolver com ela. Senão, Mary e eu contamos.

- O quê? Bella...-

- É o único jeito. Seja sincero, e faça o que acha certo em relação a vocês, mas somente não machuque-a tanto, por favor. - olhei uma última vez em volta, antes de fazer o mesmo com meu pai, o nó na garganta impedindo que as palavras saíssem claras. - Só não.. Não nos decepcione mais, pai.

Ajeitei a alça da bolsa em meu ombro, e alcancei a mão de Mary, puxando-a pela calçada junto comigo. Somente quando estávamos cerca de uma quadra de distância, Mary falou alguma coisa. E bem, eu entendia, porque minha cabeça também estava trabalhando à mil por hora, para conseguir digerir tudo aquilo.

- Desculpa se eu fui muito grossa aquela hora. Eu só estava irritada com a cara de pau dele.

Já conseguia avistar o salão que Mary sempre ia quando tinha que tingir o cabelo ou algo assim, de onde estávamos. A fachada destacava bastante o local, e a floricultura ao lado também chamava muita atenção, por causa das tulipas vermelhas entre outras flores que me lembravam o jardim de casa. O jardim de casa me lembrava da paixão do meu pai pelo mesmo, e lembrar do meu pai era o que eu estava tentando evitar o máximo possível a partir de agora, tanto pela Mary tanto quanto por mim mesma. É o aniversário dela, não quero que seja um dia ruim apesar do acontecido, ainda mais quando faremos uma comemoração mais tarde em um dos lugares favoritos dela.

- Eu sei, não se preocupe com isso, Mah. Era só que ouvir aquilo estava me sufocando. Já foi desagradável o suficiente vê-lo com aquela mulher.

Assim que chegamos na esquina, paramos na sinaleira, esperando o sinal fechar para atravessarmos a rua. O dia estava mais abafado que o normal, e isso indicava que provavelmente iria chover mais tarde. Só esperava que isso não atrapalhasse os convidados de Mary a comparecerem ao Bowling House.

- Pode ser que eu tenha sido um pouquinho dura demais, mas, ele merecia. - assim que o sinal fechou, atravessamos a rua com mais algumas pessoas e um cachorrinho que não parava de abanar o rabo, provavelmente contente por estar passeando. - Sem falar no terrível gosto dele. A tia Cyndi é muito melhor do que aquela mulher. Você viu a finura das panturrilhas dela? É como se em um passo em falso aquilo pudesse quebrar. Credo, dá até medo.

Não pude deixar de rir, mesmo achando errado. Não gosto de culpar a mulher pelo erro do meu pai, mesmo que eu tenha a impressão de que ela sabia que ele era casado e de onde estava se metendo. Mas mesmo assim, ele quem traiu minha mãe, ele quem errou e essa mulher não passa de uma figurante na história. Ele quem realmente tinha o compromisso e é ele quem deve ser responsabilizado por isso.

- Acho melhor nós tentarmos esquecer essa história, Mary. Pelo menos por hoje. - disse, assim que pisamos na calçada à frente ao salão. Paramos uma de frente para a outra, enquanto as pessoas passavam por nós. Mary tinha um olhar apreensivo no entanto. - Eu sei que é impossível não pensar nisso, e na merda que pode dar, mas é seu aniversário. Quero que tenha as melhores lembranças desse dia. Vamos deixar a culpa e todos esses sentimentos para ele sentir, tá legal?

- É muito legal da sua parte pedir isso sabia, mas nós duas sabemos que isso não vai funcionar com você. Você sempre se preocupa, com tudo. Não será um dia legal para mim, se não for para você também.

- Vai ser, eu prometo fazer o meu melhor para curtir o seu dia junto com você e esquecer isso. Apenas vamos pensar em coisas boas, ok?

- Uhm.... - balbuciou, abrindo um sorrisinho sugestivo. - Tipo no Harry uh?

- Cala boca.

Mary soltou uma risada alta antes de me abraçar de lado e me puxar para dentro do salão. Assim que entramos pela porta de vidro, um sininho soou chamando a atenção da maioria das mulheres do lugar. Não estava tão cheio, mas tinha uma quantia considerável e que me fez entender rapidamente que não sairíamos tão cedo desse lugar.

- Bradley! Quanto tempo, garota! - Samantha, a dona do salão e cabeleireira não demorou a vir até Mary e abraça-la.

Mary normalmente vinha aqui quando queria fazer algo novo no cabelo, pintar as unhas, e etc. E eu na maioria das vezes a acompanhava, no entanto que também já cortei meu cabelo aqui algumas vezes. Samantha é evidentemente mais amiga de Mary do que minha, porém, é igualmente simpática comigo.

- Você sumiu, garota. Já faz o quê? Meses que não vem aqui.

- Possivelmente. - Mary soltou uma risadinha. - Tenho ficado bem ocupada nesses últimos meses. Mas preciso mesmo mudar um pouco, já estou enjoada desse tom cinzento. Preciso de algo inédito, ainda mais hoje.

- Claro que sim! Mas o que tem hoje uh?

Samantha oscilou o olhar em mim, sorrindo e me dando um rápido abraço em seguida. Ambas suas mãos estavam ocupadas segurando uma escova e um secador de cabelo, que ela provavelmente estava usando na mulher sentada em uma das cadeiras do salão, mais à frente.

Não podia dizer que eu estava cem por cento confortável ali, pois estava encolhida mesmo que inconscientemente. As vozes das outras pessoas preenchiam o lugar, e tudo parecia acontecer apressadamente, como se elas estivessem correndo contra o tempo. Bem, era intimidante estar ali, porém, tentei relaxar e ficar o mais confortável possível, apesar de me sentir assim todas as vezes que vinha aqui. Aparentemente, o problema não é o lugar, mas sim comigo mesma. E sim, quero melhorar isso também. É patético.

- Bom, basicamente estou ficando mais velha.

- Oh. É seu aniversário? - perguntou animada. Mary assentiu com um pequeno sorriso, colocando uma mecha do cabelo para trás da orelha. - Parabéns, querida! - Samantha abraçou carinhosamente Mary mais uma vez, dizendo coisas que somente ela conseguia ouvir, entretanto, Mary não parava de agradecer. - Certo! Então como meu presente, o serviço será por conta da casa. E nem tente recusar. Não irá fazer uma desfeita dessas comigo, não é?

- Oh, não. Claro que não. Obrigada, Sam. - Mary sorriu, oscilando o olhar em mim e curvando os ombros o que me fez sorrir e revirar os olhos.

Gostaria de entender como ela tem tanta sorte. Mary de uma maneira ou outra sempre acaba ganhando algo. É como se a sorte a perseguisse e isso não me deixa triste, porque eu sei que ela merecesse todas as coisas boas que houver. Mas é somente intrigante.

- Vicky, cuide da Lana, por favor, querida. Eu faço questão de atender você. - Samantha guiou Mary até uma das cadeiras do salão, fazendo-a se sentar. - Bella, você vai querer fazer algo também? Aliás, seu cabelo está lindo! E enorme. - Mary riu, enquanto Samantha abria um pequeno sorriso.

Estava mesmo. Faltava pouco para ele chegar até minha cintura para ser mais clara. Fazia tempo que eu não o cortava e não fazia questão. Gostava de tê-lo assim, pois me agradava e fazia me sentir bem como poucas coisas em mim faziam. Isso era o suficiente para não querer corta-lo tão cedo.

- Uhm.. Eu acho que não. Eu só vim acompanhar a Mary mesmo.

- Ah qual é, Bella? Tenta fazer algo, para inovar também. Não se esqueça que o baile tá chegando. Iria ser legal se você fosse com algo diferente, sabe.

- Um baile? Vocês já se formaram?

- Sim. Já terminamos o ensino médio. Mas não aconteceu a cerimônia ainda, e nem o baile. A escola disse que teve alguns empecilhos, então acabaram adiando um pouco, mas o bom é que os convites chegaram ontem, e vai ser na próxima semana. - Mary explicou.

- Oh, isso é incrível, meninas. Ainda me lembro do meu baile de formatura, foram bons tempos. - Samantha soltou uma risadinha, contagiando todos que agora prestavam atenção na nossa conversa. - Bella, querida, você realmente precisa fazer algo para isso. Como por exemplo um novo corte, ou sei lá, uma nova cor uh?

- Oh, não. E-eu nem sei se vou no baile ainda e... Uhm.. não quero corta-lo agora. - encolhi os ombros, desconfortável com toda a atenção virada para mim.

- Bem, - Samantha trocou olhares com Mary, como se perguntasse-a o que fazer agora. - Você pode então, uhm... Fazer algumas luzes. É, sim! Acho que ficaria muito legal com a cor do seu cabelo, um... Rosa?

- Sim! - Mary concordou de imediato, quase batendo palmas pela ideia de Samantha. Todos ao redor pareciam adorar a ideia também. Menos eu.

Eu não odeava a ideia, mas só tinha receio. Muito receio. Nunca fiz luzes ou algo assim, parecia algo impossível para mim. E se não ficar legal? E se eu ficar patética?

- Ei, Bella. - Mary me chamou suavemente, levantando da cadeira e vindo até mim em seguida. Suas mãos seguraram as minhas, e seus olhos procuraram os meus. - Você não precisa fazer se não quiser, mas apenas pense nisso, tá bom? Às vezes o momento pede uma mudança.

Não precisei pensar muito para digerir sua frase. As coisas se clarearam imediatamente. Eu estava buscando mudar, e esse era o fundamento para todo o sofrimento. Quanto mais rápido isso acontecer, menos doloroso será e tudo que eu tenho que fazer é apenas... Acreditar em mim.

Tenho que apenas acreditar em mim, ser confiante e fazer aquilo que me dá medo, me desafia, como a Dra. Collins disse. E tudo bem, eu posso fazer isso.

- Bom, vem para cá Mary, vamos deixar ela pen..-

- Não. Tudo bem. E-eu quero. - engoli em seco, recebendo os olhares surpresos de todos ali.

- Sério? - Mary sorria grande, radiante. E eu gostava da sensação de não decepcionar as pessoas. Era vibrante. - Vai mesmo fazer isso? Porque se você não quiser tudo bem, nós podemos deixar para...-

- Não, Mary. Está tudo bem. Eu quero fazer isso. Uhm... Só não cortem meu cabelo, por favor. Essa é a única condição.

Todos pareceram comemorar com a minha escolha, como se soubessem que aquilo não fosse tão fácil para mim como geralmente era para ser. Eu também comemorava por isso, dentro de mim, e essa foi a primeira vez que eu fiquei orgulhosa de mim mesma por fazer algo por mim. Única e exclusivamente por mim. E não me sentir culpada por isso, foi mais que um alívio.

Estou engatinhando ainda, porém, é assim que se aprende a andar não é?

- Então chega logo para cá, querida.  Fanny irá atender especialmente você. - Samantha me guiou até a cadeira ao lado de Mary, me fazendo sentar. Ela sorriu para mim através do espelho, as mãos pousadas em meus ombros. - Vamos começar com isso.

                             ***

- Acha que todos já estão lá? - perguntei, terminando de vestir minha jaquetinha de couro preta.

Me sentia uma verdadeira rockeira, por mais estranho que isso pareça. Minhas pernas estavam cobertas por jeans pretos, a mesma cor das minhas botas e como já dito, minha jaquetinha. A única cor diferente e que eu achei necessária ter, era a branca da minha t-shirt. E era claro que as mechas rosas espalhadas entre os fios do meu cabelo ajudavam a ter essa percepção de alguma forma.

Ao contrário do que eu pensava e tinha um enorme receio apesar de saber que tinha que ser confiante com minhas escolhas, as luzes rosadas ficaram legais. Não era como se eu já tivesse pintado ou feito luzes no meu cabelo antes, mas para uma primeira experiência, achei que foi um grande sucesso.

Mary acabou por fazer luzes também, porque disse que queria que nós duas combinassemos. A única diferença foi que suas luzes foram da coloração roxa e que foram em mais quantidade do que as minhas. Ficou sensacional. Ela agora parece duas vezes mais linda do que já era. Michael vai adorar, tenho certeza.

- Mike disse que quase todos. Fecha aqui para mim, por favor?

Caminhei até ela e me coloquei atrás dela, para fechar o fecho do seu vestido bege. O tecido era mole e parecia extremamente confortável, sem falar nas alças finas que na minha opinião eram muito melhores do que um vestido tomara que caia.

- Você não convidou muita gente, né?

- Apenas amigos.

Suspirei ligeiramente aliviada e assenti assim que ela se virou para mim. Fiquei aliviada por saber que não estaria rodada de pessoas desconhecidas, mesmo que seja em um lugar público, porém Mary disse que Mike reservou o espaço do boliche só para nós, por tempo indeterminado.

- Você está pronta?

- Sim. E você? Michael vai demorar muito?

- Não. Ele já tá chegando aí. E eu só preciso retocar a maquiagem. Vai descendo e me espera lá embaixo, se caso ele chegar. - assenti, pegando minha bolsa, meu celular e saindo do quarto.

No momento em que desci o último degrau da escada, a porta se abriu e minha mãe entrou por ela. Vê-la me fez paralisar no mesmo segundo, e isso apenas piorou quando ela me notou e sorriu para mim, os olhos passeando pelo meu cabelo com certa adoração.

- Oh meu Deus, Bella. O quê fez no cabelo?

Mamãe me abraçou rapidamente assim que se aproximou e segurou meu rosto entre suas mãos em seguida, me admirando de um jeito estranho. Eu ainda estava nervosa em vê-la, apesar de tentar sorrir pela sua reação.

- Oi, mãe. Uhm... O que achou? Mary sugeriu que eu fizesse algo novo, e bem, resultou nisso. - soltei uma risadinha nervosa.

Ela se afastou ligeiramente, pousando as mãos na cintura e me encarando ainda de um jeito estranho. As palavras simplesmente pareciam não querer sair da sua boca e isso fez eu encolher os ombros e franzir os lábios.

- Oh. Desculpe, querida. Eu só estou... É.. surpresa. - riu levemente, e eu sorri nervosamente. - Ficou incrível, Bella. Nunca imaginei que te veria com o cabelo colorido. Parecia algo tão... Impossível.

- Uhm.. sim. Eu também pensava assim.

- E você está linda. Você e Mary já vão para o Bowling House?

- Oh, sim. Só estamos esperando o Mike vir nos buscar.

- Tá bom. Seu pai me ligou, disse que viria um pouco mais cedo hoje, o que achei estranho e bom. - ela riu. - Ele nunca chega cedo.

Engoli em seco, e suspirei, a decepção com meu pai voltando a aparecer. Era claro que eu gostaria de acabar com essa mentira agora, mas não sabia se teria coragem o suficiente para isso, pelo menos não sozinha.

- Oh, uhm... Ok. - murmurei e em seguida Mary desceu as escadas, aparentando ter a mesma reação que eu ao ver minha mãe.

- Tia. Uhm.. Oi. Como foi o trabalho?

Minha mãe abraçou rapidamente Mary, que em seguida se colocou ao meu lado, trocando um rápido olhar comigo, que dizia muitas coisas.

- Tudo bem, querida. Só estou um pouco cansada.

- Oh, a senhora tem certeza que não quer ir com nós?

- Sim. Isso é um evento apenas para jovens com a disposição de vocês. Eu estou realmente muito cansada hoje. Comemore com seus amigos e aproveite. - minha mãe sorriu para Mary, e meio que quis lhe perguntar por que ela escolheu ser doce justamente hoje, dentre todos os dias.

Na maioria das vezes ela estava tão estressada que acabava sobrando para nós, e dias assim, em que ela estava extremamente doce, eram raros. Por isso, me perguntei se era alguma brincadeira com a minha cara ela estar assim justamente hoje, porque isso só aumentava o pesar que eu sentia por ela.

- Obrigada, tia Cyndi. - Mary devolveu o sorriso da melhor forma que pôde, e me olhou em seguida, seus olhos me fazendo entender imediatamente que ela sentia o mesmo que eu. - Bom, o Mike já chegou aqui. Nós vamos indo. Boa noite.

Nos despedimos de minha mãe com mais um rápido abraço e recebemos mais elogios dela sobre nosso novo visual, antes de sair pela porta. Mary suspirou audivelmente assim que pisamos no gramado extremamente verdade da nossa casa.

- São nesses momentos que eu penso em capar ele. - murmurou, dando pequenos passos até o carro de Michael parado à frente de casa.

- Eu sei. Também estou sentindo muito, mas de novo, vamos tentar não pensar muito nisso a partir de agora. Eles vão se resolver.

- Tudo bem. - cedeu, me olhando de relance antes de alcançarmos o carro, entrando no mesmo em seguida.

- Olá, minha aniversariante preferida.

Evitei olhar o beijo, seguidos de outros e mais outros que eles trocavam, apesar do barulho ser bem nítido e me foquei em por o cinto e me ajeitar no banco traseiro do carro do Clifford. Era bem espaçoso e confortável diga-se de passagem.

- Feliz aniversário, amor. Te dou seu presente mais tarde. - Mike piscou e Mary soltou uma risadinha.

Tive que limpar a garganta de um jeito bem chamativo, porque não tinha a menor vontade de continuar assistindo aquilo. Façam tudo mas apenas não me peçam para servir de vela para esses dois, por favor. Eles são muito... Atrevidos juntos.

- Oh, Bella! Visual novo uh? Gostei. - Mike sorriu para mim, o piercing no lábio inferior brilhando apesar da baixa iluminação.

- Uhm.. Obrigada, Mike. Você também não está nada mal.

- Oh, disponha. - riu junto com Mary e a mesma fez um joinha com o polegar para mim antes de por o cinto e de Michael dar a partida, saindo da frente da minha casa. - Por acaso você não obrigou sua prima a fazer luzes também, não é, Mary? Porque estou sentindo que tem dedo seu nessa história.

Eu sorri, minha atenção virada para as ruas Londrinas através do vidro da janela do carro, a noite passando pelos meus olhos da forma mais bela possível, entretanto, não precisei olha-la para saber que Mary revirou os olhos para ele.

- Eu apenas incentivei, se quer saber. Ela quem fez a escolha, não é, Bella?

- Uhum.

- Oh. Ok então. - os dedos de Michael batucavam no volante, ao ritmo de We Can't Stop de Miley Cyrus.

Tocou mais três músicas para que Michael estacionasse o carro em uma das vagas à frente do Bowling House. Não demoramos a sair do carro e a entrar no estabelecimento, Mary e Michael andando agarrados ao meu lado.

No Hall havia apenas um bar, onde vendia provavelmente as bebidas e os quitutes do lugar. A direita podia se ver mesas de sinuca, e a esquerda o local onde se joga boliche, não demoramos a caminhar até lá.

- Olha a aniversariante chegando! - Michael anunciou, chamando a atenção de todos que estavam ali.

Nos aproximamos dos pequenos sofás vermelhos, onde todos estavam, porém não demorou muito para que a maioria se levantasse e caminhasse até Mary, abraçando-a e parabenizando-a pelo seu dia.

Enquanto abraçavam Mary e a parabenizavam, consegui notar quem estavam aqui; Emma, e Ally, claro. Liam que provavelmente veio com Zayn, Niall e Louis. Ashton, e Calum, com o que pareciam ser as namoradas deles, e Luke que também aparentava estar com sua namorada. Bem, eu realmente não sabia quem elas eram mas não pareciam ser garotas da escola, não que eu me lembre.

Me lembro de ouvir Mary dizendo que não convidaria Shawn porque ele virou um verdadeiro cuzão de um tempo para cá, e porque Michael e ele não se davam mais. Então, ela queria evitar problemas. Realmente não tinha tantas pessoas como eu imaginava, mas isso era bom no final das contas. Prefiro isso, do que uma festa com um monte de pessoas bêbadas, até porque a última vez que estive em uma, não me trouxe boas lembranças.

Ver Luke aqui não me deixou surpresa pois ele era o melhor amigo de Michael, e Mary sabia muito bem disso. Também o via na escola, e apesar de já ter passado um certo tempo desde lá, não senti nada em relação a ele quando o vi aqui. É claro que me senti um pouco mal por ter afastado-o daquela forma, mas ele não pareceu ter sentido minha falta de qualquer forma, ele apenas vivia com seus amigos e mal ia nas aulas. Não vou dizer que não me sinto desconfortável perto dele, mas eu me sinto assim perto de quase todo mundo, então, não há realmente muito sobre isso.

- Oh meu Deus, Bella! Que visual novo é esse, mulher? Eu sou cardíaca, tá legal? - Emma não demorou me notar e bem, a fazer o que sempre faz; trazer a atenção para mim.

Abracei-a, depois de revirar os olhos e agradeci quando ela me disse que eu estava uma gata. Ally sorriu da forma genuína de sempre antes de me abraçar, e dizer que estava com saudades. E eu não poderia não dizer o mesmo porque sentia muito a falta dela. Ally foi a que mais me afastei, mesmo que eu não sabia bem o porquê mas o que importava era que estávamos juntos novamente, e eu iria fazer o meu máximo para curtir aquele momento especial.

Depois de comprimentar todos, seja com beijos no rosto ou com acenos mais tímidos, como com aqueles que eu não tinha tanta intimidade, acabei me sentando em um dos sofazinhos vermelhos junto com Ally, e Niall. E bem, mais uma vez me senti uma vela, apesar das pessoas em volta.

- Uhm... Olha, eu realmente não queria parecer invasiva e perguntar isso, mas, aparentemente conviver com a Mary tem me deixado muito intrometida, então, vocês estão namorando? - perguntei à Ally assim que Louis chamou Niall, e em seguida peguei duas garrafas de Coca cola para Ally e eu.

Ela soltou uma risadinha tímida e segurou sua garrafinha assim que lhe entreguei. Tomou um gole e olhou em volta antes de voltar para mim.

- Você sabe que pôde perguntar tudo, não é? Você, Mary e Emma sempre vão ter carta branca comigo. - sorri, assentindo.- É, meio que estamos...- Ally bebericou a Coca cola, para tentar esconder seu sorriso. 

- Oh, sério? Que máximo, Ally. Fico feliz por você. De verdade.

- Obrigada, Bella. - sorriu, parecendo mesmo feliz. - Ele é muito especial para mim, sabe. Sempre está ali para mim, e mesmo que eu tenha uhm... Afastado ele no começo, agora sinto que posso confiar nele. E é algo bom, sabe, sentir que pode confiar em alguém que a gente ama.

- Sei...- murmurei, me batendo internamente por deixar mais que claro a melancolia na minha voz. - Uhm.. Isso é realmente ótimo, Ally. Niall é muito sortudo por ter você.

- Alguns diriam o contrário...

- Esses alguns não importam.

Ally riu, assentindo em seguida. A música de fundo era Sugar, do Maroon 5, e parecia agradar todos ali. Meus olhos passearam ao redor, notando que Mary, e Michael aparentemente estavam ajeitando as coisas para começar o jogo. Emma estava rindo alto de alguma coisa com Louis, Niall, Zayn, e Liam, e o resto que era praticamente Luke, Ashton, e Calum e as meninas que os acompanhavam pareciam estar conversando entre eles, segurando garrafinhas de Heineken.

- Uhm.. Vou no banheiro rapidinho. Já volto. - avisei Ally, que assentiu.

Levantei deixando meu copo sobre a mesinha e me afastei de onde Ally estava, procurando o banheiro.

- Ei, Bella! Vai jogar não é? - Mary perguntou de onde estava.

Fiquei receosa imediatamente, porém quando Mary e Michael juntaram as mãos, como se me implorassem para jogar, acabei suspirando e assentindo.

Tudo bem, não posso ser assim tão mal, não é? Só espero não acabar quebrando as lâmpadas ou algo assim, porque se isso acontecer eu provavelmente vou querer ir para o mesmo buraco que a bola.

Mary e Michael sorriram vitoriosos e voltaram a atenção para a tela à frente deles. Caminhei mais alguns passos sobre o piso amadeirado claro, achando duas portas com símbolos masculinos e femininos. Entrei no feminino, e fiz o que tinha para fazer, aproveitando para ver se estava tudo certo com meu rosto através do espelho. Assim que fechei a porta, e me virei, acabei trombando com um corpo que me deixou bem ciente de que não sou assim tão alta, realmente.

Não precisei olhar para cima para saber quem era, pois o perfume forte e predominante em conjunto ao leve cheiro de cigarro, fizeram minha mente funcionar com uma rapidez assustadora.

- Distraída?

Suas mãos ainda me seguravam, mas assim que notei nossa proximidade me afastei e ajeitei minha jaquetinha, evitando seu olhar enquanto limpava a garganta.

- Desculpe, Luke. Eu não tinha te visto.

- Não precisa pedir desculpas. Você quem quase caiu aqui. - ele riu ligeiramente, porém sozinho o que o fez parar imediatamente. - Desculpa, eu não queria dizer assim...

- Não, tudo bem. - forcei um sorriso. - Hm.... eu acho que preciso ir agora.

Porém assim que tentei passar por ele, o mesmo me parou, colocando seu grande corpo na frente, fazendo-me encara-lo confusa.

- O que foi?

- É impressão minha ou tá me evitando?

- Não. Por que te evitaria?

- Me diz você.

- Não tenho porquê te evitar, Luke. Mas apenas não temos nada para falar também. - encolhi os ombros.

O que ele quer que eu faça afinal?

- Eu discordo. - falou. Apurei os ouvidos, ligeiramente perdida. - Ia perguntar como você está agora mesmo.

- Sério?

- Eu pareço estar brincando?

De jeito nenhum. Sua expressão estava neutra e isso só não seria tão estranho se não se tratasse dele. Eu só conseguia me perguntar porquê esses garotos geralmente agem de maneira tão estranha. Não consigo entender.

- Oh. Hm... Ok. Eu estou bem. Era só isso?

- Viu só! Tá me evitando. - acusou. Acabei por suspirar e segurar o impulso de apenas sair dali de uma vez.

- Luke, você está com algum problema comigo ou algo assim? Porque eu realmente não tô entendendo o quê você quer comigo.

Cruzei os braços e o encarei seriamente, começando a me estressar com isso. Ele por outro lado apenas balançou os ombros, naturalmente, colocando as mãos nos bolsos da calça depois de tirar o cabelo do rosto.

- Apenas estou curioso com a sua vida. - Respirou por um momento antes de continuar. - Olha, faz algum tempo dês que nos falamos e estou agindo como qualquer outra pessoa agiria. Você quem está toda desconfiada e retraída.

- Talvez porquê se trata de você? - perguntei sarcasticamente.

- Devo ficar ofendido? - permaneci em silêncio. Ele suspirou. - O que isso tem a ver?

- Tem a ver que a última vez que nos falamos você pareceu ter ficado bem irritado comigo. Agora você está aqui perguntando como eu estou, quando não temos mais nenhuma ligação.

Consegui ver perfeitamente a mudança na sua expressão, conforme as palavras saiam da minha boca. A forma como ele engoliu em seco, e sua mandíbula se apertou, a marcando perfeitamente. Suas feições pareciam mais duras do que antes.

- Que se foda. Você quer saber? Esse é o seu problema, Isabella. Você não consegue enxergar as coisas. Sempre esteve na sua cara. - exasperou.

- Do que você está falando?

Sem dúvida essa era a conversa mais confusa que eu já tive.

- Eu gostava de você, Bella. E gostava de verdade.

- O quê?

Eu realmente não conseguia acreditar no que estava ouvindo. Quer dizer, que merda?

Luke respirou fundo e pareceu tirar força de vontade para se manter paciente. Talvez ele estivesse ficando irritado, talvez sempre parecesse estar, eu não sabia.

- Escuta, não estou dizendo isso para te pressionar e nem nada parecido tá legal? Só achei que deveria saber. - pisquei algumas vezes, sem reação alguma. Luke decidiu continuar com isso. - Eu sei que não demonstrava muito mas eu estava interessado em você de verdade. Quer dizer, pra falar a verdade eu acho que fui até muito óbvio.

Eu estava atônita, enquanto ele me encarava, esperando por algo que não vinha. E novamente, eu só conseguia perguntar por que tudo sempre acontece dessa forma? Droga, eu estou cansada de ser pega de surpresa.

- Então quando você dispensou minha amizade daquele jeito, comigo naquele estado eu vi que você e o Styles realmente estavam tendo algo. Você não faria isso se não estivesse apaixonada por ele ou alguma merda dessas. - o revirar de olhos e a desdém no tom de voz foi notável. Corri o olhar para longe após isso, um pouco envergonhada.

Luke pausou e me encarou seriamente, ele parecia querer dizer mais e também esperava por algo. Algo de mim e que não vinha. O que ele quer que eu diga?

- Só achei justo você saber.

- Eu não sei o que dizer, Luke. E-eu... me desculpa.

Luke suspirou, desviando o olhar e assentindo. Sua mão esfregou sua barba rala, seu maxilar visivelmente tenso.

- Tanto faz agora.

E com isso, ele passou por mim e entrou no banheiro masculino, me deixando paralisada e perdida pelos próximos segundos. Era claro que fiquei confusa com tudo aquilo, como ele pode simplesmente dizer que gostava de mim assim e ir para a droga do banheiro depois?

Por outro lado eu realmente não teria muito para lhe dizer. Não iria corresponder àquilo nem naquela época e nada mudou no momento. Apenas sinto por ele. Sou horrível por isso? Espero que não.

Balancei a cabeça e suspirei, dizendo-me mentalmente para deixar isso de lado. Comecei a dar os primeiros passos de volta para onde todos estavam, porém, quando a voz de Mary soou me trouxe mais uma surpresa. Uma grande surpresa.

- Gemma! Até que enfim! Pensei que não viriam mais.

E no momento seguinte eu tive certeza que se eu erguesse o olhar, iria encontrar as suas íris esverdeadas.

Obrigada por lerem!❤️
Desculpem-me qualquer erro.

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