Akai Ito - Tenaz

By NicaOlliver

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Por culpa de um acidente, ele perdeu parte das memórias e o nascimento dos filhos. Por culpa de uma trapaça... More

Prólogo
Personagens
O ciúme está no ar - parte 1
O ciúme está no ar - parte 2
O ciúme está no ar - parte 3
O ciúme está no ar - parte final
Almoço em família - parte I
Almoço em família - parte II
Almoço em família - parte final
Quem é Jacob Solomon? - parte I
Quem é Jacob Solomon? - parte II
Aviso
Quem é Jacob Solomon? - parte III
Eu preciso do seu perdão - parte I
Eu preciso do seu perdão - parte II
Eu preciso do seu perdão - parte final
Enquanto estivermos juntos
Enquanto estivermos juntos - parte II
Enquanto estivermos juntos - parte III
Enquanto estivermos juntos - parte final
Os convidados de Raiden - parte I
Os convidados de Raiden - parte II
Os convidados de Raiden - parte final
Um mal chamado remorso - parte I
Um mal chamado remorso - parte II
Um mal chamado remorso - parte III
Um mal chamado remorso - parte final
Festa em dose dupla - parte I
Festa em dose dupla - parte final
Fica comigo otouto - parte I

O ciúme está no ar - parte 4

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By NicaOlliver

Boa noite pessoal! Ainda tem alguém ai? Espero que sim . Mais uma vez peço desculpas pela enorme demora. Muita coisa tem acontecido em minha vida que me deixa sem tempo para nada. Não gosto de deixar vocês esperando, não gosto mesmo. Sei como é ruim a aflição de querer saber o que vai acontecer. Eu mesma sou uma leitora ansiosa. E é por isso que mesmo exausta tenho tentado separar sempre um tempo para escrever e revisar tudo. Tenho outras histórias rascunhadas esperando para conhecer vocês, espero logo terminar essa e poder dar voz a elas. Boa leitura e digam o que acharam nos comentários.

Na terça-feira Kensuke finalmente consegue localizar a louca da afilhada de sua mãe. Avisa que passará na casa dela depois do expediente e ela reage todo animada, fingindo não notar o tom seco e ríspido da voz masculina. Certa de que conseguirá envolvê-lo em algum estratagema para reverter sua situação, ela vai ao salão fazer o cabelo e as unhas. Encomenda uma refeição para os dois. Prepara um ambiente romântico em seu apartamento. Coloca seu vestido mais sensual e seu perfume mais exótico e adocicado. Quando termina de checar todos os detalhes do cenário sedutor que fantasiou, está quase na hora marcada para o Takeda chegar. Jasmine está confiante de que conseguirá seu intento. A campainha toca, ela dá uma última olhada no enorme espelho da sala, respira fundo e vai atender com um sorriso cheio de malícia.

– Kensuke, meu amor. Entra. - se afasta da porta para dar passagem ao Takeda - Que bom que veio me ver. Tem estado tão ocupado no trabalho que não arruma nem um tempinho para sua noiva? – a inglesa tenta passar os braços pela cintura do homem e beijá-lo, no que é imediatamente rechaçada por mãos firme que seguram seus ombros a mantendo afastada.

– Não banque a maluca comigo, Jasmine. Sabe muito bem que não somos mais nada um do outro, nem mesmo amigos. Na realidade, nunca fomos. Você se aproveitou de um momento delicado de minha vida. E já deixei bem claro que não quero olhar na sua cara. Vou ser breve. O que me traz aqui é bem simples. Vim te dar um aviso. - segura o braço da inglesa com firmeza - Fica longe dos meus filhos e da Emiko. Não se aproxime deles, não fale com eles, e nunca, nunca mais ouse levantar um dedo contra nenhum deles. Está me ouvindo? – Kensuke exige obrigando a mulher a encará-lo - Responde. Entendeu bem o que eu disse?

– Porque isso? – Jasmine não desiste e tenta apelar para o drama - O que aquela vadia falou para você?

– CALA ESSA BOCA! - ele grita e solta o braço da loira abruptamente, está completamente alterado. Respira fundo e passa a mão nos cabelos tentando retomar o controle - Nunca mais ofenda a Emiko. Jasmine, agradeça a Kami por ser mulher. Porque eu estou me segurando para não te dar os merecidos tabefes que você devia ter levado quando era pequena para deixar de ser mimada e egoísta. O mal que você nos fez com suas mentiras e armações é algo que nunca vou perdoar. Só não te denunciei e processei pelo escândalo que causaria.

– Meu amor, você não percebe que aquelazinha só quer te envenenar contra mim? – fazendo cara de choro a inglesa tenta se aproximar do moreno agarrando a gola da camisa social - Esquece isso Kensuke. Vamos voltar a ser como éramos antes dessa infeliz reaparecer com esse draminha tolo, sweetheart. Vamos jantar, tomar um vinho, conversar. - tenta colar o corpo ao dele - E depois quem sabe algo mais, heim? Você me deseja, eu sei. Posso ver nos seus olhos.

– Só se estiver vendo meu desejo de te esganar. - ele novamente a afasta. Mesmo quando estiveram juntos nunca a desejou tanto assim. Era para ser um modo conveniente e discreto de ambos satisfazerem suas necessidades ocasionalmente. Não que se orgulhe disso, ao contrário. O toque dela nunca lhe despertou a paixão que sente quando está com Emiko e agora lhe causa repulsa – Jasmine, vou te avisar pela última vez, fica longe da minha família. Se você se aproximar de novo eu vou fazer com que seja presa. Está ouvindo?

– Família? Já estão achando que são uma família? Que bonitinho! – desdenha a fingida deixando cair seu disfarce de sofredora - Até quando? Até ela te trocar por outro de novo? - ela sabe bem onde atingir, conhece o ciúme que o Takeda sempre demonstrou ter da Miyake. - Tem certeza de que esses pivetes são seus? Que eu saiba o amante dela, a razão do seu acidente, também era moreno, alto, de olhos negros. Parecia bastante com você. Quem te garante que as crias não são dele?

– Um dia você vai engasgar com seu próprio veneno e morrer. Por mim, podia ser logo. Eu sei que eles são meus filhos. E se eu não lembro desse tal amante, melhor. Pode ser invenção sua. Ou não. Pode até ter acontecido. O que me importa é o que eu sinto agora. Não que eu te deva alguma satisfação da minha vida. Só vim aqui te dar esse recado. Se afaste para seu próprio bem. Ou vai ter que encarar as consequências dos seus desatinos. - ele se vira e sai, batendo a porta com força. Jasmine atira os copos da mesa bem posta na parede. Grita para extravasar a cólera de ver tudo indo por água abaixo. "Você vai me pagar sua maldita. Todos vocês vão. Eu vou me vingar, podem estar certos disso.", pensa com rancor.

Nessa mesma noite na mansão Takeda, Takashi estranha não ser recebido pela esposa, como acontece todos os dias. Segue para o quarto do casal e se espanta ao encontrar Eleanor recostada na cabeceira da cama, o olhar vazio direcionado ao nada e lágrimas silenciosas inundando sua face. Ele se aproxima e senta de frente para ela.

– O que foi Eleanor? Aconteceu alguma coisa? Está se sentindo mal? - ele toma a mão esquerda dela entre as suas.

– Estou me sentindo péssima, Takashi. Queria poder dormir, acordar e alguém me dizer que tudo isso foi só um sonho. Um pesadelo muito ruim mas que passou e vai ficar tudo bem novamente.

– Porque? O que foi que te deixou nesse estado? - Takashi tem se preocupado com a constante tristeza da Takeda.

– Amaya veio passar a tarde comigo hoje. E sabe o que eu descobri? Meus netos chamam ela de vovó! Chamam a ela e não a mim - ela chora de soluçar - Ela os vê quando quer, tem até fotos deles. Eles são tão lindos! Parecem tanto com o Kensuke! - volta a soluçar

– Vou pedir que Amaya não te atormente mais com essas histórias.

– NÃO! – com um grito assustado ela interrompe o esposo - Não, Takashi, onegai não faça isso. Ela me dá notícias deles porque eu peço. Faz com boa intenção. Só quer ajudar. Eu é que não estou aguentando mais ter que ficar longe deles. Ela me disse que eles perguntaram por mim, queriam saber se tinham uma avó. Amaya acha que eles sentem que eu existo. Ela até me descreveu eles, um tem o gênio do Kensuke, o outro é mais meigo e extrovertido. Por favor Takashi, eu te imploro, não me obriga a ficar distante dos meus netos. Vão fazer um almoço para comemorar o sucesso da operação, você sabia? E é Amaya quem vai estar lá como a única avó que os meninos conhecem. Me ajuda. Eu quero que eles saibam quem eu sou, quero poder abraçar meus netos. O que eu faço Takashi? O que eu faço? – Eleanor se agarra ao marido em busca de consolo.

– Se acalma primeiro. - ele fica desolado com o pranto convulsivo da mulher. Porém não vai simplesmente voltar atrás em sua palavra. - Eu te disse que você precisa conquistar o perdão de Emiko antes de conhecer eles. Vamos pensar em como você pode tentar fazer isso. Está melhor assim? - ela confirma com a cabeça e afunda o rosto nos ombros do companheiro de tantos anos. Não queria comer, nem ver ninguém, só queria colocar para fora aquela dor imensa, que fluía em forma de lágrimas. Dormiu exausta de tanto chorar.

Já era quinta-feira, o dia combinado para se reunir com Raiden. Emiko e os meninos foram com Nikko. Stewart e Liam os encontraram na empresa. Raiden pediu que Takashi e Tetsuo participassem da reunião, já que estavam envolvidos diretamente no fechamento desse negócio. O que permitiu a Nikko e Kensuke levarem os gêmeos para passear pelo prédio. O Takeda mais novo desfilava orgulhoso apresentando aos seus herdeiros tudo que um dia seria deles também. Nikko ria do jeito envaidecido do irmão cada vez que alguém se aproximava dos meninos e os elogiava. Perto da hora do almoço receberam uma ligação de Takashi pedindo que retornassem. A transação foi um sucesso, tudo já estava decidido, foram feitos os ajustes necessários e assinaram o contrato. Assim que chegaram à sala da presidência, Stewart e Liam se despediram, explicando que precisavam retornar à editora. Os demais ficaram aguardando Raiden. O líder da família fez reservas em um restaurante próximo para almoçarem juntos. Emiko vê os filhos entretidos com os tios e chama Kensuke de canto. Ela tinha tomado uma decisão importante.

– Posso falar com você um minuto? – Emiko sussurra para não atrair a atenção dos garotos.

– Claro, Emi. Diga. – aos poucos ela tem se mostrado mais receptiva em sua presença e isso o anima em seu propósito de recuperar seu amor e sua confiança.

– Lembra que me pediu para pensar sobre acertar as certidões dos meninos?

– Sim, lembro. Não tem pressa. Pode tomar o tempo que for necessário. - depois do que Jasmine fez, ele teme que ela se retraia e negue. - Gostaria que avaliasse com serenidade tudo que te falei. Foi de coração e você sabe que eu sempre honro os compromissos que assumo.

– Eu já me decidi. Não vou me opor. É o certo a fazer. Não faz sentido eu negar a eles algo tão importante. Só vou te pedir para manter meu sobrenome também. Acho que assim meu pai não vai ter tanto do que reclamar.

Arigatô Tenshi! - ele a abraça feliz - Vou fazer do jeito que você preferir. Será que se incomoda de aproveitarmos que vamos almoçar com Tetsuo para pedirmos a orientação dele?

Lie. Só vamos tentar ser discretos para os meninos não perceberem. Não quero que fiquem muito ansiosos. Além do mais, seu filho é um língua frouxa, como diz Raiden-sa... tio Raiden. - eles riem olhando carinhosamente para os garotos.

Assim que saem da empresa, Hiro pede para ir no colo de Raiden e não desgruda mais do tio-avô. Senta ao seu lado no restaurante e libera sua efervescente curiosidade. Quer saber para onde ele foi, como eram os lugares, o que fez na viagem, o que faz no trabalho, quando volta na casa deles. Ele olha fascinado para o mais velho, como quem contempla alguém muito especial, quase uma celebridade. Raiden gosta daquele olhar de admiração do pequeno. Desde o primeiro dia sentiu um imenso afeto por ele, pelo seu jeito inocente e sincero. Aquele moleque sapeca conquistou seu coração endurecido pela vida.

– Hiro, você nem falou com o vovô direito ainda? - interrompe Takashi.

Gomen vovô, é que eu estava com muitas saudades do Sofu Raiden.

– Deve ser porque eu sou o avô mais interessante. - retruca Raiden. Pelo canto de olho havia percebido o incômodo do irmão com a atenção exclusiva que estava recebendo. Não resistiu a implicar um pouco com ele. - O que acha Hiro? Quem é mais legal? - o pequeno fica ruborizado e abaixa a cabeça.

– Os dois são legais. - responde dando um largo sorriso ao avô paterno.

– Está tudo bem Hiro. Não ligue para essas bobagens. - sorri para o neto e depois se volta sério para o mais velho. - Raiden pare já com essa idiotice. Onde já se viu perguntar uma coisa dessas para uma criança. Isso não é uma competição.

– Não? - o outro rebate com cinismo - Foi você que me fez pensar que era. Será que está com ciúmes otouto? – replica com zombaria.

– Ora, cale-se! Dê-se ao respeito! – Takashi responde ríspido fechando o semblante. Ele sempre foi o mais sério e fechado dos três. Não tinha o mesmo espírito sarcástico de Raiden e sabia que quase sempre perdia quando ele começa com suas provocações. Isso desde pequeno. "Acho que entendo um pouco o que Eleanor anda sentindo. E olha que eles me reconhecem como avô legítimo." – reflete em silêncio.

Enquanto Emiko servia os filhos, Kensuke aproveitou para discretamente pedir conselhos a Tetsuo sobre o reconhecimento de paternidade. O primo explicou que se os dois estavam de acordo seria tudo muito simples. Ele mesmo daria entrada o mais rápido possível, fazia questão de ajudar. Quando Emiko se sentou com eles, Tetsuo esclareceu que só precisaria de alguns documentos, assinaturas nos requerimentos e o endereço do cartório onde eles foram registrados. Não demoraria muito. A jovem se dispôs a enviar tudo que ele pediu no dia seguinte. Do nada, Tetsuo começa com suas indiscrições.

– Então agora seremos primos, Emiko? Eu ouvi você chamando o velho desbocado de tio. - pergunta sorridente.

– Ele me pediu que o tratasse assim. Não gosta de formalidades. E eu não consigo tratá-lo só pelo primeiro nome. Mas não devia falar assim do seu tio. As pessoas podem pensar mal dele. - repreende gentilmente a Miyake.

– Elas já pensam. – o rapaz pisca para ela e quando vê o cenho franzido do primo, resolve atiçar um pouco mais a fera. Acha engraçado que Kensuke fique enciumado só por um gracejo - E quando vamos dar entrada nos papéis do casório de vocês?

– O que!? - se espanta Emiko constrangida - Mas eu.. nós... nós... não vamos casar. De onde tirou essa ideia?

– Que pena primo! - lamenta falsamente, pois já imaginava que ela negaria - Azar o seu, sorte a minha. Hoje em dia está difícil encontrar uma preciosidade dessa livre para ser cortejada como se deve. Será que eu teria alguma chance de conquistar seu nobre coração, hime? - ele ri quando vê as bochechas dela se tornarem mais vermelhas que tomate maduro. Coloca a mão sobre a dela. - Calma kisha, eu estou só brincando. Não vá ter um troço.

– Tetsuo, quer chegar vivo em casa? - Kensuke puxa ele pelo colarinho por cima da mesa - Tira suas patas dela. Que merda você pensa que está fazendo? - ele rosna para o outro e o empurra de volta ao assento.

– Ué, não sabe não? Estou flertando. Pensei que eu e Nikko tínhamos te ensinado direitinho. - A essa altura, Nikko que tentava conter o riso solta uma gargalhada, no que foi prontamente acompanhado por Tetsuo. A morena logo entendeu que tudo não passava de chacota entre eles - Primo, é tão divertido te tirar do sério. Ele não fica fofo zangadinho, Emi?

– Quem disse que você pode chamar a Emiko por apelidos? - Kensuke cerrava os punhos com tanta força que os nós dos dedos já estavam esbranquiçados.

– Ah, que egoísta! Isso quem decide é ela. – Tetsuo continua a provocar - Posso te tratar carinhosamente assim como meus primos, Emi hime?

Hai Tetsuo, pode. - ela concorda com um sorriso gentil e coloca a mão sobre o pulso de Kensuke para o acalmar. Faz isso sem pensar. Um velho hábito que retorna espontâneo. Tem resultado. - Só não pode me usar para implicar com seu primo. Kensuke, relaxa. – ela pede - Olha como eles estão rindo as suas custas. Era só uma brincadeira. - ele entrelaça os dedos nos dela e segura firme a sua mão, não soltando mais enquanto estiveram ali. Na saída, Kensuke ainda dá um olhar atravessado para o primo quando este vai se despedir da Miyake com um abraço. No fundo, ele sabe que está exagerando e que o primo gosta de lhe provocar. Só não consegue evitar o sentimento de posse. É sua mulher, seus filhos, sua família. E não podia suportar a ideia de que tentassem tirar isso dele. Nem de brincadeira.

No quesito ciúmes os Takeda são os mais exaltados rs. E então, gostaram? Vou tentar revisar o próximo o mais rapidamente possível.

Beijos da Nica!

Arigatô! Domo arigatô! – Obrigado! Muito obrigado!

Gomen; Gomenasai – perdão, me desculpe

Hai – sim

Hime – princesa

Kami, Kami-Sama – Deus

Kisha – prima

Lie – não

Onegai – por favor

Otouto – irmão mais novo

Sofu – avô, vovô.

Sweetheart – amorzinho, docinho

Tenshi – Anjo

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