Simply Happens [H.S]

By gabriela231d

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Ela, uma menina ofuscada pelo próprio medo de se mostrar as pessoas. Sendo muito difícil conseguir desifrar... More

1°- Capítulo.
2°- capítulo.
3°- capítulo.
4°- capítulo
5° - capítulo
6°- capítulo
7°- capítulo
8°- capítulo
9°- capítulo
10°- capítulo
11°- capítulo.
12°- capítulo
14°- capítulo.
13°- capítulo.
15°- capítulo.
16°- capítulo
17°- capítulo.
18°- capítulo.
19- capítulo.
20°- capítulo.
21°- capítulo.
22°- capítulo.
23°- capítulo.
24°- capítulo.
25°- capítulo.
27°- capítulo.
28°- capítulo.
29°- capítulo.
30°- capítulo.
31°- capítulo.
32°- capítulo.
33°- capítulo.
34°- capítulo.
35°- capítulo.
36°- capítulo.
37°- capítulo.
38°- capítulo.
39°- capítulo.
40°- capítulo
41°- capítulo.
42°- capítulo.
43°- capítulo.
44°- capítulo.
45°- capítulo.
46°- capítulo.
47°- capítulo.
48°- capítulo
49°- capítulo.
50°- capítulo.
51°- capítulo.
52°- capítulo.
53°- capítulo.
54°- capítulo.
55°- capítulo.
56°- capítulo.
57°- capítulo.
58°- capítulo.
59°- capítulo.
60°- capítulo.
61°- capítulo.
62°- capítulo.
63°- capítulo.
64°- capítulo.
65°- capítulo.
66°- capítulo.
67°- capítulo.
68°- capítulo.
69°- capítulo.
70°- capítulo.
71°- capítulo.
72°- capítulo.
73°- capítulo.
74°- capítulo.
75°- capítulo.
76°- capítulo.
77°- capítulo.
78°- capítulo.
79°- capítulo
Fim.
Agradecimentos e recadinhos.
Epílogo.
Wedding And Party ( capítulo bônus)

26°- capítulo.

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By gabriela231d

Na manhã seguinte, todos estavam terminando de desmontar as barracas, deixando tudo ao redor limpo e livre de sujeiras que nós mesmos acabamos fazendo no decorrer dos dias; Latinhas de coca cola, embalagens de salgadinhos, tocos de cigarros, tudo na intenção de preservar a floresta bem cuidada.

Foi uma tarefa fácil para Mary e eu, já que ao redor da nossa barraca, não havia realmente lixos desnecessários. Combinamos de usar o bom senso e não jogar as coisas em qualquer canto, colocando assim em uma sacola plástica todo lixo que descartamos.

Sendo assim, fomos uma das primeiras a entrar no ônibus depois de tudo pronto e uma breve reunião de despedida. O fato de eu tê-la acordada um pouco mais cedo justamente para acabar tudo mais rápido que a maioria, justifica isso.

Vejam, eu estava perdida e assustada. Mesmo ao despertar e imaginar que tudo não passou de um sonho, um sonho extremamente satisfatório, recobrei o juízo e enxerguei que tudo foi real. Agora, eu tinha que encara-lo. Obrigatoriamente teria que mirar seus olhos verdes e irritantemente sempre tão intensos e lidar com o fato de que realmente o beijei de volta.

Eu o beijei de volta.

Beijei e gostei.

E agora queria que um buraco aparecesse sob meus pés e me engolisse. Porque lidar com isso, era o que menos sabia.

Obviamente sentia seus olhos em mim, sentia sua presença apesar de tentar não me demonstrar o quão desconcertada aquilo me fazia. E com isso, agradeci por tudo ser tão rápido e por Mary e eu já estarmos dentro do ônibus, na última fileira de bancos. Para o azar de Mary, ao lado de Michael Clifford e seus amigos.

- Bella, pelo amor de Deus, troca de lugar comigo. - ouvi quando Mary murmurou para mim. 

Ao virar o rosto, logo percebi do que se tratava, não deixando de dar um sorriso lateral e pequeno. Sabia que o fato de ter Michael ao seu lado, deixando-a entre ele e eu, não a agradava nenhum pouco. Em sua maioria, era porque o rapaz de cabelos medianos e multicolor não parava que importuna-la com suas piadas infames ou olhares sugestivos.

- Michael, se você não quiser levar um chute, para de ser tão grudento. - grunhiu ela, tentando empurra-lo pelos ombros para mais longe dela.

Ele apenas sorriu, um sorriso divertido e atrevido. Ela desistiu, revirando os olhos e bufando. Então ao me encarar, eu sabia do que se referia.

- Mary, eu gosto de ficar na janela. - franzi os lábios. Seus olhos me fuzilaram.

- Pare de ser mimada, Bradley. É tão frágil assim à minha presença? - Michael alfinetou.

- Do que você me chamou? - perguntou de volta, ligeiramente ofendida.

Revirei os olhos àquela cena, sabendo onde terminaria.

- É ou não? - repetiu.

- Frágil com a porra da tua presença? Ah, Clifford, não me faça ter uma crise de riso aqui. - se ajeitou, virando o rosto pra longe dele. O sorriso do mesmo no entanto só pareceu crescer.

Acabei suspirando exasperadamente, optando por colocar os fones de ouvidos e me ausentar daquilo, contente por ter bateria no celular o suficiente para a viajem de volta inteira. Eu iria me fechar no meu mundinho, onde Mary e suas implicâncias com meninos desaparecesse, onde qualquer situação ao redor fosse irrelevante e eu pudesse finalmente divagar nos meus pensamentos, talvez não tão melhores que isso.

No entanto, foi só erguer o olhar para frente que tudo voltou a desmoronar. Engoli em seco, paralisada. Não sabia o que era suposto fazer agora.

E acho que meu coração não deveria estar tão acelerado.

Harry estava adentrando no ônibus, chegando no corredor, os amigos atrás dele parecendo ocupados enquanto riam e procuravam assentos vazios. Mas Harry, ele me fitava de volta. Os olhos indescritíveis e intensos. Quando finalmente notei o quanto patético aquilo era, desviei o olhar para a janela, meu rosto duas vezes mais quente. Tenho quase certeza que vi Louis o empurrar para sentar pelo canto do olho.

Certo, vai ficar tudo bem. Ele vai esquecer o que aconteceu e eu também farei o favor de tirar isso da minha cabeça. Apenas preciso superar isso.

Eu consigo.

Não é?

                                  **

Imensurável foi o alívio que senti ao descer do ônibus, finalmente na frente da escola. Me despedi das meninas, prometendo que nos falaríamos mais tarde e apressadamente fiz o favor de seguir o caminho de casa com Mary. Ela visivelmente tão cansada quanto eu.

Apesar dos fones de ouvidos, podia ver as brigas incessantes de Mary e Michael durante todo o trajeto. Não é como se o ônibus fosse igualmente silencioso. As conversas não cessavam, risadas soando a todo momento e me obrigando a aumentar o volume até que aquilo fosse irrelevante. Tentei dormir mas meu cérebro estava muito ligado e foi difícil me manter relaxada quando Mary volte e meia esbarrava o braço em mim e me tirava a atenção para falar o quanto Michael era insuportável.

Nos primeiros momentos, não pude deixar de concordar com ela. O garoto simplesmente não parava de ser irritante, propositalmente eu acredito. No entanto, em algum momento eles conseguiram achar um assunto em comum em que não os fizesse querer estrangular um ao outro. Eles pareciam estar até... gostando daquilo.

É um começo e espero que Michael continue lidando com as coisas da forma que está, porque de algum jeito, parece estar dando certo.

Nossa chegada em casa foi receptiva pela minha mãe, com suas perguntas casuais e um pouco superficiais. Ela só queria assegurar que foi tudo bem no final. Obviamente, deixei de fora os fatos desagradáveis que aconteceram. Afinal, queria esquecer daquilo e virar a página, apesar de ainda me envergonhar do que aconteceu.

E eu não estava falando do beijo com Harry, porque de alguma maneira eu não poderia classificar aquilo em algo ruim. Não, longe disso. Porém também deveria não dar importância. Foi algo repentino e aleatório e provavelmente ele se arrepende do que fez.

Fiz o caminho até o banheiro, após por as roupas sujas na cesta de roupas e pegar um conjunto confortável para vestir. Minha intenção era dormir o resto  do fim do dia, recusando comer já que meu apetite foi saciado depois do que Mary e eu comemos na volta para casa. Um pacotinho de Doritos e Cheetos.

Terminava de pentear o cabelo quando Mary entrou no meu quarto, aparentemente pronta para ir pro banho também. Nas mãos segurava roupas e os ombros toalhas.

- Ei. - assenti para que ela continuasse. - Acho que vai rolar uma festa na casa do Shawn hoje. Tá afim?

Franzi os lábios, numa careta que fez Mary revirar os olhos.

- Qual é? Vai ser legal.

- Não tô afim de sair hoje. Na verdade, eu tô com muito sono. - murmurei honestamente, deixando a escova de lado.

- Para de ser idosa. Todo mundo vai. É pra fechar o fim de semana com chave de ouro. - sorriu sugestivamente, apertando os olhos. Dei risada.

- Vocês são muito elétricos. Ninguém tá cansado como eu? Ninguém prefere, sei lá, só olhar alguma coisa na TV e depois ir dormir? - gesticulei com as mãos.

- Não. Ninguém prefere, porque ninguém é sedentário como você. - cruzou os braços. Franzi o cenho, uma expressão falsamente impressionada. - Olha, se você não for, eu vou ter que ir sozinha e isso complica as coisas com a tia Cyndi.

- Você não precisa de mim. É só.. sei lá, fala que vai na casa de uma amiga. Mas de verdade, não estou com cabeça pra aguentar essas pessoas mais um dia.

- Qual é? Você se dá bem com todos. - comentou.

Fiz o favor de ir pra cama, me escondendo nos edredons e deixando claramente explícito que não sairia dali hoje. Mary suspirou forte, quase emburrada com isso.

- Seu novo amigo provavelmente vai. - relevou e eu demorei algum tempo para entender de quem ela se tratava, parando de buscar a série que eu queria quando finalmente entendi.

- Sem chance. - me encolhi.

- O que? Pensei que gostasse da amizade que tem com ele.

Ficou claro como o dia o que Mary insinuava por trás daquilo, em sua expressão. O sorriso repuxado em ironia e atrevimento. Eu senti quase como se ela soubesse o que aconteceu. Como se tivesse visto a cena toda e soubesse do meu segredinho. Obviamente, eu não pensava em expor aquilo. Por que faria?

- O que quer dizer com isso? - perguntei de volta.

Mary uniu as sombrancelhas, parecendo confusa.

- Ué, Isabella. Não é o que vocês são agora? Amigos?

Hesitei. Mary arqueou uma sombrancelha, desconfiada.

- O que rolou? - perguntou finalmente, se aproximando de mim. - Você tá escondendo alguma coisa.

- O quê? - engoli em seco, forçando uma risada. - Lá vem você de novo com isso.

- É, e quando eu não tive razão?

Eu poderia ver facilmente o modo como ela sabia tirar o que quisesse de mim. Ela afinal, sabia me ler como ninguém. Eu sabia que ela não me deixaria em paz tão cedo. E honestamente, tudo que eu queria era um pouco de paz. Umas férias de todo o caos que eu estava sentindo.

- Ele me beijou. - murmurei finalmente.

O sorriso lateral de Mary sumiu, seu rosto passando para perplexidade de imediato. Ela piscou incrédula, quase como se não tivesse ouvido certo.

- Não brinca. - encolhi os ombros, oscilando o olhar e meio que confirmando que ela ouviu certo. - Vocês ficaram?

Engoli em seco. Ouvir aquilo em voz alta me fazendo sentir coisas que eu não esperava.

- É... - limpei a garganta. - Meio que foi ele quem me beijou.

- Tá, mas ninguém beija sozinho. - lembrou e eu suspirei. - Como foi?

Contei tudo para Mary. Fiz o melhor em não corar enquanto ela me obrigava a dizer todos os detalhes que eu podia lembrar. De certa forma, aquilo tudo só me deixou mais confusa. Não esclareceu as coisas na minha cabeça. No fim eu ainda não entendia porquê ele tinha feito aquilo.

Mary pareceu satisfeita ao saber de tudo,  murmurando com orgulho o quanto tinha razão. Não concordei com ela, obviamente. O fato dele me beijar pode não significar o que ela acha que significa. A verdade é que eu também gostaria de saber o que significa.

A conversa levou algum tempo e Mary no fim decidiu não ir a festa. Ela sabia que no fim não poderia ficar o tempo que gostaria lá antes de ter que vir para casa. Avisou que iria fazer algo pra comer e neguei quando ela me ofereceu, me deixando sozinha em seguida.

Procurei na minha lista de séries e filmes, alguma que não pedisse tanto de mim, optando por friends. Afinal, eu já havia visto todos os episódios mais de duas vezes e mesmo que não perdesse a graça, servia comodismo. Pegar no sono foi um processo rápido por fim.

                                *
Quando acordei, maravilhada pelo sono profundo, senti uma leve dor de cabeça. Talvez tivesse sido o sol. Ficar o dia todo a mercê dele sempre trazia consequências.

Era quase meia noite quando peguei meu celular sobre a cômoda e pausei a série, que continuava rodando. Realmente, todo o desconforto do acampamento e as horas perdidas de sono foram recuperadas agora.

Calcei meus chinelos e sai do quarto em silêncio, o corredor estava escuro e silencioso e eu soube que todos já estavam dormindo. Afinal, escola e trabalho nos esperavam no outro dia. 

Desci em silêncio até a cozinha e peguei a jarra de suco na geladeira, servindo num copo e tomando em seguida. Eu estou com muita sede ultimamente e tenho perdido o apetite por algum motivo. Mesmo assim, retiro uma fatia de queijo e presunto, enrolando um no outro. Devolvo a jarra para a geladeira e começo a andar de volta para o quarto, comendo o enroladinho de queijo e presunto. Entrei no quarto em silêncio, minha cabeça um pouco aérea ainda, porém quando dei de cara com Harry no meio do meu quarto, despertei no mesmo segundo.

Meus olhos quase saíram das órbitas e meu coração deu um pulo com o susto. Harry continuou ali, parado no meio do meu quarto, com as mãos no bolso da bermuda moletom, o tronco coberto pela t-shirt branca do Rolling Stones, e os cabelos em uma bagunça castanha.

Seus olhos me fitando arduamente. Engoli em seco, suspirando fraco.

Só pode ser brincadeira.

- Como você entrou aqui? - sussurrei seriamente, fechando a porta atrás de mim.

O pensamento de meus pais aparecerem milagrosamente aqui do nada me fazendo suar frio. Harry maneou a cabeça, sinalizando a janela e me fazendo entender. Pisquei perplexa.

- Sério?

- Eu te liguei mas você não me atendeu.  Então eu entrei.- falou, como se não fosse nada demais. - Por que está fugindo de mim?

Desviei o olhar imediatamente, dando um passo para trás, querendo me afastar o quanto pudesse. Ele deve ter percebido, pelo modo que me chamou, a voz dois terços mais rouca.

- Bella?

- Não estou fugindo de você.

Harry quase riu. Não era suposto que fosse um som tão áspero. Sua voz soou chateada em seguida.

- Não entendo porquê está agindo assim. - me encarou, as íris faiscando algo que não consegui compreender. - Fiz alguma coisa errada?

Se você fez alguma coisa errada? Quis perguntar de volta mas não seria justo. Não seria justo com ninguém. Porque.. ele fez algo errado?

- Olha pra mim. - pediu dando dois passos a frente. A porta me impedindo de me afastar mais.

- Por que você está aqui? - resolvi perguntar, consciente de estar fugindo de sua pergunta. Harry suspirou no lugar, sua mandíbula um pouco marcada.

- Você sabe porquê, Bella.

Pisquei os olhos, o encarando de volta. Eu sabia, é óbvio, mas o que isso me causava era o que me incomodava. Causava um frio tão grande na boca do estômago, quase como se eu estivesse totalmente exposta ao inverno europeu.

- Nós temos que conversar, não é? - finalmente disse.

- E-eu acho que não precisamos.

Franziu o cenho, confuso.

- Por que não?

- Porque não, Harry.

- Ótimo. Não vou sair daqui até você falar comigo. - resmungou, cruzando firmemente os braços.

Me impedi de revirar os olhos.

- Isso é infantil.

- Infantil é você não querer conversar comigo. - ele acusa.

- Você não consegue ver que isso não é fácil para mim? - perguntei, elevando levemente minha voz. - E-eu nunca fiz aquilo antes. Não sou cheia de experiências como você. O que queria que eu fizesse? - inspirei fundo ao desviar o olhar, controlandono volume da minha voz. - Olha.. eu realmente não queria falar sobre isso.

Os olhos de Harry piscaram, suas feições intensificando. Era difícil encara-lo diretamente e não pensar no quão exageradamente ele era bonito. Os detalhes do rosto, os cachos caindo por todos os lados e a forma esguia que a camiseta cobria e marcava suas curvas e músculos. Me faziam perder o foco. Era quase doloroso olhar para alguém tão atraente.

- Você nunca fez aquilo? - a surpresa é clara na sua voz rouca.

- É sério? - perguntei de volta. Ele engoliu em seco e se aproximou de mim. - Harry, por favor.

- Eu não sabia. - admitiu com a voz suave, claramente expondo o quanto sentia muito.

Isso só aprofundou minha vergonha e me obrigou a engoli-la amargamente. Ele parou na minha frente, o suficiente para me deixar imersa a fragrância singular e delituosa que o acompanhava sempre. Talvez fosse justamente por ser indecifrável, que era tão atraente.

- Você não gostou, é isso? Por isso está fugindo.

- Não.

Apurou os ouvidos.

- Não..? - repetiu, confuso.

Inspirei fundo.

- Por que isso importa tanto? - apesar de frustada, minha voz transbordava genuinidade.

- Porque importa. - falou. - Como não importaria?

- Talvez porque aquilo foi um erro. - exasperei. - Vai virar algo irrelevante em algum momento. Não é?

- É isso que significou pra você? - ele quase recuou, como se estivesse ferido. - Um erro?

Apesar de abrir a boca, minha voz não saiu. Eu não sabia o que dizer. Estava tudo tão confuso e a forma como ele me olhava agora, como se estivesse machucado, me impediu de dizer qualquer coisa que pudesse aprofundar isso.

- Bella, quero que me diga. Você não gostou?

- E-eu... - engoli, meu orgulho de esvaindo. - Gostei. Eu gostei mas esse não é o ponto.

- Então qual é? - ele se aproximou, quase como se soubesse que eu estava totalmente indefesa. - Eu to enlouquecendo com isso. Você não vê que eu quero? Mesmo depois de ontem, você não consegue enxergar?

Pisquei, perdida.

Harry se pôs contra mim. Suas mãos foram abraçar carinhosamente minhas bochechas, me fazendo olhar para ele. A intensidade absurda posta em mim. As palavras sumiram. Meu raciocínio lento e perdido.

- Não foi um erro pra mim. - falou, baixo e rouco. - E tudo que eu sei é que eu quero de novo.

Minha nossa.

Foi o que se repetiu na minha cabeça, num loop incessante. A única coisa que definia o que eu sentia.

Sua respiração se misturou com a minha, no momento em que ele aproximou os lábios aos meus. Como se eu pudesse voltar para a noite passada, o formigamento se espalhou pelo meu corpo. Minha boca sendo tomada pela sua e as sensações se aflorando em mim.

Meu corpo vibrando inteiro ao que Harry me puxou delicadamente e igualmente firme para perto, as mãos agora pressionadas firmemente na minha cintura. Talvez eu estivesse enganada, talvez esse seja o melhor beijo que dei na vida.

A textura macia dos lábios dele encaixando perfeitamente aos meus. Sua língua deslizando em sincronia e intensidade junto a minha. Me sentia pisando no céu pela segunda vez.

E eu não liguei das consequências disso. Tentei desligar os avisos piscando dizendo que aquilo poderia dar errado. Não estava dando errado agora, estava dando muito certo inclusive, e isso bastava.

- Tem certeza que você nunca fez isso? - ele perguntou rouco, ouvia um sorriso em sua voz.

Minha respiração aguçada e cambaleando. Me afastei ligeiramente, abrindo os olhos para encara-lo. Seu sorriso deveria ser menos atrevido. Eu retribui com um revirar de olhos envergonhado.

- Não vai mais fugir de mim, não é?

- É meio impossível agora. Você invadiu o meu quarto. - me queixei, falsamente frustada.

Quando ele voltou a me beijar, tive certeza que seria mais um beijo que me tiraria o sono por mais uma noite.

Talvez, por todas elas.

Obrigada por lerem!❤️
Desculpa qualquer erro.

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