walking the wire | lwt+hes

By alterhstyles

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Em seus dezessete anos, Louis nunca pensou que encontraria acolhimento entre tinta negra, agulhas e um pouco... More

avisos/saudações
[1.en] • no angel
[2.to] • daddy issues
[3.tre] • so it goes...
[4.fire] • black beauty
[6.seks] • talk me down
[7.syv] • guys my age
[8. åtte] • gangsta
[9.ni] • cherry
[10.ti] • the blackest day
[11.elleve] • honey baby
[12.tolv] • A.M

[5.fem] • medicine

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By alterhstyles

[n/a]: o fim do mundo tá acontecendo mesmo, sem abastecimento em nada, harry vindo pro brasil agora mesmo, e att de WTW, quem não vai pro show do harry vamo fazer uma rodinha e chorar tudo junto \o/

a musiquinha na midia é especial pra um momento neste cap, rs.

Atlanta, cidade na Geórgia.

Louis morava lá desde que deu o primeiro choro após sair da barriga da sua mãe.

Para falar a verdade, suas origens mesmo eram da Europa, em Doncaster. Mas Johannah saiu muito cedo da cidade, atravessando o Atlântico com dezoito anos e a primeira gestação de dois meses, carregava Felicité em sua barriga quando largou sua família que não apoiava de forma alguma a gravidez da filha com Austin, não restava muitas opções para ela, era ficar com a família a desprezando até algo milagrosamente acontecesse, ou mudava de continente junto com o namorado que iria morar em Atlanta para comandar os negócios do pai e estudar Direito.

Louis sempre gostou de lá, tinha consciência do quanto amava a cidade, também achava que conhecia cada milímetro ali, sempre observou de perto os prédios e ruas luxuosas, com enormes shoppings e a boa estrutura da cidade, com o trânsito que tinha um funcionamento impecável e poderia acreditar que lá mal havia pessoas com baixas necessidades, devido ao serviço indiscutível que seus olhos viam. Morou em luxuosas coberturas na sua infância, lembra da enorme piscina que tinha a vista para os outros prédios no alto, apesar da sua mãe nunca ter deixado ele ir sozinho até a beirada por ter sete anos, mas sempre lembra de Lottie levá-lo para se surpreender e tremelicar um pouco com a vista.

Porém, se não fosse Harry rindo dos seus comentários perguntando se aquela era realmente Atlanta, poderia jurar que estava em outra cidade em menos de meia hora em cima da moto que era pilotada pelo tatuador. Estava atônito e desiludido com as ruas de péssima estrutura e com sequer uma iluminação ou asfalto adequado, foi um choque para o Tomlinson ao ver Harry avançar um sinal vermelho em uma esquina má iluminada, justificando que as câmeras poderiam pegá-lo por infligir as leis, então as sessões de gargalhadas do cacheado começaram, comunicando que não havia câmeras por ali, e que ele que deveria estar chocado por encontrar um semáforo que prestasse pela primeira vez, mas apesar disso, não pararia em uma rua deserta porque sabia dos riscos que corria por ali, não era anormal caras surgirem do além para quererem roubar ou meter uma bala em Harry, tinha se acostumado com a podridão da cidade, pelo menos naquela parte dela. Mas começou a ter outra preocupação quando Harry pilotando com cuidado a moto na fina camada de gelo no asfalto, graças aos céus eram pneus adequados para a neve.

Quando aparentemente "saíram" da cidade depois de, em média cinquenta minutos depois, correndo com o motor ágil da moto pela estrada vazia, Louis começou a perceber as entradas enormes que encontravam à cada cinco minutos, não sabia muito bem definir o que era, parecia um estilo de condomínio, e só pôde ter certeza quando Harry dobrou à direita em uma dessas entradas, confirmando que eram casas de campo que o amigo do tatuador tinha, sabia que eram extremamente caras e de um luxo impecável, lembra das fotos dos seus colegas de classes em uma das milhares de festas que tiveram diante dos três anos de ensino médio, ele nunca tinha ido, sabia que sua mãe surtaria ao saber que ele estaria no meio de adolescentes irresponsáveis com bebidas alcoólicas no meio do mato.

– Não fala nada e nem encara os seguranças, deixa que eu tomo conta de tudo, entendeu Louis? – Harry alertou baixinho, o tom sério na voz abafada pelo capacete foi o suficiente para o menor acenar com a cabeça rapidamente; ainda com os braços rodeados a cintura do rapaz, ele observou rapidamente três brutamontes usando roupas estilo militar descerem da pequena casinha da qual estavam, notou um deles carregarem uma arma enorme nas mãos, o de olhos azuis desviou o olhar, engolindo seco. – Harry Styles, viemos para a festa de aniversário do Steve.

O careca, que carregava um tablet nas mãos, digitou alguma coisa, provavelmente procurando o nome do Styles na lista, seus olhos negros se voltaram para o cacheado, passando por Louis por alguns instantes com curiosidade.

– Tirem os capacetes e desçam da moto, vamos revistá-los. – A voz grossa e autoritária do segurança ecoou firme para os dois na moto, Harry olhou pouca coisa para o garoto atrás de si, meio que alertando para ele fazer sem questionar, e é claro que ele não iria, então desenrolou os braços calmamente do tronco de Harry, descendo da moto com calma. – Carne nova, Styles?

Louis corou lentamente quando sentiu o careca encará-lo com um sorrisinho perverso, especificamente suas coxas apertadas no tecido da jeans, mas ignorou, tirando o capacete com cuidado da sua cabeça. Olhou para Harry, que lançava um sorriso descontraído para o segurança, meio que afirmando a sua pergunta, não foi algo que definitivamente lhe incomodou, mas o nome dado pelo segurança para o Tomlinson fez ele querer vomitar ali mesmo. Lançou um olhar desconfiado para Harry ao seu lado, que estava sendo revistado pelo careca enquanto outro segurança moreno de olhos verdes fez o mesmo com Louis, e se controlou e muito, quando o segurança apalpou levemente a nádega esquerda do moreno, teria lhe dado uma joelhada se não tivesse outro com uma arma enorme perto deles.

– Boa festa, garotos. – O careca desejou, retornando ao seu posto com os colegas de trabalho na casinha, liberando os portões para que eles pudessem passar.

– Obrigado. – Harry agradece, voltando a sentar na moto novamente onde entregou o capacete para Louis, colocando-os e dando a partida novamente após o menor entrelaçar os braços no corpo alheio. Depois que sumiram da entrada, Louis sentiu o motor acelerar pela pequena estrada com árvores ao redor, de longe conseguia ver algumas luzes e sons abafados, que começaram a ficar mais claros quando a moto acelerava de acordo com os movimentos do tatuador. – Se eu não estivesse relaxado só por você ficar agarrado assim em mim, eu teria dado um soco naquele filhou da puta que te tocou.

– Está tudo bem. – Louis suspira, se acalmando mais quando ouviu a revelação do cacheado. Um sorrisinho brotou em seus lábios no momento em que fez a questão de aproximar melhor as pernas no corpo de Harry, agarrando com mais firmeza o peitoral do rapaz. A respiração do Styles pesou ao sentir o corpo de Louis atrás de si que estava fodidamente perto, apertando suas mãos no guidão da moto com força para amenizar a sua frustração. – Algum problema, Harry?

– Nenhum. – Harry disse firme, com certo impasse na voz antes de decidir que focar na pequena estrada à frente era melhor para prevalecer os seus pensamentos puros.

Louis da primeira e única vez que ele foi para um festa de campo, na metade do segundo ano do ensino médio; na verdade foi somente para buscar Niall que estava desmaiado em um dos quartos de hóspedes da casa, nesse tempo eles haviam brigado porque Louis ficou rindo do amigo quando eles estavam assistindo à final do campeonato de vôlei da Irlanda contra a Polônia, era algo que eles sempre costumavam fazer, apostar para algum time e torcer para qual deles ganharia, no final era obrigatória um tipo de consequência para quem perdesse, mas dessa vez foi totalmente diferente, o time que Niall estava torcendo era do seu país de origem, o que de certo foi muito divertido para Louis e totalmente frustrante para Niall.

Quando o jogo começou, Louis viu que o time do Niall não tinha chances nenhuma de ganhar, a Polônia estava indiscutivelmente boa naquele dia e venceu em pouco tempo, não muito depois, Louis não sabia se ria ou consolava o amigo pela perda, Louis era assim, em situações que ele não tinha a mínima ideia do que fazer para ajudar, ele começava a rir feito um retardado por longas horas, e Niall gritando aos berros para que ele parasse de rir entre choros não ajudou muito, então Niall expulsou o amigo da casa e bloqueou ele em todas as redes sociais, o loiro achava que como vingança, ir à uma festa sem Louis lhe deixaria puto da vida – o que era verdade – mas só piorou quando uma das garotas do colegial ligou para o moreno de olhos azuis pedindo para que ele fosse buscá-lo, já que achou que não seria uma boa ideia ligar para os pais, sendo que quase noventa por cento das pessoas ali eram menores de dezoito, e ele foi buscá-lo, é claro, às vezes sentia o cheiro do vômito que havia impregnado no carro do seu pai – na época ele não tinha o seu – e por todo o corredor do seu quarto até o banheiro, foi um completo pesadelo.

Foi uma ótima e nojenta vingança, Niall.

Tomlinson não lembra de muita coisa do local, mas coisas como, uma piscina enorme e vários copos vermelhos com bebidas fortes que lhe deixavam bêbado só pelo cheiro, era algo impossível de esquecer. Ah, e a cena do gostosão chamado Jared do terceiro ano só de sunga caindo na piscina ainda trazia formigações para a mão de Louis.

– Harry! – Uma voz empolgada recebeu o tatuador, logo após dois minutos depois de entrarem, Harry entrelaçou a sua mão com a de Louis argumentando que assim seria menos fácil deles se perderem no meio da multidão na casa enorme. Louis, por sua vez, que estava perdido demais olhando para a movimentação, aceitou sem questionar, deixando ser levado pelo maior entre os convidados, que se alternavam entre garotas de biquíni ou outros bem vestidos, com diversas tatuagens e piercings no rosto. Só voltou à consciência ao sentir Harry soltar a sua mão, estava entretido demais analisando com curiosidade o fenômeno de um bebedouro contido com um líquido azulado e brilhoso, era a primeira vez que via algo daquele tipo. – Quanto tempo, bro! Senti sua falta. Quem é esse com você?

– Oi Steve. – Harry sorri, abraçando de lado o amigo. Louis observou o cabelo longo e liso do rapaz, Lottie provavelmente enfartaria ao ver isso, argumentando que não era possível homens terem o cabelo liso e sedoso sem fazer quase porra nenhuma. Tinha um sorriso simpático nos lábios e a barba combinava com ele, era um pouco menor que o cacheado. – Esse é o Louis, está passando alguns dias lá em casa.

– Imagino esse tipo de passada na sua casa. – Steve diz com certa malícia na voz, rindo quando o amigo lhe deu um soco no peito revirando os olhos. – Estou brincando Styles. É um prazer conhecê-lo Louis, espero que goste da festa!

– Prazer em te conhecer também. – Louis sorri, aceitando a mão de Steve como cumprimento. – A casa é muito bonita, por sinal.

– Obrigado. – Steve agradece, lançando um olhar curioso para Harry como se estivessem conversando via telepatia, Louis nunca foi muito bom em adivinhar o que esses olhares queriam dizer. – Fiquem à vontade! Vou receber outros convidados.

– Vai lá. – O tatuador deu espaço para que ele passasse, voltando a dar a atenção para Louis. O menor abraçava o próprio corpo, meio disperso observando a multidão se divertindo com uma música animada, algumas garotas até passaram lhe cumprimentando amigavelmente com um sorriso e depois falavam com Harry de longe, de fato ele era bem conhecido ali dentro. Styles sorriu, rodeando calmamente seu braço ao redor do ombro de Louis, que tomou um rápido susto e piscou algumas vezes acordando do seu transe procurando o olhar do rapaz. – Tudo bem? Quer alguma coisa?

– Sim, e sim. O que é aquilo? – Louis pergunta, apontando diretamente para o bebedouro que já estava pela metade.

– Oh. – Harry sorriu. – É chamada de Blue lagoon, é meio que obrigatória em todas as festas do Steve, o pessoal adora. – Explica, aproximando sua boca da orelha de Louis. – Você quer? – Antes mesmo de esperar a resposta do moreno, o cacheado já estava puxando o garoto até o bebedouro, onde dois garotos enchiam os copos de bebida. Harry apanhou dois copos plásticos, enchendo-os com uma quantidade aceitável para si, depois fazendo o mesmo com o de Louis, deixando um pouco menos. O mais velho deu o copo para Louis, que agradeceu e cheirou o líquido primeiramente. – Não tem drogas aí dentro, relaxa. – Riu.

– Tem chances de eu ficar bêbado muito rápido?

– Só se você for o tipo de pessoa que fica bêbado com um gole, mas qualquer coisa eu cuido de você, amor. – Harry deu de ombros, virando o copo em seus lábios. Louis revirou os olhos pela volta do tão aclamado ''amor'' mas um sorrisinho brotou em seus lábios, onde ele escondeu ao virar líquido para dentro da sua boca. – E aí?

– É bom, parece que nem tem álcool nisso. – Louis franze as sobrancelhas, indo até o bebedouro para encher o copo.

– Aí está o porque de ser tão famosa aqui, espera até mais tarde. – Harry sorriu, lambendo os lábios divertidamente. – Venha, vamos procurar alguns amigos meus.

Louis concordou, bebendo mais um gole antes de entrelaçar seus dedos aos de Harry novamente, sentiu algo desconhecido revirar em sua barriga, era uma espécie de várias borboletas rodeando ali dentro. Porém preferiu não pensar naquilo, mantendo os olhos atentos enquanto caminhavam pela casa, os dois atravessaram a piscina que ficava no centro, totalmente lotada e com seres bêbados que tentaram molhar Harry e Louis, o tatuador revirou os olhos divertidamente, cumprimentando os bêbados na piscina, que os chamavam sem parar para que entrassem.

– Talvez outra hora! – Harry sorriu, alertando os caras na piscina, que gemeram em desapontamento e voltaram a se divertir entre si. Ele puxou Louis até uma sala que tinha paredes de vidro, um karaokê animado acontecia lá dentro e sofás avermelhados de couro, concentrados com gente que riam sem parar, com seus drinks e cigarros na mão. Foram até uma rodinha de amigos que estavam sentados no canto, com vista para a piscina, rindo de alguém que estava lá dentro. – Hey, idiotas.

– Harry! – Uma loira saudou, com cabelos cacheados e olhos enormes e azulados como o de Louis, levantando toda atrapalhada do sofá e indo até ao cacheado, dando-lhe um beijo na bochecha. – Uh, cadê o Zayn?

– Não quis vir. – Harry deu de ombros, a loira formou um biquinho nos lábios. – Mas eu trouxe o Louis, ele é mais divertido que o Zayn, tenho certeza.

– Oi, Louis! – Os três que estavam no sofá gritaram em uníssono, havia um cara com a pele porcelana e um sorriso adorável nos lábios, o cabelo concentrado em um topete com glitter espalhado por toda a extensão, outra garota negra com lindos cachos roxos sorria para o menor, outras duas estavam em seu lado, com orelhas de gatinho e um cigarro em mãos.

– Eu sou a Perrie. – Ela saudou, dando um beijo na bochecha de Louis rapidamente, se virando para os amigos no sofá. – Aquele é o Nicolas...Leigh-Anne... Jade e a Jesy. – Perrie aponta, apresentando devidamente cada um deles. – Eu tenho a impressão que já te vi em algum lugar.

– Ele estava na festa que estávamos sexta, Pezz. – Harry se intrometeu, guiando Louis pela cintura para que ele se sentasse no sofá vazio à frente dos amigos. – Vocês estavam dançando com ele.

– Oh! É verdade. – Jesy alarmou, arregalando os olhos surpresa. – Você estava com um loirinho, não é?

– Sim. – Louis sorri para a garota de cabelo rosa, tinha várias tatuagens espalhadas pelos braços e um ótimo decote. Harry se acomodou ao seu lado, deitando o braço na costa do sofá por trás de Louis. – Prazer em conhecê-los.

– O prazer é meu, Louis! – Perrie sorri, sentando no colo do tal de Nicolas, que revirou os olhos e procurou alguma posição confortável no sofá com a loira em seu colo. – Quer um cigarro? Bebida?

– Hazz! Pega mais bebida para a gente, por favorzinho? – Jade pisca angelicamente para o tatuador. – Você ainda está sóbrio, qual é, traga mais bebida!

– Idiotas. – Harry revira os olhos, começando a se levantar do sofá para atender o pedido. – Você vem, Louis?

– Eu—

– Ele fica! – Perrie avisa, sentando-se ao lado do moreno. – A Jesy te ajuda a trazer as bebidas!

– Vai se foder, Perrie, por que eu? – Jade revira os olhos. – Mas tudo bem, só porque eu quero um isqueiro, já que vocês perderam o meu.

Harry bufa, dando as costas para os amigos, forçando Jade segui-lo pela sala. Louis observa o maior se afastar com a amiga até o outro lado da piscina, adentrando a casa iluminada com alguns holofotes. Sentiu o sofá se afundar ao seu lado, dando de cara com Nicolas lhe olhando maliciosamente, e ao seu lado, Perrie terminava de beber um coquetel que tinha em mãos.

Nesse meio tempo em que Harry foi buscar as bebidas, Louis começou a se soltar finalmente com os novos colegas bêbados e extremamente divertidos, Nicolas, ou Nick, como ele preferia ser chamado, tinha um lado bom para piadas e muito extrovertido, Perrie praticamente era a cópia dele masculina e Jesy era mais quieta, tímida, Louis achou. Eram boas companhias, aliás, o fato de mencionarem uma tal de "Townes" que estava envolvida com o Harry lhe deixou de fato curioso, mas na hora que Perrie ouviu o amigo falar da tal garota, deu um tapa na testa de Nick, olhando para Louis com algo do gênero "assunto totalmente proibido na frente dele", e voltaram a falar besteiras como se nada tivesse acontecido.

Quinze minutos haviam se passado e nada de Harry e Jade voltarem com as bebidas, é claro que Louis poderia ficar tranquilo porque o tatuador de fato não o deixaria ali, apesar de conhecido novas pessoas, não confiava em muita gente, no entanto, ficar sem Styles ali por mais dez minutos já estava o atormentando. No momento em que iria levantar para dar um jeito de encontrar o cacheado, alguém avisou no microfone empolgadamente que era a hora de irem cantar os parabéns para o Steve. O Tomlinson até pensou que de certa forma seria melhor para encontrá-lo, e então foi juntamente com os três colegas bêbados para a entrada principal, que já estava lotada de conhecidos e amigos.

Steve estava na escada central da casa de campo, um tapete vermelho ocupava todo a escada, o DJ mandou apagarem todas as luzes fortes, deixando a sala de estar mal iluminada, após ver que boa parte ou todos já estavam em encontro para começar, a canção começou lentamente, ao seu lado, seus irmãos e irmãs – provavelmente – deram espaço para que uma idosa mais velha passasse, lembra de Harry ter comentado algo quando estavam no caminho de que o amigo e os irmãos foram criados pela avó, e de fato Steve parecia adorar a presença da senhora.

Louis olhou para todos os lados, procurando o rosto conhecido de Styles, porém, o fato de estar escuro e Louis estar sem suas lentes de contato não ajudaram em nada. Suspirou frustrado, batendo palmas quando todos gritavam em uníssono para saudar Steve.

– Eu vou procurar o Harry, pode ser? – Louis puxa Perrie para perto de si, falando em seu ouvido rapidamente, já que os outros convidados começaram a se retirar para voltar à piscina ou qualquer outra atividade na festa. A loira concordou, soltando a mão de Louis para que pudesse seguir os amigos.

– Não demora! – Nick gritou, acenando para o Tomlinson em despedida.

Assim como o lado de fora, a parte de dentro da casa também mantinha a mesma diversão, de fato o terreno era enorme, acomodava muita gente e todos pareciam colaborar para deixá-lo agradável de alguma forma. A escadaria principal foi a primeira coisa que Louis viu, subindo depois de pensar que Steve provavelmente era o único que saberia para onde Harry foi; ele subiu calmamente, se intrometendo no meio do povo que cercava o DJ para saudá-lo, por ver que ele estava muito ocupado, decidiu que seria rápido.

– Steve? – Louis pergunta, puxando o rapaz para falar em seu ouvido. – Você sabe onde o Harry foi?

– Eu acho que... – Steve franze as sobrancelhas, olhando para o nada como se estivesse pensando. Logo uma expressão surpresa apareceu em seu rosto, como se tivesse lembrando de algo. – Ah! Os garotos jogaram ele na piscina, ele está lá em cima se trocando. Vem, eu te levo.

– Não precisa, você está ocupado. – Louis disse rapidamente. – Só me ensinar por onde ir que eu dou um jeito.

– Louis, você não sabe o motel que está lá em cima, vamos, eu te levo sem problemas. – Steve argumenta, começando a subir as escadas para que o rapaz lhe acompanhasse. – Acho que ele está com aquela Jesy, ela foi ajudá-lo.

Louis franziu as sobrancelhas confuso, mas deixou de lado e começou a seguir o DJ pelo corredor, que por sinal tinha diversas portas e casais praticamente fazendo sexo ali mesmo. Depois de passarem por três ou quarto portas, Steve parou na penúltima, onde Jesy estava apoiada com certa preguiça e um drink em mãos.

– Oh, Louis! – Jesy suspira para o alto como se seus pedidos houvessem sido atendidos. – O Harry está se trocando, ele me obrigou a ficar aqui porque algum idiota quebrou a maçaneta e ele não quer que ninguém lhe pegue nu.

– Quem foi o imbecil? – Steve bufou, xingando baixinho quando Jesy deu passagem para que ele visse a maçaneta caindo aos pedaços. – Só o que me faltava, já não bastava terem quebrado um vaso que estava na sala. Mas foda-se, Louis, vou voltar lá para baixo, okay?

– Tudo bem, obrigado, Steve. – Louis agradece, dando um sorriso gentil para o DJ.

– Calma! Eu vou com você, o Louis pode esperar o Harry sair, eu quero voltar para a festa! – Jesy choraminga, com os olhos brilhando em expectativa para que Louis ficasse. – Você fica, Louis? Por favorzinho.

– Sem problemas, depois eu desço com ele. – Louis tranquiliza, rindo quando a morena praticamente chorou por Louis ter aceitado. – Podem ir.

– Até mais! – Jesy dá um tchauzinho, atrapalhando-se no salto para seguir o Steve. – Maldito salto de doze centímetros!

Louis riu, cruzando os braços e se apoiando no batente da porta na intenção de esperar Harry. Ficou lá por uns três minutos, observando o resto do corredor dominado por casais no ápice da tensão sexual, chegou até esbarrarem em Louis que estava quietinho em seu canto, logo pedindo desculpas antes de rirem e voltarem a correr pelo corredor.

– Caralho! – O menor tomou um susto ao ouvir a voz de Harry atrás da porta, entrando sem nem pensar direito ao banheiro, o tatuador estava somente com os jeans e de meias, expondo seu peitoral malhado e cheio de desenhos. – Louis?

– O que foi? Por que você gritou? – Louis pergunta completamente confuso, ignorando a miragem à sua frente chamada peitoral exposto do cacheado de olhos verdes totalmente tentador. – Jesy não quis ficar aqui em cima, aí eu cheguei e ela agradeceu quando eu disse que te esperaria para descer.

– Ah. – Harry arqueou as sobrancelhas, notando só depois de alguns segundos que o moreno ainda esperava alguma explicação. – É que tem algum tipo de infiltração aqui, e uma gota quente caiu na minha costa...

– Não acredito que você fez um escândalo por causa disso. – O de olhos azuis revira os olhos, apoiando o corpo na mesa de granito da pia.

– Então vem aqui e coloca a testa debaixo da goteira! – O tatuador arregalou os olhos sarcasticamente, andando até a porta que estava aberta para fechá-la após duas garotas passarem praticamente lhe comendo com os olhos. Ele deixou como apoio o cesto de lixo metálico para que a porta não abrisse sozinha, já que a maçaneta ainda estava quebrada. – Sentiu minha falta? Por isso veio atrás de mim?

– Não seja tão iludido, Harry. – Louis sorriu ironicamente. – Eu só vim atrás de você porque eu não quero ficar aqui sozinho por você me abandonar.

– E se eu te deixasse aqui? – Harry se aproxima, deixando seu rosto pouco centímetros do de Louis, os olhos verdes do Styles escureceram, deixando no ar algo totalmente tenso. – Não seria muito difícil para você achar uma carona, Louis.

– Não mesmo. – Louis morde o lábio inferior, movendo suas mãos calmamente para a cerâmica gélida atrás de si. – Eu conseguiria uma carona só para ir até ao seu apartamento e te dar um soco por ter me deixado.

Harry riu.

– A ideia de te ver puto comigo parece tentadora. – O tatuador curvou o pescoço, colocando suas mãos ao lado das de Louis, roçando de leve em seus dedos. – Mas, nesse momento, é mais tentador ainda eu te beijar, só que eu vou esperá-lo me beijar primeiro.

– E o que te faz pensar que eu vou te beijar? – Louis ri divertidamente, mas sabe que no fundo ele estava quase se borrando de nervosismo por ter Harry tão próximo de si naquele momento. – Você se ilude muito fácil, Styles.

– Cinco segundos atrás você não parava de encarar meus lábios. – Harry arrastou suas mãos para cima das de Louis, o anel gélido entrando em contato com o a pele quente do moreno. – A questão é que, você é orgulhoso feito o diabo. – O tatuador sorri, seu nariz se aproximando do pescoço do Tomlinson, subindo calmamente até a sua orelha. – Porra.

– Harry... – O menor choraminga baixinho quando Styles pressionou suas pernas para que pudesse ficar entre elas, sua pele estava totalmente arrepiada quando correu os dedos para o cós da skinny do rapaz, puxando-o para mais perto após sentir uma fisgada diretamente para o seu membro. – Estamos em um banheiro com infiltração.

Em um impulso rápido, Harry puxou Louis para que ele se sentasse na cerâmica da pia do banheiro, tendo chance de se aproximar da forma que queria, onde seus membros se tocaram rapidamente, fazendo Louis soltar um suspiro pesado. Procurou as orbes verdes do tatuador, que carregavam um olhar tenso e cheio de desejo, e ficou ali, encarando Louis até que ele decidisse arriscar a fazer o que ele sabia muito bem.

"Que se foda" Tomlinson pensou, antes de abandonar o abismo que se encontrava entre quebrar o orgulho ou não; seus movimentos foram rápidos quando puxou pela parte de trás a cabeça de Harry, com os cachos molhados se entrelaçando nos dedos do moreno quando o gosto doce da boca de Harry entrou em contato com a sua. Um sorrisinho finório surgiu nos lábios de Styles, contente por Louis ter cedido à guerra e se entregar de uma vez.

O de olhos azuis foi ao delírio quando o tatuador pousou suas mãos na cintura fina alheia, apertando-a com destreza, enquanto seus lábios dançavam com lerdeza e desejo, Louis apoiou seus cotovelos nos ombros de Harry, enfiando sua língua na boca do tatuador com calma, por sua vez, o cacheado suspirou pesadamente com o contato profundo entre os dois.

Louis curvou o pescoço para facilitar o trabalho de Styles, que se concentrava em deixar beijos molhados pela extensão do pescoço do moreno, mordendo-o de leve quando decidiu marca-lo com chupadas lentas e quentes. O menor desceu suas mãos pelas costas alheias, explorando cada canto, sentindo os músculos se contorcerem diante do seu toque; ele pode confirmar que as costas musculosas e largas de Harry poderiam ser algum tipo de perdição, simplesmente pelo fato de serem bem delineadas e quentes como o inferno.

–M-merda. – Gaguejou ao sentir Harry apertar sua bunda deliciosamente, arqueando as costas diante ao contato. O olhar do cacheado se voltou para o garoto, que já estava com as bochechas avermelhadas e lábios inchados. – Harry, puta que pariu.

– O que foi, Louis? – A voz pesada de rouquidão do tatuador só piorou a situação, fazendo Tomlinson se arrepiar novamente pela aproximação. – O que você quer?

Louis grunhiu baixinho, juntando seus lábios novamente com os de Harry, que correspondeu perfeitamente bem, o estalo entre as duas bocas era a única coisa ouvida além da música abafada no andar debaixo. O moreno prendeu suas pernas ao redor do corpo de Harry, impedindo o que se afastasse, e certamente aumentando o contato entre os seus membros, que já estavam duros e produziam pré gozo numa rapidez agonizante; mais tempo que eles ficavam ali, se esfregando como se fossem dois loucos, o tecido começou a incomodá-los, Harry estava tentando se controlar de qualquer forma para que não perdesse o controle e fizesse o que bem queria ali no banheiro sujo, mas se tornava totalmente impossível quando se tinha Louis friccionando seu membro com o dele, e o tatuador simplesmente não conseguia parar de apalpar a bunda farda de Louis com as suas mãos, a sensação estava o deixando cego e talvez um pouquinho desesperado para mais.

– Me fode. – Pediu com súplica, olhando no fundo dos olhos do cacheado, que já estava em um êxtase infernal dentro das suas calças.

– Não vou te foder aqui, amor. – Harry diz, fazendo Louis entristecer, e na tentativa de fazê-lo mudar de ideia, atacou seus lábios com indelicadeza, aumentando o contraste nas suas esfregadas como forma de provar o quanto estava desesperado para ter o pau de Harry dentro dele. – É sério, Louis.

– Harry! – Louis choraminga de novo, correndo seus dedos para o zíper da calça do tatuador.

– Hoje não. – Harry finaliza, tirando a mão de Louis com um auto controle irreconhecível. – Mas... Você me surpreendeu quebrando o seu orgulho, então não acho justo te deixar nesse estado, uh?

Antes que o moreno pudesse responder algo, Harry atacou seus lábios novamente, empurrando Louis até que estivesse com o corpo inclinado na bancada de granito, sua cabeça tocou suavemente a parede gélida, sorrindo prazerosamente no momento em que o tatuador deslizou suas mãos das suas nádegas para as coxas, mimando cada centímetro da carne alheia, alguns gemidinhos escaparam dos lábios do Tomlinson, atrapalhando o beijo, fazendo Harry soltar um sorrisinho de orgulho, totalmente encantado e adorando a situação de ver Louis estar se derretendo ali mesmo.

O cacheado puxou Louis somente para retirar a regata preta do moreno, onde o peitoral do garoto ficou totalmente exposto como o de Harry, este por sua vez, olhou com atenção a tatuagem recém feita embaixo da clavícula de Louis, a vermelhidão ainda era visível, e o tatuador não evitou em molhar os lábios ao ver a pele bronzeada do menor, levando seus lábios inchados e avermelhados para o desenho, onde depositou beijos molhados por cada centímetro da pele de Louis.

Harry se inclinou juntamente com o corpo do rapaz, por ser alto, conseguiu realizar a tarefa sem muitos problemas, uma das suas mãos se deliciava com a coxa farta de Louis, e a outra se concentrava na sua cintura fina com precisão, os lábios carnudos de Harry subiram para a clavícula de Louis, dando a atenção devida para aquela região, pois nos últimos minutos, o tatuador percebera que era uma das áreas mais sensíveis que faziam Louis se revirar por completo e conseguir arrepiar todos os seus pelos com o mínimo contato, o outro era a sua nuca; Harry simplesmente conseguia sentir quando o menor transferia uma carga quente pela sua corrente sanguínea por causa da atenção dada para aquela área tão sensível, talvez o fato de explorar cada canto da pele do Tomlinson fazia o cacheado conhecer os pontos de prazeres espalhado pelo corpo de Louis, só deixava Harry extremamente curioso e desejar por mais, era quase a mesma coisa que se viciar em uma droga, e nos pensamentos do Styles, o moreno de olhos azuis poderia ser considerado facilmente uma delas.

Louis soltou um gemido arrastado quando Harry tocou sua ereção por cima do jeans, correndo os dedos até o zíper para que pudesse arrancar a peça do corpo do menor, Harry teve dificuldade para poder tirar a calça, já que o Tomlinson não parava de tentar obter contato entre seu pênis e os dedos de Harry, esfregando-se intensamente atrás de contato.

– Colabora, Louis. – Harry pede meio impaciente, tanto para poder se aliviar quanto para poder fazer o mesmo com o rapaz, que se aquietou um pouco depois do seu pedido, dando a chance de Harry arrancar os dois tecidos de uma vez do corpo de Louis, expondo seu membro duro e concentrado de porra por toda a extensão do pau de Louis. – Caralho, você já está todo molhado, amor.

– Para de enrolar. – Louis diz com dificuldade, respirando lentamente para que pudesse se acalmar, seus olhos estavam entreabertos e a franja suada caindo sobre seus olhos não ajudaram a ter uma noção do que Harry iria fazer. – O que você... Merda!

Louis não conseguiu finalizar a pergunta que iria fazer simplesmente por Harry ter lhe abocanhado por completo sem nem um aviso prévio, um gemido manhoso escapou dos seus lábios, com os movimentos de Harry por sua glande, fez com que Louis começasse a sentir como se cargas elétricas estivessem se transferindo por todo o seu corpo; O tatuador prestava atenção em cada detalhe do moreno, desde quando fechava os olhos com força antes de soltar outro gemido no mesmo segundo em que ele lhe engolia por completo, até quando o suor na testa de Louis começou a deslizar sobre a bochecha avermelhada até o seu pescoço, sua mão esquerda estava com as unhas cravadas na bunda de Louis como forma de apoio, e a direita não demorou muito para descer até o seu pau em busca de prazer próprio.

O moreno de olhos azuis puxava os cabelos do Styles, guiando uma vez ou outra os movimentos, mas o tatuador era quem dominava, os sons dos gemidos de Louis se misturavam com o de Harry masturbando a si próprio, e em alguns minutos depois, conseguiu sentir o líquido quente de porra saindo da sua glande, não teve nem chance de querer ao menos se afastar, porque de fato Harry percebeu que ele estava perto, mesmo com o aviso repentino que iria gozar, a chance de Louis enchê-lo com o gozo na sua boca era definitivamente o que ele queria. E o fez com perfeição, o tatuador engoliu todo o líquido com destreza ao mesmo tempo que gozava na madeira polida do banheiro.

O tatuador levantou depois de respirar fundo, com as pernas trêmulas apoiou suas mãos ao lado das coxas desnudas de Louis, aproximando-se pouca coisa para selar seus lábios com o do menor em um selinho lento, Tomlinson não estava em um estado de lucidez completo, mas conseguiu sentir o gosto do próprio gozo na sua língua, tentando acompanhar os movimentos rápidos do Styles, que parecia se recuperar melhor com a bolha de prazer, no entanto, Louis só ficou ali, com as costas encostadas na parede, seus olhos seguindo com preguiça Harry pegar uma quantidade de papel higiênico, limpando o que restava da pequena bagunça deles no banheiro. Harry vestiu as calças e a camiseta de Louis novamente, ajudando-o a ficar em pé depois que o cacheado vestiu a sua camiseta, e esperando pacientemente o garoto retornar ao planeta terra que se concentrava em ficar em pé sem as pernas bambas e as pálpebras pesando.

– Tudo bem? – Harry sussurra, segurando a mandíbula de Louis delicadamente.

– Tudo ótimo. – Louis sorri minimamente, aos poucos retornando o controle do seu corpo. – Obrigado.

– Vamos voltar para a festa, então. – O tatuador diz, guiando o menor até a porta enquanto tocava a cintura do mesmo de leve.

Ao caminharem pelo corredor, a movimentação ali parecia ter cedido mais, somente alguns casais se encontravam espalhados pelo local, no entanto eles seguiram seu caminho tranquilamente pela escada central, onde alguns dos irmãos de Steve conversavam entre si. Quando foram atravessar a piscina, notaram Perrie junto com Jade e Jesy adentrando à piscina com um salto improvisado, jogando uma quantidade de água considerável em Harry, que num movimento rápido, um instinto protetor surgiu no mais velho para proteger que Louis não se molhasse, o que rendeu boas risadas para as garotas completamente molhadas na piscina.

Harry mostrou o dedo do meio para elas após responderem onde Nick e Leigh-Anne estavam, de fato elas tentaram acertar os dois novamente com a água clorada, mas o tatuador foi mais rápido, guiando Louis entre os convidados até uma espécie de cassino, procuraram os amigos de Harry por uns cinco minutos, até avistar Leigh-Anne jogando pôquer com um cigarro nos lábios em uma rodinha de homens, que os saudou de longe mas pediu para que o Styles se aproximasse e lhe ajudasse com o seu jogo, no entanto, Louis estava cansado – não especificamente só por isso – pela pequena caminhada e com sede, então foi até o sofá onde Nicolas se encontrava conversando com um cara mais velho que ele ao seu lado.

– Hey! Qual a parte de não demorar que você não entendeu? – Nick reclama, fingindo indignação no olhar quando Louis relaxou no sofá ao seu lado. – Tudo bem, vou te dar um desconto, depois da sessão de gemidos que ouvi, você deve estar cansado, não é?

– Que diabos? – Louis arregala os olhos, olhando Nick com surpresa, onde uma gargalhada saiu dos lábios do moreno, o Tomlinson sentiu suas bochechas ficarem avermelhadas novamente – Você ouviu?!

– Na verdade não. – Responde. – Eu estava brincando, mas já que você confirmou...

– Não acredito nisso. – Louis bufa, tampando os olhos com a palma da mão na tentativa de sentir menos vergonha por ter sido enganado. Nicolas riu de novo, abraçando o menor de lado como se estivesse reconfortando o mesmo. – Eu preciso beber algo, estou um pouco sóbrio e com vergonha.

– Oh, tem esse coquetel que a Perrie sequer encostou, já que ela ficou empolgada para a piscina. – Nick se inclina no sofá, pegando um coquetel avermelhado. – É chamado de Sangria, e é uma receita da Espanha, vai te deixar mais disposto depois do momento que você e Harry devem ter se divertido no banheiro, é sempre bom recuperar as energias, não?

– Vai à merda, Nick. – Louis roda os olhos em um tom divertido, aceitando a taça com o líquido gelado. Outra risada ecoa do moreno, mas ele deixa Louis em paz por alguns minutos enquanto se ocupava conversando com o mesmo cara que conversava antes do Tomlinson chegar.

O gosto de vinho e conhaque era demasiadamente bom, misturava-se com o açúcar, limão e laranja, trouxa uma sensação boa e animalesca para Louis, que finalizou o drink em poucos minutos, teve a visão privilegiada quando observou Harry e Leigh-Anne vindo em sua direção, o cacheado se encontrava vermelho de tanto rir, aparentemente não conseguia parar e a expressão puta de Leigh-Anne só piorava as coisas, que resmungava alguma merda para o Styles, empurrando-o de leve enquanto andou rapidamente, sentando-se ao lado de Louis.

– Por que ele está preste a ter um infarto de tanto rir? – Louis pergunta com as sobrancelhas arqueadas, alternando o olhar entre a garota de cachos roxos e o tatuador.

– Ele é um imbecil!

– Não foi eu quem perdi duzentos dólares jogando pôquer! – Harry continuava a rir, jogando a cabeça para trás na tentativa de conseguir se acalmar e recuperar o fôlego. – O cara ao seu lado estava com um Straight Flush, faltava uma carta para ele ganhar e para você ganhar só era trocar a carta extra com naipe de copas pela a de espadas!

– Você falou totalmente ao contrário! – Leigh-Anne argumenta, com fúrias nos olhos. – "Oh Anne! Troca a com naipe de copas pela a de paus!" – Imitou furiosamente, uma careta de idiota como se fosse a de Harry falando com ela.

– Você está quanto tempo sem transar? – Harry argumenta indignado, suas sobrancelhas se franzindo e um biquinho adorável nos lábios. – Conseguiu confundir a palavra "espadas" com "paus"!

– Vai se foder, seu caralho burro. – Leigh-Anne bufa. – Está me devendo duzentos dólares, Styles!

– Não estou nada, culpe a sua abstinência sexual. – Harry mostrou a língua para a amiga, avisando que iria sentar no meio dela e de Louis, obrigando os dois à abrirem um espaço para o cacheado. – Oi, Lou.

– Oi. – Louis ri, olhando para Nick que prendia a risada ao seu lado ao observarem a discussão dos dois por causa de um pôquer. – Então quer dizer que ela perdeu duzentos dólares?

– Foi culpa do idiota do Harry, eu já disse! – Leigh-Anne retruca, olhando para Louis como se estivesse totalmente determinada a sempre contar a sua versão da história. – Vou pegar uma bebida, vocês estão cansando minha beleza.

– Vou com você. – Nick alerta, levantando rapidamente para seguir a amiga que já sumia no meio da multidão. – Espera, cacete! Não tem a necessidade da pressa, vamos todos morrer algum dia!

Louis e Harry riram, se acomodando melhor no sofá, o rapaz com quem Nicolas conversava não havia ido atrás do mesmo, no entanto ele começou a encarar as coxas relaxadas de Louis no sofá pensando que ninguém – Harry, na verdade. – estava percebendo, mas é claro que ele notou, e fez questão de dar um showzinho para que ele se tocasse. Aproximando seu rosto do de Louis, onde começara a deixar beijos por todo o rosto do moreno, que permanecia de olhos fechados, exibindo as ruguinhas no canto dos olhos com um sorriso adorável, mostrando que de fato estava adorando o carinho recebido. Porém, além de Harry entretê-lo, encarava o cara barbudo do outro lado do sofá, que observava com carranca toda a atenção que o tatuador dava para o de olhos azuis, com certeza não seria ele quem estaria no lugar de Harry, pelo menos não naquela noite, e ao notar que não teria chances com o Tomlinson, levantou do sofá com raiva, batendo os pés para fora do cassino.

O tatuador selou seus lábios com o de Louis, em um beijo lento, na intenção de somente curtir o momento o menos rápido possível quando tinha Louis próximo de si, a palma da mão do cacheado subiu até ao maxilar do garoto, encaixando seus dedos atrás da orelha do moreno para que pudesse aproximar mais o seu rosto.

Mas como o que é bom dura pouco, Louis começou a se sentir terrivelmente mal, com uma náusea estranha nascendo em seu estômago, se afastando com certa grosseria dos lábios do rapaz, deixando um filete de saliva escapar das suas bocas, engolindo seco enquanto olhava para o chão com as sensações piorando um pouquinho mais a cada segundo.

– Louis? – Harry pergunta meio confuso, as sobrancelhas franzidas para o rapaz por ter finalizado o beijo com rispidez. Louis não conseguiu responder, levantando somente o olhar para o Styles aparentemente preocupado, conseguia vê-lo totalmente desfocado, a visão turva de alguém que tivesse bebido cinco garrafas de vodka pura de uma vez só. – O que foi, amor?

– Eu não sei. – Respondeu completamente disperso.

A mistura de sensações parecia ter piorado junto com o gosto amargo nascendo em sua boca e com a sensação de que era uma própria geleia, sentindo-se mole e o sentimento de que uma camada de suor se prolongava pelo seu corpo, as pálpebras pesaram, bocejando como se uma pancada de sono havia lhe atingido perfeitamente, doido para deitar ali mesmo e dormir.

Mas se não fosse Harry, forçando-o levantar com a sua preocupação, tentando adivinhar o que diabos tinha, o garoto quase caiu no chão se não fosse o tatuador lhe segurando com rapidez, sua audição agora não era uma das melhores, sabia que Harry estava insistentemente chamando pelo seu nome, porém não pensar em outra coisa além de fechar os olhos e dar uma boa soneca; não entendia que diabos aconteceu, não estava se sentindo assim até descer novamente para a festa, não tinha como ele ficar bêbado somente com um drink, não do estado que ele estava, somente com um copo de coquetel, apesar de forte que era, não era a sensação de que iria vomitar por ter bebido tanto, sabia muito bem como acontecia por lembrar das vezes de Niall vomitava feito um louco.

Não teve muita noção do que acontecia, já que boa parte mantinha os olhos fechados e só não adormecia, porque o cacheado sacudia o seu rosto com as mãos um pouco agressivo, tentando de fato deixar o garoto acordado, só viu um vão se passando, uma hora estava no sofá do cassino, outra estava atravessando a piscina, depois lembra das escadas e umas três ou quatro pessoas lhe seguindo enquanto estava no colo de Harry.

Alguma coisa não estava certa na bebida que Nicolas havia lhe dado.

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