Eu queria gritar. Ou melhor, armar um barraco. Dar um soco na cara dela ou fazer tudo o que as garotas de Miami fazia com quem as provocava. Ou juntar o que elas faziam, com o que Nicole e Jessica fariam e triplicar na malvadeza, para fazer com Isla. Eu queria também me bater, por ter sido, o tempo todo, a idiota, mesmo quando eu achava que a estava fazendo de idiota.
- Preciso encontrar com Nikki. – foi o que somente saiu da minha boca.
Maximus, de alguma maneira, sabia que não devia me questionar, já que ele sabia sobre o que se trata o meu motivo de encontrar com Nicole. No caminho, ela disse que Jessica também estava indo para nosso ponto de encontro, já que pelos últimos acontecimentos, ela quem estava mais P da vida com Isla.
Recentemente, Jessica nos disse sobre um problema que tem com pessoas que a fazem de pateta. Esse era um dos motivos além dos que nos contou, pela qual odiava Augusto. E era por isso que ela tinha a personalidade que tem.
- Ataque antes de ser atacada. – ela disse.
Eu não me importei de chegar acompanhada de Maximus, muito menos dele permanecer junto quando me sentei à frente de Nikki e Jess. Ele também tinha contas a pagar com Isla, e aparentemente, se Nicole pode deixar Greg na conversa, então eu também podia.
- Eu só direi uma coisa – Jessica fez o número 1 com o dedo. Seus olhos transbordavam raiva. Pela maneira como estava vestida, saiu correndo quando recebeu a mensagem de Nicole e não se importou de deixar a pessoa com quem estava saindo no vácuo em pleno ano novo. – se essa menina não estiver na berlinda até o final dessa semana, eu mesma vou acabar pessoalmente com ela. Eu mesma farei um plano e colocarei ele em prática.
- Não se preocupe em se estressar – Nicole disse. –, pode colocar esse plano na mesa agora. Eu quero essa menina no chão amanhã.
- Meninas, calma. – Greg ergueu as mãos. – Vocês precisam de discrição...
- O que eu menos quero é discrição, Greg. – Nicole o olhou feio. – Quero que essa menina saiba que nós descobrimos o planinho dela, e quero que ela saiba que está no chão quando eu estiver pisando nela.
Bati palmas para mostrar minha aprovação. Essa também era uma ótima forma de vingança. Fazê-la saber que estamos atrás dela e principalmente deixa-la a par de que não iremos parar porque ela deu uma de fofa. Em minha cabeça, a cada lembrança do que senti quando a deixei entrar em minha vida, é um novo tapa na cara que adiciono à quantidade que darei quando a vir.
- Como foi que vocês descobriram? – Jessica olhou para Nikki, que trocou olhar com Greg. Já este, levou a mão na nuca, sem graça, e desviou o olhar da minha amiga.
- Vocês foram se amassar em algum lugar e viram os dois?
- Que bom que você é esperta, amiga. – Nicole me elogiou, provavelmente mais agradecida por eu ter colocado a verdade na mesa, do que ela precisar admitir que esteve fazendo coisas obscenas com Greg em algum lugar público.
- Onde era?
- Na floresta. Ela estava lá com eie – Nikki apontou para Max, que revirou os olhos. –, mas parece que Augusto foi lá vê-la. Eu e Greg estávamos na floresta, já que era bastante escuro, mas não deu tempo de fazer mais do que tomar um susto pelo som dos passos dos dois. Eles cochichavam, mas Augusto não consegue ser mais delicado que um elefante assustado, então logo fez Isla falar o que nós estávamos combinando fazer com ele.
- Eu gravei. – Greg colocou o celular na mesa, mas Nicole quem pegou o aparelho.
- Eu mandei, eu recebo os créditos. – e deu as costas para Greg que, ao invés de mostrar-se indignado, apenas riu e balançou a cabeça. – Ouçam.
O som do chiado da floresta era a única coisa que conseguíamos ouvir. Os passos lentos de Greg também estavam na gravação e somente quando ele parou que nós pudemos ouvir a conversa dos dois. Nicole estava certa, Augusto não era mais delicado do que um elefante assustado.
-... e acho que elas vão se encontrar durante essa próxima semana. Devem estar putas contigo.
- Devem mesmo, e quer saber? Foda-se. Vou infernizar mais a vida delas, principalmente daquela Jessica maldita. Sei que ela quem planejou tudo—
- Você não conhece Nicole.
- Vamos dizer que eu conheço muito bem. Ela vai ser fácil. Agora, a outra...
As duas me encararam, pois sabíamos de que estavam falando de mim. Apurei meus ouvidos para que conseguisse entender melhor:
- Talvez Bailey demore mais. Depois do rolo com Griffin, não temos mais como afetá-la. É mais fácil afetar Maximus por ela, do que ela por qualquer pessoa. Além disso, ela não se abre muito, fica difícil saber o que pode ser ou não o ponto franco dela.
- Vadia. – murmurei.
- Vamos apostar em King. Se ele ainda tem sentimentos por Wright, então não vai ser difícil machuca-la. Seria terrível para ele se ela saísse com outro cara. Se Griffin não foi o suficiente para fazê-lo matar de ciúmes, então ninguém fará. A segunda opção...
- O que é?
- A segunda opção é que se Wright se machucar, então King se sentira impotente. Quanto mais ela se machucar em uma situação em que ele pode salvá-la, mais dolorido será para ele, isso é, se ele realmente estiver de cabeça no que eles tiveram.
- Ele tem. Com certeza. É um burro.
Augusto soltou uma gargalhada.
- Só um burro para cair nas suas ameaças sem sentido.
O som do término da gravação acusou que não havia mais nada para nós sabermos. Ao levantar meus olhos para o resto do grupo, estava bem claro de que aquela pouca coisa era o suficiente para queremos acabar com os dois.
Mas acabar de verdade.
- O que foi essa chantagem? – Jessica olhou para Maximus, que a encarou de volta. – Preciso saber com o que estamos lidando. Ela é minha amiga também. – apontou para mim como se não importasse, apesar de acabar de ter demonstrado o contrário.
Maximus suspirou e entrelaçou seus dedos em cima da mesa. Ficamos todos parados, esperando uma explicação, menos Greg, que parecia já saber de tudo.
- A irmã mais velha de Isla cometeu suicídio por minha culpa.
- Não foi sua culpa. – eu e Greg falamos juntos. Maximus ergueu os ombros e pôs-se a continuar:
- Ela me chantageou na época de colégio, e depois de algumas situações, Bailey acabou me pegando em uma cena constrangedora, mas não tão constrangedora assim! – apontou para Nicole, que estava para abrir a boca e fazer um comentário venenoso. – Já fazem anos desde então, mas no início do semestre, ou melhor, pouco antes dele, Isla apareceu do nada e iniciou uma chantagem sobre voltar à tona o caso da irmã e espalhar para todos que eu fui a causa. Estou no time de vôlei, não posso manchar minha imagem ou a do time por conta do meu passado.
- Quem era a irmã dela? – Jessica perguntou.
- Viola Merrin.
- Merrin? – Jessica arregalou os olhos. – Da loja de ferramentas Merrin & Co?
Maximus concordou com a cabeça e Jess logo pôs-se a pensar. Ela olhava para um ponto fixo e o resto de nós apenas colaborou com o silêncio, esperando uma conclusão que valesse a pena a espera.
- É isso! – ela bateu com as duas mãos na mesa, causando um pequeno susto em todos nós, que nos sobressaltamos. – Augusto era apaixonado por Viola Merrin desde quando éramos crianças. Lembra que eu contei sobre como ele me odeia?
Assenti.
- Pois então, Viola fazia parte do grupo de Augusto, todos nós sabemos o porquê – ela colocou um riso na boca, mas ao perceber que havia ido longe demais, só limpou a garganta sem graça e continuou a falar: – Não sei muito do relacionamento deles, porque... bem, eu não me misturava com eles. Mas todo mundo da nossa turma sabia como ele idolatrava Merrin.
- Então – comecei a falar, seguindo sua linha de raciocínio. –, se eles se davam tão bem e ele era caidinho por ela, com certeza Augusto foi quem sentiu mais a morte de Viola.
- Exato. Se ele e Isla têm algum tipo de relacionamento, deve ser porque os dois viram que ambos sentiam a mesma coisa por Maximus. Repúdio.
Encaramos todos para King, que revirou os olhos:
- Mas eu não tenho culpa dela ter se apaixonado por mim.
- É claro. – Jessica estalou a língua. – Se ela soubesse como as coisas eram e ele tivesse a avisado, então com certeza Viola saberia que Maximus era alguém muito fora de alcance.
- Eu era fora de alcance porque estava em um relacionamento sério com Bailey. – Maximus disse nervoso. – Não porque ela não tinha uma beleza que todos aprovavam.
Jessica ergueu os ombros, como se tanto fizesse. A questão era que tanto Isla, quanto Augusto viam Maximus como o culpado pela morte de Viola. Nenhum dos dois viam a sociedade ou até mesmo a falta de auxílio na época em que ela estava pirando atrás de King, fazendo suas chantagens, como os verdadeiros vilões.
- Não importa de quem é a culpa. – eu disse, nervosa. – O que importa é que os dois fizeram algo injustificável. Envolver o caso com Leon e o estupro... – a raiva me bloqueou a garganta. Só de lembrar o desespero que senti e a culpa que me veio de ter participado de tudo aquilo... – E ela se fez de vítima! Fez questão de colocar ainda mais peso em nossa consciência.
- Bem que estranhei o fato dela não sair com nenhum trauma. – Nicole disse, mais tranquila do que eu, mas com certeza não menos nervosa. – Até eu passei—não. – ela respirou fundo e Greg passou o braço pelos ombros, a levando para mais perto de si. – Ela tem que pagar.
- Ela vai pagar. Envolveu Leon Buffeit no meio, armou para ser a vítima, colocou a todos nós em perigo...
- Nós mesmas nos envolvemos nesse perigo. – cortei Jessica, que revirou os olhos.
- O que eu quero dizer, é que se Augusto era o nosso inimigo número um, então agora Isla Geller é nossa inimiga número um ponto um. Quero acabar com ela tanto quanto irei acabar com ele. – ela finalizou, fechando as mãos em punhos.
- Mas vamos fazer com calma. – Nicole disse. – A pressa é inimiga da perfeição, e não quero pensar em planejar uma segunda ou terceira tentativa. Quero acabar com eles de uma vez e bem rápido. – ela virou seus olhos para Jessica. – E dessa vez, eu vou armar tudo.
Nenhum de nós disse nada. Nikki ainda estava com a cabeça em nosso último plano, em que ela acabou sendo a vítima. Conhecendo minha amiga, sei que o fato dela ter sido a vítima não foi um problema, já que ela sabia que Greg sempre estaria de olho em si. O problema foi que seu orgulho foi destroçado. Ela odiava ser feita de boba, como tudo mundo, mas em um nível infinitamente pior. Assim, é de se esperar que ela quisesse acabar mais com Isla do que Augusto, o que é ótimo, já que Jessica quer acabar mais com Augusto do que Isla, mas nenhuma das duas, e nem eu, ficaríamos satisfeitas de vê-los saírem com a possibilidade de sorrirem ou não precisarem de um microfisioterapeuta para tirar-lhes todos os traumas.
~*~
Na volta, decidi pegar uma carona com Nicole e Greg, mesmo Maximus morando muito perto de mim. Tê-lo junto comigo em um momento como agora não é a melhor escolha, muito menos a mais sensata delas.
- Vocês estão juntos então? É oficial? – perguntei, depois de um tempo em silêncio no banco de trás.
Eu precisava arranjar uma maneira de tirar meus pensamentos de Maximus. A conversa que tivemos, mais o beijo foram um combo que me fez perder todo o progresso que tive nos últimos meses. Eu havia superado. Mesmo ele contando sua história, eu não me sentiria abalada; talvez surpresa, mas não abalada. Só que então ele veio, me beijou, e foi como se eu tivesse retornado ao tempo em que estávamos juntos e eu acabei de saber sobre sua traição.
Queria que ele tivesse corrido atrás de mim. Queria que tivesse tentado se explicar. Queria vê-lo tentar se aproximar de mim de todas as maneiras e, mesmo depois de tendo o dispensado centenas de vezes, ele continuaria mesmo assim atrás de mim.
- Qual a finalidade da pergunta, se não quer ouvir a resposta? – ouvi a voz de Nikki soar ao fundo, tirando-me de meu transe.
- O quê?
- Ela está piradinha. – Greg riu.
- Cale a boca. – dei um chute em seu banco, ouvindo risos ao invés de protestos. – Eu me perdi nos pensamentos. Acontece com frequência comigo, você sabe.
- Bem. Se você quer fugir dos seus pensamentos, a primeira coisa que deve fazer é não dar atenção a eles, mas sim no que eu tenho a dizer. – Nicole olhou para trás e me enviou um olhar de quem queria dizer que estava passando um sermão.
- Ora, então me desculpe. Vamos ver se consigo agora.
Nicole me olhou seriamente, mas logo limpou a garganta e respirou fundo.
- Veja só a preparação dela, que charme – Greg sorriu, fazendo um carinho no rosto de Nicole, mas logo levando um tapa.
- O que eu disse sobre demonstração de afeto em público?
- Não estamos em público.
- Obrigada pela parte que me toca. – murmurei, cruzando os braços e voltando a me encostar no banco.
- Sem ofensas – ele disse, tarde demais. –, mas veja bem. Este é meu carro, logo, um espaço particular. Então, o que concluímos aqui, é que Bailey está invadindo o meu espaço particular—
- Com sua permissão.
- Com minha permissão – ele acrescentou, olhando para mim, que havia dito, pelo retrovisor. –, só que não me impede de demonstrar meu afeito por você. – apontou para Nicole, que apenas manteve-se calada, boquiaberta, observando Greg surpresa. – Veja só, Wright, você diria que eu conseguiria causar essa reação em Nicole?
- Definitivamente não.
- Isso se chama "anos de aprendizado".
- Ah, você quer dizer "todas as vezes em que tentei fazê-la ficar comigo, mas acabei levando um pé na bunda"? – sorri, vendo-o limpar a garganta.
- Os pessimistas veriam dessa maneira. Os otimistas veriam como um desafio conquistado.
- Depois de dez anos.
- Você não imagina que em algumas dessas vezes possa ter sido eu a pessoa que deu o pé na bunda?
- Não. – respondi de imediato.
- Eu deveria parar agora e fazê-la voltar a pé para casa. Devo ressaltar que a neve voltou a cair. – ele olhou melhor para fora, quando o semáforo fechou.
- Mas você não fará isso, porque sou a única e melhor amiga de Nicole, a garota que finalmente te aceitou por um tempo indeterminado, e você quer terminar a noite com uma boa transa.
Greg soltou uma gargalhada e nada respondeu, mas percebi que acelerou mais nos últimos quarteirões até em casa, como se estivesse com pressa de me despachar.
- Eu ligo para você, amiga. – Nicole me mandou seu melhor olhar de "entendeu? Eu ligo para você, não o contrário".
- Boa noite, vocês dois. – tentei dizer, mas Greg já havia acelerado para longe.
Suspirei, tendo um segundo de trégua de meus pensamentos. Em seguida, coloquei as mãos nos bolsos e me virei para entrar em casa, mas não pude, porque lá estava ele.
- Não. – foi o que eu disse, vendo-o se levantar.
- Será que você pode me ouvir? Estive te esperando desde a meia-noite. – ele olhou para o relógio, que marcava pouco mais que as três da manhã.
- Espero que esteja congelado até a alma. – enviei meu pior olhar e tentei passar por ele, mas não consegui, já que obviamente ele iria me impedir. – Sabe, você precisa respeitar mais uma pessoa—ah! É claro que você respeita. Respeita qualquer um, menos eu. Aparentemente, sou a única pessoa fácil de ser enganada.
- Bailey—
- Só um minuto. – ergo um dedo e retiro meu celular do bolso, me afastando dele para fazer uma curta ligação. Enrolo por mais alguns dois ou três minutos até voltar a ele. Não deveria demorar muito mais para conseguir entrar em casa. – Deixe-me repetir. Não.
- Deixe-me explicar, por favor!
- Você deve ter muito o que explicar, Scott, para ter de ficar todo esse tempo. Ou, quem sabe, deve ter apostado muito dinheiro nessa brincadeira. É uma pena, mas não colaboro com o seu tipo de pessoa.
- Não é nada do que você pensa, Bailey. Você sabe que eu jamais faria isso com você. Eu não disse que tenho sentimentos por você?
- Ora, eu não te culpo por muita coisa, Scott, principalmente pelo fato de eu ter acreditado que você tivesse sentimentos por mim, o que foi meu maior erro com relação a ti. Uma vez mulherengo, sempre mulherengo. Não é o que sua turma do futebol americano diz? Agora, faça um favor para nós dois e vai embora.
- Ficarei aqui até você me ouvir. Não demorarei mais que—
- Mas você é mesmo teimoso como uma porta, Griffin! – a voz de Nikki, que eu havia ligado há pouco para retornar e tirá-lo daqui, soou. – Ela não quer falar com você! Não quer ver você pintado de ouro na frente dela! Sei que você era burrinho nas aulas de inglês, mas até agora?
Abri um pequeno sorriso ao ver minha amiga entre mim e Scott. Ela poderia dizer para eu me virar ou colocar em prática o que eu faria na época em que Maximus havia me "traído", mas não, minha amiga veio até mim.
- Banks, isso é um assunto entre eu e Bailey—
- Acredito que entre ficar comigo e com você, você não estará em vantagem, Griffin, então não me venha com esse papinho de ser entre vocês dois, quando sabemos muito bem que ela me contará todos os detalhes um segundo após você cair fora. Honestamente, não quero nem um pouco ouvir a história da minha melhor amiga com o cara que a fez de palhaça na frente de metade da turma.
Scott olhou para mim. Ergui os ombros.
- Eu liguei para ela. Aposto que foi efetiva.
- Se não fui, Greg pode ser. – Nicole apontou para o lado, onde Greg estava encostado no carro com a pior das expressões. – Era para estarmos transando, mas você – ela apontou para Scott, encostando a ponta de seu indicador no peitoral dele. –, atrasou tudo. Agora imagine quão nervoso ele está, e quão louco estará para te tirar de perto da minha amiga quando eu disser que só vou embora ao te ver longe daqui?
Scott soltou uma pequena risada de descrença. Ele deveria mesmo estar muito descrente, mas tenho certeza de que estou ainda mais com a audácia dele em aparecer algumas horas depois de ter me feito de idiota.
- Eu e Sharon não temos nada. Nada. – ele começou a falar.
O desespero em seus olhos me fez lembrar quando vi Maximus com Viola. O olhar que ele deu foi o mesmo que vi em Scott quando King lhe deu um soco e ele percebeu que eu estava logo atrás.
Então era assim que eu me sentiria se Maximus tivesse vindo atrás de mim? Eu sentiria uma raiva ainda maior, a cada desculpa que ouvia, e iria querer chutá-lo bem no meio de suas pernas, para ver se um pouco do meu nervosismo passaria para ele em forma de dor.
Se fosse me sentir tão mal, então por que eu queria que ele viesse atrás? Por que achei que ele não ter vindo significava que não gostava mais de mim ou que havia traído com intenção?
Scott mexia os lábios, mas não me encarava mais. Sua discussão agora era com Nikki, que deveria estar lhe dizendo algumas poucas e boas que eu deveria verbalizar para ele.
Mas não. Porque estava perdida demais em meus pensamentos. Porque de repente Maximus não era mais o cara mau da história. Era apenas covarde. Por que Scott havia me feito enxergar várias coisas. Ele havia vindo atrás de mim, colocar sua cara a tapa, mas com coragem.
Será que, então, era isso? Será que o fato de Scott ter vindo imediatamente atrás de mim, passar a virada do ano novo sozinho no frio, fazia com que ele estivesse mais desesperado em me perder do que Maximus tinha?
Mas Maximus tinha uma pessoa atrás dele ameaçando me machucar. Será que Scott viria atrás de mim se estivesse na mesma posição de King?
Sem pensar em mais nada e em mais ninguém, dei as costas para todos os presentes e abri a porta de casa em uma velocidade que ninguém jamais acreditaria se eu dissesse. Nem eu. Fechei e a tranquei, deixando todos em silêncio com a surpresa.
Mas que se dane. Nenhum deles estava tão confuso quanto eu.
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Nota da autora: FELIZ 2018! 🎉
Meio mês depois de 2018 ter começado, mas pelo menos no primeiro mês do ano! 😂
Que este seja um ano de muita alegria para todos nós! Agradeço a todos por terem acompanhado LMR no ano passado e por terem esperado esse tempo todo para os novos capítulos! <3 Obrigada de coração, pessoal!
Decidi postar agora, porque tive problemas para postar na semana passada (pelo que vi, não era só eu), e como o Wattpad foi gentil dessa vez e avisou com antecedência de que eles estarão fora do ar para postagem amanhã, achei melhor postar hoje! Esperamos que sexta esteja tudo ok!
Agora, de repente vi muitas #TeamMax surgindo! Eu sei, não está sendo uma história fácil, mas espero que até o final dela nós todos possamos decidir por um. 🙏🏻
A única certeza que tenho, e que vocês também provavelmente têm, é que Isla is a dead woman. 😡 Mas vamos seguindo com os próximos capítulos!
Vejo vocês em breve! 💋