Agente Morgan 3

By ThaQuake

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Encarar uma traição nunca é fácil... ainda mais quando foi ela que te levou a ser uma ameaça mundial. Natasha... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Nota
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Despedidas
Agente Morgan 4

Capítulo 31

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By ThaQuake

-Não vou vestida assim! - murmuro.

-É o único jeito, assim ninguém te reconhece! - explica Mariana.

-Deixa de reclamar e desce logo desse carro! - reclama Diana.

-Falar é fácil, vocês está linda de pequena sereia, e você Sara, não tenho a minima ideia de que fantasia é essa.

-É uma fantasia românica.

-Pra mim, é só um pano branco enrolado ao corpo.

-Totalmente cultura.

-Natasha, não temos a noite toda, desce logo dai. - Diz Mariana. - E para de reclamar da sua fantasia, ela é melhor do que a minha.

-Eu sou uma empanada gigante. Além disso, faz muito calor aqui dentro!

-O ideial é que você não mostre o rosto. - relembra Diana.

Saio do carro tomando um impulso do banco traseiro, já que a fantasia ficou entalada, e olho para Mariana pelos dois buracos da roupa.

-Você esta pior do que eu. - debocho.

-Foi a única que sobrou, não existem muitas lojas de fantasias abertas á uma hora da manhã!

-Teletubbie foi sua última opção?

-Não, foi empanada.

Reviro os olhos e sigo as meninas para dentro do estabelecimento, onde já se podia ouvir o som de música e gritos animados.
O local estava cheio de pessoas fantasiadas, dançando de um lado ao outro do salão. As luzes eram francas e música muito alta. Seguimos até uma das mesas vazias para pedir alguma coisa para beber antes de aproveitar a noite.

-É horrível sentar com essa coisa. - reclamo, tentando acomodar a fantasia.

Tiro a cabeça pelo canto da fantasia, onde havia uma fresta para me livrar do calor que fazia ali dentro.

-Natasha! Não pode fazer isso! Alguém pode te reconhecer! - repreende Diana.

-Não consigo beber nada com essa coisa.

-Ta, mas não fique muito tempo assim.

Reviro os olhos e confirmo com a cabeça.

-Estão vendo alguém interessante? -indaga Mariana.

-Vi o Batman. - diz Sara.

-E eu um palhaço super fofo. - diz Mariana. - E quanto a você Diana?

-Deve ser o coringa. - debocho.

-Ninguém...espera, acabei de achar um. - diz, cravando o olhar em um homem vestido de dourado. -Que fantasia é aquela?

-Não tenho a minima ideia.- dou de ombros. - Vai perguntar pra ele.

-Tem razão.

Ela deposita o copo na mesa e sai atrás do homem entre a multidão.

-E quanto a vocês? - indago. -Vão ficar aqui?

-Sim, pelo menos até você achar alguém interessante. -responde Sara.

-Ninguém se interessaria por uma empanada.

-Uma empanada com ótimas pernas. - brinca Mariana.

-E que continua sendo uma empanada.

-Deixa de ser chata e procura logo alguém. - diz Sara, revirando os olhos.

Olho para a multidão de pessoas dançando na pista, buscando alguém interessante com os olhos. Era meio difícil distinguir as fantasias, já que as luzes não ajudavam minha visão.

-Vão vocês, daqui a pouco acho alguém legal. - digo.

-Nem pensar!

Reviro os olhos.

-Não vou passar a noite toda sentada, garotas. Vão se divertir, já já encontro alguém.

-Espero que esteja falando a verdade. - ameaça Sara.

Aponto para a pista, sinalizando para que ambas me deixassem sozinha. Sara abana a cabeça, concordando e arrasta Mariana consigo para o aglomerado de pessoas do centro.
Tomo o último gole da minha bebida e volto a cabeça para dentro da fantasia, buscando entre as luzes alguma fantasia legal. A maioria das roupas eram diferentes e coloridas, mas houve uma entre todas que me chamou a atenção. Aquela era apenas preto e branco, talvez um palhaço?
Curiosamente o homem pareceu perceber que o estava encarando. Ele deu a volta no mesmo lugar, e me lançou uma picade-la.
Reviro os olhos quando vejo sua figura caminhar até minha mesa. Ele se sentou logo a minha frente, retirando um papel e uma caneta do bolso para rabiscar.
Sua pele estava totalmente preenchida por maquiagem branca, enquanto os olhos adquiriam um tom negro, os labios estavam pintados por um batom vermelho.A blusa era listrada pelas mesmas cores, e a calça, totalmente preta.

-Que espécie de palhaço é você? - indago, percebendo a falta da bolinha vermelha no nariz.

Ele arrancou uma folha da sua pequena caderneta, e estendeu sobre a mesa, deixando-me ver a mensagem.

-Ah! Então você é um mimico? E o que os mimicos fazem?

O mimico sorriu, mostrando seus dentes perfeitos, e escreveu mais uma mensagem.

-Imitam pessoas? Que bosta.

Ele imita uma risada sem som e escandaloza para volta a escrever.
Apoio meu queixo nas mãos, esperando o próximo papel. Suspiro frustada, antes de ler a próxima frase.

"Você é a empanada mais linda que já vi".

Dessa vez fui eu quem dei risada.

-E você é o cara mais ruim de cantadas que já vi.

Ele sorri, e volta a rabiscar outra frase.

-Você não tem boca? Essa coisa de mimico já me cansou.

"Mimicos não fala."

-Mas você não é um mimico, é só um idiota disfarçado.

"E nem você é uma empanada, mas não me mostrou seu rosto até agora. "

-É, parece que nós dois gostamos do mistério.

"Qual o seu nome?"

-Agora sim começamos a ter uma conversa. Natalia, e o seu?

"Ryan"

-Muito bem Ryan, onde você trabalha?

Ryan pausa por alguns segundos, antes de voltar a escrever. Pelo modo como ele reagiu, obviamente estava mentindo.

"Segurança privada"

-Hum... então você é segurança? Já prendeu muita gente?

"Meu trabalho é tranquilo... e o seu?"

-Eu? Bom, não trabalho, pratico ballet. Escuta... Ryan, não é?

Ele confirma com a cabeça.

-Será que poderia me trazer um copo d'água? Acho que essa bebida não me fez muito bem.

"Não acho que exista algo a mais do que álcool por aqui. "

-Não aqui, está vendo aquele corredor? No final dele, a direita, há um bebedor, pode me fazer esse favor?

O homem pisca pra mim, e segue pelo caminho que indiquei. Levanto da mesa para segui-lo. Algo ali estava errado, talvez fosse só paranoia minha, mas valia a pena conferir.
Caminho mais rápido quando sua figura dobrou o corredor a direita. Suponho que não estava exatamente concentrada em não deixa-lo me ver, já que fui pega totalmente de surpresa quando antes mesmo de virar a direita, duas mãos me prensaram contra a parede do corredor vazio.

-Quem é você?! - fala, pela primeira vez.

Havia algo naquela voz...

-Pensei que mimicos não falassem. - debocho.

-Não estou brincado garota. Quem te mandou?

-Quem te mandou? -repito a pergunta.

-Eu faço as perguntas por aqui.

-Só nos seus sonhos!

Afasto seu corpo do meu e com dificuldade, chuto sua barriga. Ele instantâneamente reage, segurando minha perna no ar e empurrando meu corpo para o chão. Sem me recuperar totalmente do tombo, deslizo minha perna esquerda pelo chão e lhe dou uma rasteira. Seu corpo caiu ao meu lado, e antes que pudesse estar em pé, suas mãos seguraram meu tornozelo, me derrubando novamente. Essa luta parecia exatamente um reprise do dia em que invadi o FBI.
Subo em cima do seu corpo e acerto um soco no seu supercilío. Incrivelmente o mimico não ficou tonto como esperava, ele nem siquer demonstrou dor. Bato a cabeça contra o chão quando rapidamente ele inverte as posições. Por sorte, a fantasia macia de empanada amorteceu o impacto.
Tento me livrar do seu agarre, mas ele havia me imobilizado totalmente. Se não fosse por essa maldita fantasia me impossibilitando de lutar, faria esse mimico gritar.

-Quem é você?! - repete.

-Não vou responder nada idiota!

Ele soltou uma das minhas mãos e puxou a fantasia para o lado, tentando tirar minha cabeça pela abertura da lateral. Com a mão livre tento impedi-lo, mas já era tarde, meu rosto ja estava totalmente a vista.
O mimico franze a testa, fazendo com que o pó da maquiagem formasse um pequeno montinho branco nas ruguinhas da testa.

-Natasha?

Agora foi minha vez de ficar confusa. De onde aquele cara me conhecia?

-Sou eu!

-Eu quem idiota?!

-Alfie!

-Alfie?

-E quem mais séria?

-O que faz aqui?

-Suponho que o mesmo que você. Como não me reconheceu antes?

-Por toda essa maquiagem oras! Além do mais, a iluminação lá dentro não é das melhores! Você que deveria ter me reconhecido! Não conhece a minha voz?

-O som la dentro estava auto!

-De todas as pessoas nessa festa, logo você veio falar comigo?!

-Não esperava te encontrar aqui! Como vieram parar aqui? Nós pegamos o furgão e...

-Mariana nos deu uma carrona. - intervenho. - Agora pode me soltar e sair de cima de mim?

-Não. É bom saber que você acabou de perder uma luta. Se fosse um agente da OF, já estaria morta.

-Um agente da OF nunca ganharia de mim!

-Que presunçosa, mas isso quer dizer que sou especial?

-Você só ganhou de mim por causa dessa minha fantasia, é impossível lutar com isso!

-Acho que você acabou de admitir que ganhei.

Reviro os olhos.

-Idiota.

Movo meu corpo, tentando sair da imobilização, mas travo impactada, meus lábios acidentalmente rasparam no canto da sua boca. O movimento foi tão pequeno, que eu nem teria percebido se uma pequena corrente elétrica não tivesse percorrido minha espinha.

-É... desculpe... - gaguejo.

Alfie franze a testa e seu olhar faz uma trilha dos meus olhos, seguindo até minha boca.

-Espera! O que pensa que está...

Não houve espera, seus lábios se encontraram devagar com os meus. Ainda assutada, arregalo os olhos totalmente sem reação. Era um beijo molhado e quente, sua pele tão próxima a minha transmitia uma energia benéfica para o meu corpo. Fecho os olhos assim que ele mordisca os meus lábios e correspondo ao beijo, sentido suas mãos largarem as minhas e massagearem o meu cabelo.
Sem perceber, correspondi as carícias, também massageando o seu cabelo. Mas assim que o fiz, Alfie rapidamente se afastou preocupado, nos entreolhamos, perdidos no mundo um do outro. Agora, olhando mais de perto, seus olhos pareciam duas constelações extremamente atraentes.
Lentamente, seu rosto foi se aproximando, rompendo novamente qualquer espaço vital ou barreira entre nós dois. Por um momento, ele hesitou, mas assim que passei minhas mãos pelo seu cabelo e encarei os seus olhos, ele entendeu que tinha permissão para fazer isso, e voltou a me beijar.
Talvez estivesse cometendo o maior erro da minha vida, e viesse me arrepender mais tarde, mais deixaria os ataques de pânico para depois.

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