Picture of an Alpha

By QuaaseGay

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- Eu quero que você queira me beijar. - Mordeu o lábio inferior e olhou para o chão. - Então, quando você qui... More

Breve Introdução
Prólogo
Lycan University
Um encontro inesperado
Você ainda me deve um beijo.
Por que você foi embora?
Conversas
Por que você é assim?
Tentando falar de sentimentos
Cuidados com quem se ama
Quero me entender com você
Detesto falar de sentimentos
Buscando ajuda
Perdidas em um mundo só nosso
Grite somente para ela
Mal entendidos
Fresco, como chuva.
Se for ficar, seja firme.
Um segredo meu, agora é nosso
O primeiro passo.
Sorrisos que durarão até a manhã seguinte
Senhor, me ensina a nadar
Contemplar a vida
Ver o mundo através de seus olhos
Minha alfa
Festa, emoções, adrenalina.
A mais intensa sensação
E eu tentarei... Consertar você
Alegria de viver
Faz sentido sentir medo?
E para você, o que é ser bem sucedido?
Eu encontrei um amor para mim (Epílogo)

Todos esses anos

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By QuaaseGay

CHEGAAAAAAAAAYYYYYYY

Olá amoresss!! Antes do cap, vamos à alguns avisos. 

1 - Já postei o prólogo de uma das próximas fics. 

2 - É Lauren Alfa.

CALMA! Eu sei que muitos aqui gostam de C alfa, eu também gosto, mas eu queria escrever uma com a L, então escrevi. Para agradar quem matou minha Lauren Alfa antes mesmo de nascer - que como uma fenix ressurgiu. - Terá mais uma fic Camila Alfa, mas essa eu só postarei quando terminar Picture. 

Se tiverem curiosidade, dêem uma passadinha lá para ler, chama-se Growing Up <3

e geeeeeeeeeeennte... O QUE FOI ELE ENSAIO DA LAUREN PRA PLAYBOY? TÔ SEM FÔLEGO ATÉ AGORA!

Sem mais delongas, DIVIRTAM-SE!

*----------------*------------------*-------------*

Camila

Lauren estava tranquila ao meu lado, nós havíamos acabado de sair da consulta médica, em que o doutor passou exames para ela fazer e tirou algumas dúvidas a respeito da gravidez.

Olhei minha ômega que fitava a paisagem lá fora, a qual passava cada vez mais rápido conforme eu acelerava pela avenida praticamente vazia. Ela estava linda e confesso que mal posso esperar para vê-la com a barriga grande, não tenho dúvidas de que ela será a grávida mais linda do mundo.

O rádio tocava uma música desconhecida por mim, baixinho, apenas para fazer som de fundo. Ouvi um suspiro cansado e me preocupei, comecei a acelerar o carro ainda mais, para que ela pudesse chegar logo e descansar.

- Não precisa correr tanto. - Ela sorriu ao falar. - Prefiro chegar atrasada nessa vida do que adiantada na outra.

Não pude deixar de sorrir com sua fala, tirei o pé do acelerador e aos poucos o velocímetro foi descendo.

- Desculpe.

- Onde vai com tanta pressa? - Virou-se para mim e apoiou a mão em minha coxa.

- Quero chegar logo, você precisa descansar. - A olhei rapidamente e vi um sorriso feliz em seus lábios.

- Não precisa correr por conta disso.

- Desculpe. - Limpei a garganta. - Meio que já virou costume.

- Falando nisso, você não foi naquela corrida que Dinah te chamou. - Arqueou uma sobrancelha.

- Eu falei que não iria. - Pontuei.

- Você não foi, só porque não queria me levar? - Notei um certo desapontamento em sua voz e isso me fez olhar para ela rapidamente mais uma vez.

- Não fui porque não quis. - Expliquei. - E também não te levaria, caso eu fosse.

- Posso saber o porquê?

- Se você não estivesse grávida, eu te levaria sem problema nenhum. - Suspirei. - Ninguém iria mexer com você, as pessoas que vão lá, vão pelos carros e pelos carros do que pelos ômegas. Se você estiver comigo, não tem problema.

- E então?

- Acontece que essas corridas são ilegais. E algumas vezes a polícia aparece. Não é sempre, porque ninguém denuncia, mas pode acontecer.

- E você acha que isso prejudicaria a minha gravidez?

- Acho que seria uma descarga de adrenalina muito grande. Fora que, pode ocorrer brigas, algumas tão feias que podem gerar sangue. - Ela fez um som nasal, enquanto pensava no que eu dizia. - Não vou te levar em um lugar assim.

- E se eu quiser ir? - Ajeitou-se melhor em uma posição. - Machine me levaria.

- Machine não te levaria. Eu cuidaria para que isso não acontecesse.

A morena bufou e pude sentir o quanto ela estava começando a ficar irritada. Eu precisaria aprender a lidar com essa variação de humor. Minha medicação estava me ajudando com isso, junto com o tratamento, eu sentia que cada vez mais tinha meu autocontrole em mãos.

- Você não pode me dizer aonde ir.

- Não posso, mas vou. - Ela rosnou baixinho e eu me segurei para não rir. - Você é teimosa demais, mas agora não está mais solteira. Você está comigo, é minha mulher e mãe do meu filho.

Reduzi a marcha conforme nos aproximávamos de uma curva.

- Vou cuidar de você, quer queira quer não.

- Eu amo quando você cuida de mim. Mas essa é uma parte sua que eu quero conhecer. Sei que vai parar de correr quando o bebê nascer. - Acariciou minha coxa mais uma vez. - Quero conhecer esse lado, antes dele sumir. Já perdi muito da sua vida, Camila. Não quero perder mais nada.

Terminei a curva e estacionei no acostamento, ligando o pisca alerta em seguida.

- Amor, eu vou pensar nisso, ok? - Falei olhando em seus olhos. - Não prometo que te levarei, mas pensarei no assunto.

- Apenas me mostre você!

- Amor, não é questão de mostrar ou não. É um lugar que tem seus riscos, não vou deixar o amor da minha vida em um lugar sem que eu tenha certeza que-

Não pude concluir a frase, os lábios dela haviam colidido com os meus e suas mãos puxaram minha nuca. Retribuí o contato na mesma intensidade, eu nunca me acostumaria com o quão apaixonante poderia ser o beijo de Lauren.

- Já que eu terei que me contentar com esse seu "vou pensar" - Fez aspas com os dedos, ao afastar-se um pouco. - Você terá que me compensar de alguma forma.

- Lá vem. - Liguei o carro novamente e soltei o freio de mão.

- Você poderia responder algumas perguntas minhas. Já que eu sou o amor da sua vida. - Dei risada de seu jeito dengoso.

- E o que o amor da minha vida quer saber?

- A sua playlist no spotify, para quem é?

- Duas perguntas, primeiro, sério que você não sabe? E segundo, você ainda lembra disso?

- Eu perguntei primeiro, você tem que me responder amor. E sim, eu lembro, nós brigamos ao som de Ed Sheeran, tem noção?

Soltei uma risada ao lembrar daquilo, em uma música onde a maioria dos casais se beijariam, Lauren e eu tivemos uma discussão.

- Precisamos melhorar isso. - Ela falou e se aproximou de minha orelha. - Vamos fazer amor ao som de Ed Sheeran? - Sussurrou com aquela voz rouca deliciosa e desceu beijos pelo meu pescoço.

- Vamos.

- Ótimo. - Voltou-se a se sentar corretamente no banco. - Agora responde a minha pergunta?

- Para você, Lauren. - Confessei. - Queria me lembrar de você.

Senti minhas bochechas corarem fortemente ao confessar isso. Eu senti a euforia dela dentro de mim e logo eu fui tomada pela mesma alegria. Eu amava sentir as emoções dela, pois isso mostrava o quão profunda era nossa ligação.

- Todos esses anos, você se lembrou de mim?

- Sim. - Suspirei. - Eu não pensava que voltaria a te ver, mas gostava de lembrar de como você me fazia sentir. Gostava de lembrar de meu coração acelerado toda vez que você entrava na escola.

- Você estava sempre no portão esperando seus amigos.

- Você. - Falei rapidamente.

- Como?

- Eu ficava no portão esperando você. - Corei mais. - Foi assim que descobri que estava doente, você passou dois dias sem ir e então ouvi Normani falar para Keana que você estava gripada.

- E então eu passei a receber trufas todos os dias.

- Sim. Com diferentes recheios, pois só chocolate é enjoativo.

- Como sabe disso? - Sua voz saiu incrédula.

- Você estava na fila da cantina e estava decidindo o que comer. Queria um doce. Ally falou para você pegar uma trufa e você disse que não porque só tinha de chocolate e chocolate demais era enjoativo.

- Você prestava atenção no que eu falava... - Sussurrou. - Sempre achei que não dava a mínima, você nunca demonstrou algo, a não ser naquela aposta que até hoje eu não acredito que perdi.

Comecei a rir e estacionei o carro em frente o dormitório. Lauren passaria a morar comigo no início de dezembro, ela só não se mudaria agora porque estavam tentando transferir Alice para o quarto dela, assim Ash não teria que ficar com um colega desconhecido.

- Do que está rindo? - Perguntou ao sair do carro junto comigo.

- Bom, você não perdeu aquela aposta. - Dei de ombros e continuei andando, mas ela parou no meio do caminho. Parei e me virei para ela. - Você não vem?

- Como assim eu não perdi aquela aposta, Camila? - Franziu o cenho e cruzou os braços, me fazendo engolir seco.

- Ah... Eu... Paguei Shawn para bater a corda no seu pé. - Dei dois passos para trás, só por precaução.

- SABIA! - Ela pulou e sorriu. - Eu sabia que jamais perderia! Você trapaceou? - Andou até mim, me dando tapas. - Sua cafajeste trapaceira!

Dei risada de sua atitude e agarrei sua cintura, beijando aquela boca maravilhosa que ela tem.

- Trapaceei e trapacearia de novo. - Um beijo. - E de novo. - Outro beijo. - E de novo, não me arrependo.

- Mas... Você não me beijou.

- E não beijaria. Naquele dia eu tive coragem de me declarar para você. Quando discutimos ao som de Ed Sheeran. - Ela sorriu. - Eu te disse que só tinha ido atrás de uma garota. Foi você, eu era imatura demais, aquela foi a única forma que eu encontrei de chegar em você.

- Eu fiquei muito surpresa com a sua proposta. - Mordeu meu lábio inferior. - Mas estava confiante.

- Sim, eu sabia o quão boa você era e também sabia que era teimosa. - Fez uma careta e eu ri. - Então, com algumas provocações você aceitaria a aposta.

- Mas... Como pagou Shawn?

- Com muita dor no coração, eu dei meu taco de baseball favorito. - Lauren arregalou os olhos e abriu a boca, não consegui prender o riso, sua cara estava hilária.

- Você andava com aquilo o tempo inteiro, tinha ciúmes. Era importante para você.

- Naquele momento, havia algo mais importante.

[...]

O professor falava e falava, mas eu não prestava atenção. Acordei de madrugada com uma ereção enorme, desejando Lauren com tanta intensidade que fiz algo que há muito tempo não fazia, me masturbei.

Desde quando ganhei fama na faculdade, não precisei mais fazer esse tipo de coisa, afinal, quando a vontade de transar vinha, eu tinha uma lista de ômegas mais do que dispostos. Mas agora não era simplesmente vontade de transar, era vontade dela, de minha ômega.

Depois que acordei, não consegui mais dormir e fui jogar videogame, o que me causou um cochilo no sofá e quando despertei novamente, eu estava atrasada. Me aprontei às pressas e corri para a faculdade.

Por conta disso, não consegui ver Lauren e isso deixou-me um pouco irritada. Eu sabia que havia ômegas pegando no pé dela e isso não era nada bom, por isso decidi que ficaria ao seu lado sempre que pudesse, para evitar que ela fosse desrespeitada.

[Teimosa] Amor, me ajuda! Venha até o banheiro do corredor Omega 5, no quinto andar.

Aquela mensagem havia me deixado preocupada, mas ao mesmo tempo, curiosa. O que diabos ela estava fazendo em um corredor deserto no horário de aula? O quinto andar ficava apenas o estoque de materiais de todo o Instituto de Artes, ninguém ia lá a não ser para pegar alguma coisa.

Saí da sala e corri para o elevador, apertando o botão diversas vezes como se isso o fizesse andar mais rápido. Quando cheguei ao andar, corri para o banheiro, não sentia nada de ruim, então talvez minha ômega não estivesse se sentindo mal.

A curiosidade me movia, talvez ela tivesse ficado trancada lá dentro.

Abri a porta do banheiro e logo ela pulou em meu colo, beijando meus lábios com gana, enquanto suas mãos puxavam meus cabelos e arranhavam minha nuca.

- Amor... - Tentei pará-la. - Amor, o... o que houve?

- Cala a boca e me fode, Camila. - Rosnou para mim.

Ela não precisou falar duas vezes. A coloquei no chão e abri a calça jeans, colocando meu membro para fora. Aquele demônio de olhos verdes mordeu o lábio e andou até a pia, apoiando as mãos ali e ficando de costas para mim, ela sorriu e balançou a bunda.

Vagabunda.

Fui atrás dela e levantei sua saia, Lauren estava sem calcinha. Me controlando ao máximo para não meter com força, entrei devagar, gemendo ao sentir meu pau invadir aquela cavidade quente e apertada.

- Não acredito que saiu da aula para transar, senhorita Jauregui. - Dei um leve tapa em sua bunda.

Minha ômega apenas gemia quando nossos olhos se encontraram pelo reflexo do espelho, aqueles brancos lindos que me mostravam o quão entregue ela estava. Comigo não era diferente, meus olhos estavam totalmente pretos.

- Mais... Forte... - Ela resmungou, mas desde nossa última transa, eu havia decidido não fazer mais assim, já que eu poderia machucá-la.

O médico também disse que a força deveria ser controlada, afinal ela estava grávida e isso requer cuidados em tudo, inclusive no sexo.

Então ao invés de meter com força, aumentei a velocidade e levei uma mão ao seu clitóris, para fazê-la gozar mais rápido. Minha ômega gemeu mais alto, eu era louca pelos gemidos dela, aliás, não tinha nada nela que não tirava minha sanidade.

Minha Lauren era perfeita, tudo nela era perfeito.

Ela não demorou para gozar e eu vim junto com ela. Segurei em sua cintura e a puxei para mim, beijando-a com carinho e sorrindo contra seus lábios. Peguei um pouco de papel para que ela pudesse se limpar e assim que estávamos novamente apresentáveis, ela beijou meus lábios com carinho.

- Desculpa interromper sua aula, mas eu precisava gozar. - Mordeu meu lábio e saiu do banheiro, fazendo-me segui-la como um cachorrinho.

A abracei por trás e enchi seu pescoço com beijos, fazendo-a rir e o som de sua risada acelerou meu coração, como era bom ouvi-la rir daquela forma.

- Chame sempre, amo te ver gozar. - A abracei mais apertado e cheirei seu pescoço, sendo invadida pelo seu cheiro doce em seguida. - Preciso voltar para aula.

Fomos andando por todo o corredor dessa forma, ela tentou se soltar, mas eu sempre a puxava e a beijava.

- Preciso voltar também, mas minha aula é tão chata. - Entramos no elevador. - Amor, eu estive pensando... Vai comigo contar para os meus pais?

Fiquei surpresa com a súbita mudança de assunto. Tratei logo de me recompor e olhei em seus olhos.

- Claro que sim, amor. - A puxei para mim, estava cada vez mais difícil ficar longe de Lauren. - Nós podemos ir no recesso de fim de ano, o que acha? Se você quiser ir antes-

- Não. - Ela me interrompeu rapidamente. - Eu quero me dedicar somente à faculdade...

- Sabe que não adianta adiar o inevitável, terá que contar para eles. - Encostei nossas testas. -Só propus esse dia porque é quando a primeira parte do meu tratamento terá fim.

- Eu acho melhor irmos no fim do ano mesmo. Assim não prejudica seu tratamento, nem meus estudos e eu tenho tempo para me preparar...

- Fora que a senhorita precisa fazer os exames. É semana que vem. Estou ansiosa, quero saber se nosso pequeno alfa está bem. - Espalmei minha mão em sua barriga.

- Pequeno alfa? - Ela arqueou a sobrancelha. - Quem disse que será alfa? Quem disse que será menino?

- Ora, eu estou dizendo. - Respondi. - Já pensou em um nome?

- Sinceramente, não... - Mordeu o lábio. - É complicado pensar nisso, tem que ser algum que nós duas gostamos.

- Façamos assim. - A virei para mim. - Nós almoçamos juntas naquele restaurante que você diz amar... Conversamos sobre nomes e depois vamos ao cinema com suas amigas. - Ela sorriu para mim. - Que tal?

Nessa hora, a porta do elevador abriu, nos obrigando a sair dali.

- Acho ótimo. - Deu um rápido beijo em meus lábios. - Até mais tarde, amor.

Nem me deixou responder e saiu andando pelo corredor, rebolando aquela bunda maravilhosa que eu sabia estar sem calcinha.

PORRA ELA ESTÁ SEM CALCINHA!

[Eu] Lauren, veste a calcinha AGORA!

Guardei o celular no bolso e voltei para a minha sala, subindo os degraus até sentar-me ao lado de minha amiga, que estava prestando atenção ao que o professor falava. Cristina era muito dedicada, não faltava às aulas e sempre anotava o conteúdo.

- Sua ômega está bem? - Perguntou sem tirar os olhos da lousa digital.

- Sim, está. - Respondi simples e voltei a olhar para o professor.

- Aposto que você cuidou bem dela. - A olhei e vi um pequeno sorriso em seus lábios. - Seu zíper está aberto.

Imediatamente olhei para baixo e subi o zíper de minha calça, sentindo minhas bochechas corarem e minha amiga prendeu a risada.

[Teimosa] Para quê? Você vai ter que tirar depois...

Bufei baixinho ao ler aquela mensagem.

[Eu] Eu não me importo em tirar depois, pode vestir.

Digitei rapidamente e bloqueei o celular. A aula estava monótona e eu não via a hora daquilo acabar. Eu estava um pouco preocupada com Lauren, na verdade, alguns ômegas ainda pegavam no pé dela e quando a barriga começasse a aparecer, eles seriam ainda mais invasivos.

Ridículo como as pessoas gostavam de cuidar da vida dos outros, como se fosse da conta deles a minha vida com Lauren.

- Vai na festa amanhã? - Cris perguntou para mim, tirando-me de meus pensamentos.

- Sim. Lauren que muito ir. - Comentei, suspirando ao notar que não tinha nenhuma fantasia.

- Eu vou de Cleópatra. - Cris falou sorrindo.

- Nossa, vai ficar um espetáculo! - O professor finalizou a aula e começamos a guardar nossos materiais. - Vai ficar com vários alfas.

- Eu queria ficar só com uma. - Olhou em meus olhos e eu achei melhor olhar para meus cadernos. - Não vou esconder que gosto de você. Mas saiba, estou feliz que você esteja se curando e que ela esteja te fazendo feliz. - Voltei a olhar em seus olhos. - Você merece muito ser feliz, Mila.

Sorri e a puxei para um abraço apertado. Cris sempre esteve do meu lado, nos conhecemos logo no primeiro semestre de curso e nos desde então, sempre fomos próximas. O sexo não estragou nossa amizade, pois ambas priorizavam isso acima de qualquer coisa.

Ela era uma boa amiga e eu fico aliviada em saber que ela apoia a minha relação com Lauren, seria difícil ter que deixar de ser amiga dela, uma vez que não abriria mão de minha ômega.

A garota me apertou mais contra si e deu um beijo em minha bochecha, eu deveria ter falado alguma coisa depois desse gesto, mas senti o cheiro da minha mulher e quando virei em direção à porta, vi Lauren com os olhos marejados. Não tive tempo de dizer nada, ela se virou e foi embora.

Olhei novamente para Cristina que tinha o cenho franzido.

- O que você tá fazendo aqui ainda? – Falou indignada. - Vai atrás dela!

Nem pensei em minha mochila, apenas corri como uma louca pelo corredor apinhado de alunos atrás da minha mulher, que andava cada vez mais rápido. Fui esbarrando em várias pessoas e desci as escadas para o andar debaixo, quando cheguei, a vi no meio do corredor.

Corri mais depressa e pude notar que muitos dos que estavam ali, haviam parado o que estavam fazendo para prestar atenção em mim. Segurei no braço de Lauren e a puxei para mim, a beijando em seguida.

Sua boca tinha um sabor salgado, meu coração doeu ao saber que ela estava chorando e pior, por conta de bobeira. No início ela se debateu e tentou se soltar, mas depois se rendeu e passou os braços ao redor de meu pescoço.

Mordi levemente seu lábio e puxei até soltá-lo, abri os olhos devagar e sorri ao ver que ela ainda os mantinha fechado. Mas tão logo nos soltamos, ela virou a mão na minha cara.

- Você é a maior cafajeste do mundo, Karla Cabello! - Exclamou com fúria, enquanto descia os braços em mim. - Eu odeio você, odeio! Onde que eu estava com a cabeça, para me envolver com você?

Eu não entendia de onde vinha tanta fúria, eu apenas desviava seus golpes com a mão e sorria para ela, mas aparentemente, isso só a deixava ainda mais furiosa. Lauren era tão incrível que até assim ela ficava linda.

Segurei em sua cintura e a prensei contra a parede do corredor, olhando diretamente em seus olhos e a fazendo parar, pelo menos por um tempo.

- Me solta! - Exclamou.

- Nunca.

- Vai lá agarrar sua amiguinha. - Sorri para sua cena de ciúmes, era tão ridícula que depois ela se envergonharia.

- Your hair's grown a little longer. - Levei minha mão aos seus cabelos. - Your arms look a little stronger. - Apertei seu braço e arranhei, descendo até sua mão. - Your eyes just as I remember. - Mergulhei em suas esmeraldas, que agora brilhavam em... Amor? - Your smile's just a little softer.

Mesmo tendo passado tanto tempo, algumas coisas nela não haviam mudado, a intensidade que morava nela ainda estava ali. Nunca havia me esquecido da primeira vez em que meus olhos cruzaram com os dela.

- Pare... - Sussurrou. - Eu estou brava com você. - Sorri.

- And I, and I never prepared for a moment like that. - MInha mão foi para seu rosto, que acariciei com cuidado. - Yeah, suddenly it all came back, it all came back.

- 'Cause after all these years. - Ela sussurrou para mim. - I still feel everything when you are near. And it was just a quick hello, And you had to go...And you probably will never know...

- You're still the one I'm after all these years. - Completei.

- Essa música... Que golpe baixo, Karla... - Sorriu e de seus olhos saíram lágrimas. - Você é uma idiota...

Ela encostou sua testa na minha e roçou seu nariz no meu, me fazendo sorrir, feliz por ela estar em meus braços. Selei nossos lábios em um beijo carinhoso, mas intenso.

E quando estávamos prestes a nos perder em nosso universo particular, Machine gritou, estourando nossa bolha.Cristina gritava junto de meu amigo tatuado e Dinah apenas negava com a cabeça, sorrindo. Como alfa, eu sabia que ela havia ouvido tudo e eu tinha dito a ela que ainda cantaria para Lauren, quando a mesma estivesse brava.

Muitos estudantes nos olhavam, um tanto surpresos por me verem tão rendida à uma garota, tinha certeza que pelo menos todos os alfas ali haviam escutado tudo. Sinceramente, eu não me importava, porque aquela garota era Lauren. E eu era mesmo rendida, não poderia ser diferente, eu sou apaixonada por ela.

Sob os olhares de muitos alunos, segurei em sua mão e a puxei para fora do prédio, tirando-nos de lá o mais rápido que eu podia, até que começamos a correr e em segundos estávamos ofegantes, correndo pelo gramado.

Parei e a puxei para um beijo que ela retribuiu com muito amor.

- Desculpe por aquela cena. - Suspirou contra minha boca. - Eu não sei o que deu em mim, apenas fiquei irritada ao te ver com ela... E ainda tem esses ômegas que ficam enchendo a minha paciência sempre que podem...

- Está tudo bem meu amor, está tudo bem. - Selei nossos lábios rapidamente. - Que tal sairmos daqui, comermos um lanche e depois escolhermos nossas fantasias para a festa?

- Acho uma ótima ideia! - Exclamou animada.

Virei de costas para ela e fiz sinal para que ela pulasse em mim. Lauren saltou e eu prontamente a segurei, seus braços envolveram meu pescoço e recebi um beijo suave na bochecha, enquanto eu a carregava até o carro.

Fomos até uma hamburgueria, pois ela havia comentado que estava com vontade de comer isso ontem à noite. O doutor falou que ela deveria comer alimentos saudáveis, mas acho que um lanche não a faria mal, aliás, se eu não a deixasse comer, aí sim seria um problema.

- Amor, você tem alguma noção do que vai vestir? - Perguntou após mastigar uma batata frita.

- Vou de mulher gato. - Falei brincando, mas a julgar pela forma que seus verdes brilharam, ela havia gostado da ideia.

- Nossa, vai ficar tão linda! - Comentou.

- Você acha? - Tomei um gole do refrigerante. - Eu falei brincando.

- Vou amar te ver vestida assim. - Mordeu o lábio e depois fitou o tampo da mesa com o cenho franzido. - Me desculpe mesmo por aquela cena.

- Está tudo bem, amor. - Suas bochechas coraram, era de se imaginar que ela se envergonharia depois.

- Não está... - Suspirou. - Eu estava indo em direção à sua sala e uma garota falou que você estava se agarrando com a Cristina. - Olhou para mim. - Eu não acreditei, apenas ignorei e continuei andando, mas aí eu cheguei lá e te vi com ela... - Bufou e mexeu no cabelo. - Eu fiquei irritada.

- Eu vi que ficou irritada. - Segurei uma de suas mãos por cima da mesa. - Mas está tudo bem agora. E eu fico feliz que não acreditou.

Ela sorriu e voltamos a conversar amenidades, para então seguirmos para uma loja especializada em fantasias. Como era semana do Halloween, todos os lugares portavam suas decorações.

Não foi difícil para mim encontrar minha fantasia, mas minha ômega enfrentava grande dificuldade, nada para ela estava bom e ela cismou de que queria ser a mais linda da festa. Não adiantou falar que ela poderia ir vestida de árvore que ainda seria a mais bonita, ela era teimosa demais.

Cansei de esperar e cansei ainda mais de tentar ajudá-la, já que Lauren sempre discordava de mim, então saí da loja e sentei-me num banco em frente o estabelecimento. Fiquei olhando o movimento lá fora até a madame sair com uma sacola em mãos.

- Finalmente, amor. - Me levantei para ir até ela. - O que comprou? - Tentei olhar dentro da sacola, mas ela tirou de minha visão e me empurrou com uma mão.

- Você verá amanhã. - Seu sorriso malicioso só me deu uma única certeza.

Eu estava fodida.

*--------------*-------------*--------------*

O que acharam? Próximo cap é a festaaaaa uhuuuullll!!!!!

Beijos e até qualquer diaaaaa <333


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