walking the wire | lwt+hes

By alterhstyles

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Em seus dezessete anos, Louis nunca pensou que encontraria acolhimento entre tinta negra, agulhas e um pouco... More

avisos/saudações
[1.en] • no angel
[2.to] • daddy issues
[3.tre] • so it goes...
[4.fire] • black beauty
[5.fem] • medicine
[6.seks] • talk me down
[8. åtte] • gangsta
[9.ni] • cherry
[10.ti] • the blackest day
[11.elleve] • honey baby
[12.tolv] • A.M

[7.syv] • guys my age

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By alterhstyles

[n/a]: ola meus anjosss, aqui com mais um att

eu tenho 3 (?) avisos pra vcs, é mt importante então leiam pelo amor de god.

vou começar com a ruim logo, gente, eu tô no último ano do ensino médio e sei que parece uma desculpa esfarrapada, porém, além de vestibulares pra eu estudar, ainda tem um projeto de dança pra agosto na minha escola que tô participando e vale nota, ou seja, a próxima att provavelmente só vai rolar lá pelo fim de agosto/começo de setembro.......espero q vcs me entendam, fora que ainda não conclui a fic.

a segunda é que criei uma playlist pra fic, eu já tinha ela faz tempo e já era pra eu ter soltado no 5°cap, porém a burra só lembrava depois de ter postado att, então, quem quiser, o link vai estar no meu perfil.

e a última, eu queria dizer que esse é meu cap favorito supremo de toda a fic, vcs não tem noçao do quanto eu gosto desse cap, espero que vcs gostem da mesma forma que eu, é isto sz, boa leitura.

até a próxima <3

Guys my age don't know how to treat me...

Lembrar de como Louis havia conhecido Niall, definitivamente era uma das suas recordações preferidas.

No sétimo ano do ensino fundamental, Louis só tinha uma amiguinha chamada Susan, mas isso acabou muito antes do que ele esperava, já que a menina de cachos ruivos e olhos castanho retornou para o seu lar de origem na capital da Rússia, em Moscou.

Ele fora notificado no final de semana, dois dias antes das suas aulas começarem pelos seus pais, que conversaram com os pais da menina, já que insistiram em avisar para o de olhos azuis, tendo conhecimento do quanto a menininha era próxima dele.

E ele chorou tanto pelo resto do final de semana, afirmando continuamente que não iria para a escola nem forçado.

Mas no final da tarde do sábado, seu pai chegou em casa com as correspondências, e uma delas era a da avó de Louis, que tinha o neto como o seu preferido – apesar das vezes confundir o nome dele com o de Charlotte, por algum motivo inútil que Louis não sabia até hoje – e a sua avó mandou uma boina vermelha, da cor do short do Mickey Mouse para ele, que amou desde o primeiro segundo que o viu. Junto com uma carta, Jay leu para o filho, contando que a sua vó estava empolgada e muito feliz por Louis começar as aulas novamente, e que quando fosse o primeiro dia de aula, era para mandar uma foto do garoto usando o presente com o uniforme escolar.

Pode-se dizer que esse foi o único impulso para Louis ir para a escola na segunda, deixar a sua avó feliz, por causa de uma foto que seria enviada no mesmo dia para ela.

Louis lembra da hora do recreio, quando estava com sua lancheira com diversos lanches gostosos que sua mãe havia preparado com todo carinho e amor possível, caminhava pelo parquinho de diversões que tinha na escola, procurando algum lugar o mais distante possíveis de grupinhos que poderiam lhe importunar por estar sozinho. E pelo fato de ser o primeiro dia, geralmente as crianças eram tímidas o suficiente para se enturmar de uma hora para outra e irem brincar no parquinho até o sinal bater, então a sua escolha para poder lanchar sozinho lá no ambiente foi algo muito inteligente.

Quando chegou perto dos balanços, notou somente um garotinho rechonchudo com o cabelo liso castanho, ele se aproximou com destreza no balanço, sentando no vazio ao lado do garoto, que agora Louis pôde perceber que estava chorando. Talvez, por medo de incomodar, ele não falou nada, simplesmente ficou ali e começou a abrir sorrateiramente o fecho da sua lancheira, retirando um pão com pasta de amendoim e um suco de uva de caixinha, mas a questão é que, Louis estava se agonizando com o fato do garoto estar chorando ao seu lado, não conseguia ter concentração para comer e, ao invés de simplesmente sair andando para procurar outro lugar silencioso, ele só virou para o garoto gordinho ao seu lado e perguntou:

– Por que você está chorando? – A voz de Louis saiu um pouco raivosa, mas com certeza a curiosidade era maior, talvez quando ele era criança, seu jeito brando para lidar com os outros era bem menos do que hoje em dia, mas ele não tinha noção de como pesar o teor das suas palavras naquele tempo, afinal.

– Os garotos do nono ano pegaram o meu lanche... – Disse entre choros, virando o rosto bochechudo e rosado para Louis, tentando controlar as lágrimas e revelando os olhos azulados e cintilantes do mesmo. – E eu não como desde às oito.

Louis era desligado o suficiente para saber que só foram duas horas de diferença desde a última refeição de Niall, já que eles chegavam para a escolinha às oito, e a hora do lanche era as dez; então pode-se dizer que o moreno de franjinha lisa pensou que era uma catástrofe, achando que Niall não comia por uns dois, ou três dias?

No entanto, a primeira coisa que ele fez, foi guiar com as mãos o sanduíche para Niall, que olhou de forma estranha para o Tomlinson, mas não pensou muito em abrir um sorriso e aceitar o oferecimento de comida. Desde criança Louis nunca foi de comer muito de qualquer jeito, então, enquanto Niall se contentava com o sanduíche que Louis havia lhe oferecido, ele prevaleceu feliz com os bolinhos de chocolate e o suco de uva em mãos; Foi quando o assunto começou, perguntas básicas sobre vídeo games e aquela coisa toda de criança, acabou que quando o sinal bateu, eles se despediram tristemente, já que teriam que voltar para a sala de aula, só que os dois eram lerdos – até hoje – para perceberem que estavam sentados praticamente lado à lado na mesma sala, e Louis lembra de como os olhinhos azulados de Niall brilharam ao ver o coleguinha do lanche, e ele estava da mesma forma, é claro, tanto que eles sorriram e trocaram um abraço contente, contando o quão estavam felizes por estarem na mesma sala. Se naquele dia tivesse alguma câmera gravando os dois, seria a coisa mais fofa que a internet poderia ver.

– Você realmente não contou para ele? – Harry aparece do banheiro com os dedos subindo o zíper da skinny jeans, despertando Louis do seu transe, que estava sentado na beirada da cama roendo as unhas de puro nervoso; ao ouvir a pergunta, o garoto balança negativamente a cabeça, voltando a encarar o nada. – Porra, Louis.

Aconteceu que, a primeira coisa que Louis fez, foi voltar correndo – claro que derrubando algumas gotículas de suco pela casa toda – para o quarto de Zayn, avisando que ele teria de atender a porta porque, seu melhor amigo estava ali por algum diabo de motivo que Louis não conseguia decidir qual era, mas a chance do loiro possivelmente saber que ele estava lá, era a que estava no topo diante das outras. Mas Zayn acabou fazendo o que Louis pedira, onde depois o moreno saiu correndo para o cômodo em que Harry estava dormindo na intenção de se esconder até saber o que Niall queria, mas graça aos gritos intencionais do outro tatuador, afirmando que Niall queria ver o Harry, o de olhos azuis suavizou e começou a sacudir o Styles, acordando-o meio desesperado sem pensar nas consequências ou até mesmo sentir como se estivesse sendo cruel com o cacheado por acordá-lo assim.

E agora Harry acordou com certa tristeza, indo fazer a sua higiene e colocar uma roupa decente para atender o irlandês, foi quando Louis passou os próximos cinco minutos sentado na cama roendo o resto das unhas que tinha, alternando a batida do seu coração com as paranoias em sua cabeça, Niall estar procurando diretamente Harry, poderia ser bom, huh?

– Você já decidiu o que vai fazer? – Harry insiste de novo, ignorando o mal entendido entre eles mais cedo, suavizando a voz quando se dirigia para o garoto. Louis olha para o tatuador, piscando as orbes azuis semelhantes ao oceano, balançando a cabeça negativamente de novo com o total de zero ideias passando na sua cabeça. – Bom, se meu melhor amigo sabe que estou no mesmo lugar que ele e eu não, e não se atrevesse a falar um simples "oi" para mim, eu ficaria extremamente puto e daria um soco certeiro no seu nariz.

– Mas nós brigamos um pouco mais cedo antes de eu sair da casa! – Louis explica. – E ele ainda deve estar puto comigo.

– E o que você fez para ele? – Pergunta, impedindo Louis com um gesto de mão no mesmo segundo que abriu a boca para falar. – Tanto faz agora. Talvez você possa saber o que está acontecendo lá pela sua casa, aí você para de torturar a si mesmo com os seus pensamentos.

– Eu não sei...

– Tudo bem, Louis. – Harry bufa, passando a mão entre os fios cacheados um pouco perdido. – Mas seja o que lá ele veio fazer aqui, é bom você pensar em alguma alternativa rápida para que possa tomar e não se arrepender depois, certo?

Styles saiu do quarto e fechou a porta, deixando Louis soltar um suspiro pesado e preocupado, era a segunda vez naquele dia que ele encostava a orelha em uma porta para ouvir uma conversa alheia, mas daquela vez o motivo poderia ser necessário, então, ele ouvira Harry cumprimentar Niall, onde a voz do loiro foi ouvida segundos depois, o moreno conhecia o melhor amigo o suficiente que além de Niall estar alegre, ele estava nervoso, e bem, o motivo era bem óbvio, já que ele ouviu as palavras dirigidas ao cacheado sobre poder tatuá-lo naquele dia, e Harry ficou em silêncio por alguns segundos, antes de concordar com a ideia e chamar o irlandês para o seu estúdio.

Após alguns minutos, Louis decidiu sair do quarto, agradecendo ao ver a cozinha e a sala em silêncio total, caminhou até o estúdio de Harry, onde a porta estava com uma pequena brecha para o cômodo, ele não conseguiu ver muita coisa, já que Niall estava sentado no sofá e Harry de frente para o computador.

Louis dá um sorriso mínimo enquanto abraça ao próprio corpo enquanto fita o chão, lembrando de qual tatuagem o melhor amigo iria fazer; tratava-se de um violão em forma de floresta negra – ou assustadora, nunca soube definir muito bem o que realmente era aquilo – mas, a ideia, ou melhor, plágio, veio do canto Shawn Mendes que brotou no mundo pop e com certeza fazia as menininhas gritarem em desespero pelo seu talento ou, de uma forma mais certa, pelo seu corpo musculoso e o rosto bonitinho.

E Niall poderia ser considerado uma dessas fãs malucas de catorze anos, Louis não estava julgando, obviamente, o cara tinha músicas boas e fazia muito sucesso, mas quando o loiro atrapalhou Louis do seu sono o ligando duas horas da manhã para falar da maldita ideia que ele teve da tatuagem, o Tomlinson simplesmente gritou um "vai tomar no cu" bem alto e pleno, porque não importava a situação, se não fosse extremamente grave – do tipo vida ou morte – atrapalhar o sono dele era definitivamente a pior coisa que poderiam fazer.

Quer ver o próprio diabo na terra? Acorde Louis Tomlinson por algo que não seja digno de fazê-lo abrir os olhos, e pronto! Esse foi o tutorial de hoje.

Louis estava torcendo mentalmente para que o amigo tenha trocado de ideia de onde a tatuagem seria, porque de acordo com o ultimo combinado deles, seria na panturrilha, afirmando que ficaria bem melhor que nos seus braços magrelos, já que para Niall, tinha as pernas mais musculosas – Não que Louis achasse isso, para ele, Niall sempre teria as pernas finas de uma gazela – por conta do futebol que ele jogava na escola, e que ele só iria fazer uma tatuagem em outra parte do corpo quando deixasse de parecer um palito; mas a questão na verdade não era essa, fazer tatuagem na panturrilha poderia ser quase o mesmo sentimento de ter um pau na sua bunda sem lubrificante, não é a melhor opção de lugar para a primeira tatuagem.

E como Louis sabe disso? Bom, ele não sabe. Mas os dois podem concluir por um dos amigos do colégio, Mike, que tatuou as relíquias da morte – muito original – na panturrilha, e sendo drama ou não, o garoto tinha ficado sem ir para escola por uns três dias, dizendo que não conseguia apoiar a perna da tatuagem no chão sem sentir dores, Louis sabe que era drama até demais, mas não deixava de ser verdade que fazer tatuagem ali doía para caralho.

Por final, a ideia de Niall fazer uma tatuagem não era realmente tão atrativa para o amigo, tanto que ele riu por uns dez minutos quando o irlandês disse com força e garra que faria uma tatuagem, achando que era brincadeira de primeiro de abril ou coisa do tipo. Porque a única coisa que veio na mente do Tomlinson foi quando os dois tinham quatorze anos, Niall tinha pegado alguma virose e preferiu que Louis lhe acompanhasse ao invés dos seus pais para que pudesse estar lhe confortando no momento em que uma das injeções com um dos remédios mais potentes furasse a sua bunda seca e pálida.

– Podemos começar, então? – Harry pergunta sugestivo, a voz pouco abafada pela máscara cobrindo sua boca e o nariz.

– C-claro. Certo... eh, os seus equipamentos são limpos? – Niall gagueja, a voz carregada com nervosismo e medo. – Não estou te julgando! É porque, não sei, vai que você... Bom, esqueça, onde que eu fico?

Era errado achar graça do melhor amigo numa situação dessas, mas Louis se controlou e muito para que não soltasse uma gargalhada por conta do desespero de Niall.

– Relaxa, Niall. Eu tenho prática e te digo que você me deixa um pouco nervoso assim, já que é outro menor de idade que estou tatuando. – Oh, de fato era. – A responsabilidade parece maior, já que se eu fizer alguma merda, não vai ser só por você ouvir seus pais reclamando da tatuagem, mas também porque ela pode estar feia.

Por que soa como se ele soubesse que Louis está atrás da porta ouvindo tudo? É uma troca de jogos já que o de olhos azuis foi um idiota com Harry?

– Você tatuou o Louis, não? – Niall diz incerto. – Louis Tomlinson, ele é meu melhor amigo...

Com um aperto em seu coração, Louis sorri, porque apesar de saber que Niall com certeza estava puto com ele, não negava o fato de que eles ainda eram melhores amigos.

– Oh sim, ele parece ser do tipo de pessoa complicada, sabe? Eu tenho duas bolas, mas nenhuma é de cristal. – Harry aumenta o tom quando vai se referir a Louis, porque ele simplesmente sabe que ele está do outro lado da porta, parecia que estava falando diretamente com ele, já que um silêncio veio como de resposta pela parte de Niall. – Digo, quando ele veio fazer a tatuagem, acho que ele pensou umas quinhentas vezes se faria ou não, antes de eu finalmente colocar a agulha na pele dele, mas se não fosse por um impulso meu, eu não saberia de forma alguma o que ele queria dizer com as poucas palavras como resposta. Vou começar, certo? Continua falando que vai te distrair.

– O-ok, certo. – Louis consegue imaginar a cara de desespero de Niall duplicando nesse momento, um breve silêncio começa, até o barulho da máquina ecoar, o moreno não consegue identificar alguns resmungos que saem da boca do tatuador, já que foram baixas e direcionadas exatamente para o loiro. E quando aparentemente Harry começa a traçar o desenho na pele, alguns gemidos de dor escapam dos lábios do irlandês, acompanhado por uma sequência de palavrões como "porra, caralho, buceta, pau no meu cu". – Mas, o Louis, vocês tipo, conversaram? Caralho. Você viraram amigos ou... Puta que pariu!

– Você não sabe? – Harry pergunta retoricamente. – Bom, você ficou com o Zayn naquela festa e eu fiquei com ele.

– Sério? Sabe que eu nem liguei os pontos? – Uma risada desesperada saiu da boca do irlandês, estava meio chorosa na verdade. – M-mas, a gente meio que brigou, porque tipo, combinamos de virmos juntos para tatuar, só que minha mãe me acordou horas antes avisando que iríamos para o aniversário da minha avó, e eu me senti a própria Hannah Montana naquele filme dela, porque nós realmente fomos parar no meio do mato, em um sítio dela, e tipo... – Uma pausa para que um gemido doloroso prolongado escapasse dos seus lábios. – Tipo, a Hannah acaba furando com um compromisso importante que ela tinha, e foi a mesma coisa com Louis, e ele está com raiva de mim.

– Belo exemplo de metáfora, Niall, muito bem, continue.

– Fora que no filme a melhor amiga dela está com raiva dela, e eu me identifiquei, sabe? Acho que fiz uma cagada e tanto sobre não conseguir avisar Louis adequadamente. – Niall choraminga e funga o nariz, é sério que ele estava chorando? – Me desculpa, Harry. Eu estou comparando meu problema com Louis com o filme da Hannah Montana, não assassinei sua infância, certo? – O cacheado murmura algo em negação, confortando Niall. – Eu sei que estou errado, mas quando voltei para a cidade, fui até a sua casa e o seu pai me recebeu na porta, eu nunca gostei dele, é um filho da puta tóxico para toda a família do Louis, mas enfim, ele disse que o Louis tinha ido passar umas duas semanas na Itália com uns primos do sobrenome estranho algo do tipo Kargachinskiy, foda-se, e retornaria antes do ano novo! Mas o aniversário dele é na véspera do natal, e Harry, você não sabe o quanto eu estava ansioso para dar o presente dele, que é um...

No mesmo segundo em que Niall falaria o que era seria o seu presente, Louis tampou os ouvidos com uma rapidez extrema, o que fez ele enrolar os pés de forma desajeitada, tombando para o lado e abrindo a porta do estúdio, um baque alto foi ouvido entre a porta e o sofá, não dando chances para que Niall não visse o desastre de perceber que o melhor amigo estava ali, ao invés de estar com os primos na Itália com o sobrenome Kargachinskiy – que Louis não fazia a mínima ideia de quem eram – revelando a sua presença apartamento do tatuador que estava concentrado na panturrilha pálida de Niall, na verdade, que estava segundos atrás, já que os dois olharam por impulso para Louis na porta, e a forma que Harry olhou para o teto, aparentemente agradecendo pela sua chegada, concluindo que Louis estava mais certo estar ali do que estar escutando tudo atrás da porta, mas Niall simplesmente o olhava com as sobrancelhas franzidas e olhos molhados por conta das lágrimas que caíram dos seus olhos.

- Louis? – A expressão confusa permanece nos olhos com a cor do mar do caribe de Niall, alternando olhares entre o moreno e o tatuador. – Ele é seu primo e aqui é a Itália? – Pergunta, apontando para Harry. O irlandês leva alguns segundos para raciocinar, o que Louis esperava, uma suposição certa, mas não. – Espera! Você pegou o seu primo?!

Às vezes conversar com Niall era a mesma coisa que falar com uma porta.

- Claro que não, Niall! – Louis revira os olhos. – Harry não é meu primo.

– Ah sim. – O rosto de Niall suaviza. – Porque se fosse, eu ia jogar na sua cara tudo que você me falou de ruim só porque eu dei um selinho na minha prima de segundo grau.

– Eu vou deixar vocês conversarem... Depois continuamos, certo loirinho? – Harry pergunta para Niall, que balança a cabeça positivamente, o tatuador levanta da banqueta e abaixa a máscara no seu nariz com um dos dedos para baixo, deixando-a um pouco caída no seu pescoço, Louis conseguiu visualizar perfeitamente uma cena pornô em que Harry é um médico e vai tratar um paciente de forma especial, que no caso era ele. –...finjam que não estão me vendo sair.

Harry diz com um tom meio divertido, tentando aliviar a tensão que surgia aos pouquinhos no estúdio, na qual deixou a sala poucos segundos depois, fechando a porta com calma, dando privacidade para os dois.

– E então? – Niall é o primeiro a falar alguma coisa, o rosto corando por alguma confusão de sentimentos acontecendo na sua cabeça, Louis evita olhá-lo, mordiscando o lábio inferior enquanto abraçava o próprio corpo e fitava o chão novamente. – Você ainda está com raiva de mim?

Louis franze as sobrancelhas quando levanta o olhar para o amigo, esperando algo como; um surto de raiva vindo do loiro pedindo por explicações, já que se ele não está na Itália com os primos desconhecidos pela parte de Louis, o que diabos ele estava fazendo naquele momento no apartamento do cacheado? Mas a primeira coisa que ele pergunta é se o melhor amigo está com raiva dele.

– Não. – Louis diz simplesmente. – É isso? Você não está curioso para saber porque eu estou aqui?

– Claro que estou! – Ele responde como se fosse óbvio, ficando de pé perto da maca de tatuagem. – Mas, se você soubesse da existência de primos com o sobrenome tão escroto, você já teria me contado e teríamos rido por umas duas horas. – O irlandês ri, colocando as mãos no bolso da bermuda preta que chegava até o joelho. – Só que uma explicação não seria nada ruim.

O moreno de olhos azuis suspira tristemente, pedindo para que Niall lhe acompanhasse até o sofá e pudessem conversar com tranquilidade, como Louis não gostava de relembrar detalhadamente dos fatos de dias atrás, encurtou a história e contou o que era essencial para Niall, sobre a carta da sua mãe, o desgosto que seu pai sentira por conta da tatuagem que o filho tinha feito, e bom, a sua pequena "fuga" desconhecida por Austin, resumindo tudo que Harry tinha feito para ele nesses últimos dias, que estava lhe dando acomodação e um pouquinho mais do que Louis imaginava, o loiro sequer ficou surpreso com a confissão de que os dois estavam vivendo boa parte em uma tensão sexual fodida, e que agradecia aos céus porque agora Louis iria ter uma transa decente simplesmente por sugerir que Harry não tinha cara de inexperiente.

– Pelo menos agora você vai vir contar para mim o quanto foi bom ao invés de estar ao prantos por estar com a bunda assada, não é Lou? – Niall debocha, desviando do tapa vindo do amigo, outra gargalhada escapando dos seus lábios. – Porra! É brincadeira.

– Vai se foder, Horan. – Louis revira os olhos, cruzando os braços no outro lado do sofá. – Pelo menos eu não me considero meio gay simplesmente porque não deixo nada entrar na minha bunda.

– Ei, eu já te expliquei quinhentas vezes isso! – O irlandês retruca com raiva, parando no mesmo momento em que Harry adentra no quarto com um olhar sugestivo para os dois. –Oi, Harry.

– Podemos continuar? Daqui a pouco tenho outra sessão marcada. – O cacheado explica, voltando a colocar os óculos de armação transparente nos olhos, maldito filho da puta lindo. – Vocês podem ficar conversando, não irei atrapalhar.

– Não terminei com você ainda, Ni. – Tomlinson aponta de forma ameaçadora para o amigo, que revira os olhos e começa a marchar até a maca de tatuagem onde estava deitado meia hora atrás, o moreno começa a segui-lo, já que tinha a intenção de ficar por perto com o processo da tatuagem. – Hey. – Diz em um sussurro tímido para o Styles, o tatuador impede que Louis continuasse a andar, agarrando sua mão com pouca força e logo dando um aperto carinhoso, encara as orbes verdes, acompanhando o movimento de um dos seus olhos, piscando para Louis junto com um sorriso sacana nos lábios.

Fora a piscadela e o sorriso sugestivo que Harry havia lançado para Louis, obviamente flertando com ele em silêncio no estúdio, saber que o cacheado estava olhando para a sua bunda quando Tomlinson caminhou até um banquinho reserva de convidados que estava perto de Niall, suas bochechas queimaram timidamente pelo acontecimento, odiava a si mesmo quando se entregava tão fácil para o tatuador.

Harry pareceu meio disperso, perdido nos próprios pensamentos quando voltou a tatuar Niall, porque bem, ele encarou Louis por quase um minuto completo após ter uma visão bem privilegiada de ter o moreno na sua direção exata, e a forma que Harry estava olhando para Louis, fazia o mesmo querer se enfiar no buraco, porque não era nada decente e mal conseguia imaginar que tipos de pensamentos o cacheado poderia estar tendo quando olhava daquele jeito para Louis, só que ele foi obrigado a voltar a se concentrar no serviço, já que Niall voltou a tagarelar com Louis sem se preocupar com a presença alheia, visto que o melhor amigo era a única distração para que o irlandês não acabassem em prantos de lágrimas por conto do desespero da primeira tatuagem.

Mas outro tipo de preocupação e confusão de pensamentos voltou para a mente de Louis, porque Niall havia contado como tinha sido quando ele foi até a casa de Louis procurá-lo, e o fato de seu pai ter recebido o loiro e dizer que o filho estava viajando para a Itália, era de fato algo que realmente não fazia sentido, porque Louis lembra como o pai estava com fogo nos olhos de tanta raiva que ele estava por Louis ter feito a tatuagem, além da determinação dele de levá-lo à uma clínica de remoção de tatuagens, que merda estava acontecendo dentro daquela casa?

Ele estava ficando atordoado por conta das poucas informações, estava preocupado com a sua mãe e seus irmãos, não sabia do que seu pai era capaz de fazer, mas já que Niall alertou que se ele estava "viajando", eles poderiam não ter chamado a polícia como causa do seu sumiço, certo? No dia seguinte, criaria coragem e ligaria para uma das suas irmãs, precisava de um up no seu papel no meio daquilo tudo.

Se não fosse por Louis, Niall teria inundado todo o estúdio de lágrimas dolorosas por conta da tatuagem, que pelo menos, chegou a ser concluída com êxito pelo Styles, e apesar de tudo, a ideia de Niall com uma tatuagem era algo que Tomlinson nunca iria se acostumar, mas a sua felicidade após vê-la no espelho, foi a mesma reação de uma criança que está em prantos de choro doida por doce, e quando aparece um pirulito enorme na sua frente, um sorriso angelical e apaixonado pelo doce surge nos seus lábios, Niall não foi uma situação muito diferente.

– Promete que vai me ligar se precisar de alguma coisa? – Niall pergunta, os dois já estavam na porta pela futura despedida daqui alguns minutinhos, agora Niall estava querendo chorar por achar que não estava apoiando nesse momento difícil de Louis o suficiente. – Tem certeza que não quer ir lá para casa?

– Já expliquei o por que de não dar para eu ir, Neil. – Louis sorri tristemente, puxando o amigo para um abraço apertado. – Faça o que eu pedi, certo? É a única alternativa que vejo agora de como você pode me ajudar.

– Tudo bem, eu te amo. – Diz carinhosamente, dando um beijo na bochecha do moreno. – Até mais. Obrigado pela tatuagem, Harry, ficou ótima!

– De nada. – Harry sorriu, dando um breve aceno em despedida para o loiro. Quando Louis fecha a porta, usufruindo de todas as trancas na madeira, se vira para o tatuador que está limpando o próprio óculos na barra da camiseta. – Ele meio que me ameaçou quando você não estava por perto, disse que se eu fizer algum mal à você, vai pedir para a mãe dele me denunciar por ter feito uma tatuagem em menor de idade.

Louis ri. – Achei que ele falaria algo do gênero.

– Ele é um cara legal, se importa com você 'pra caramba. – O tatuador diz sincero, dando passos largos até a cozinha, o menor esconde um sorriso nos lábios enquanto acompanha o Styles até o balcão, ocupando uma das banquetas altas, prestando atenção nos movimentos do cacheado. – Está com fome?

– Hmm, sim. – Responde manhosamente, observando Harry despejar a gema dos ovos na frigideira. – Você sempre foi de cozinhar?

– Posso dizer que sim. – Dá de ombros. – Quando eu era mais novo, a minha irmã mais velha ficava comigo quando nossos pais iam trabalhar, só que depois que ela quase colocou fogo na casa quando foi preparar pipoca para a gente, eu decidi que aprenderia a cozinhar como a minha mãe para que não morrêssemos por causa de alguma explosão, sei lá.

– Uh, irmão mais novo responsável? Você me surpreende desde que eu cheguei aqui, Hazz. – O moreno diz com um pouco de ironia, um sorriso destemido nos lábios e com o queixo apoiado pela própria palma da mão. – Seus pais moram aqui, na Atlanta?

– Não, são de Woodstock. É uma cidade próxima daqui, uns quarenta minutos de viagem. – Explica. – Pode me ajudar a preparar as vitaminas? – Harry agradece baixinho quando nota Louis descendo da banqueta para que fosse ajudá-lo. – Eu vou lá umas três vezes na semana, mas final de semana é Natal, então eles já devem estar viajando para a Europa para passarem a data comemorativa por lá com os nossos parentes.

– Uau, você também é europeu? Eu sou de Doncaster, e você? – Louis pergunta com um sentimento de surpresa e animação. – Espera, por que você também não foi viajar?

– Eu sou de Holmes Chapel, amor. – Harry molha os lábios, colocando as maçãs e as laranjas em cima do balcão, logo entrega uma faca para Louis. – Tire as cascas das maçãs, hm? Vou tirar o suco da laranja. – Guia Louis, pegando um espremedor de frutas do armário. – E bem, eu não viajo porque simplesmente tenho pavor de altura e avião.

– Você não está falando sério. – Louis diz incrédulo, ainda com os olhos focados em descascar a maçã que segurava firme em suas mãos. – Você dirige a moto feito um louco mas tem medo de altura e avião? Não consigo acreditar.

– Nah, eu também não sei de onde veio isso. – O tatuador mexe os ovos delicadamente na frigideira, logo focando em espremer as laranjas. – Eu só lembro de quando fomos viajar para Europa quando eu tinha uns dez anos de idade, e eu fiz um escândalo falando que não iria viajar porque estava com medo, e resultou na minha família cancelando a viagem por minha causa. – Harry diz tristemente, afundando a metade da laranja no espremedor. – Lembro que Gemma, minha irmã, ficou muito puta comigo, porque ela economizou o ano todo para gastar em lojas de maquiagem por lá e acabou que nem fomos.

– Quantos anos sua irmã tem?

– Vinte e cinco. – Sorri. – Na época ela tinha catorze, estava com fogo no rabo porque os hormônios da adolescência estava fluindo, e foi quando ela decidiu que iria gastar todo o dinheiro que tinha comprando maquiagens para substituir todas as bonecas no quarto dela.

– Bom, eu e minhas irmãs mais velhas vivíamos brigando. – Louis dá de ombros, jogando as cascas da maçã no lixo. – Lottie, a mais "nova" vivia me manipulando para tirar meu dinheiro e comprar tinta de cabelo.

– Pega quatro iogurtes naturais para mim na geladeira, Lou? – Harry pede, o apelido vindo da boca dele soava mais adorável e trazia borboletas para o estômago do garoto, na qual Harry se concentrou em colocar o ovo frito no prato para os dois, enquanto esperava, tratou de preparar sanduíche natural para ambos. – Você só tem elas de irmãs?

– Não, tenho outra que é a mais velha de todos e dois pares de gêmeos mais novos. – Louis ri quando os olhos de Harry ficam arregalados com a confissão. – Yeah, minha mãe é guerreira.

– Se já estou quase ficando louco só com você... – Harry tem um sorriso divertido nos lábios. – Eu já posso ir para o hospício se eles forem do mesmo gene que o do irmão de nariz bonitinho.

– Seu idiota. – O menor bufa, empurrando o braço musculoso do cacheado sem muita força, uma gargalhada gostosa escapa dos lábios de Harry. – Idiota demais, Harry.

– Aliás, posso saber o por que de você não ter falado comigo pela manhã? – Harry volta com o assunto, Louis finge que observar a mistureba que ele está fazendo no liquidificador com as frutas e iogurte fosse a coisa mais interessante. – Qual é, Louis! Vamos, me diga.

– Não, sai. – Louis murmura emburrado, escapando dos dedos de Styles querendo apertar suas bochechas "carinhosamente", um beicinho adorável e teimoso nos lábios. – Vamos comer, estou com fome.

Harry revira os olhos mas deixa o assunto de lado, focando na coisa assustadora de mistura no liquidificador que começou a ser triturada no mesmo, o olhar incrédulo e curioso de Louis foi o suficiente para o tatuador rir e despejar o líquido amarelado no copo para os dois, explicando que era uma vitaminada muito boa e que ele iria adorar.

– Me sinto um dependente de drogas, mas com comida gordurosa – O menor resmunga, ajudando o cacheado a levar os pratos e o liquidificador com a vitaminada até a mesinha no meio da sala. – Não consigo me adaptar nessa sua vida fitness, eu preciso comer algo com carboidratos.

– Tudo bem, à noite pedimos pizza. – Harry suspira como se tivesse perdido alguma aposta, mas um sorrisinho nos lábios surge quando a empolgação de Louis é contagiante por conta da ideia. E apesar do garoto reclamar das refeições, as comidas de Harry faziam parecer que era a coisa mais deliciosa do mundo, que até fazia Louis esquecer um pouquinho da existência das porcarias que ele comia. Eles comem o sanduíche em silêncio, uma vez ou outra a risada do tatuador ecoava na sala por conta da careta que Louis fazia por conta do gosto da vitaminada, apesar de que não era ruim, só era birra dele. – Engraçado que você só sai da caverna quando sente que tem comida pronta na mesa, não é, Zayn? – Ele diz com um tom de sarcasmo, observando o amigo dar um sorriso angelical enquanto ocupava um lugar ao lado de Louis, aproveitando o que restava do lanche da tarde.

– Eu não tenho culpa se comer é tão bom quanto dormir!

Mais tarde, Louis estava debruçado na cama do quarto de Harry brincando com Misty, já que o Styles estava ocupado com as sessões de tatuagem com poucos intervalos na noite. A gata estava fazendo companhia desde que Zayn havia lhe trocado para ir ao apartamento de Liam, avisando que o ajudaria em um trabalho da faculdade, e apesar do convite, Louis negou avisando que não ficaria de vela para os dois enquanto eles fodessem em qualquer lugar de lá.

Misty estava em gestação quase um mês, e a forma que ela estava manhosa e carente, principalmente para o lado de Louis, fazia o garoto pensar o por que de nunca ter adotado um gato antes, e sempre relembrava das baboseiras que seu pai falava sobre gatos serem traiçoeiros e coisas do gênero; era extremamente fofo como a gata ficava deitada de lado nos lençóis do dono, ronronando toda vez que Louis acertava o ponto de carícia entre suas orelhas, o que fez a gata dormir em menos de cinco minutos tranquilamente ao lado do garoto.

Já era por volta das onze e meia da noite quando Louis desligou a Netflix depois de ver uns dez episódios de Brilhante Victória, seu seriado favorito desde quando ele tinha quinze anos. Graças ao aquecedor, não estava tão frio no quarto quanto o noticiário falava, avisando que estava menos de zero grau nas ruas de Atlanta, mas Louis se aquecia muito bem com umas meias de abelhas em seus pés.

Caminhou até a sala, vazia e silenciosa, provavelmente Zayn ainda não tinha retornado do apartamento vizinho, porque desde que ele chegara lá, podia ouvir os sons do videogame de Zayn lá do próprio quarto, um viciado em tatuagens e jogos, a ideia parecia ser nova na mente de Louis. Não sabia se tinha algum distúrbio por não ter percebido a porta transparente para a varanda no apartamento, ficava um pouco escondida ao lado de uma estante que continha livros e revistas bagunçadas, boa parte delas eram de tatuagens, mas curioso do jeito que era, seus dedinhos arrastaram a porta de vidro para o lado, o suficiente para que passasse somente o seu corpo, e então, notou que era o pequeno beco que tinha ao lado do apartamento, que dava para o estacionamento em uma leve curva dali, estava silenciosa e mal iluminada, e nevava bem fraquinho quando sentiu um dos flocos de neve tocar seu rosto, a ventania fria fazendo o menor ter os pelos do próprio corpo arrepiados.

Não sabia ao certo se Harry ainda estava trabalhando, porque o último aviso do Styles de meia hora atrás avisando que iria tatuar metade do símbolo do infinito em um casal bêbado no estúdio, mas preferiu não incomodá-lo seja lá o que fosse, ficando parado lá na varanda atrás de algum movimento nos becos de Atlanta. Ao virar o rosto, observou a varanda do apartamento de Liam, estava fechada e mal iluminada, alguns vasos de flores coberto pela neve branca.

Xingou Harry de filho da puta quando ele brotou do chão ao lado de Louis, guiando o Iphone em mãos para o menor.

– Perrie quer falar com você. – Diz, por fim dando o celular para Louis. – Depois você leva para mim.

– Oi? – Louis pronuncia após colocar o celular perto da boca, Harry provavelmente voltou para o estúdio, deixando o garoto sozinho na varanda.

Louis! Como você está?

– Estou ótimo, eu acho?

Ah, isso é bom. – Sua voz parecia ter se tranquilizado mais. – Uh, eu só liguei para explicar algumas coisas... pode ser?

– Claro, o que foi?

– Bom, na madrugada o Nick te deu uma bebida, que na verdade era minha. – Começa a explicar. – Um cara tinha me dado, ele estava dando em cima de mim, só que eu deixei de lado e fui para a piscina. – Sua voz se prolonga como se estivesse tentando recordar dos fatos. – Tanto que eu até ofereci para o Nicolas, só que ele não deu muita moral, aí depois ele deu para você quando você desceu, certo?

– Hmm.

Mas enfim, Lou, não foi culpa do Nick, eu o conheço há anos para duvidar que ele faria algo do gênero, ele até gostou de você. – Uma pausa. – O Harry está pensando que ele te deu de propósito, e acho que só você pode mudar esse pensamento dele, o Nick está mal, começando a jogar a culpa para ele mesmo.

– Perrie... Já foi, certo? – Louis interrompe seu discurso. – Eu não estou com raiva dele nem nada, e nem estou duvidando se foi ele ou não, se você está afirmando com convicção, eu acredito na sua palavra. E deixa que tento dar um jeito no Harry, ele é idiota quando quer.

Lou, você é um anjo! O mundo não te merece. – Perrie diz com alegria. – Mas é verdade, apesar do Harry ter sido um imbecil com Nick por estar com a cabeça quente, ainda bem que ele estava cuidando de você, sendo que aquela bebida era para mim.

– Nah, nem pense nisso, não prevemos esse tipo de coisa. – O menor encolhe os ombros, um sorriso tímido em seus lábios. – Diga para o Nicolas que está tudo bem.

– Okay, Lou. – Louis consegue sentir o sorriso de Perrie crescer naquele momento. – Tenho que desligar, Leigh e eu iremos maratonar Breaking Bad, tchau!

Antes que ele possa responder, a loira desliga na cara dele, deixando o mesmo com uma confusão na cara por alguns segundos, balança a cabeça e deixa a varanda, fechando-a como estava antes, e logo marcha até o estúdio de Harry. O de olhos azuis primeiramente espia pela brecha da porta, incerto se estava com algum cliente, mas ao notar o espaço silencioso, somente com alguma canção de The Pretty Reckless tocando em um volume mediano, ele empurra a porta levemente, procurando pelo cacheado, que está sentado no sofá de forma esparramada e um caderno de desenho em mãos.

– Aqui. – Louis ergue o celular para o rapaz, que o olha com curiosidade, ainda estava usando o óculos de armação transparente, ocultando um pouco as olheiras abaixo dos seus olhos, e seus cachinhos bagunçados estavam escondido em uma beanie preta. – O que está fazendo?

– Alguns rabiscos, estou com criatividade. – Responde baixo, Harry tira as pernas de girafas do espaço do sofá, abrindo um espaço para o garoto. – Vem cá. – Louis não pensa nem duas vezes antes de se sentar ao lado do tatuador, se inclinando um pouco para ver o que ele estava desenhando. – O que achou?

– Por que parece que você está fazendo um desenho em cima da lição de matemática da escola? – O moreno franze as sobrancelhas, os riscos leves ao redor do desenho, que no caso era uma adaga, estava rodeado de números e algo que parecia uma régua.

– É bom para desenhar. – Harry explica, dando uma visão melhor do desenho para o garoto. – Mentira, é porque eu gosto de matemática e achei um bom modo de misturar com os meus desenhos.

– Você é estranho. – Louis faz uma careta de nojo. – Ninguém em sã consciência gosta de matemática.

– Eu nunca estive, então. – Uma risada sem humor sai dos lábios do Styles. – Acho que gosto desde os meus catorze, quando minha mãe pedia para Gemma me ajudar na lição de matemática, pensando que eu não sabia, acabava que eu que ensinava do jeito certo para minha irmã. – Harry dá de ombros. – Eu lembro quando eu entrei no ensino médio e aprendi derivadas parciais, acho que sinto meu pau endurecer toda vez que vejo algo desse assunto.

– Você só pode estar zoando com a minha cara, diz que sim. –Tomba a cabeça para o lado, completamente desgostoso com a confissão. – Eu quase reprovei de ano por causa dessa merda, e vem você e me diz que já pode ter batido uma para um assunto dos infernos de matemática?

– Eu nunca disse isso! – Harry bufa em defesa. – Eu não entendo porque todo mundo tem problema com números, é algo tão fácil! E acho que gosto porque burla meus limites, sinto como se fosse um desafio.

– Estranho, isso que você é. – Louis aponta o dedo como forma de julgamento para Styles, o outro entra na brincadeira e finge estar ofendido. – Me dá uma folha, eu quero desenhar também.

Harry prende os lábios em uma linha fina enquanto virava a página para pegar uma folha em branco, arrancando-a e se esticando no sofá até a escrivaninha, pegando um lápis e um suporte para que Louis pudesse desenhar. Por alguns segundos, o moreno prende o olhar no Styles, que está claramente adorável com um biquinho nos lábios, junto com as bochechas avermelhadas por conta do frio e a pontinha do nariz do mesmo jeito, fungava o nariz de quinze em quinze segundos, até pensou em perguntar se estava pegando uma virose, mas lembrou que ele tinha rinite, e o descongestionante nasal no chão, bem ao seu alcanço ao lado do sofá responde suas perguntas. Tomlinson murmura em agradecimento, ficando mais confortável no sofá dividido com o tatuador, foi adorável a forma que suas pernas ficaram próximas do tronco do cacheado, e da mesma forma que ele, Harry também esticou as suas, deixando-as fora do sofá atrás de Louis, por serem maiores e mais pesadas, de fato não queria esmagar o menor com as pernas, e então, concentraram-se em seus devidos desenhos pelos próximos dez minutos em silêncio.

Pode-se dizer que Louis tinha um leve talento para desenhos, quando era menor, desenhava para suas irmãs os vestidos que cada bonequinha deveria ganhar quando fossem mandados para uma costureira profissional, por pedido das gêmeas para a mãe, já que era normal as duas exigirem algo do gênero, e bem, elas sempre gostaram dos modelos de Louis. Mas agora, completamente focado com a folha em branco, ele começou com um pequeno círculo no meio da folha, incerto do que desenharia, mas o quanto antes, os rabiscos já começavam a ganhar vida, resultando em uma rosa grande e bonita, quando estava finalizando o pedúnculo da rosa, toma um susto com a aproximação do tatuador ao seu lado, como diabos ele fazia aquilo tão bem na surdina?

– Isso está muito bom, amor. – Harry elogia, olhando diretamente para o desenho. – E você me deu uma boa ideia. – Molha os lábios, os olhos brilhando por algo que passava na sua mente. Mas antes que Louis voltasse com uma onda de curiosidade em forma de pergunta, a campainha foi tocada. – Eu já volto.

Louis franze as sobrancelhas quando Harry sai com rapidez do quarto, mas ele deixa de lado e se concentra em finalizar as folhinhas da rosa, e em menos de um minuto, pintando com a própria grafite de Harry, o desenho está finalizado. Ele percebe que o caderno de desenhos do tatuador ainda estava no sofá, aberto no recente desenho da adaga, colocando lado a lado os desenhos recém terminados, e sorri, porque ele pode ter certeza que já viu tatuagens com esses dois desenhos juntos.

Quando escuta os passos de Harry voltando para o estúdio, seu olfato não lhe engana.

– Alguém quer pizza? – Harry entra com um sorriso enorme com direito a covinhas no seu rosto, guiando a caixa de papelão para cima como se estivesse abençoando a comida, da mesma forma que o macaco faz com o Simba no filme. O rosto de Louis se alarga em um sorriso destemido, lambendo os lábios ao sentir o cheiro da massa e naquele momento consegue ouvir seu estômago roncar. – E se você pedir por talheres ou prato, pode sair do meu apartamento agora.

Louis tinha que admitir que Harry era um pouquinho narcisista, de vez em quando a forma como as palavras saíam da sua boca, fazia o menor lembrar de um filme infantil que viu um tempo atrás com os seus irmãos na televisão, o Poderoso Chefinho, não sabia ao certo o motivo de ter lembrado daquele personagem para comparar com o tatuador, mas até que poderia servir como exemplo, o bebê no filme tinha olhos verdes...

– Eu não vou. – Louis revira os olhos para o tatuador, observando todos os seus movimentos, Styles coloca a caixa no meio do sofá, entre eles, e o menor não espera nem mais um segundo para levantar a tampa. – Não acredito...

– Não me diga que você não gosta de ricota e pepperoni. – O cacheado olha sério para Louis.

– Minhas favoritas. – Sorri, emocionado simplesmente por Harry ter escolhido as que ele mais gostava. – Como você soube?

– Eu não sabia. – Harry entrega um copo de plástico com refrigerante para o menor. – Fui na intuição, se você não gostasse, eu ia descer assim mesmo na sua goela, não é aceitável você viver no mesmo mundo que eu e não gostar dessas massas.

Mais um pouquinho narcisista, é oficial.

– Um pouquinho exigente você é hein, Harry Styles? – Louis diz com um sarcasmo na voz, prendendo a ponta da embalagem de mostarda entre os dentes para que abrisse. – Obrigado.

– Não foi nada.

Os gemidos de aprovação que escapavam da boca de Louis ao morder o delicioso pedaço de pepperoni se misturavam junto com as suas risadas quando Styles se melava todo com o ketchup em mãos, e é claro que o de olhos azuis não perdeu a oportunidade de zombar da língua de girafa que Harry tinha como hábito sempre colocar para fora quando ia morder outro pedaço de pizza, e o tatuador deu como vingança o fato de arrotar na sua cara feito um idiota.

Louis ficou puto, enfiando o resto de mostarda que sobrava na embalagem na boca de Harry, porque ele descobriu que o tatuador não suportava mostarda, e valeu a pena enganar o de olhos verdes fingindo ter a intenção de se aproximar para lhe beijar, resultando em várias gargalhadas altas de Louis ao ver Harry tentar tirar o gosto da boca com a palma da mão, suas sobrancelhas se franziram em desgosto e um biquinho nos lábios em descontentamento quando caminhou até o banheiro para limpar a bagunça que estava ao redor da sua boca.

Tinha algo em Harry que Louis não conseguiria definir muito bem, ao mesmo tempo que ele tinha vontade de zoá-lo, irritá-lo e qualquer outra merda que faz com todos os seus outros amigos, e apesar do Styles entrar na brincadeira, agir do mesmo modo, algo lá no fundo fazia o garoto sentir o coração apertado e querer enchê-lo de beijos como forma de desculpa.

– Você simplesmente adora quando dou uma brecha para você me beijar, huh? – Louis debocha, bebericando o restante de líquido de refrigerante em seu copo, seus olhos acompanhando o tatuador se aproximar novamente. – Posso falar que você está caidinho por mim.

– Uau, e você só chegou nessa conclusão agora? – Harry diz como se fosse o óbvio, um sorriso sacana nos seus lábios enquanto colocava a caixa vazia com os restos de lixo na cadeira giratória, depois dava conta disso. Louis engole seco, não esperando que o cacheado fosse lhe responder com seriedade. – Também posso dizer que você está caidinho por mim, amor. Suas bochechas coradas quando sou direto em relação aos meus sentimentos por você é o suficiente para eu saber.

– Não é nada. – Ele nega, formando um biquinho nos lábios e cruza os braços para enfatizar a birra.

– Oh, não? – Harry se aproxima em uma rapidez incrível, colocando suas duas mãos ao lado de Louis no braço do sofá, seus dentes capturaram o lábio inferior do garoto, puxando com destreza e soltando segundos depois. – Tem certeza?

– T-tenho.

Mesmo com a resposta – insegura – de Louis, o tatuador não hesita em atacar os lábios ferozmente do de olhos azuis, que é bem recebida pelo menor, dando espaço para que Harry pudesse fazer o que ele bem entendia com o garoto. Louis sentiu o gosto de refrigerante vindo da boca deliciosa de Harry, onde seus lábios eram movidos com determinação e os estalos escapando das duas bocas, o menor suspirou pesadamente quando a mão enorme do Styles apertou a sua cintura, fazendo-o inclinar no sofá no mesmo instante, ele aproveitou para rodear os braços ao redor do pescoço do tatuador, mas Harry afastou seus lábios somente para que tirasse o óculos e colocando com impaciência na escrivaninha, voltando segundos depois a atacar os lábios do garoto novamente.

Agora, Harry estava entre as pernas do menor, que já estava sentindo a adrenalina descer para o seu pau por conta da fricção do seu corpo com o do cacheado, ele soltou um gemido quando Styles conseguiu apalpar suas nádegas, trazendo Louis para mais perto e conseguindo aumentar o grau de esfregação entre os seus membros ainda sob o tecido; Harry grunhiu quando os lábios de Louis desceram para o seu pescoço, traçando um caminho molhado até o seu pescoço, onde as mãos pequenas do Tomlinson puxaram a barra da camiseta do tatuador para cima, deixando o seu peitoral malhado e quente exposto.

Styles não fez um esforço sequer para colocar Louis sentado em seu colo, onde começou a chupar a língua do garoto com lentidão e deixando tudo mais quente, do jeito que Louis era manhoso, tombou a cabeça para trás, deixando a pele bronzeada exposta para os lábios do cacheado, que começou a chupar uma determinada área da nuca alheia, e enquanto Louis rebolava no colo dele, sentindo o seu pau já duro e com a sensação de pré gozo molhando toda a extensão do seu pênis, Harry tinha as mãos ocupadas, dando atenção para cada centímetro da bunda de Louis, que logo subiram para dentro da sua camisa, fazendo o garoto arquear as costas com o contato das palmas da mão de Harry, junto com alguns anéis que estavam gelados nos dedos longos e magros do Styles.

Tirou a camisa de Louis, jogando-a em um canto qualquer e lambendo os lábios ao ver o garoto com o peitoral nu poucos centímetros do seu rosto, o de olhos azuis não pensou muito quando voltou a atacar os lábios já inchados de Harry, chupando e mordiscando cada centímetro da pele carnuda, deu algum jeito de abaixar o zíper em uma rapidez desconhecida e sorriu graciosamente quando o tatuador atrapalhou o beijo com um gemido rouco ao sentir Louis apalpá-lo com determinação.

Louis sentiu um vazio quando Harry se afastou novamente, mas agradeceu por perceber que o maior estava o libertando da calça moletom do seu corpo, deixando somente a cueca preta já molhada por conta do líquido que se espalhava cada vez mais pelo seu pau, Harry também tirou a skinny, exibindo a cueca azul marinho marcada pelo seu pau enorme, mas antes que Louis pudesse lamber os lábios pela visão, seu corpo foi virado bruscamente no sofá, o queixo tombando no braço do sofá macio.

– Você é tão gostoso, amor. – Harry sussurra no ouvido do garoto, mordendo o lóbulo da sua orelha com cuidado. Outro gemido escapa dos lábios alheios quando o cacheado esfrega seu pau duro coberto pela camada fina de tecido na bunda farta de Louis, de forma rebelde, o de olhos azuis empina as nádegas atrás de mais contato. – Já está tão duro... Está lindo desse jeito, todo molhado por minha causa.

– H-Harry. – Louis gagueja, suspirando pesadamente quando mordidas e vários beijos molhados são depositados pelo seu ombro.

– Shh, vou cuidar de você. – Harry o cala, correndo seus dedos até adentrar a cueca do mesmo, apertando o pau duro de Louis abaixo de si, outro gemido sai arrastado da boca do menor, sentindo-se vulnerável e em êxtase, cada toque daquele homem no seu corpo ficava mais próximo do paraíso, cada vez mais perto. – Muito bem, Lou.

Louis morde o lábio inferior com força quando sente os seus pelos se arrepiarem por conta dos beijos do começo até o fim da sua costa que Harry fez, olhando por cima do ombro, ele vê o Styles com as orbes dilatas e os lábios inchados, o tatuador puxa com rapidez o único tecido do corpo de Louis, expondo a bunda enorme e bem delineada do garoto, Harry fica hipnotizado por alguns segundos, admirando as nádegas perfeitas à sua frente, doido para começar logo o que já estava querendo há tempos.

Louis solta um gemido quando a língua de Harry invade sua entrada, estava quente e se movia com destreza, causando vários espasmos para o menor, as gotículas de gozo escapando da sua glande pingavam o sofá de couro, Harry cravou as unhas nas coxas de Louis, mantendo-o firme para que conseguisse deixar o garoto no ponto do ápice, e como se tivesse lido sua mente, repreendeu o de olhos azuis que já estava descendo a mão para o pênis na intenção de se masturbar.

– Eu não deixei você se tocar e muito menos disse que você vai gozar agora, Louis. Tire a mão daí.

Um grunhido em resposta sai dos lábios do garoto, desesperado para que pudesse ejacular a porra, já que a língua de Styles estava lhe dando alguns delírios inimagináveis, então teve de se concentrar o máximo possível para que não gozasse agora mesmo, soltando os sons manhosos quando a língua do tatuador fazia um trabalho tão bom e delicioso na entrada de Louis, no entanto, quando o moreno já ia implorar para se tocar, Harry tirou a sua língua, dando a sensação de vazio para o Tomlinson, que choramingou pela falta de contato e já estava desesperado para mais.

Olhou por cima do ombro em confusão para Harry, com súplica no olhar misturada com uma expressão puta, já que ele parou na melhor hora, e viu o tatuador tirando a própria boxer, tinha um olhar destemido para Louis, sorrindo no momento em que poderia ler na sua testa o quanto estava doido para gozar. Harry voltou para o sofá, virando Louis com cuidado e deitando a sua cabeça atrás de uma almofada, o menor ainda não tinha entendido o que ele iria fazer, mas seja lá o que for, queria que fosse agora, foi quando Harry colocou as duas pernas entre o corpo de Louis, aproximando cada vez do seu rosto com o pau enorme com a glande rosada, estava tão melado pelo pré gozo tanto quanto o de Louis.

– Chupa. – Harry ordena, aproximando o seu pau mais ainda do rosto do garoto. Louis nem pensa duas vezes, agarrando a base do pau do tatuador e logo pondo na sua boca, onde sua língua começou a trabalhar em toda a extensão do membro grosso do cacheado, Harry se inclina no sofá, obviamente querendo que Louis o engolisse por completo, e com a determinação e o prazer por ter o pau dele em sua boca, acabou que conseguiu fazê-lo com sucesso, mesmo com lágrimas nos olhos e se engasgando um pouco, o gosto de Styles era uma delícia. O tronco de Harry demonstra a respiração pesada por conta dos bons movimentos que Louis fazia, e antes que pudesse gozar, afastou o pau da boca de Louis, um som molhado ecoou dos lábios do de olhos azuis, e o pouco do líquido de Harry que tinha ficado no canto da sua boca, sua língua capturou em um movimento lento, encarando o tatuador maliciosamente. – Caralho, Louis.

Harry beija o garoto novamente, sentindo o próprio gosto doce na boca alheia, o contato das suas línguas foram maiores, mas só parecia piorar a situação dos dois, o menor arranhou as costas musculosas do Styles com força, gemeram em uníssono quando os dois membros se tocaram.

– Eu não quero usar camisinha com você. – Harry diz, a voz rouca como um inferno. – Estou limpo, e você?

– Sim, estou. – Louis engole seco, meio alarmado por notar que iria transar sem camisinha com o tatuador. – Você está falando sério?

– Não acredito que você vai me fazer pegar o exame para provar, Louis. – Harry revira os olhos, aproveitando para que pudesse mordiscar o ombro do garoto. – Confia em mim, você é o primeiro que eu não vou usar.

É errado sentir uma pitada de ciúmes e ao mesmo tempo privilegiado pela confissão?

– Certo.

Harry sorri e volta a beijá-lo, Louis já sente a sua franja colando na própria testa por conta do suor que os dois corpos quentes se encontravam, o cacheado coloca o garoto de bruços no sofá pegajoso novamente, e pela falta de lubrificante, decidiu usar a própria saliva para preparar Louis. Os dois dedos são enfiados com cuidado na entrada do Tomlinson, que se remexe pelo desconforto inicial, mas após Harry tesourá-lo na intenção de que se acostumasse, Louis começou a se remexer atrás de mais, e foi quando outro dedo foi enfiado, alargando o suficiente para que Harry pudesse adentrá-lo; depois de julgar a situação de Louis como devidamente preparado, retirou os dedos e foi rápido em apoiar a almofada abaixo da barriga do garoto, deixando a bunda farta bem empinada para o tatuador.

Harry deslizou seu membro com lentidão para a entrada de Louis, que mordeu os lábios para que não gemesse tão alto por conta da sensação incômoda, Harry já estava tão duro e molhado que adentrou Louis sem muitas dificuldade, movimentando-se lentamente dentro do de olhos azuis para que ele se acostumasse e de fato pudesse estocar com rapidez.

– Para de provocar, seu babaca. – Louis revira os olhos quando Harry finge que vai estocá-lo fundo, uma risadinha escapa dos seus lábios por conta da resposta, mas faz o que moreno pede.

Louis xinga baixinho quando as estocadas ficam mais rápidas, o baque entre as coxas de Harry e a sua bunda provocando um som intenso de tesão, ele agarra no couro do sofá, mordendo o lábio inferior enquanto seu corpo se movimentava e acordo com os movimentos de Styles, precisos e acertando em cheio quase todas as vezes a sua próstata.

Foi nesse minuto que Louis ligou o modo foda-se e não reprimiu os gemidos, soltando-os com destreza misturado com palavrões e junto, o nome do tatuador, que também estava ficando louco com as covinhas no fim das costas do Tomlinson, ficavam mais marcadas quando o corpo do moreno estava rígido e empinado como nunca; e foi olhando para aquelas malditas covinhas, que Harry veio primeiro, gozando sua porra dentro de Louis, o último gemido arrastado e rouco que saiu dos lábios do cacheado foi o suficiente para que ele viesse também, sujando sua barriga, a almofada e o sofá com o jato de gozo do seu pau.

Levou alguns segundos para que acalmassem a respiração, algumas gotículas de suor caindo da ponta da franja molhada de Louis, que permanecia de olhos fechados na intenção de não sentir-se sensível mais do que já estava, apesar do cansaço, um sorriso finório nasceu em seus lábios, agradecendo mentalmente por ora, ter uma foda boa com alguém, e Harry tinha feito isso com dedicação e perfeição, e o voto de confiança pela parte dos dois de não usarem camisinha fez a barriga de Louis gelar, muitos julgariam Harry pela sua aparência, pelas dezenas de tatuagens em seu rosto e o olhar frio que tinha e lançava quando bem queria, mas isso não acontecia com Louis, o cacheado sempre o tratou devidamente bem, mesmo com segundas intenções, e esperava que Harry não lhe desapontasse em questão disso, porque o de olhos azuis não queria quebrar a cara novamente.

– Vá para o chuveiro, hm? – Harry pronuncia com a rouquidão na voz, tranquilo e um pouco anestesiado. – Vou limpar essa nossa pequena bagunça, e já entro no banho com você.

E que bagunça, Styles.

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