• M E U F A C Í N I O •

By Ella_Hel

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[ Romance Gay ] Johnny Miller, um garoto de 18 anos, capitão do time da escola, popular e extremamente imp... More

• Fascínio •
• Garoto estranho •
• Olhares •
• Novos sentimentos •
• Primeiro beijo •
• Ciúmes •
• Me beije •
• O seu jeito •
• Gosto de você •
• Insegurança •
• Sentimentos à deriva •
• Stanley •
• Emilly •
• O azul dos seus olhos •

• Eles sempre voltam •

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By Ella_Hel

                     

      ______________ ••• ______________

                        •| Johnny |•

Pode falar — ele me incentivou novamente.

       Declan parecia bastante curioso, considerando sua expressão. E eu estava um tanto nervoso para falar sobre aquilo.
       Se tinha um assunto que eu evitava sempre, era esse. Nem mesmo com Dona Rosa eu conversei sobre isso, até meu pai eu cheguei a fugir.

       Convencer o Dr. Miller de que eu estava bem, foi difícil. Meu ex psicólogo enchia a cabeça do meu pai dizendo que eu precisava de tratamento e que uma hora ou outra aquele meu jeito impulsivo e obsessivo de ser, causariam grandes problemas. Eu apenas pedi para ele confiar em mim, e assim tem sido.

      Mas se eu for arriscar tudo, para tentar algo com Declan, sinceridade era de extrema necessidade, especialmente sobre isso.

      Fixei meu olhar no seu antes de falar.

Eu...  Tenho transtorno obsessivo. —falei sério sem delongas.

       Inicialmente seu olhar era de curiosidade, seguido de algo inexpressivo. Eu estava cada vez mais nervoso.

Agora você pode dizer algo. —falei devagar ainda olhando pra ele, que agora fitava o chão. A opinião dele era de extrema importância pra mim.

O que é exatamente issoVocê tem uma espécie de toc? —ele perguntou ainda inexpressivo.

Sim, assim como algumas pessoas tem obsessão por limpeza,  eu tenho por pessoas, as que importam pra mim. — falei procurando algum vestígio de compreensão.  —Eu sei que não é um sentimento muito bom, mas eu melhorei muito nos últimos anos e...

— Johnny —ele me interrompeu antes de continuar. —Está tudo bem, não precisa explicar, eu estarei aqui pra te ajudar.

   Queria eu acreditar que era tão fácil assim,mas eu sabia que não.

É mais sério do que você pensa Declan.  As pessoas acham que isso é...

shiiiiele se aproximou de mim e deu um leve sorriso. —fico feliz que tenha me contato isso, mas percebi que é bastante ciumento. Eu não me importo

      Ali estava. A ignorância que todos tratavam aquele assunto, achando que se tratava de um simples ciúmes. O quão inocente Declan era, estava bastante evidente.

Não se trata apenas disso. Quem dera fosse. —falei me levantando da cama e olhando a hora. Dona Rosa devia estar ouvindo a conversa atrás da porta, ou havia acontecido algo na cozinha, pois ela ainda não tinha nos chamado pra jantar.

Mas você tem o controle sobre isso, certo?  —ele se levantou também e começou a observar as fotos na parede direita do meu quarto.

Hoje, sim, na maior parte do tempo. Mas isso sempre poderá vir a tona, pois nunca sairá de mim. —falei me lembrando das palavras do terapeuta que frequentava um ano atrás.
Posso não fazer bem a você.

Eu confio em você. Obrigado por me contar, você poderia ter ocultado isso de mim.  —ele se virou pra mim, deu um sorriso fraco e me abraçou.

Fico feliz em saber que confia em mim. — falei com meu queixo em sua cabeça que estava sobre meu peito, aceitando seu abraço.

     Ficamos naquele abraço por um longo minuto, em um silêncio profundo e necessário.

     Estava incrivelmente mais aliviado por ter contado pra ele. Aos poucos ele iria saber tudo que ele precisava. Infelizmente isso era apenas a ponta do iceberg.

      Fomos interrompidos por batidas na porta. 

Meninos, a janta está pronta. Venham logo.  —Dona Rosa apenas colocou a cabeça sobre a porta e deu uma piscadela antes de sair. 

      O resto da noite foi incrivelmente agradável. Dona Rosa contou toda sua história para Dec,  que também entrosou bastante nas conversas. Trocavamos olhares e sorrisos a todo instante. Olhar para ele me deixava hipnotizado, não só pela beleza, mas também pelos gestos que ele fazia e seu meigo sorriso. Conversamos bastante em como seria daqui pra frente, iríamos com calma,  descobrir mais sobre esse sentimento.

        Aproveitamos e fizemos rapidamente o trabalho de geografia que era para entregar no dia seguinte.

     No final da noite levei Declan em casa e nos beijamos intensamente antes dele sair do carro e entrar em casa com um sorriso gigante no rosto.



***

       ______________ ••• ______________

      ( Dia seguinte)...

Como assim você está gostando do Declan?  Mike me olhava surpreso.

    Estávamos sentados no refeitório, no intervalo das aulas. Mike sentado de frente pra mim, Pitter ao seu lado, e Paul do meu lado.

Sim, eu sei, parece surreal. Mas é a verdade, ainda não é namoro oficial, mas estamos juntos.  —falei forçando um sorriso. Aquilo era surreal até pra mim,  dias atrás eu não imaginava isso nunca.

Cara, que casal fofo vocês fazem. —Pitter era o único que sorriu com a minha notícia. Balancei a cabeça em negação com a risada dele.

Mano, não consigo acreditar!  —disse Paul olhando pra mim incrédulo.

Nem eu.  —falei olhando para Mike,  que se mantia calado, fitando a mesa.

Você é hétero, nunca conheci alguém safado igual você,  já ficou com tantas meninas, desculpa, mas não consigo entender isso Johnny. —ele falou antes de se levantar da mesa e se distanciar rapidamente para fora do refeitório.

Ele precisa de tempo, não se preocupe. —Paul sussurrou ao meu lado. —E se o que sente por ele te faz bem, você tem todo meu apoio. —continuou antes de se distanciar indo atrás de Mike.

Johnny, que coragem, com a reputação que você tem, isso foi realmente muito corajoso.  —falou Pitter dando um assobio.  —Tenho orgulho de você. 

— Vocês são meus melhores amigos, precisava contar.  —falei ainda preocupado com Mike, não esperava aquela reação.

Claro. Isso me fez lembrar a época que meu irmão se assumiu, foi uma confusão.  —disse ele pensativo.

Sua família o aceita bem? —perguntei curioso.

Minha mãe e eu sim, meu pai nem tanto...— o celular dele começou a tocar em cima da mesa, com "Alec" escrito na tela.  —Preciso atender, até mais tarde Johnny. —ele pegou o celular, fizemos o típico toque do nosso grupo e ele saiu todo apressado já atendendo a ligação.

       Aquilo realmente estava acontecendo? Percebi que mesmo tendo sentimentos por Declan, continuava sentindo atração por corpo feminino, e eu realmente gostava de beijar e transar com mulheres. Sempre gostei. Então eu poderia ser considerado um bissexual talvez...

       Meus pensamentos são cortados violentamente por uma visão não muito agradável para mim. Merda!

     Logo a frente, já olhando pra mim estava minha ex, Emilly. A cada passo dela a vontade de soca-la era maior. Ela estava com uma calça jeans justa, dando valor ao seu corpo perfeito, uma blusa verde básica com um decote enorme, não era muito magra, nem gorda. Seus cabelos loiros eram naturais e os olhos castanhos. 

— Johnny.  —ouvir aquela voz chata, era de arrepiar qualquer corpo. — Quanto tempo meu bem.

— Vá a merda Emilly. —ela fingiu se assustar, em seguida sorriu ironicamente. Nem me dei o trabalho de olhar pra ela, e já estava me levantando para ir embora.

Ei, relaxa grandão, você vai me ver muito aqui ainda.  — ela disse se pondo na minha frente bloqueando a minha passagem.

Estou sem paciência nenhuma pra você hoje, então dá o fora. —falei o mais ríspido que pude.

Ok, ok. —ela ficou séria.  —Mas saiba que isso aqui —falou apontando para minha parte íntima —ainda vai entrar muito em mim. —ela se aproximou mais e eu a empurrei devagar e sai bufando.

    Sai sem olhar para trás, ela era louca por sexo, e tudo que tínhamos era isso, sexo e mais nada. Eu gostava, não vou negar, ela não me dada problemas, não me cobrava carinho ou romantismo, e nem presentes no dia dos namorados, era apenas sexo, dos mais selvagens e brutos que pudesse ser. Mas tinha acabado porque ela foi sacana comigo, sabendo que Eddie era meu inimigo de infância ela tinha o chamado para apaziguar os ânimos fazendo sexo a três. Aquilo foi a gota d'água pra mim, e agora essa "vagabunda"  estava de volta.

     Porém toda minha atenção era de outra pessoa agora. Assim que sai do refeitório, fui para a sala, seria a última aula de um professor novo, de biologia. Entrei e segui para meu lugar, atrás de Declan, ele estava lendo, me aproximei devagar.

Ei. — falei dando um selinho nele e me sentando em seguida, sem me preocupar com os poucos alunos que estavam na sala.

Ora, já estamos assim.  —ele se virou me olhando sorrindo, se divertindo com aquilo.

Com certeza!  Contei para os meninos sobre nós. —falei mantendo nosso olhar.

Que bom, e como reagiram?  —perguntou parando de sorrir.

Pitter amou, Paul foi compreensivo e Mike nem tanto. —ele deu um sorriso sem mostrar os dentes e fitou o chão por alguns segundos.

Podia ter sido pior. Dê tempo ao tempo e tudo ficará bem.  —Declan tocou de leve minha mão que estava sobre a mesa.

É, eu sei. —suspirei forte e fomos atraídos para um barulho na porta, o novo professor estava entrando na sala. Ele era alto, não mais que eu, tinha o cabelo castanho mel e olhos claros, não sabia definir se verde ou azul, ombros largos e músculos definidos em baixo daquela roupa social. Parecia ter na faixa dos 25 anos talvez.
      Olhei para Declan que estava estático, olhando para ele de uma forma diferente, não sabia se era surpresa ou medo.

Bom dia alunos, eu sou o Stanley Smith, o novo professor de biologia...



***  

_______________________________

Capítulo fresquinho pra vocês amores, e agora o Stanley ta na "área" Haha, os ex estão de volta.

o esqueçam de votar e comentar.

A música da mídia é Traces - Hipnotized 😍

Qualquer erro ortográfico, me falem, o corretor é traiçoeiro.

Até o próximo, beijos❤

      
    

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