Simply Happens [H.S]

By gabriela231d

245K 11.6K 10.1K

Ela, uma menina ofuscada pelo próprio medo de se mostrar as pessoas. Sendo muito difícil conseguir desifrar... More

1°- Capítulo.
2°- capítulo.
3°- capítulo.
4°- capítulo
5° - capítulo
6°- capítulo
7°- capítulo
8°- capítulo
9°- capítulo
10°- capítulo
11°- capítulo.
12°- capítulo
14°- capítulo.
13°- capítulo.
15°- capítulo.
16°- capítulo
17°- capítulo.
18°- capítulo.
19- capítulo.
20°- capítulo.
21°- capítulo.
22°- capítulo.
23°- capítulo.
24°- capítulo.
25°- capítulo.
26°- capítulo.
27°- capítulo.
28°- capítulo.
29°- capítulo.
30°- capítulo.
31°- capítulo.
32°- capítulo.
33°- capítulo.
34°- capítulo.
35°- capítulo.
36°- capítulo.
37°- capítulo.
38°- capítulo.
39°- capítulo.
40°- capítulo
41°- capítulo.
42°- capítulo.
43°- capítulo.
44°- capítulo.
45°- capítulo.
46°- capítulo.
47°- capítulo.
48°- capítulo
49°- capítulo.
50°- capítulo.
51°- capítulo.
52°- capítulo.
53°- capítulo.
54°- capítulo.
55°- capítulo.
56°- capítulo.
58°- capítulo.
59°- capítulo.
60°- capítulo.
61°- capítulo.
62°- capítulo.
63°- capítulo.
64°- capítulo.
65°- capítulo.
66°- capítulo.
67°- capítulo.
68°- capítulo.
69°- capítulo.
70°- capítulo.
71°- capítulo.
72°- capítulo.
73°- capítulo.
74°- capítulo.
75°- capítulo.
76°- capítulo.
77°- capítulo.
78°- capítulo.
79°- capítulo
Fim.
Agradecimentos e recadinhos.
Epílogo.
Wedding And Party ( capítulo bônus)

57°- capítulo.

2.1K 117 52
By gabriela231d


Os seguintes dias passaram-se com rapidez anormal, e quando dei por mim, já estávamos no final de fevereiro. A neve estava calmamente derretendo e o frio diminuindo.

Caí na minha rotina diária de dormir, acordar, ler, e ajudar nos afazeres de casa. Eu não tinha muito o que fazer sem a escola. Ela independente de ser instável e torturante, me distraía e me tirava um pouco do tédio. Eu praticamente só estudava e ainda tinha as meninas. Elas eram uma boa distração na minha vida tediosa e chata.

Edwin e a tia Rose foram embora no final do fim de semana. Foi realmente ótimo tê-los aqui mas eles tiveram que voltar por causa do trabalho da tia Rose. Edi afirmou para mim que voltaria logo para me visitar outra vez, e que ficaria mais tempo. Não evitei um sorriso e disse que estarei esperando. Estamos nos falando constantemente por mensagens desde então.

Meus pais continuaram na sua rotina de trabalho excessivo e sendo praticamente ausentes. Nós mal conversamos, mesmo que não seja uma novidade. Somente não me sinto tão solitária porque tenho Mary. Ela me faz muita companhia, mesmo que agora, ela esteja cursando um curso de moda pela tarde, o que me faz ficar solitária, com tardes tediosas.

Ela pelo menos está fazendo algo de útil diferentemente de mim. Realmente estou pensando em arranjar algo para me tirar dessa bolha tediosa que se tornou a minha vida, quer dizer, sempre foi. Ou talvez eu já deva me inscrever na faculdade e esperar ser chamada para a entrevista. Já posso fazer isso se eu quiser mas ainda não fiz, e sei que é porque estou um tanto receosa de fazer isso agora.

Quero esperar mais algum tempo, apenas para pôr as ideias na minha cabeça em ordem. Acho justo e espero que minha mãe não reclame disso.

Harry está trabalhando excessivamente, mas no entanto, ele me disse que está fazendo isso porque quer juntar dinheiro, para fazer algo que ainda não sei. Nossa convivência diminuiu e isso não me deixa feliz. Sinto falta de quando ele passava as tardes comigo, jogando videogame, assistindo filmes e séries, ou apenas me atormentando com suas provocações e beijos. Era a melhor parte do meu dia, e gostaria que isso voltasse.

Hoje é uma das tardes que eu estou solitária, lendo um livro do Edgar Allan Poe porque estou tão deprimente quanto seus contos de terror. Estou lendo o conto do gato preto, um dos meus favoritos. Eu não costumo ler livros de terror mas no momento, me encontro gostando.

Não tenho falado com Harry desde ontem a noite e agora, ele provavelmente está trabalhando usando o seu avental branco e sorrindo gentilmente para os clientes da forma que mais os cativa. Ele realmente tem muito carisma e é impossível não se apegar a ele. Tenho certeza que esse é um dos motivos por ele ter conseguido o trabalho.

Me pego pensando no que ele acharia se eu aparecesse lá de surpresa. A Sra. Berkeley é gentil o suficiente para me deixar ficar lá sem problemas mas não quero realmente atrapalha-lo.

Só estou com saudades e querendo sair um pouco.

Comparando com o que estou fazendo, acho realmente que ir até lá agora, pode ser melhor do que ficar aqui, sozinha e deprimida. Assim aproveito para caminhar um pouco.

Então fecho o livro e levanto, decidida a ir ao seu trabalho e fazer companhia a ele, ou melhor dizendo, tendo sua companhia e de mais alguns estranhos.

Porém batidas na porta me impedem. Caminho até ela, abrindo-a para encontrar uma Anne aflita, com olhos inchados e levemente vermelhos.

- Oi...- cumprimento, não conseguindo esconder a estranheza na minha voz.

- Oi querida. Desculpa se estou atrapalhando. Eu só preciso que você me faça um favor. É importante.

Parecia mesmo.

- Ahm.. Claro. Tudo bem. Aconteceu alguma coisa? É porquê você está meio..-

- Sim, eu sei que estou. - suspira, parecendo cansada. - Só preciso saber se você falou com Harry hoje.

- Oh. Não, eu não falei com ele ainda. Na verdade eu ia na padaria agora mesmo pra vê-lo..-

- Ele não está lá. - avisou.

- Não? - negou novamente. - Mas... Por que não?

Anne pareceu engolir em seco.

- Eu apenas sei que ele não está lá. Pensei que você soubesse onde ele estava. Por isso vim aqui.

- Ah.. Não, eu não sei. - respondo confusa. Isso tudo está estranho demais. - Anne, está acontecendo alguma coisa? - pergunto finalmente e ela suspira antes de entrar e fechar a porta.

Agora sim eu estou perdida.

- Poderia ligar pra ele? Talvez você ele atenda.

- Ahm.. Posso, claro. Mas..-

- Bella, por favor. Só faça isso.

Dessa vez foi a minha vez de engolir em seco. Apenas assenti e fui buscar meu celular no sofá. Anne me seguiu.

Não faço a menor ideia do que está acontecendo e ela estar aflita e preocupada assim, não me ajuda a entender. Quero saber o que está acontecendo mas minha prioridade agora é ligar para ele e o ouvir dizer que está tudo bem.

Ligo cinco vezes mas ele não atende em nenhuma e em duas ou três tentativas parece até cancelar no primeiro toque.

Anne está andando de um lado para outro agora, como Harry costuma fazer quando está nervoso e isso me deixa igualmente inquieta.

- Eu não sei mais o que fazer. - Anne suspira em frustração. Nunca a vi dessa forma, e não me traz a melhor sensação. - Pensei que sendo você, ele atenderia... Harry saiu tão zangado. Não faço ideia de onde ele possa estar.

- Zangado? Mas por que?

Ela para e finalmente me encara. Seus olhos estão lacrimejando novamente e eu engulo em seco, apreensiva.

- Juro que gostaria de te contar o que está acontecendo, querida, mas eu não posso. Sei que ele quer fazer isso ele mesmo e eu não posso mais errar com ele. Não sou mais capaz.

- Mas... Anne?

- Me desculpe. Você vai ficar sabendo de tudo logo. Ele vai contar pra você, tenho certeza. E por favor, se ele der qualquer sinal, me avise. Me faça mais esse favor.

Quando vejo ela já está indo embora, sem me dar qualquer chance de saber mais. Suspiro e me sento no sofá, completamente perdida.

Eu sei que algo está acontecendo, algo extremamente sério. Ele não está me atendendo, não está no trabalho e eu não faço a menor ideia de onde possa estar.

Como possa estar. 

Não consigo pensar direito. Não consigo tirar a tensão que sobe no meu estômago, me espremendo em preocupação. Quero poder respirar direito, não como se minha vida dependesse disso. Droga, eu não posso estar realmente tendo uma crise de ansiedade agora.

Olho para o meu celular em minhas mãos, e não perco tempo em desbloquea-lo e ligar para ele, novamente. Passo minutos assim, infernais longos minutos em que a única voz que eu ouço, é a robótica da atendente. 

Meus olhos estão fechados e eu estou rezando silenciosamente para que ele atenda. E quando ouço o intermédio da chamada e sua respiração eu quase desmaiou de alívio.

Ligação on

- Não sabia o quanto insistente você conseguia ser. - é a primeira coisa que ele diz. Sua voz está grossa, rouca e lenta, muito lenta.

- Harry, graças a Deus. - suspiro e ouço-o rir, por algum motivo desconhecido. - Onde está?

- Minha mãe te encheu com merda não é?

- O que?

- O que ela te disse? Ela está aí? - suas palavras não são tão claras e eu tremo quando me lembro quando Mary está bêbada. Ela solta palavras embaralhadas e ri por qualquer coisa.

- Ela não está mais aqui e ela não me disse nada, ao não ser que você sumiu sem dizer nada. Ela está preocupada, Harry. Eu estou preocupada. - adiciono.

- É claro que ela está.

No mesmo momento consigo ouvir uma voz feminina perguntando se ele quer mais uma dose.

Oh não.

- Você está.. está bebendo? - não consigo esconder o desapontamento na minha voz.

- Eu não sou a droga de um dependente se é isso que você pensa. Eu só.. precisava disso.

- Me diga onde você está, por favor. Eu vou te encontrar.

Escolho ignorar o que ele disse.

- o. Eu quero ficar sozinho.

- Harry..

- Bella, eu sei que você vai trazer ela junto e é a última coisa que eu quero agora.

- O que? A Anne? Não. Não vou. Eu prometo que não digo nada.

Ele não diz nada e quase penso que ele desligou mas consigo ouvir sua respiração suave e algumas vozes vagamente. Tenho quase certeza que ele está em algum bar e isso despedaça meu coração.

- Harry, por favor. Confie em mim. - imploro e ouço suspirar.

- Foda-se, tá bom. Eu estou... Hm... Estou no Ruy's bar.

- Onde fica?

- Eu sei lá, Bella. Acho que... algumas quadras daí.

- Tudo bem... - suspiro. Não sei ao certo onde é isso mas consigo achar pelo GPS do meu celular. Eu espero. - Eu não demoro. Me espere ai.

Espero que ele não esteja muito bêbado. Nunca tive que lidar com o Harry bêbado, porque ele nunca ficou nesse tempo. Ele esteve nesse tempo todo, lutando contra o cigarro que mesmo que eu não goste, e sei que faz mal, não tinha tanto problema como tenho com o álcool. Ele estava parando por ele, e eu fiquei feliz.

Mas agora, ele está bêbado, em um bar qualquer, e eu sei que existe uma razão para isso. Uma razão que eu temo em saber.

Não perco tempo em sair de casa, depois de vestir um casaco, all-star, e por um gorro para esconder o meu cabelo bagunçado. Fecho a casa e procuro o bar no GPS do meu celular, rezando para que eu ache. Ele felizmente aparece e é algumas quadras de distância.

Caminho o mais rápido que eu posso sobre o restante de neve pelas calçadas escorregadias. Estou ficando sem dinheiro para pedir um táxi e não sei realmente quanto tempo iria demorar para chegar.

Quando chego a frente do bar, minhas bochechas estão ardendo pelo frio e nem consigo sentir o meu nariz direito. O bar fica ao lado de um beco e uma oficina mecânica fechada. Ele é simples e pequeno, e a única coisa que o destaca ligeiramente é o letreiro vermelho anunciando Ruy's bar com algumas letras apagadas.

Respiro fundo antes de entrar. Não fico surpreendida por ver poucas pessoas no lugar, mas a maioria são homens. Realmente é um pouco cedo para começar a beber doses fortes de whisky.  Varro o lugar com os olhos até perceber o rapaz cabisbaixo sentado em um dos bancos altos do balcão madeirado. Caminho insegura até ele, recebendo olhares indiscretos de homens do local o que me faz encolher os ombros e caminhar mais rapidamente.

Quando chego ao seu lado, ele não parece perceber minha presença, e parece estar perdido em pensamentos, enquanto segura um copo pequeno com conteúdo incolor dentro.

- Harry.

Eu chamo, pondo minha mão sobre seu ombro e meu peito aperta quando ele ergue o olhar para mim.

Seus olhos estão irraízados de sangue, e mais do que isso, é que consigo ver a dor por trás do verde escuro deles. Eu não recebo nenhum sorriso, e nem um olhar singelo da sua parte. Ele apenas volta seu olhar para baixo sem dizer nada e eu me sento no banco ao seu lado.

Mantenho meu olhar cauteloso nele, quando ele engole a bebida do seu copo de uma vez só. Ele não diz nada depois disso, e eu também não sei o que dizer. De repente, estou intimidada com suas ações.

- Não me olhe assim. - ele me repreende com a voz rouca e baixa, e eu desvio o olhar para as bebidas nas prateleiras a frente.

- Por que veio aqui? - tenho que perguntar, e volto meu olhar para ele.

- Não interessa. - ele responde indiferente e eu não esperava por algo assim.

Na ligação, ele estava debochado mas agora, ele está intimidante e com uma seriedade assustadora. Ele parece com raiva de tudo e de todos.

- É sério? - pergunto de volta. Ele não diz nada. - Precisa ter algum motivo pra você estar assim. - ele não me olha e coloca mais vodka da garrafa já pela metade em seu copo. Ele tomou tudo isso?

- Não gosta de me ver assim? - sua voz é tão vazia que me assusta.

- Por que haveria de gostar?

Ele não me responde e toma sua bebida sem qualquer contato visual comigo.

- Vai me dizer o que aconteceu com você?

- Você não tem que saber. Só me deixe beber no meu canto. - seu tom é duro.

- Acha que bebendo vai resolver alguma coisa? - meu tom é repreensível. - Você sabe que não vai, Harry.

Não consigo tentar continuar ser compreensiva. Não da forma como ele está agindo.

- Você sempre acha que sabe de tudo não é? - seu tom é debochado. - Você não sabe de nada, então não tente achar que sabe. - eu me encolho, pega desprevenida com o seu tom áspero.

- Não estou achando que sei. Apenas estou preocupada com você e quero saber o motivo disso. - não consigo esconder a mágoa por trás de minhas palavras.

- Já disse, você não precisa saber. Nem sei porque disse onde eu estava. Você não ajuda em nada aqui.

Ouch.

Engulo meu orgulho.

- Tá dizendo que não me quer aqui?

- Não. - sua mandíbula está tensa e sua rejeição é esmagadora. Engulo o nó crescente em minha garganta e me levanto, seu olhar quase ergue para mim mas ele rapidamente baixa.

Quando me viro, sinto a esmagora dor da sua rejeição com o arder dos meus olhos. Não devia, não devia mesmo estar deixando ele falar assim comigo, seja por qual for o problema que ele está tendo. Eu prometi, prometi a mim mesma que não deixaria ninguém pisar em mim novamente, isso inclui ele.

Me viro para ele, para vê-lo virando o copo e acabando sua bebida, como se aquilo fosse o ajudar em alguma coisa. Isso só me dá mais determinação para falar o que quero.

- Harry. - ele me olha e meu coração aperta por não ser da forma que me acostumei em ser olhada por ele.

- O quê?

- Eu acho que você não notou que eu caminhei até aqui, enfrentando todo esse frio, por mais de meia hora, apenas para saber se você estava bem. Então se você quer ficar aqui bebendo como se fosse dependente disso e não tivesse coragem o suficiente para resolver seus problemas, tudo bem, mas não jogue a culpa em mim só porque algo deu errado para você. Eu não tenho culpa e não vou deixar você me tratar desse jeito. - tenho consciência que meu tom alterou e que talvez tenha chamado atenção de algumas pessoas mas isso não importa agora.

Eu me viro e começo a caminhar em direção a porta, deixando ele lá com o seu rosto surpreso pelas minhas palavras. O vento gelado bate no meu rosto quando saio, a rua está praticamente deserta e engulo a mágoa antes de começar a caminhar de volta para casa.

Tenho consciência que algo aconteceu com ele, mas ele não podia realmente me tratar daquele jeito. Como se eu tivesse culpa, eu só queria ajudar e ele foi tão frio, mais frio do que esse inverno inteiro.

- Bella. - eu desejava que eu tivesse tendo ilusões e que não tivesse ouvido sua voz lenta. Não estou com a mesma paciência e compreensão de quando cheguei. - Porra, espera. - sua mão alcança meu ombro, me parando e eu me afasto imediatamente, me virando para ver um Harry bêbado e supostamente magoado.

- Eu acho que já disse tudo que tinha para dizer não é?

Meus braços estão cruzados abaixo do peito e eu estou o mais afastada dele que posso.

- Porra, não me julgue. Eu soube que toda a merda da minha vida era uma mentira hoje. - sua voz preenche o grande espaço entre nós e suas mãos passam pelos cabelos bagunçados.

- Do que está falando?

- Meu pai. - ele respira. - Ele não está morto. Ele apenas fugiu de casa para viver a merda da sua vida em outro lugar.

- O que? 

- Ele fugiu, Bella. Ele deixou Gemma e eu para trás com a minha mãe e foi embora. - ele está respirando com dificuldade, como eu.

- Mas... Como... Por que?

- Eu não sei. Eu descobri hoje. Minha mãe disse que achou melhor não me contar, porque faria eu sofrer menos. - ele revira os olhos e eu me aproximo levemente. - Ela mentiu para mim, fez eu viver todo esse tempo pensando que ele estava morto quando não estava. O pior de toda essa merda é que a verdade ainda é pior. - seus olhos piscam e eu sinto um nó na minha garganta em vê-lo assim.

- Harry... Eu... Eu não sei o que te dizer.

- Isso não é uma novidade. - ele suspira com os olhos longe dos meus e eu volto a me afastar.

Vamos ficar nisso então?

- Eu só quero dizer que eu não sei se algo que eu vá dizer vai te fazer sentir melhor. Eu... Eu estou tão surpresa quanto você. - suspiro e passo as mãos pelo meu rosto. - Como soube disso?

- Ouvi quando minha mãe conversava com o Robin. Ela pensou que eu já tinha ido trabalhar mas eu tive que voltar porque esqueci... a carteira, eu acho. Não me lembro. Mas ouvi quando ela disse com todas as letras que ele está vivo, e nós discutimos depois. Ela não podia fazer isso, ela... Porra, ela mentiu pra mim. - seu rosto está vermelho e seus olhos raivosos.

- Mas ela teve boas intenções, Harry.  Ela apenas não queria que você sofresse por ter um pai que nem se importou com vocês quando foi embora. Ela pensou em você o tempo todo.

- Eu não precisava que ela me poupasse de nada. Você não entende. - ele desvia seus olhos raivosos dos meus e eu suspiro.

- Eu estou tentando aqui, mas você veio com dez pedras nas mãos contra mim.

- Não, você não entende. Você tem seus pais juntos, você tem uma vida boa mas inventa problemas que não existem para as pessoas terem pena de você. Você... só pensa em você - ele acusa e eu dou um passo para trás.

É isso que ele pensa de mim? Que ele realmente pensa de mim?

Meus olhos piscam mas eu me forço a não chorar na frente dele. Mais uma vez. Ele está bêbado e raivoso o suficiente para debochar de mim dizendo o quanto dramática eu sou se eu fizer. Eu já não duvido de nada depois disso. Cadê o Harry que me entendia? Que compreendia o que passo?

- Eu preciso ir. - minha voz sai embargada e quase inaudível.

- O que? - ele se aproxima, quase tropeçando nos pés e eu me afasto. - Bella.. -

- Não. - respondo.

Seu rosto contorsse em supostamente culpa mas eu me viro, dando as costas para ele e caminho o mais rápido que eu consigo para ele não consiga me acompanhar.

- Bella? - ele chama, sua voz ecoa e some a medida que eu me afasto, deixando um Harry bêbado para trás.

Obrigada por lerem!❤️
Desculpa qualquer erro.

Comentem e votem please.

Continue Reading

You'll Also Like

217K 33.2K 65
Eu fui o arqueira, eu fui a presa Gritando, quem poderia me deixar, querido Mas quem poderia ficar? (Eu vejo através de mim, vejo através de mim) Por...
328K 15.5K 61
Dois corações ligados pela mesma batida
917K 97.4K 53
Com ela eu caso, construo família, dispenso todas e morro casadão.
7.2K 1.2K 54
[EM PAUSA] Deixada num orfanato moribundo em Nova York aos 7 anos de idade, Akemi Watanabe foge do casarão mofado para viver como batedora de carteir...