Agente Morgan 3

By ThaQuake

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Encarar uma traição nunca é fácil... ainda mais quando foi ela que te levou a ser uma ameaça mundial. Natasha... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Nota
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Despedidas
Agente Morgan 4

Capítulo 47

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By ThaQuake

-Você está linda minha filha.

-Obrigada Luiz, mas você é meu pai, seu elogio não conta.

-Você está linda meu amor. - diz Alfie.

Faço uma careta, subindo as escadas da casa branca.

-Muito melento, Kansas.

-Posso apostar que ela fez uma careta. - diz Sara.

-E você ganhou, Sara. -diz Luiz.

-Essas escadas nunca acabam? - murmuro impaciente. -E parem de futricar no meu ouvido! Onde está Miller?

-Bem aqui. - responde ela.

-Ótimo, estamos entrando. - anuncia Luiz.

Assim que entramos, Luiz me conduziu até um local estratégico do salão. Nem tão a mostra, e nem tão escondido. Perfeito para atrair a atenção apenas daquele que desejavamos.
Aceito uma taça de champagne oferecida pelo garçon, e beberico a bebida enquanto ouvia as instruções de Jack.

-Vocês estão ai apenas para fazer contato. Quando conseguirem, saiam imediatamente. - murmura.

-Onde está o presidente? - questiona Miller.

-Ele ainda não chegou. - responde Luiz, dando uma pequena olhada ao nosso redor. -O que acha de uma dança?

-Esse truque é velho e óbvio, pai.

-Sim, mas muito eficaz.

-Tudo bem, mas não diga que não avisei.- digo, concedendo minha mão, e deixando que ele me arrastasse até o centro. - Essas festas são sempre tão entediantes.

-Não há muito o que se fazer num lugar desses.

-Até a música dá sono.

-E então? Por que não foi nos visitar? Desde que tudo acabou, você nunca mais procurou a mim e a sua mãe.

-Eu sei... as coisas andam muito corridas.

-Tudo bem, nós entendemos, Jack no mantem informados de tudo o que acontece. Mas sentimos sua falta... principalmente sua mãe. - ele revira os olhos - Ela diz que está bem, mas você sabe como ela é...

-Prometo fazer uma visita, só que... não agora.

-Já pensou no que fazer?

-Ah? - indago confusa.

-Quando tudo isso acabar.

-A verdade? Não. Mas sei lá... acho que vou continuar trabalhando para o FBI.

-É isso mesmo o que você quer?

-O presidente.

-Você quer o presidente? - questiona confuso.

-Não! O presidente chegou! - digo, vendo-o descer as escadas com a primeira dama.

Luiz para a dança, vendo que a música também foi pausada pela chegada de Snoolk. Ele sorria para todos os lados, cumprimentando os convidados com um aceno de cabeça e apertando as mãos mais próximas, tudo isso, sem desgrudar de sua mulher, que entrelaçava seu braço ao dele.
A música é novamente ouvida, e os casais que anteriormente dançavam no centro, voltaram a rodopiar enquanto meu pai descidiu me puxar para um lugar mais tranquilo.

-Não vamos falar com ele? - indago.

-Snoolk provavelmente sabe que você trabalha para Dylan, Natasha. Vamos ficar aqui, até que ele mesmo decida se aproximar.

-E quanto tempo isso vai levar?

-Não faça perguntas idiotas, Morgan. - murmura Miller.

-Por que ela te chama pelo sobrenome? - sussura meu pai.

-Longa história... Onde está Alfie? - indago, estranhando o seu silêncio.

-Aqui amor! - se manifesta.

Faço uma careta.

-Você tem que parar com esses apelidos, é um mais péssimo que o outro! -reclamo.

-Pensei em ser carinhoso... - murmura.

-Me chame de Natasha.

-Posso chamar de Tasha?

-Não, só o Táu pode. - debocho.

-Que história é essa de amor?! - intervém Luiz.

-Natasha? Você não contou? - questiona Jack.

-Pela reação dele, acho que não... -diz Sara.

-Tem algo que deva saber, Natasha?! - indaga ele.

Reviro os olhos.

-Estou namorando sua filha, sogrão!! - responde Alfie.

-Não me chama assim, garoto! - murmura. -É o que? Quando me contaria isso? Vocês não se odiavam?!

-Ironias da vida. - debocha Noah.

-Como você já sabe, andei meio sem tempo.

-Estamos no século XXI, Natasha! Já ouviu falar de celular?

-Para de chilique, as pessoas estão começando a olhar. Você nunca foi do tipo ciumento.

-Não estou com ciúmes, mas bravo por ser o último a saber!

-Tecnicamente, a Alexia seria a última a saber. - corrige Jack.

-Tabom, já deu. Tenho dezenove anos, não preciso mais da sua permissão para namorar, não que tenha precisado antes... Esqueci de te dizer. ok. errei. satisfeito?

-Eu...

-O presidente está vindo. - interrompo.

Snoolk se aproximava de vagar, esbanjando um sorriso amigável na nossa direção, passando levemente as mãos no cabelo que apontava o tom grisalho. Agradeci internamente por vê-lo interromper a conversa antes que alguma confusão fosse gerada. Sinceramente, depois de meses sem falar com o meu pai, não quero que a nossa primeira conversa seja uma briga, e muito menos que o meu relacionamento com Alfie se torne o motivo.

-Agente Morgan! Fico feliz em vê-la!

-Snoolk! posso chama-lo assim, não é?- questiono, vendo-o acenar com a cabeça. - Minha mãe não pode comparecer, e meu pai fez o convite.

-Luiz! Você tem uma ótima filha! - murmura, apertando a mão do meu pai.

-Como vai Paul? - questiono, lembrando do garotinho que salvei á alguns anos.

-Otimo! Já está um rapaizinho! É um grande fã seu!

-Fico feliz de saber que ele esta bem! -sorrio. -Mas infelizmente, não foi para aproveitar a festa que vim.

Ele franze a testa, prestando claramente mais atenção á conversa.

-Estamos quase lá! - grita Simon. -Enrola ele!

-Posso saber o motivo? -indaga.

-Bem, acho que você já sabe, não é?

-Não estou entendendo Srt. Morgan...

-Vou ser mais clara. Estou aqui por Dylan.

-Está trabalhando pra ele?

-Não se faça de bobo, você já sabe que sim!

-Então por que precisa de mim?

-Quero um contato. Preciso falar com ele, mas não tenho nem sequer um número.

-Se ele não lhe deu o telefone, não posso fazer isso.

-Ah... você vai fazer sim. Nós dois sabemos o quanto você está sujo! Esse salão está cercado do que? Generais? Militares? Garanto que qualquer um deles gastaria o seu tempo só para ouvir a história de um presidente corrupto.

-É a sua palavra, contra a minha.

-Conseguimos! Estou enviando para o celular! -grita Noah.

-Na verdade, são as minhas provas contra a sua palavra.

-Impossível!

Retiro o celular do bolso interno da roupa do meu pai, e viro a tela de modo que o presidente pudesse enchergar o vídeo, que já era transmitido.
Pouco a pouco, conforme o video avançava, Snoolk foi abandonando a postura rigida, substituindo-a por uma tensão palpável.

-E então, mais alguma dúvida? Garanto que essa não é nem a metade das provas que tenho. Posso te afundar em um piscar de olhos.

-Pega leve, ele ainda é o presidente. - aconselha Miller.

Snoolk retira um celular antigo do bolso do terno, daqueles modelos descartáveis e me entrega.

-Faço contato por esse telefone. Ai estão os números.

-Não quero seu telefone, só os números. - murmuro copiando a lista de contatos para o meu celular. -Prontinho! Foi bom negociar com você, senhor! Ah, e pra sua segurança, não diga nada a Dylan sobre isso.

-Agora vocês já podem se retirar.

-Que grosseiro! Sorte a sua que odeio esse tipo de festas. -digo sarcástica.

-Vamos, Natasha. - intervém meu pai, me puxando pela mão. -Não consegue manter essa boca fechada?

-Não reclama não! A culpa é sua... genética, esqueceu?

Abro a porta do carro, entrando com dificuldade no lado do acompanhante. Sim, ele vai dirigir. Não quero causar nenhum acidente tentando guiar um carro com esse vestido incomodante, se é difícil ver os pés, imagina os pedais?!

-Simon, acabei de enviar os número para o seu telefone... vou desligar os comunicadores. - murmuro, rancando o aparato da orelha sem esperar por resposta. - Quer dizer alguma coisa?

-Como sabe que...

-A sua linguagem corporal - intervenho.

Ele sorri, orgulhoso.

-Você está aprendendo... só queria pedir desculpas... tranformei uma notícia boa de um namoro em motivo de discussão.

-Está desculpado, mas sinceramente? Não entedi porque você agiu daquela forma!

-Perdi anos da sua vida. Te conheci com quinze anos e passamos pouco mais de um ano como pai e filha até você sumir novamente. A última vez que á vi, tinha dezesseis anos! É difícil me acostumar com a ideia de que não precisa mais de mim, e que os anos que precisou, não estive lá. E quando você finalmente volta, está longe... não estou te culpando, de jeito nenhum! Só quero que me entenda, ok?

-Você soube a vida toda da minha existência.

-Já conversamos sobre isso.

-Eu sei, quero dizer que não somos estranhos. Somos pai e filha. E isso ninguém muda. - murmuro convicta. - Agora, podemos parar com o momento sentimental? Vamos fazer um programa de familia! Você liga pra Alexia?

-Claro, mas onde vamos?

-Beber! Conheço um ótimo bar!

Ele ri.

-Você com certeza, não é normal.

-Percebeu isso agora, vovô?




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