Hey pessoas!!!
Voltei rápido dessa vez com um novo capítulo, com muitas emoções. Espero que gostem 😊❤
POV CAMILA
Inesquecível. É assim que posso descrever o dia que vivi com Lauren naquele hospital. Foram tantas emoções em um só dia, que a única coisa que eu queria era chegar em casa e poder dormir um pouco. Avisei aos meus pais de minha decisão de ficar com o bebê e minha mãe me apoiou, disse que o que eu precisasse era para pedir. Parker não estava feliz com minha decisão de manter o bebê, mas respeitou o que eu decidi. Quando cheguei em casa com Benjamin, ele estava dormindo. Pedi para que meus pais cuidassem de comprar algumas roupas para que pudéssemos começar. Meu advogado disse que uma investigação estava sendo feita para encontrar a mãe do Ben, mas parecia que a garota havia desaparecido da face da terra e eu estava muito feliz com isso, porque significava que eu não teria tantos obstáculos para ficar com o bebê.
Ele era um menino lindo, e a ironia da vida é que ele era extremamente parecido com Lauren, se não soubesse que eu o encontrei, diria tranquilamente que era filho dela. A pele dele era branquinha e seus olhos eram verdes, lindos e expressivos. Eu estava apaixonada por ele. Minha noiva apesar de não querer que eu ficasse com o menino, estava me dando apoio moral. Eu liguei para minha mãe no caminho e quando cheguei, ela já estava lá. Ela amou Ben instantaneamente e ele também ficou muito bem com ela. Tomei um banho demorado e me lembrei de tudo que conversei com Lauren, de sua beleza e quando percebi, já estava sorrindo.
Quando saí do banho, minha mãe estava com Ben no quarto dele que meu pai junto com alguns homens decorou e estava lindo. Ele estava no berço e minha mãe estava olhando para ele. Essa cena derreteu meu coração, me aproximei dela e ela me abraçou de lado. Era sempre bom poder contar com minha mãe.
- Mama, você não vai acreditar em quem eu encontrei ontem.
- Quem?
- Encontrei com a melhor parte da minha vida.
- Do que você está falando mi hija?
- Lauren, Mama. Eu encontrei com a Lauren; minha mãe arregalou os olhos em surpresa e disse:
- Como é? Você encontrou com a Lauren? Aonde? Como? Vocês conversaram? ; Tive que rir da afobação dela para saber os detalhes e eu contei tudo para ela. O que me deixou mais leve, pois precisa compartilhar com alguém que nos conhecesse bem. E ninguém melhor que minha mãe para esse papel. Ela ficou chocada com o que aconteceu, mas feliz que conseguimos nos resolver.
Depois do papo com minha mãe eu fui mandar mensagem para Lauren, atualizando-a sobre o estado de Ben e era até ridículo o quão bem me fazia ter resolvido meus problemas com ela. Lauren era grande parte do meu passado e eu com certeza a queria em meu presente e futuro. Não sabia exatamente de que forma, mas queria com todas as minhas forças. E passado um tempo de falar com ela e ficar com minha mãe e meu pequeno eu acabei me entregando ao sono e cansaço que estava sentindo.
O dia seguinte foi de mais burocracia em relação à guarda de Benjamin, meu advogado falou que como a mãe não reclamou a criança e eles não acharam nada através do DNA do Ben, ficaria um pouco mais fácil para que eu conseguisse a guarda definitiva. Essa notícia me deixou muito feliz e eu não conseguia pensar em outra pessoa a não ser Lauren, para dividir essa felicidade. Então sem muito pensar, peguei meu telefone e liguei para ela.
- Alô! Camila? Aconteceu alguma coisa com o Ben?
- Oi Lauren, a única coisa que aconteceu é que ele está com saudades de você e eu também; houve um silêncio depois dessa frase e então ela respondeu.
- Também estou com saudades dele, dos dois na verdade; As malditas borboletas queriam muito voar dentro de mim com essa declaração, mas eu às contive.
- Fico feliz em ouvir isso, e eu estou te ligando para contar que está quase tudo certo para que eu fique com a guarda definitiva de Benjamin. A mãe biológica dele desapareceu da face da terra, eles procuraram e nada. Pegaram uma amostra do DNA do Ben e não acharam nenhum parente ou algo assim. Meu advogado disse que isso facilita o processo.
- Que bom Camila, eu fico realmente muito feliz por você e pelo pequeno Ben.
- Sim, também estou muito feliz. Você está trabalhando agora?
- Sim, meu turno vai começar daqui a pouco.
- Certo, não vou mais te atrapalhar. Só queria mesmo compartilhar com você essa notícia.
- Primeiro que você não está me atrapalhando e segundo que obrigada por compartilhar comigo algo tão especial pra você. Nos vemos amanhã para a consulta do Benjamin?
- Claro, amanhã eu o levo para a consulta. Enfim, bom trabalho Lauren.
- Obrigada Camila, até amanhã.
- Até amanhã, Lauren.
O resto do dia passou bem normal, eu e Ben estávamos nos adaptando um ao outro, minha mãe ficou por perto para me ajudar, Sofia veio conhecer o sobrinho e o amou . Ele também se deu muito bem com ela, meu pai estava babando pelo menino dos olhos verdes. Foi emocionante ver eles juntos, como se realmente fosse de sangue, no final do dia Parker veio para conhecer ele. Devo dizer que eles não se deram muito bem, toda vez que colocava Benjamin no colo dela, ele chorava. Mas ela se comportou bem e não ficou chateada com isso, disse que conquistaria o menino. Depois de uma hora ela foi embora e eu fui dormir junto com meu menino. Queria que o dia seguinte chegasse logo.
Na manhã do dia seguinte, eu levantei e tomei meu banho demorado, fiz minha higiene e me arrumei para levar Ben para sua consulta com Lauren, confesso que estava vergonhosamente ansiosa para vê-la. Depois de tudo arrumado, peguei o bebê e fui para o hospital. Cheguei lá e não demorou muito para que Lauren viesse ao nosso encontro, parece impossível o que vou dizer, mas, ela estava mais linda do que há dois dias quando nos vimos. Eu sei, eu sei que estou bancando a trouxa. Mas eu simplesmente não consigo evitar agir assim quando a vejo , sempre foi um grande problema para mim, não parecer uma desesperada perto de Lauren.
- Olá Camila, como vai?
- Bem e você Lauren?
- Vou bem também, e esse garotão lindo? Como ele passou esses dias?
- Graças a Deus e seus cuidados ele está muito bem. Sei que ele tem poucos dias de vida, mas é muito esperto já.
- Você parece ter se adaptado bem a maternidade. Sempre disse isso pra você, lembra?
- Sim; Sorri meio tímida. –Eu lembro sim, e sim estou me adaptando bem a essa vida de mãe. Ele é um menino especial o que torna tudo mais fácil; Lauren sorriu para mim e meu coração acelerou, eu ligo teria algum problema cardíaco ficando perto dessa mulher.
- Posso pegar ele?
- Claro, afinal viemos para a consulta com a pediatra oficial dele.
- Nossa, que honra ser a pediatra oficial desse menino lindo.
Parecia mentira, mas ele estava dormindo quando Lauren o pegou no colo e nós começamos a andar para o consultório dela e do nada abriu aqueles olhos lindos e olhou fixamente para ela que retribuiu o olhar dele. Ben não reclamou, não chorou, nem se mexia olhando para ela e eu entendia bem meu filho. Sentia o mesmo quando olhava pra ela.
- Parece que tem alguém apaixonado por você Lauren; Ela abriu um sorriso de tirar o fôlego e disse:
- E eu apaixonada por esses olhos dele.
- São lindos né?
- São sim, muito lindos.
- Iguais os seus; Ela me olhou profundamente e eu retribui o olhar. O clima ficou estranho e tratamos de disfarçar aquilo.
- Bom, vamos examinar esse moço. Você pode tirar a roupa dele para mim Camila?
- Claro.
Fiz o que ela me pediu e depois ela veio examiná-lo, durante a consulta ela ia examinando e conversando com ele que estava muito atento a tudo e principalmente a Lauren. Não vou negar que me aquecia o coração eles se darem bem. Lauren disse que ele estava bem, o que me deixou aliviada.
- Então, quando você vai visitar o hospital?
- Olha, eu acho que vou ter folga na quarta-feira que vem.
- Perfeito, então você pode dar uma passada lá. Eu te busco se você quiser.
- Não precisa, só me passe o endereço que eu chego lá.
Conversamos mais um pouco e eu tive que ir embora, mesmo querendo ficar. Combinamos de continuar nos comunicando para marcar a ida dela ao hospital. O resto da semana passou tranquilo Ben estava bem e adaptado a casa e a minha família. A única pessoa que ele ainda resistia era Parker, juro que não sei o porquê, mas ele não gostava dela. Meu advogado que cuidava do processo de adoção durante a semana me deu a melhor notícia do mundo e falou que a juíza concedeu a guarda para mim, Benjamin agora é oficialmente um Cabello. Eu estou muito feliz no papel de mãe, tenho que admitir que Lauren tinha razão, ser mãe era algo em que eu seria boa e modéstia à parte eu estava me saindo muito bem. E com esse pensamento me veio ela na mente é sem perceber eu já estava sorrindo e tendo a plena certeza de que estava completamente ferrada.
POV LAUREN
Um turbilhão de emoções. É assim que posso descrever tudo que venho sentindo desde o dia que reencontrei Camila, depois de conversarmos e nos perdoarmos temos mantido um contato constante. Não só por nós, mas eu estou acompanhando o pequeno Ben e ele é um menino lindo que eu realmente gostaria que fosse meu. Camila estava insistente quanto à minha visita ao seu hospital e eu não sei por que razão estava relutante, mas tinha decidido esquecer isso e ir. Havíamos combinado que na quarta eu iria. Terça-feira minha cunhada me surpreendeu com uma visita em meu consultório. Eu estava tão concentrada nos papéis que estava preenchendo que não a vi entrar.
-Toc toc; Olhei para cima e lá estava ela, fiquei realmente muito feliz em vê-la, pois Tay sabia de toda minha história com Camila e inclusive tem sido nossa amiga por todos esses anos.
- Mas olha só se não é a minha cunhada famosa; Fui ao seu encontro e lhe dei um forte abraço, estava com saudades dela e de conversar sobre a vida.
- Que cunhada famosa o que, sou só eu mesma Lauren.
- A que devo a honra de sua visita?
- Eu estou de férias no momento e eu vim ver como está minha cunhada ué. Não posso?
- Eu te conheço Tay, diga pra mim o que você realmente veio fazer aqui.
- Eu estou um pouco ofendida com essa sua desconfiança, mas tudo bem. Eu falei com Camila ontem e ela me contou que te encontrou, que vocês conseguiram se acertar. Fiquei receosa e quis ver como você estava.
- Nem sei te dizer direito. Eu ainda estou meio chocada com tudo que aconteceu nessa última semana. Sim, a gente se reencontrou da forma mais inusitada possível, conseguimos conversar como adultas e creio que resolvemos nossas pendências passadas. Mas, eu não sei se essa aproximação toda é algo bom.
- Por que? Você ainda sente algo por Camila?
- Eu sempre vou amar Camila, você sabe disso. Não foi exatamente porque eu quis, que terminamos. Os fatores nos atrapalharam muito. Essa proximidade dela me faz sentir coisas que não devo. Camila tem uma noiva Tay.
-Sei que não foi por sua vontade e sim pelas circunstâncias que você terminou com ela. E sei que você nunca faria nada de errado sabendo que ela tem uma pessoa na vida dela. Mas, que tipo de coisas você está sentindo com a proximidade?
- Começa pelo fato de que meu coração não para de ficar acelerado quando ela está perto de mim, a atração que sinto por Camila ainda é forte e perigosa demais. E eu não quero criar fantasias na minha cabeça, eu não quero me colocar em um lugar que vá ter esperanças entende?
- Sim, claro que te entendo. E você tem que ir até onde você acha que é seguro para você. Sei que vocês são maravilhosas juntas, mas também tem muitas coisas que não são boas. E eu não quero você se machucando de novo e sumindo da vida das pessoas.
- Nem eu quero isso pra mim. Por isso mesmo estou mantendo uma distância segura. Ela quer que eu vá trabalhar no hospital dela, me ofereceu o cargo de chefe da pediatria. Eu sempre quis isso, mas talvez não seja lá o lugar correto para isso.
- Talvez não seja mesmo. Vá devagar e analise as coisas com frieza.
- É o que eu estou tentando fazer. Prometi pra ela que iria visitar o hospital amanhã.
- Você vai mesmo?
- Sim, eu vou.
- Ok, eu quero que você esteja bem certa e preparada pra isso.
- Por que você diz isso Tay?
- Porque você vai precisar Lauren. Existem coisas sobre o hospital que eu tenho certeza que Camila não te contou e fará isso lá. Então, só, por favor. Se prepare.
- Tudo bem, eu vou me preparar; Achei extremamente estranho aquele comentário de minha cunhada. Afinal o que raios tinha naquele hospital que poderia me deixar assustada ou até mesmo nervosa? Fiquei o resto do dia pensando sobre aquilo, Camila me mandou algumas mensagens durante o dia para saber se eu realmente iria ao hospital e eu confirmei. Naquela noite praticamente não preguei o olho.
Na manhã seguinte acordei cedo como sempre fazia e comecei a pensar se realmente deveria ir ao hospital de Camila, ainda mais depois da visita de minha cunhada. O problema é que eu havia prometido à Camila que iria e não queria decepcionar ela de qualquer forma. Seu rosto feliz quando aceitei ir veio a minha mente e fez com que eu me sentisse culpada por estar pensando em não ir. Às 10 horas da manhã eu tomei um banho e me arrumei para ir. Mandei mensagem para Camila dizendo que estava a caminho e ela disse que estava a minha espera. Não demorei meia hora para chegar lá, quando vi por fora e a entrada estava sentindo algo diferente em mim. Um sentimento familiar, como se eu já tivesse estado ali.
Quando entrei Camila já estava a minha espera e pra minha surpresa estava com Benjamin. Eu estava com saudades daquele menininho lindo que havia crescido e se desenvolvido muito desde a ultima vez que o vi. Ela veio ao meu encontro e me cumprimentou com um abraço que não vou mentir, fez meu coração errar as batidas. Ela me explicou algumas coisas sobre o trabalho do hospital, como estava crescendo na área cardiológica e pediátrica, os equipamentos que eles tinham e os profissionais. Visitei algumas alas e quartos e confesso que o lugar era lindo. Aquele sentimento de já ter estado aqui não ia embora de forma alguma e eu já estava começando a me sentir estranha.
- Está tudo bem, Lauren? Camila me perguntou.
- Sim, eu só estou impressionada com o tamanho do hospital e com tudo que ele possui.
- Eu tive bastante tempo para pensar e montá-lo, é muito especial para mim; Olhei para Camila quando ela disse isso e senti um arrepio percorrer meu corpo. Essa visita estava cada momento mais complexa.
Eu fui acompanhando Camila e ela foi me levando em um corredor extenso que dava pelo que percebi nos motivos espalhados pela parede na ala pediátrica do hospital. Era tudo muito lindo, árvores, quartos verdes como se estivéssemos em uma floresta e vários equipamentos modernos e com temas infantis.
Continuamos caminhando e ela disse:
- Você lembra quando a gente estava namorando e parávamos para conversar sobre nosso futuro? De como queríamos nossa casa, os filhos que iríamos ter, o hospital que seria nosso e seria nossa cara?
- Sim, eu lembro sim.
FLASHBACK ON
Estávamos deitadas na cama de Camila logo depois de nos amarmos e eu estava fazendo carinho em seu cabelo. Camila estava deitada com a cabeça no meu peito e ter ela ali era como segurar o meu mundo. Ela ficou quieta por um tempo. Achei que ela tinha dormido e do nada ela me chama:
- Amor?
- Oi amor. Pensei que estava dormindo.
- Não, eu estava aqui aproveitando o carinho e pensando.
- Pensando no que? Posso saber?
- Na gente, no hospital que eu quero que a gente monte.
- Na gente?
- Sim. Eu penso muito na gente.
- Sobre o que?
- Ah sei lá. Onde vamos morar quando casarmos, quantos filhos vamos ter, como será nosso hospital. Enfim, coisas desse tipo; Eu a fiz me olhar e disse:
- Você pensa mesmo tudo isso?
- Sim. Você não?
- Claro que sim.
- Você quer ter filhos comigo?
- Eu quero tudo com você, meu amor; Quando eu disse isso ela se aproximou de mim e me beijou suavemente.
- Eu também quero tudo com você, Lauren. Conta pra mim, o que você queria no nosso hospital?
- Eu quero que ele seja grande, com muitos equipamentos modernos. Quartos confortáveis e que fujam do branco tradicional.
- E na ala pediátrica, o que você gostaria?
- Eu quero que seja como uma floresta, to pensando em colocar árvores pelas paredes, nos equipamentos colocar motivos de animais. Quero que as crianças esqueçam que estão em um hospital e se sintam bem mesmo que a situação não seja boa.
- Que lindo amor. Nós ainda teremos isso e faremos dele um grande hospital.
- Faremos sim amor, na verdade qualquer coisa que eu fizer com você, dará certo.
Nos beijamos novamente e depois acabamos pegando no sono abraçadas e desejando que o mundo parasse naquele momento.
FLASHBACK OFF
As lembranças me atingiram tão fortemente que fiquei meio zonza com tudo. Camila tocou meu braço e perguntou se eu estava bem e eu menti dizendo que sim.
- Aqui é a parte mais especial do hospital para mim, essa é a ala pediátrica. A fiz com todo amor do mundo.
- Por que?
- Porque o que?
- Por que é especial para você?
- É uma ala muito bem pensada, desejada e montada para alguém.
- Ah sim, entendi; Camila sorriu para mim e nós chegamos na porta da ala e no topo da porta estava escrito "Green Eyes Pediatric Room"
Eu gelei na hora, aquele nome e todas as sensações que estava tendo começaram a se encaixar. Virei para Camila e perguntei.
- Pra quem você fez essa ala Camila?
- Pra você.
- Pr_pra_pra mim?; Ótima hora para começar a gaguejar Lauren.
- Sim, pra você. Essa é a ala Green Eyes e ela foi feita conforme todos os sonhos que você me disse que tinha em relação a pediatria em um hospital. Foi a forma que eu encontrei de mesmo você estando longe, te manter perto.
Eu entrei no lugar e ele era exatamente tudo que sonhei para uma ala pediátrica, as lágrimas teimavam em rolar dos meus olhos e eu tratava de enxugá-las da melhor forma que conseguia naquele momento. Senti ela se aproximar de mim e perguntar:
- Gostou?
- É um lugar lindo Camila, realmente lindo. Mas, eu não entendo porque você queria manter por perto a lembrança de alguém que te fez mau.
- Depois que terminamos, eu passei um ano viajando e enchendo a cara. Estive, até onde sei, muito perto de você, já que sai daqui para isso mesmo. No final desse mesmo ano eu vi que você não iria voltar para mim , o que por sinal doeu muito, mas eu confesso que estava feliz. Havia conhecido uma menina legal e estávamos namorando. Passei 2 anos da minha vida com ela e a cada dia que esses anos passavam eu ia aceitando mais e mais que você não voltaria. Eu estava em estágio e especialização quando comecei a amadurecer a ideia do hospital. Falei com meu pai que me incentivou e disse que se era meu sonho iria me ajudar. Foi o que ele fez, e como eu queria algo seu no hospital, independente de estarmos juntas ou não. Lembrei de todas as conversas que tivemos de como seria o hospital dos nossos sonhos e construí-o, prometendo pra mim mesma que um dia traria você para trabalhar nele porque aqui é seu lugar; Eu não tinha palavras que pudessem descrever o que eu estava sentindo no momento, nada que eu dissesse agora poderia dar conta da emoção que eu estava.
Ela construiu o nosso hospital dos sonhos, ela queria algo meu com ela, aqui é meu lugar,o que isso significava? Minha cabeça estava dando um nó e Camila me olhava apreensiva, com um certo medo, diria. Eu realmente estava tomada demais por aqueles sentimentos. Eu não estava sabendo como processar as tantas informações que ela me deu. Por mais que fosse tudo muito lisonjeiro, ainda assim era demais para mim. Eu precisava sair dali naquele momento, então eu comecei a andar até sair dali. Camila estava atrás de mim me chamando, mas naquele momento eu não poderia e não estava pronta pra falar com ela. Corri até meu carro e no retrovisor vi Camila e o pequeno Ben me olhando partir e já não sabia se realmente tinha feito a coisa certa vindo aqui. Dirigindo para casa a única coisa que passava pela minha cabeça era "Camila ainda me ama da mesma forma que eu a amo?"
Até o próximo!! 😘❤