Bella POV
Harry continuava por cima de mim. Seu corpo pesando sobre o meu.
O rosto há menos de centímetros do meu e ainda me sentia desnorteada pelo o que acabou de acontecer.
Eu ainda estava confusa de como ele entrou aqui mas já tinha a resposta do porquê. Ainda podia sentir meu coração palpitante dentro do meu peito e definitivamente esse foi o melhor jeito que eu acordei em anos, apesar do susto.
Agradeci por ser muito cuidadosa com minha saúde bocal e ter escovado bastante os dentes antes de dormir. Na maioria das vezes, eu só amanhecia com um leve gosto de pasta de dente e isso sem dúvidas, foi essencial agora.
Harry sorriu, os lábios curvando e as covinhas aparecendo. Fazia ideia que o motivo seria meu estado ainda entorpecido. Só estava difícil digerir tudo que aconteceu aqui de uma só vez.
- Hey.. - ele riu e se ajeitou para não soltar todo o peso sobre mim. - Não é um sonho okay? Eu estou aqui mesmo, para sua felicidade. - piscou um olho.
Acabei rindo alto. Ele nunca deixava de ser convencido e a maneira que fazia isso, irritantemente o deixava tão irresistível. Ele sabia exatamente onde me atingir.
- Uau, Harry Styles. Uau. - ironizei, revirando os olhos. Sua risada rouca soou como música nos meus ouvidos. - Como veio parar aqui?
Harry se afastou um pouco e encarou a janela do meu quarto. Desviou o olhar para mim novamente e indicou com a cabeça, me fazendo entender.
- Harry! - sussurrei. - Você entrou pela janela? Isso.. eu poderia mandar prender você.
Ele riu e deu de ombros, sua voz soando três vezes mais rouca.
- Eu gosto de algemas.
Corei, entendendo o duplo sentido. Limpei a garganta antes de me ajeitar na cama, me sentando e colocando os fios de cabelo bagunçados para trás das orelhas. Eu estava um caos e o pior era que ele estava vendo tudo isso, de muito perto.
Que merda!
- Você me assustou pra caramba. - falei, o vendo franzir os lábios. - Sério, e olha o meu estado. Quer dizer, que horas são?
- Dez horas, talvez menos.
- Dez horas? - repeti e pisquei.
- Qual o problema? Eu estava ansioso pra te ver. - murmurou, tirando um sorriso de mim. Ele estava tão fofo e os cabelos castanhos quase imploravam para ter minhas mãos ali, brincando com seus cachinhos.
- O problema é que eu devo estar uma bagunça.
- O que? Nah. Apenas parece que você levou um choque, mas isso é só um detalhe. - bati-lhe no braço, formando uma expressão ofendida e ele riu as minhas custas. - Tô brincando. Você não está nem perto mal, amor. - ele sorriu, e me beijou rapidamente. - Deixar o cabelo bagunçado é a nova moda, sabia?
- Diz isso por experiência própria não é?
- Quem pega não tá reclamando.
Revirei os olhos, sorrindo. Harry levou a mão até meu rosto, ajeitando meu cabelo e acariciando a maçã do meu rosto suavemente. A forma como seus olhos me encaravam, como se estivessem imersos, quase me levou a puxa-lo pra perto e o beijar tão intensamente como antes. No entanto, me lembrei de onde nos encontrávamos e como eu precisa urgentemente me arrumar e tirá-lo daqui antes que alguém aparecesse.
- Você precisa ir.
- O que?
- Só até eu me arrumar e descer. A porta nem está trancada.
- Merda. Sério? - ele a encarou, surpreso. - Isso que eu chamo de perigo. O que aconteceria se seu pai me pagasse aqui? - perguntou, soando mais descontraído do que preocupado.
- Nossa. Não faço a mínima ideia. Acho que ele nem saberia o que fazer. Ele nunca imaginaria que logo eu estaria com um garoto no meu quarto.
- Bela e recatada, então? - brincou, mexendo as sombrancelhas.
- Cala boca.
Harry continua sentado na minha cama, mantendo os olhos em mim enquanto eu calçava os meus chinelos e andava até o meu guarda-roupa, para pegar alguma coisa para vestir.
Intimidade é algo relativo entre Harry e eu. Para algumas coisas, eu me sinto super a vontade com ele mas para outras, ele continua sendo apenas meu vizinho bonito e desleixado. É algo atrativo no entanto, a oscilação de sentimentos que me causa em mim. Nunca me senti dessa forma antes.
- Gostei do pijama. - ele comentou, podia ouvir um sorriso na sua voz.
- Não brinca?
Era óbvio que uma calça moletom e uma camiseta larga e velha não estava em primeiro lugar no top dez de roupas de dormir vistas por Harry Styles até hoje, mas o esforço dele em me fazer sentir menos desleixada era válido.
- O que? É sério. Você tá uma graça.
Vasculhei o meu ropeiro procurando algo menos desleixado do que eu vestiria normalmente em dias mais frios como esse. Acabei escolhendo calça jeans e moletom grosso mesmo. Afinal, estava de bom tamanho.
- Podia ficar assim. - continuou, me fazendo encara-lo. - E talvez pudesse voltar pra cá e entrar pra baixo dos edredoes. Assistir um filmezinho, ficar abraçada comigo... - sorriu, mordendo o cordão do moletom em seguida.
Como ele é... baixo.
- Harry, só.. coopera comigo. Você vai sair, por onde entrou e voltar quando eu estiver pronta, okay?
A cama fez um leve ruído quando ele levantou, e em seguida, caminhou até mim, se pondo na minha frente. Harry soltou o cordão e me encarou diretamente, a expressão mais indescritível possível.
- Sair pela janela?
- Tem alguma ideia melhor?
- Tenho várias mas não sei se estamos falando sobre a mesma coisa.
Respirei fundo, fechando os olhos por um momento e voltando a encara-lo.
- Sai da minha casa. - o empurrei até chegar perto suficiente da janela. Harry era grande e forte suficiente para permanecer no lugar se quisesse, mas no entanto, apenas cedeu.
- Ah, qual é? - reclamou. - Vai me expulsar? Depois de tudo que eu fiz pra chegar aqui? Eu escalei a droga da árvore por você.
- Harry, é só por um momento. Espera um pouquinho lá fora e depois bate na porta que eu abro pra você.
- Eles vão deixar eu ficar no quarto com você?
- O quê? Você.. Olha, só faz isso.
- Okay.. - concordou, meio emburrado antes de se agachar e passar pela janela.
Caminhei para fora do quarto, segurando minhas roupas. Dei uma olhada pelo corredor e estava completamente vazio. Meus pais provavelmente estavam lá embaixo e a Mary deve estar no seu sétimo oitavo sono agora. Me apressei a tomar um banho e me vestir. Pentiei meus cabelos deixando-os soltos, coloquei um pouco do meu perfume habitual, e finalmente desci as escadas depois de uma rápida passada no meu quarto para pegar meu celular.
Quando cheguei nas escadas, pude ouvir as vozes do meu pai e de Harry na porta e me apressei a ir até lá. Eu disse pra ele esperar um pouco. Harry me viu enquanto meu pai dizia que eu ainda estava dormindo e seu rosto se suavizou em segundos.
- Hey.. - falei, chamando a atenção do homem para mim. Desci as escadas rapidamente.
- Ah, aí está você. - me pus ao seu lado. - Harry estava procurando por você. - avisou, e eu fiz o meu melhor em parecer surpresa.
- Oh, tudo bem. - sorri para ele, que assentiu e se afastou. Esperei que ele estivesse longe suficiente, para encarar Harry. - Não me olha assim.
- Você seria sinceramente uma péssima atriz. - ele zombou, enquanto fechava a porta.
- Obrigada por destruir meus sonhos - ironizei. - E então, qual é o plano?
- Linda, não estamos em uma missão secreta e nem nada parecido ok?
- Cala boca. - ele riu, alto e adorável o suficiente para que eu não conseguisse segurar meu sorriso. - Quero saber o que vamos fazer. - esclareci.
- Uhm.. A gente não vai ter a privacidade que eu quero aqui, eu acho. Não com seus pais em casa. - murmurou. - Podemos ir pra minha.
- Ir para sua casa?
- É. Lá a gente pode ficar no meu quarto, ou sei lá. Ficar a mais vontade.
- Você ficar mais a vontade, você quer dizer. Sua mãe está em casa?
- Acho que sim. Tem problema? - desviei o olhar. - Olha, ela adora visitas e se eu me lembro, você mal entrou lá. Qual é? Vai ser melhor, eu prometo.
- Okay.. Eu vou. Mas por favor, não faça nada que me deixe constrangida na frente da sua mãe.
- Então eu não posso nem te olhar, você cora por tudo. - ele zombou.
- Você me entendeu, Harry. - ele riu e assentiu, concordando. - Só vou avisa-los antes ok?
- Okay.
Caminhei pela casa passando pela sala e indo até a cozinha. Meus pais estavam lá, sentados na mesa do café da manhã, o que me lembra que eu não tomei, e preciso pelo menos de uma xícara de café. Dou um sorriso á eles assim que me notam e caminho para pegar uma xícara, me servindo de café.
- Vocês estão estudando juntos agora? - meu pai perguntou, de repente.
Minha garganta fechou imediatamente. Como ele sabe?
Não sei o modo como eles vão entender de eu ir para a casa do Harry uma hora dessas sem nenhum motivo. Mas pelo menos eles sabem que Harry está mais próximo de mim nessa semana e não fazem nenhum tipo de pergunta que eu tenha que me preocupar. Quem sabe até eles duvidam que uma pessoa como Harry esteja ficando como uma pessoa como eu.
- É.. É sim. Fiquei de ajudar ele em algumas matérias. - respondi, em seguida tomando um gole do café. Meu pai assentiu, satisfeito. - E.. eu vou na casa dele. - acrescentei, trazendo a atenção dos dois para mim. - A Anne.. ela me convidou para almoçar lá, já que a gente vai estudar. E enfim.
Pigarreei, dando um meio sorriso e voltando a tomar o café. Meu pai literalmente deu de ombros.
- Okay, querida. Se ela precisar de alguma coisa, me avisa. - mamãe falou.
Assenti, deixando a xícara na pia e saindo dali. Em segundos Harry e eu já estávamos na varanda da casa dele. Entramos em silêncio e Harry fechou a porta atrás de nós. De repente, Anne desceu as escadas com as feições preocupadas, que logo se suavizaram quando notou Harry ao meu lado.
- Harry! Aonde se meteu? - ela perguntou, caminhando até nós.
- Foi mal, mãe. Eu só fui chamar a Bella para vir aqui. - ele explicou, fazendo Anne por seus familiares olhos verdes em mim. Gostaria que minha genética fosse tão boa quanto a deles.
- Oh Bella, me desculpe. Tudo bem, querida? - até seu meio sorriso era contagiante.
- Tudo sim. - sorri de volta.
- Que ótimo.Vai ficar para o almoço sim? - Anne perguntou, parecendo animada e antes mesmo que eu pudesse falar, Harry respondeu.
- Ela vai. Eu só vou mostrar a casa á ela antes okay? - Harry avisou e Anne não conseguiu esconder sua feições confusas.
- Mostrar a casa?
- É, mãe. Como você faz com as suas amigas. - Harry parecia até um pouco impaciente.
- Oh. - Anne riu, parecendo sem jeito e ainda muito perdida. - Okay.
- Eu comentei sobre os pôsteres no meu quarto e fiquei de mostrá-los para ela. Não é nada demais. - ele deu de ombros novamente, parecendo um tanto acanhado.
O que?
- Oh, sim. Entendi. - ela sorriu, parecendo um pouco evergonhada da sua curiosidade. - Bem, eu vou preparar o almoço então. - ela avisou, com mais um pequeno sorriso antes de se virar e entrar em uma porta dupla, desaparecendo da nossa vista.
- Pôsteres? - não demorei a perguntar.
- Preferia que eu dissesse a verdade sobre o que realmente vamos fazer lá encima? - Harry franze o cenho, questionando.
Meu rosto é tomado por um tom rosada imediatamente e Harry sorriu de lado, antes de me puxar pela mão em direção às escadas.
Ele era tão direto que na maioria das vezes me deixava sem palavras. Porém, eu sabia que se não fosse por isso, as coisas não aconteceriam. Ele realmente é o oposto de mim e de alguma forma, essa oscilação entre nós, é o que faz dar certo.
Paramos no corredor, onde ele me explicou onde era o banheiro, em que Robin tomava banho no momento. Harry me mostrou o quarto de Anne e Robin, o quarto de Gemma, para quando ela está em casa, os dois quartos de hóspedes e enfim o dele.
Quando entrei em seu quarto, tudo que vi foram pôsteres grudados nas paredes de bandas de rock; The Beatles, Rolling Stones, the Clash, entre outros. As paredes do seu quarto eram cinzentas e o piso de porcelanato branco. A cama de Harry ficava no centro do quarto, e estava desarrumada no momento. Uma cama de solteiro cinza com os lençóis brancos, parecendo mesmo confortável.
A frente dela estava sua tv de led, pendurada na parede e embaixo uma cômoda preta. Depois o seu ropeiro médio e por fim, uma mesa de escritório com um computador encima, ao lado da janela.
Era um quarto bonito, organizado e limpo. Nada como o Louis tentou dizer ontem. Sei que ele só estava debochando de Harry. Depois dos meus olhos passarem por todos os lados do quarto, direcionei eles para Harry que estava encostado no ombreiro da porta com seus braços cruzados, me olhando.
- E então? O que achou? - ele perguntou curioso.
- É muito legal. Você cuida bem dele.- elogiei, fazendo-o sorrir - Só não entendo por que você estava ansioso para me mostrar ele, tem alguma coisa importante em tudo isso? - perguntei, cruzando os braços e ele sorriu, se aproximando.
- Uhm.... Talvez porque eu simplesmente queria te mostrar o meu quarto. - ele deu de ombros - Isso não é o bastante? - Perguntou se pondo à minha frente. Tive que erguer um pouco a cabeça para olha-lo diretamente mas rapidamente desviei o olhar para baixo.
- Se você diz - disse, dando as costas para ele e caminhando até a janela. Me debrucei na janela para olhar para fora. - Só achei um pouco.... -
- Estranho, eu sei. - ele disse e riu rouco em seguida.
- O que foi? - perguntei, confusa. Me virei para ele, ficando de costas pra janela, e ele se aproximou sorrindo descontraído.
- Você já parou pra pensar quantas vezes você diz que as coisas são estranhas? Tipo, sempre que uma coisa que confusa para você acontece, você diz que é estranho. - ele explicou e riu em seguida, parando perto o suficiente de mim.
- Se eu digo, é porque é estranho. - disse como se fosse óbvio.
- Ok.. então, é estranho que eu queira que você conheça o meu quarto?
- Não sei, eu só... Sei lá, não sei o que pensar.
- Então não pense. - voltei meu olhar para ele. - As pessoas pensam de mais, e deixam de fazer as coisas que querem. Sabe, nem todas as perguntas vão ter uma resposta. - ele disse calmamente enquanto eu me escorava na janela.
- Onde você aprendeu isso? - Perguntei realmente impressionada.
Ele sorriu e levou seus braços à minha volta, me deixando encurralada. Seu corpo voluntariamente se aproximou e já pudia sentir as batidas do meu coração acelerando drasticamente.
Não adianta o quanto eu tente fingir, sempre quando ele se aproxima, é impossível eu continuar estável. Sempre meu coração vai acelerar e aquela sensação crescer no meu estômago.
- Vivendo, é assim que as pessoas aprendem. - ele disse simplesmente, no entanto, sua voz soou rouca e perto o suficiente para me fazer estremecer.
- Uhm... Interessante. - murmurei, tentando parecer não abalada sobre aproximação dos nossos rostos, ou corpos.
Mantive meus olhos baixos, em qualquer lugar que não sejam os seus olhos, porém seu sorriso torto surgiu, me deixando em uma situação mais calorosa ainda.
- Uhm... Interessante. Ok, vou anotar essa nova palavra no dicionário da Srta. Cooper. - ele zombou, me fazendo revirar os olhos e tentar inutilmente fingir que tudo está sob controle.
Mas sem avisos, Harry se aproximou o suficiente para me prensar contra ele e a parede com a sua janela atrás de mim. Seu corpo alto e magro pressionou o meu enquanto ele levou uma das suas mãos para o lado do meu rosto, deixando seu rosto extremamente perto do meu. Pega desprevenida, tive que me segurar em um dos seus ombros largos, enquanto sua outra mão segurou minha cintura, me mantendo no lugar.
Apenas essa aproximação súbita, me deixou inteiramente entregue. Minha respiração tornou-se descompensada, meus lábios secaram, e o desejo aguçou em minha língua, conforme mais eu olhava para seus lábios cheios e rosados. Eles eram tão convidativos, como uma droga que depois que você experimenta a primeira vez, torna-se um viciado.
- É insano como a porra que eu nunca esteja satisfeito com o que tenho de você. - ele murmurou, agarrando meu suspiro enquanto se aproximava, raspando seu nariz no meu, da forma que fazem meus olhos se fecharem, para aproveitar a sensação da sua respiração morna com a minha.
Meu coração martelava em meu peito. A torturante sensação de tê-lo perto mas não tê-lo completamente era alucinante. Meu desejo duplicava-se, minha respiração tornava-se pesada, como se o ar estivesse ficando cada vez mais escasso, e meus lábios procuravam os dele, mas o único contado concedido era o raspar torturante de seus lábios nos meus.
Queria dizer-lhe que isso não cooperava para que seu desejo sacia-se, da forma como ele disse, mas também sabia que isso por mais torturoso que seja, era uma das melhores sensações que poderia existir.
- Adoro de ver assim, Bella, tão entregue pra mim. - ele murmurou baixo, e rouco, levando arrepios a minha espinha. - Gosta disso também, não gosta?
Merda.
Não tive realmente a menor intenção de respondê-lo, e de alguma forma, eu sabia que ele também sabia que eu não iria fazê-lo. Abri os olhos quando senti a falta da sua respiração morna no meu rosto, querendo saber o motivo dele ter se afastado, porém, quando ergui o olhar, seus olhos estavam imersos em um verde claro, vidrados nos meus, com uma intensidade absurda.
Talvez se seu corpo grande não estivesse me mantendo no lugar, acho que poderia estar aos meus joelhos agora. Mas não mantive o olhar de qualquer forma, não conseguiria nem se quisesse. A falta de contado me angustiava, porém quando senti o polegar de Harry em meu lábio inferior, não demorou para que seus lábios tocassem demoradamente, meu queixo, em um beijo ternuroso.
Seus lábios fizeram um caminho de beijos, do meu queixo até que sua boca e respiração estivessem perto do meu ouvido, para dizer:
- É claro que gosta. - sua voz soou tão baixa, escura e rouca, fazendo-me arrepiar dos pés a cabeça. Droga, ele realmente está me torturando.
Antes que eu começasse a implorar para que ele me beijasse logo, percebi a porta escancarada, com chances altíssimas que pegarem a gente assim, nessa situação tão... Quente. Isso é muito perigoso.
- Harry. - chamei, porém ele estava ocupado demais deixando beijos molhados na pele sensível da minha mandíbula. Merda. - Harry.
- Uh?
- A porta... - ofeguei, quando sua língua chupou levemente a pele do meu pescoço.
Merda estamos mesmo dando um amasso desse?
- Harry, a porta está aberta. - consegui dizer, e ele se afastou na mesma hora, olhando para trás e vendo a porta escancarada.
- Droga. - ele resmungou, pressionando sua testa contra minha com um suspiro profundo. - Não é um saco que sempre tem algo nos atrapalhando? - ele perguntou, com mais um suspiro cansado.
- Apenas feche-a. - não queria realmente acreditar que eu tinha dito aquilo, mas o sorriso nascendo em seus lábios me disse que ele gostou disso.
- Ansiosa uh?
- Harry.. -
- Sih... - seus lábios tocaram os meus em um selinho demorado. - Chega de conversar.
- Isso é errado.
- Nunca pareceu mais certo.
E assim, seus lábios selaram os meus, finalmente. Em um beijo lento e ternuroso. Não tive outra alternativa ao não ser acompanhá-lo, ignorando as vozes na minha cabeça que diziam que isso era perigoso demais.
Mas no entanto, eu sabia que nada disso importava agora. Não quando estou provando seu gosto, sentindo o calor do seu corpo contra o meu, envolvendo seus cabelos sedosos em meus dedos, sentindo suas grandes mãos segurarem minha cintura contra ele, e podendo sentir o alívio por finalmente poder sentir tudo isso.
Gostaria de saber se eu posso me arrepender disso. De tudo isso. Não só de beija-lo em uma situação tão perigosa como essa, mas também de onde estou me metendo. De tudo que estou começando a sentir por esse rapaz de olhos verdes.
É insano e perigoso. Tenho consciência de onde estou me metendo mas de um à um milhão, quais as chances de eu estar começando a gostar seriamente de Harry styles?
Obrigada por lerem!❤️
Desculpa qualquer erro.
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