Fiel ao que disse, Harry veio me buscar às nove da manhã. Dei um abraço demorado e um feliz aniversário a ele assim que o encontrei. Brincamos sobre a coincidência dos nossos aniversários serem de apenas de um dia, antes dele me dizer que estava na hora de ir.
Meus pais estavam ainda dormindo quando saímos e apenas a tia Rose estava acordada. Pedi-lhe que avisasse eles que eu sai e que eu estava com o meu celular se eles quisessem ligar. Me esquivei das suas perguntas invasivas antes de sair de casa encontrando Harry na varanda. Eu já tinha avisado a ele que seria melhor que ele não entrasse e ele compreendeu.
Harry e eu pegamos o ônibus vermelho no ponto mais próximo, e nos sentamos nos últimos bancos. Ele me deixou ficar na janela, com a condição de eu deixa-lo por o braço pelos meus ombros o trajeto inteiro. Eu concordei e o seu braço enorme ficou me esquentando em todo o caminho. Eu realmente ignorei as pessoas até porque não tinha muitas mas ainda pude perceber alguns olhares curiosos. Era isso que eu não queria mas já tinha prometido.
Harry não falou muito durante os primeiros minutos, ele apenas observava as ruas pela janela como eu. Eu ainda estou curiosa e ansiosa para saber onde estamos indo mas resolvi parar ou tentar não pensar nisso no momento e enquanto isso, decidi tirar um momento para admirá-lo.
Harry está ainda mais lindo que o normal. Seus cachinhos quase caiem sobre os ombros, e eles estão ainda mais claros, mais brilhosos. Lindos. Ele está certo quando diz que seu cabelo cresce rápido. Ele cortou no começo de dezembro e eles já estão quase chegando aos ombros novamente. Mas eu realmente amo assim. É um dos charmes de Harry styles.
Suas pernas estão cobertas pelo seu habitual jeans escuro, ele está usando um casaco preto, medianamente grande e seus pés calçam botas pretas. Eu não acharia nada mais perfeito. Eu também estou com roupas pesadas e um gorro na cabeça. Me sinto incrívelmente quentinha mas não chego nem perto do quão lindo ele está assim.
O inverno definitivamente combina com o estilo de Harry.
O resto do trajeto é feito com pequenas conversas entre nós dois. Ele me conta que sua mãe o xingou por não dizer que ontem era o meu aniversário e por isso ela não foi até minha casa me dar os parabéns. Ele ainda diz que ela não sabe onde estamos indo mas sabe que eu estou com ele. Ele não diz mais nada sobre isso e resolvo deixar assim. Harry me mostra o iPhone que ele ganhou de Anne nessa manhã. Ele realmente precisava de outro celular, aquele estava uma porcaria. Às vezes ele nem conseguia atender as pessoas. Apesar de Harry não usar muito o celular, é preciso para fazer ligações, e etc. Ele não é tão virtual, e é uma coisa que temos em comum.
Quando começamos a conversar sobre o seu trabalho na padaria e sobre a Sra. Berkeley, -- uma das donas do estabelecimento e uma das pessoas mais gentis e doces que eu já conheci. Ela é realmente fantástica e adorável, mas Harry me disse que ela belisca a bunda dele às vezes. Na brincadeira claro, mas mesmo assim não posso deixar de rir quando eu me lembro do dia que ele me contou disso. Foi impagável. -- Ele avisa que estamos chegando e que a única coisa que eu preciso saber é que vamos ter que entrar no shopping.
As possibilidades passam-se pela minha cabeça até nós entrarmos no shopping do centro de Londres. O shopping está calmo, e talvez seja porque realmente está muito frio para se sair de casa em um domingo. Atravessamos o shopping de devagar, com sua mão entrelaçada na minha. Eu realmente não sei o que pensar sobre isso já que nunca me imaginei em uma situação assim. Caminhando pelo shopping, de mãos dadas, com o meu.... Bem, com o meu namorado. Isso é novo, posso dizer.
Harry para na frente da pista de gelo do shopping. Onde várias pessoas estão patinando, e supostamente se divertindo. Tem realmente muitas pessoas aqui, em compensação do restante do shopping. Tenho que tomar um momento para entender que esse é o lugar, e que o sorriso do Harry é provavelmente pela minha compreensão tardia. Sou tão lerda, céus!
- Essa é a surpresa, amor. - Harry informa com um sorriso carinhoso.
Tento retribuir e demostrar estar animada mas falho miseravelmente.
O problema, o único problema, é que eu não sei patinar no gelo. Nunca fiz isso, até porque sou atrapalhada o suficiente para cair no chão seco mesmo. Minha família nunca foi aquela que vai ao shopping patinar no gelo aos fins de semanas, ou pelo menos, não que eu me lembre. Mary provavelmente já fez isso, mas eu nunca quis até porque zelo que o meu corpo não se quebre todo.
- Você não gostou? - ele parece preocupado em seguida, quando não digo nada. Me apresso em conforta-lo.
- Não, não. Eu gostei. Parece incrível mas é que... Eu nunca pátinei no gelo, hazz. - encolho os ombros.
Me sinto patética porque as pessoas normalmente sabem fazer isso aqui. É a melhor diversão que se tem no inverno.
- Hey, não tem problema. Eu te ajudo, você vai ver, não é assim tão difícil. - ele assegura-me e volta a pegar minha mão, me puxando para dentro sem deixar eu argumentar. Eu realmente não quero estragar o nosso passeio mas eu também não quero voltar para casa toda quebrada.
- Qual o tamanho dos sapatos? - Uma mulher baixa pergunta, seu cabelo está feito em um coque desajeitado e sua expressão não é das melhores. Ela só parece exausta.
Harry responde por mim e logo ela nos entrega dois pares de patins de gelo. Harry me guia até os bancos para que possamos calçar os patins e entrega nossas botas para a mulher que assegura que irá guarda-las. Antes que eu possa tentar levantar, sinto os dedos longos do Harry envolverem o meu queixo, virando o meu rosto para ele. Ele provavelmente viu a minha angústia e medo.
- Não precisa ter medo ok? Eu vou estar com você, o tempo todo. Só vou te soltar se quiser e prometo que se você cair, eu caio junto. - ele brinca com um sorriso.
- Isso era para me deixar tranquila? - tenho vontade de rir mas estou realmente nervosa e angustiada.
- Eu garanto que pelo menos, você vai ficar por cima. - ele sorri malicioso e bato no seu braço enquanto ele ri.
- Isso não tem graça, está me deixando ainda mais nervosa. - resmungo e ele aproxima seu rosto do meu, a sua respiração morna é como morfina em minhas veias. Me relaxa.
- Apenas confia em mim ok? - ele pede e aceno a cabeça com um suspiro. Seus lábios são macios contra os meus e demoro um tempinho considerável contra eles. - Vamos lá.
Me levanto com a ajuda do Harry e tento ignorar a voz chata na minha cabeça dizendo que estou sendo patética e que isso não vai dar certo. Quando entramos na pista de gelo, Harry me orienta a segurar no corrimão para que eu não caia. Ele se mantém ao meu lado até que esteja certo que eu estou bem e segura.
Eu agradeço por estar usando luvas, e gorro na cabeça. Aqui está congelante. A maioria das pessoas aqui estão assim e eu agradeço por estarmos um pouco afastados de onde está mais movimentado. As pessoas pátinam tão bem que até parece ser fácil, mas eu tenho certeza que não é. Eu mal conseguiria ficar em pé se não fosse esse corrimão.
Harry decide me mostrar como é e eu assinto em concordância. Sem dúvidas ver ele patinando é a melhor coisa para adiar a minha tragédia certeira. Passo poucos minutos o observando com admiração e atentamente. Harry é muito habilidoso e é impossível não sorrir vendo-o patinar, até porque ele está sorrindo enquanto faz isso e é adorável a forma como suas covinhas são salientes em suas bochechas coradas pelo frio.
- Ok, agora vem.- ele volta para perto de mim, e eu encolho os ombros, com receio.
- Agora?
- Sim, agora.
- Mas... Eu ainda não te vi o suficiente. - tento argumentar.
- Você sabe que eu não vou acreditar nisso não é? - eu suspiro em frustração e suas mãos pousam em minha cintura. - Segure nos meus ombros, Bella. Eu não vou te soltar, prometo.
Com mais um suspiro, eu solto minhas mãos do corrimão e seguro em seus ombros, talvez mais forte do que eu precisava mas ele não reclamou. Suas mãos são firmes em minha cintura e ele começa a se mover devagar, comigo. Céus, espero que isso não esteja sendo tão patético quanto eu imagino.
- Você está indo bem, relaxa. - ele pede e eu suspiro imitando os movimentos da suas pernas devagar.
Suas mãos vão flouxando o aperto na minha cintura e buscando as minhas mãos em seus ombros. Quando vejo, ele está me puxando pela mão, me guiando e o seu sorriso é tão lindo que é impossível não sorrir de volta.
Passamos bons minutos assim, patinando devagar e tranquilamente. Na verdade, não sei ao certo se o que eu fiz foi patinar mas o que vale é a intenção. O sorriso patético não abandona os meus lábios em momento algum e posso dizer que não estou reparando muito nas pessoas a nossa volta, até porque elas estão ocupadas se divertindo como nós. Harry nos guia de volta para junto ao corrimão em seguida e eu me seguro, descansando.
Seu sorriso ainda é inrresistivel quando olho. Ele parece.... Feliz e eu realmente amo ver isso.
- Eu disse que não era tão difícil. Você foi muito bem para uma iniciante. - ele elogia com o seu sorriso sincero e se aproxima de mim, ficando a minha frente.
- Eu espero que sim. - suspiro com um sorriso. - Agora me diz, por que escolheu me trazer aqui?
Estou ciente que aqui não é o melhor lugar para conversar, seja pelo o barulho que as pessoas estão fazendo ou pela música de fundo. Mas estou bem com isso.
- Eu achei que poderia ser divertido e é algo bonito de se ver também. Na verdade, foi a Gemma quem me deu a dica. Nós sempre vínhamos patinar no inverno, mas no entanto, não tenho vindo aqui há algum tempo. - ele explica. - Espero que você tenha gostado.
Eu realmente adorei, por mais que eu não saiba fazer isso, eu achei fofo da parte dele. Isso daria muito mais certo se não fosse eu e a minha inexperiência em ser uma adolescente normal.
- Eu gostei da surpresa, de verdade. Mas sem dúvidas seria melhor se eu soubesse pátinar tão bem quanto você, iria ser menos cansativo para você. - encolho os ombros e olho ao redor. Observo um senhor guiando uma garotinha pela mão, os dois patinando juntos. Queria poder saber como é ter um pai assim, presente posso dizer. Que te leva para pátinar no gelo e vê filmes infantis apenas para te acompanhar. Eu não tive isso e talvez não seja culpa dele. Pelo o que eu sei, eu sempre fui uma garota fechado para o mundo.
- Não é cansativo para mim. Eu gosto de estar sendo a pessoa que está te ensinando a pátinar. Me sinto lisonjeado. - seu sorriso é fofo e de covinhas. Tenho que tirar tudo de mim para não levar o meu dedo indicador até a sua bochecha e pressiona-lo em sua covinha. É quase inrresistivel o jeito que ele consegue ser tão fofo comigo em comparação ao começo de tudo.
- Você está fofo Harry. Tipo, muito fofo mesmo. - me deixo dizer e ele sorri. Sinto a ponta do seus dedos arrumarem o gorro na minha cabeça.
- Você também está muito fofinha com isso. Devia usar mais, deixa o seu rosto mais visível para mim. - eu estou ciente que ele está a centímetros de mim e que algumas pessoas podem estar nos olhando. Isso parece íntimo, coisa de casal mesmo e eu ainda não sei o que sinto sobre isso.
Harry provavelmente viu o meu constrangimento e sorriu da forma que ele sempre faz quando eu coro. Isso chega a ser irritante.
- Vermelho definitivamente é a sua cor. - ele sorri descontraído e reviro os olhos. - Por que tem vergonha de estar assim comigo? Somos um casal mesmo que não tenhamos um nome. - ele parece confuso.
- Isso é apenas íntimo. Não gosto de ser observada como estamos sendo.
- Você já parou para pensar que se eles estão olhando, é porque os agrada? - ele questiona e eu não posso impedir de franzir a testa.
- Como assim?
- As pessoas não olham para uma coisa que não os agrada. Eu pelo menos, acho que não ficaria olhando algo que não ache bonito ou que não me deixe curioso. Eu gosto de pensar que quem está olhando, é porque acha bonito ou quer algo parecido. Sabe, elas provavelmente estão vendo o quanto gostamos um do outro. Não devia sentir vergonha disso.
- Oh. - ele me pegou desprevenida, e eu realmente não sei o que sinto sobre isso. Sobre ele pensar dessa forma. É atencioso mas não sei se é realmente uma realidade isso que ele pensa. Não na minha cabeça. - Mas não é isso que eu acho. - resmungo e desvio o olhar para o chão de gelo.
- O que é então?
Não vou dizer à ele que as pessoas provavelmente estão nos olhando porque acham estranho uma garota como eu estar como um cara como ele. Ele me repreenderia e diria que é bobagem quando eu sei que não é. Harry nunca vai admitir isso mas eu sei que é verdade.
- Não é nada, Harry. Eu apenas sou problemática.
- Problemática? É isso que acha que é?
- E não sou?
- Você só é difícil de entender. Bem, pode ser que você tenha alguns problemas com coisas até então, normais mas não é uma pessoa problemática, não para mim. Você apenas não diz o que sente, o que pensa. Você guarda tudo para si, e eu ainda não aprendi a ler mentes.
- Eu sou problemática, Harry. Isso é evidente.
- Se eu pelo menos soubesse o que não te agrada, eu poderia te entender. Mas relembrando, você não me conta. - eu percebo pelo o seu tom, que ele está aborrecido.
- Não precisamos realmente começar a discutir sobre isso agora não é? Não hoje. É seu aniversário. - lembro-o.
- Você está sempre fugindo quando toco nesse assunto. - ele reclama.
- Harry... - suspiro. - Pode apenas esquecer isso, só por hoje uh? Aqui realmente não é o melhor lugar para conversarmos. - ele suspira, e assente em concordância antes de puxar os cabelos para trás. - Será que... Você poderia patinar para mim ver?
Ele está evidentemente surpreso quando me olha e eu espero que eu consiga convence-lo a isto sem problemas. Eu gosto verdadeiramente de vê-lo patinando. É adorável e fascinante.
- Por que você quer me ver patinando?
- Porque eu gosto. - digo como se fosse óbvio.
- Eu não sei..... - ele semicerreia os olhos - Eu sou o aniversariante hoje, você quem devia estar fazendo algo para mim ver.
- Eu sei que eu devia. Eu quem deveria ter preparado uma surpresa para você hoje. - suspiro e desvio o olhar. Começo a me lembrar disso, e a decepção de mim mesma me bate. Sou uma péssima.... Droga, sei lá o que eu sou dele mas sou péssima.
- Não, não. Eu não estava falando sério. - ele diz rapidamente. - Foda-se, você não precisa me dar nada e muito menos fazer alguma coisa, Bella. Estar aqui comigo já é o suficiente, você sabe disso. Pare com isso. - Não percebo quando suas mãos pousam em minha cintura, fazendo com que o nossos corpos se juntem.
- Me desculpa, mas eu apenas pensei que.... -
- Sihhh. Eu já disse para não pensar demais. - sei que estamos mais perto do era suposto eu deixar em um lugar público mas se é isso que ele quer, vou lhe dar. Pelo menos, isso eu sei que posso lhe dar, talvez com um pouco de esforço mas ainda sim, eu posso.
Não ligo para nada a nossa volta, até porque é difícil pensar em algo quando tenho sua respiração morna e agora, intensificada contra a minha. Muito menos quando seus lábios se entreabrem naturalmente e posso quase sentir o seu gosto com isso. Eu sei que os meus estão na mesma situação; Secos, entreabertos, desesperados. Eu preciso dele e isso é tudo que eu sei.
Tomada por uma coragem repentina, que nem eu imaginava que existia em mim, levo minhas mãos do seus ombros para o seus cabelos sedosos e sinto-o apertar ligeiramente minha cintura contra ele. Estou decidida a fazer isso e tenho que fazer antes que eu perca a coragem.
- Me beija. - eu peço. Levo um momento para perceber o quão desesperada minha voz soa e posso ver claramente surpresa em seu rosto bonito.
Ele normalmente não me ouve pedir uma coisa assim. Eu até respondo, com muita dificuldade, quando ele pergunta se quero que ele me beije mas dizer assim, abertamente um " me beija" é novo para ambos.
- O quê? - ele parece realmente muito surpreso e eu poderia rir se não estivesse começando a corar.
- Me beija, Harry. - minha voz sai ainda mais arrastada e desesperada. Não quero repetir de novo, por mais que algo me diz que ele gosta de ouvir eu dizendo. Não estou realmente preocupada com as pessoas ao meu redor, até porque no momento, tudo que eu quero é ser beijada por ele, aqui e agora.
Tenho conhecimento de que minha boca está ficando seca a cada segundo e que o jeito que ele me olha, não me ajuda muito a esperar. Seus os olhos estão brilhando em desejo, um verde escuro mas ainda sim, um lindo verde.
- Não me peça para repetir de novo. - eu resmungo e juro que ele geme, literalmente geme. Não é algo novo para mim porque entre esses meses, pude ouvir alguns gemidos espontâneos de Harry. Não pensem muito, nunca fomos além de beijos e toques discretos. Ele nunca foi desrespeitoso comigo e eu estou surpreendida com a sua paciência. Ele sempre pareceu ser um rapaz tão.... Ativo. Mas é incrível o que eu sinto sobre isso, sobre ele ser tão paciente comigo.
Eu admito que eu gosto de ouvir esses sons da parte dele, são estimulantes e mesmo que essa não seja a primeira vez que ouço, ainda me entorpece a forma como eles soam em meus ouvidos.
- Foda-se. - ele geme antes de pressionar seus lábios contra os meus. Sua língua adeentra minha boca com facilidade e eu suspiro o acompanhando. É mais que um alívio sentir o seu gosto saboroso de hortelã e ter a sua língua habilidosa contra a minha.
Eu ainda me sinto uma droga de inexperiente nisso às vezes. Queria poder tão boa quanto ele é, mas enquanto estou aqui, saboreando o seu gosto e a textura macia do seus lábios, eu esqueço disso e foco em acompanha-lo da melhor maneira.
Tudo envolta parece um zumbido para os meus ouvidos e tudo que eu consigo ouvir perfeitamente são as nossas respirações desreguladas e os nossos suspiros. Isso é um som perfeito para mim.
Os cabelos dele são sedosos em minhas mãos. Eu ainda não tenho ideia do que fazer com as minhas mãos ao não ser isto, mas posso dizer que isso o agrada tanto quanto a mim.
Nossas bocas se movem lentamente, em um beijo intenso e torturante. Minha língua desce para o seu lábio inferior involuntariamente e ele estremece, apertando a minha cintura contra a dele, como se pudesse fundir os nossos corpos em um só. Não sei ao certo porque eu sinto uma tensão abaixo do meu estômago, mas sinto. E não é a primeira vez.
Não conto realmente quanto tempo o beijo dura mas os meus pulmões imploram por oxigênio e eu percebo que os dele também, pela sua respiração pesada. Quando eu começo a parar o beijo devagar, ele geme de novo e eu suspiro, segurando o seu rosto em minhas mãos. Seus lábios estão inchados e vermelhos quando olho entre um beijo e outro. Eu acredito que os meus estejam assim também e que talvez seja por isso que ele tira os olhos deles agora.
Harry descansa o seu rosto na volta do meu pescoço, e o seus braços me apertam contra ele, me abraçando. Deixo minhas mãos em seus ombros e apoio o meu queixo no mesmo, enquanto normalizamos nossas respirações.
É suposto eu sentir vergonha agora, mas no entanto, me sinto satisfeita e orgulhosa de mim mesma pela minha atitude. É uma grande evolução minha e no nosso relacionamento fazer isso. Parece pouco para quem vê de fora, talvez até patético, mas ele e eu sabemos que não é.
Minhas demostrações em público pedem muito de mim, na maioria das vezes. Ainda tenho problemas com as pessoas em geral e com o que elas pensam mas eu realmente precisava fazer isso por ele e por mim.
- Obrigado. - ele diz contra o meu pescoço e não evito um sorriso.
- Não tem que agradecer.
Harry se afasta levemente de mim para poder me encarar. Seus olhos são intensos como habitualmente e consigo ver um sorrisinho lindo em seus lábios inchados.
- Preciso sim. Eu sei que é difícil para você me beijar em público, bem, fazer qualquer coisa. Eu gostei muito disso, e eu sei que você fez isso por mim.
- Era o mínimo. - encolho os ombros. - Eu queria... fazer algo por você. Algo que você gostasse, e eu sei que você queria isso. Eu achei que iria gostar....
- Céus, é claro que eu gostei. Se esse é o seu presente de aniversário para mim, eu amei, só para você saber. - ele diz sorrindo e eu riu levemente.
- Que bom, mas eu ainda vou te dar um presente de verdade ok?
- Você sabe que não precisa. - ele coloca o meu cabelo para trás do meu ombro e seu polegar se movimenta sobre minha bochecha lentamente, enquanto sua outra mão está me segurando pela cintura contra ele, para que eu não caia.
- Mas eu quero.
- Eu realmente não preciso de muito quando tenho você. - ele sorri e eu coro. - Mas se você faz tanta questão, tudo bem.
- Eu faço. - sei que ele está rindo porque estou igual a uma criança entusiasmada. - Pare de rir de mim. - bato no seu peito de leve.
- Hoje é o meu aniversário, eu posso.
- Você já disse isso umas dez vezes. - reviro os olhos.
- Eu ainda continuo podendo. - reviro os olhos. - Mas..... Talvez, se você me der outro beijo, eu possa te deixar escolher onde vamos almoçar, apenas talvez hein.
- Eu não me importo, você pode escolher. - dou de ombros despreocupadamente e ele abre a boca na sua expressão dramática.
- Saiba que minhas opções podem não te agradar.
- Eu duvido. Vai ter algo comestível?
- Claro.
- Então não tem problema. - ele ri levemente e eu sorrio de volta. Harry pressiona seus lábios contra os meus, em um beijo rápido e logo depois me encontro rindo verdadeiramente de qualquer bobagem infantil que ele estava dizendo.
Estou me divertindo tanto que até penso que essa não sou eu mas rapidamente me lembro que é por causa do Harry. Tudo por causa dele. É por causa dele que eu estou tão feliz, é por causa dele que eu me sinto completa, é por causa dele que eu tenho melhorado, é por causa dele que eu sorrio tanto como nunca sorri em toda a minha vida, e é por causa dele que eu estou me apaixonando.
Não sei quando descobri isso, talvez seja quando ele sorriu e eu percebi naquele momento o quanto adorável ele conseguia ser. Talvez foi quando ele me abraçou e juntou as partes quebradas dento de mim, talvez foi quando ele me beijou e me faz sentir uma infinidades de sentimentos, ou talvez foi quando ele insistiu em mim, me mostrando quem ele realmente é.
Eu realmente não sei quando e como me apaixonei por ele, mas sei que não poderia encontrar outra pessoa mais divina do que Harry styles.
Obrigada por lerem!❤️
Desculpe-me qualquer erro.
Comentem e votem please.