Pelas Estrelas

By leticiaazeneth

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"Era um dia ensolarado, a brisa acariciava o rosto dele, seus olhos curiosos percorriam cada lugar daquela ma... More

Booktrailer
Prólogo
Capitulo 1- A Marca
Capitulo 2- Não confie em historias antigas.
Capitulo 3- Embaixo de uma Cerejeira
Capitulo 4- Amizade Secreta
Capitulo 5-Escolha por você
Capitulo 6- Profecias
Capitulo 7- Sobre as estrelas
Capitulo 8-Mas é o Jack
Capitulo 9- Empurrão
Capitulo 10- Clichês
Capitulo 11- Amigos?
Capitulo 12- Calças
Capitulo 14- Papéis
Capitulo 15- Eu sabia
Capitulo 16- Dança
Aesthetics ★
Capitulo 17- No meio da floresta
Capitulo 18- Sumiços
Capitulo 19- Assustador
Capitulo 20- Aliança do Oeste
Capitulo 21-Eu cuidei de tudo
Capitulo 22- Sem compromissos

Capitulo 13- Amores platônicos

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By leticiaazeneth

"Te admiro de longe porque de perto é proibido."
-Leiliane Gomes

Todos esperavam pacientemente sentados no grande salão por Nia e Dylan, eles estavam trancados no quarto da garota ninfa e e o atraso deles era o atraso de todos.

Ester estava com a cabeça apoiada no sofá vermelho enquanto passava a mão na barra do vestido amarelo. Ele era lindo, com detalhas em brilho, marcavam o seu busto e afinavam sua cintura. Seu cabelo estava bem arrumado em uma trança que caia sobre seu ombro, decorando no topo da sua cabeça estava uma tiara de brilhantes, ela estava deslumbrante e tinha gostado do resultado final.

Jack vestia um terno preto, alinhando, sem gravata e com alguns botões abertos para destacar seu ar despojado. Os cabelos como sempre, caiam para o lado marcando sua despreocupação.
Ele não desgrudava os olhos de Lucy, e claro, estava nítido o motivo.

Lucy trajava um vestido preto, longo, com um grande decote em V, que brilhava como o céu em uma noite estrelada. Os cabelos estavam presos em um coque que era decorado com pedras brilhantes.
Ainda era nítido em seu rosto a decepção que sofrera, a mágoa era grande, mas ela não queria tocar no assunto e nem pretendia falar nele novamente, queria apenas ter a capacidade de apagar a memória.

—Em um dia, desaparecem Jack e Lucy, no outro, Dylan e Nia se enfiam no quarto.—Comentou Nath olhando pela janela e pedindo pela décima vez que o couchê espera-se mais alguns segundos. Ele não se lembrava de ser assim quando jovem, talvez os tempos tenham mudado muito.

Por sorte, o rei e o príncipe tinham a própria carruagem e não teriam como ser afetados.

Nathaniel estava vestido com a sua farda real, decorada com todas as medalhas ganhadas em guerras e em serviços reais, um certo orgulho o invadia ao vestir aquela roupa, ela lhe mostrava que todas as cicatrizes e anos de luta tinham seu reconhecimento.

Um barulho chamou a atenção e todos se viraram, sendo deslumbrados pela cena um tanto peculiar.

Nia e Dylan estavam no topo da escada. O garoto ninfa vestia um terno verde totalmente chamativo, seus cabelos ruivos pareciam fogo em contraste, como um incêndio tomando conta de uma mata.
Mas o que chamou ainda mais a atenção de todos, especialmente de Nathaniel, que não estava acostumado com aquilo, foi o de Nia estar com calças.
Ela usava um terno feminino alinhado.

—Onde está o seu vestido?—Nath perguntou contido, mesmo que por dentro estivesse achando a jovem sem palavras de tão bonita e ao mesmo tempo tão "inadequada". Não podemos julga-lo se ali entre os homens, mulheres jamais vestiriam algo assim. Mulheres com calças até então era uma ideia absurda.

Segurando na mão da amiga, Dylan a conduziu pelas escadas.

—Conversei pessoalmente com o Príncipe e ele mesmo disse que queria que fôssemos como somos de verdade. E essa sou eu. É até normal usarmos roupas assim na aldeia de onde viemos.—Nia deu de ombros.—Não somos restritas a um único tipo de roupa.

Nathaniel ainda duvidoso daquele traje, claro, sem negar o quanto ela estava bem, não podia perder mais tempo discutindo sobre as roupas que usavam, apenas acenou com a cabeça, se o príncipe tinham concordado, quem ela era para se opor?

—Só vamos logo para a carruagem, já nos atrasamos muito!—Ele indicou as portas para que todos o acompanhassem.

As ninfas se levantaram e todos se encaminharam para as carruagens que os esperavam.
Na primeira oportunidade, Ester agarrou o braço de Dylan para que fossem na mesma. Sua cabeça não podia se conter de tantos pensamentos , não era sua culpa.

—Uau! Minha amiga está divinamente maravilhosa. Assim nosso querido príncipe Isaac não vai resistir.—Comentou a olhando de baixo a cima.

—Não seja tolo!—Ester revirou os olhos tentando disfarçar as bochechas coradas. Será que Isaac a acharia bonita? Abanando a cabeça ela mandou aqueles pensamentos para longe.—Enfim, falando de Isaac, eu nem te contei a conversa que tive com ele pela manhã.

—Já pode ir me contanto tudo com os mínimos detalhes expostos.—Dylan se acomodou no estofado.

Ester logo se pôs a falar. Contou tudo nos mínimos detalhes.
O plano era simples , embora um pouco arriscado. Usariam Idris, mas claro, ele sabia de todo o plano, os únicos que não tinham noção do que aconteceria era quem eles queriam atingir: Lucy e Jack.

—Espero que o plano seja bom e que Lucy e Jack se acertem, pois ela está ainda mais irritada do que costuma a ser. Você consegue acreditar que meia noite ela foi lá no meu quarto, quase derrubando a porta dizendo que eu estava roncando e atrapalhando o sono dela?—Ele abriu a boca mostrando a indignação.—Eu roncando; Isso é definitivamente impossível. E como ela ouviria se o quarto dela fica na ala das meninas?—Arqueou as sobrancelhas.—Literalmente um andar de diferença, creio eu que ela estava perambulando no outro andar.

—E Jack não está muito diferente.—Ester suspirou e cruzou os braços.—Você acredita que nem tomar café hoje ele quis? E todas as vezes que Lucy o ignorava, ele se encolhia na cadeira, confesso que ainda estou um pouco irritada com ele, no entanto, não muda o fato de que não gosto de vê-lo dessa forma.

—E ainda assim ele não percebeu o erro e muito menos pediu desculpas.

—É, você sabe! É o Jack.

Ambos concordaram em silêncio.
Assim como Ester, Dylan também gostava de histórias e todos os contos de fadas, talvez por isso se davam tão bem. Os dois sonhavam, idealizavam e sempre suspiravam de amores. Desde o dia em que se conheceram cerca de cinco meses atrás, tinham ficado muito unidos, Dylan foi a pessoa que mais se dispôs a ajudá-la a aprender mais sobre ela mesma quando soube da sua história.

Ambos, quando viam a história de Lucy e Jack, não conseguiam entender como uma história de amor podia ser tão complicada.
Ou melhor, talvez Ester começasse a entender agora as complicações do amor. Pela primeira vez se via apaixonada, ou ao menos pela primeira vez desde seis meses, já que não sabia quem poderia ter amado na vida que suas memórias escondiam.
Mas paixões e amores eram coisas completamente diferentes.

No entanto, a garota apenas acreditava que sentia uma imensa admiração por ele, o achava atraente apenas pela sua beleza exótica e sua fala encantadora, e repetia para si que: Não passava de um amor platônico!!

━ ━ ━ ꧁ ★ ꧂ ━ ━ ━

As carruagens pararam e assim que as ninfas desceram, deslumbraram o local, estava ainda mais bonito que no dia anterior agora que tudo estava finalizado.
Talvez fosse a beleza incrementada pela alegria de todos os presentes.
As pessoas estavam vestidas com os seus melhores trajes, usando as melhores joias.
Muitos conversavam em barracas, comiam, participavam de jogos ou apenas observavam.
Outros arriscavam passos de dança desajeitados onde um grupo com arpas tocava.

As ninfas foram conduzidas por Nathaniel até o espaço exclusivo.
Enquanto passavam pela multidão, os olhares surpresos eram dirigidos principalmente para Nia e os cochichos não eram poucos, alguns de admiração e outros de ofensas.

Entraram em uma pequena torre, subiram alguns degraus e quando chegaram ao destino final, deslumbraram-se com um grande terraço.
O rei estava sentado observando a movimentação do festival lá embaixo.

Isaac estava em um canto, conversando com os guardas, ele não parecia muito bem.
Vestia um terno formal, cheio de medalhas e a coroa dourada brilhava em sua cabeça.

—Como eles não virão? Eles precisam estar aqui. Precisam.—Gesticulava com as mãos, tentando mostrar que falava sério, uma pequena conotação de desespero, mesmo que discreta, estava presente.

Ester acabou desviando-se dos amigos que iam saudar o rei e foi em direção a Isaac.
Quando estava próxima o suficiente, apoiou a mão no ombro dele que logo se virou.
A expressão de Isaac estava carregada de medo e confusão, mas assim que os olhos dele encontraram os dela, uma paz interior tomou conta do corpo dele e pareceu que logo seu corpo voltou a responder com mais serenidade.

—Está tudo bem?—Ester com seu jeito cauteloso, questionou.

—Ah, sim.—Um sorriso de canto surgiu nos lábios dele ,que se virou e dispensou os seguranças.—Só estou preocupado.

—Quer conversar sobre?

Ester foi descendo a mão que estava no ombro dele pelo braço, fazendo com que os pelos de Isaac se arrepiassem, mesmo que por debaixo do pano da roupa que usava.

Ele concordou com a cabeça.

—Vamos até ali.—Ele pediu e quando a mão dela desceu mais um pouco, ele a pegou com a sua a conduzindo.

Isaac a levou até um canto mais isolado do terraço. Eles tinham uma visão ampla de todo o festival, entretanto, ninguém lá embaixo conseguiria vê-los.
Ester ficou em silêncio, esperando que ele ficasse confortável o suficiente para falar.

—O que aconteceu foi...—Apoiou-se na parede fitando a multidão que ia e vinha.—Você sabe o quanto estou nervoso com todo esse evento e a profecia. Mas para piorar, houve uma confusão.—Suspirando, ele voltou a sua atenção para ela.—Te falei que estava cheio de assuntos para resolver. Os revoltosos, a oposição, anda fazendo movimentos em aldeias menores para tentar voltar o povo contra toda a realeza, e nem ao menos sabemos quem eles são, minha mãe e meu primo, filho de Joseph, estavam fazendo uma viagem. Ela precisou cuidar de assuntos particulares e como eu não poderia ir junto, Matthew, meu primo, foi com ela. Eles deveriam ter retornado esta manhã, deveriam estar aqui para o festival.

Ester já conhecia Isaac o suficiente para saber que sua aflição era gigante.
Já tinha conhecimento do medo do rapaz em relação ao festival e a profecia, agora, com sua mãe e primo longe, sem ter notícia alguma se estavam bem ou se foram vítimas de um ataque, deveria estar matando-o por dentro.

—Ei..—Ela se aproximou e esqueceu de todas as cordialidades quando passou os braços em volta do pescoço dele o abraçando, apenas querendo afastar aquele sentimento dele.—Vai ficar tudo bem! Eles podem ter tido algum imprevisto durante a viagem. E em questão ao festival e a sua possível futura noiva...não se preocupe. É só uma lenda, ninguém vai te obrigar a casar com quem não queira. Certo?

Isaac nunca se sentiu tão reconfortado e completo nos braços de alguém. Passou suas mãos ao redor da cintura dela e a puxou para mais perto ainda, envolvendo-a em um abraço.

—Certo!—Sussurrou com o rosto entre os cabelos dela.

—Agora...—Ela se afastou dele um pouco envergonhada, não queria atrair os olhares e a atenção de todos.—Tem um festival incrível lá embaixo, vamos aproveitar.

—Não posso descer. Mas vá, aproveite e me conte depois.

—Por que não poderia?—Questionou confusa, esperava que ele pudesse lhe contar mais sobre as curiosidades do festival.

—Digamos que o príncipe no meio dos aldeões causa uma certa agitação.—Ele sorriu sem graça.

Ester correu os olhos pelo terraço até olhar fixamente para um guarda que estava perto da saída.
As alturas batiam.
Ela sorriu e olhou para Isaac.

—Acho que tive uma ideia!—Sua mente trabalhava em um pensamento meticuloso.

━ ━ ━ ꧁ ★ ꧂ ━ ━ ━

Não gente, eu não morri! Kkk
Me desculpem a demora.
Terceiro ano do médio não tá fácil não sksksk
Obrigada pela paciência, tentarei o possível e impossível para acelerar os capítulos.

Agradeço por ainda acompanharem.
Se estiver gostando, não esqueça de votar e me contar nos comentários
Bjs!

Até logo!♥️

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