once upon a plug {l.s}

By infactIarry

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Na qual Harry e Louis transam e não se lembram de nada depois, Louis acorda com um plug e Harry tira uma foto... More

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Trailer OUAP!
OUAP is back!
Um Milhão de Pequenas Coisas
trilogia Um Milhão de Pequenas Coisas
capítulo extra final

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By infactIarry

LOUEH

aaaaaaaaaa perdoem a demora, eu acabei indo pra praia no fds de ultima hora e o trampo tá pesado e to exausta  mas aqui está, um flashback okay? isso se passou antes de tudo acontecer, antes de Louis e Harry okay?

cap ta...

boa leitura e força

AVISO: CAPÍTULO FORTE (não tem nenhuma descrição muito feia ou coisa do tipo mas é que está meio pesado no sentido triste então estou avisando)


Dezembro, dia 7, quarta-feira, 2016

Louis caminhava pelas ruas de Londres sem saber o que fazer ou o que sentir. Seu coração doía – era uma dor real, ele conseguia sentir as pontadas que o causavam arrepios e caretas desgostosas misturadas com desespero. Ele sequer conseguia chorar. Muitos sentimentos se emaranhando enquanto seu peito subia e descia em uma respiração desregular – seu pulmão parecia sofrer tanto quanto ele. Seus pés se arrastavam pelo concreto quase que no automático enquanto ele se distanciava cada vez mais da UAL, o apartamento para a qual ele se dirigia se aproximando conforme derramava sua confusão nas pessoas que trombavam com seu corpo inerente na rua.

Ele queria gritar mas sua garganta estava fechada com o ímpeto de chorar impiedosamente – mas ele não tinha a coerência de derramar lágrimas naquele momento. Ele ainda segurava o celular, os nós de seus dedos apertando o aparelho com tanta força que estavam brancos e suados, Louis suava por si só – embora Londres estivesse fria e seca. Louis se viu tropeçando em obstáculos na rua enquanto já podia ver o apartamento se aproximar ainda mais. Ele só queria ser acolhido, ele só queria ser cuidado, ele só queria ser amado.

E era exatamente o que ele iria fazer naquele momento.

Quando Louis se mudou para Londres e deixou sua família em Doncaster, ele deixou muita coisa para trás. Não foi tão difícil quanto pode parecer – ninguém acreditava em seus sonhos de se tornar cantor, suas irmãs o detestavam, seu único irmão (que ainda era bem bebê quando ele partiu) torcia o nariz quando o via, mesmo que inconscientemente, seu padrasto o xingava e o espancava (aquele homofóbico do caralho) e todas aquelas pessoas que deixou para trás as quais não tinha laços sanguíneos (seus vizinhos, colegas de escola, conhecidos no supermercado e aleatórios na rua) – estes ele fazia questão de esquecer junto com suas brincadeiras de mal gosto, suas ofensas odiosas e homofóbicas e seus socos violentos e maldosos. Louis viveu no inferno durante toda sua vida, na rua, na escola, até mesmo dentro de casa.

Mas havia um único anjo em sua vida.

Sua mãe.

Ela o protegia, ela o amava (de verdade, não de forma forçada apenas por ser sua mãe e tudo mais, como acontecia com o resto de sua família), ela o acolhia e ela o compreendia. Quando soube que o filho mais velho queria ir para a grande Londres e estudar música, ela simplesmente fechou o ouvido para todos ao seu redor que criticavam e não tinham fé e focou na felicidade de seu garoto. Ela o incentivou, ela o encorajou e ela o ajudou.

Louis nunca entendeu como uma mulher maravilhosa como sua mãe conseguia aguentar o idiota de seu padrasto, ela era tão boa, tão genuína, tão gentil e tão dócil. Ele era o oposto, um homem asqueroso, desonesto, egoísta e raivoso.

Johannah sempre ensinou para o filho que ele iria ser amado por alguém – mas não qualquer pessoa e sim alguém capaz de mostra-lo seu valor e lugar no mundo, sua missão aqui e no que ele é o melhor. Um amor que não necessariamente será fácil mas que com perseverança e paciência, tudo se ajeitará para restar apenas felicidade. Jay sempre dizia que ela via o melhor em seu marido (mesmo que todos os outros não gostassem dele) e que nem tudo era maravilhas e flores e que as vezes os amores vêm protegidos com espinhos, para que apenas os merecedores permaneçam e desfrutem de sua doçura e sutileza.

Sempre forte, independente e bondosa.

Johannah se foi naquele dia.

Louis perdeu o contato com a família desde que se mudara de Doncaster mas quando recebeu a ligação do tio de terceiro grau – o único com a decência de avisá-lo que sua mãe havia falecido – ele nunca imaginou que se arrependeria tanto de algo quanto se arrependeu naquele instante.

Ele aguentaria todos os insultos dos vizinhos e conhecidos, ele aguentaria todas as reclamações de suas irmãs, ele aguentaria todos os revirares de olhos de seus familiares, ele aguentaria até mesmo os socos de seu padrasto se fosse preciso – apenas para estar com sua mãe novamente. Em seus braços, em seu conforto, em seu pequeno e quente mundinho feliz aonde ela o contaria histórias de princesas (ele gostava e não ligava para o que os outros diziam) e o chamaria de Cinderela, a sua princesa favorita de todos os tempos enquanto brincava com seu cabelo e o ouvia cantar músicas do Grease (seu padrasto odiava mas toda madrugada de domingo, eles se reuniam escondidos no quarto de Louis e assistiam, sua mãe cantava a parte da Sandy e ele a do Danny e juntos encenavam quase o filme inteiro debaixo dos edredons). Louis era quase um adulto mas sua mãe ainda o tratava com criança – sem menosprezar sua responsabilidade e autonomia, uma vez que deixou-o ir para Londres sem pestanejar.

E Louis tentou manter contato com Johannah, ligações, mensagem de texto, vídeo chamadas e todo tipo de correspondência. Mas seu padrasto implicava, até mesmo batia em sua mãe e mais uma vez Louis se viu responsável pela dor dos outros.

Ele pensou que Johannah entenderia, afinal, ela era sua mãe, sim?

Mas não.

Assim que ele terminou de se inscrever no musical do segundo ano da uni, Mamma Mia, ele ligou para Jay, o garoto nunca se mostrou tão animado e excitado para algo e assim que a mãe atendeu, gritos e choro foram ouvidos pela linha. Louis tentou perguntar o que estava acontecendo mas Johannah simplesmente continuou a gritar e a chorar. Louis pensou ser seu padrasto (vai ver ele estava machucando-a novamente, o que regularmente acontecia) mas não era o caso.

"Some, desaparece, evapora da minha vida e me esquece. Eu tentei, céus, como eu tentei te consertar. Dê amor à ele, eles diziam, dê carinho e apoio, eles insistiam. Eu tentei mas chega, estou no meu limite. Some, por favor, me deixe em paz e finja que não existo, eu não aguento mais todos falando no meu ouvido e—e—a dor é muito grande. Você não é meu filho, é uma abominação, eu tentei lidar com suas doideras, tentei fazê-lo se sentir confortável comigo para que pudesse te fazer mudar mas não tem volta, já está feito e você sempre será esse erro irreversível e pecaminoso. Suas irmãs aguentaram o suficiente e—e—e seu irmão? Você podia tê-lo contaminado e—e—ainda bem que decidiu se mudar mas quando pensamos que estávamos livres de você... Mark tinha razão, você precisa ser deixado de lado, precisa de solidão e quem sabe assim possa entender o verdadeiro valor do amor. Quem sabe o tempo não te conserte. Eu tentei ser uma boa mãe, Louis, mas o problema nunca foi eu. Como eu poderia ser uma mãe decente se você nunca foi um filho normal? Mal posso acreditar que saiu da minha barriga, que te carreguei por nove meses. E pior, ainda o acolhi em minha casa por anos. Anos. Chega dessa besteira, suma das nossas vidas e quem sabe tenha a sorte de morrer de AIDS e acabe logo com esse sofrimento. Só... some. E pare de ligar, para de mandar mensagens e para de me procurar. A dor é insuportável e...você não vale tanto a pena assim."

Louis causava dor para sua mãe. Sua mãe. Dor. Ela o implorara para parar porque ele não valia a pena. Louis não valia a pena. A dor não era viável pois não merecia ser sentida.

E Louis se sentiu... ele se sentiu um otário. Porque mesmo depois daquelas palavras, palavras que ele nunca foi capaz de esquecer – nem mesmo do tom assustado de sua mãe, da incerteza que beirava sua voz quando o chamava de filho ou pelo nome, no repúdio ao relembrar do carinho que o dava – e quando chegou o dia de sua audição, Louis ficou tão nervoso que perdera o papel.

Dejavú?

E ali, no elevador, ele se pegava segurando lágrimas. Mas lágrimas do quê? De tristeza? De arrependimento? De alívio? Sua mãe havia morrido – mas a mulher que o desmerecera pelo telefone e ignorou todas as suas ligações e tentativas de contato ou a mulher que penteava seu cabelo e dizia que quando se tornasse a Cinderela, era pra ele esquecer o príncipe e focar no sapato de cristal e na carruagem? Qual das duas Louis deveria sentir pesar? Deveria ficar de luto? Deveria sentir saudade?

No instante em que ele abriu a porta do apartamento, uma lágrima desceu de sua bochecha. Ryan estava sentado no sofá, um balde de asas de frango frito em seu colo enquanto futebol passava na televisão. Ele o dirigiu um olhar de lado, puro tédio.

- O que foi dessa vez, porra?

Louis engoliu em seco e fechou a porta atrás de si. Seus pés realizaram o árduo trabalho de o arrastar até o sofá e mais para perto de seu namorado enquanto ele encolhia os dedos gelados na manga do moletom, o corpo antes suado subitamente sendo tomado por calafrios.

- Johannah morreu.

- E..? – Ryan não desviou o olhar da televisão, nem mesmo pelo tom de voz quebrado e frágil que Louis usara, já parado em sua frente sem a menor força no corpo para segurar as lágrimas. Por que ele estava chorando mesmo? Não fora sua mãe que o dispensara sem ao menos saber como estava? Ryan somente o encarou quando os soluços tornaram-se tão altos que impossibilitou-o de ouvir a televisão. – Ah, puta que pariu, Louis, cala a boca, vai. Está me atrapalhando a ver o jogo.

Louis mordeu o lábio fortemente em uma tentativa de conter os soluços que tremiam seu corpo mas sem sucesso, isso apenas causou mais lágrimas a serem derramadas enquanto ele fechava os olhos e deixava sua dor ser expressada por meio de soluços e quase gritos agonizantes de sofrimento.

Ele estava errado em sentir falta de sua mãe? Da pessoa que o menosprezou? Humilhou? Insultou? Abandonou? Criticou?

- Cala. A porra. Da boca.- Ryan sibilou, completamente irritado ao que aumentava o volume do jogo, sem sucesso uma vez que Louis estava quase tendo um colapso nervoso em sua frente, à menos de um braço de distância enquanto esgoelava em dor e sofrimento. – Para de ser dramático, porra, você nem gostava dela. Vivia reclamando que não falava mais com ela e agora 'tá aí? Vai se fuder, Louis, e bem longe da TV, de preferência.

Louis mal conseguia ouvir Ryan sobre os batimentos acelerados de seu coração, já em sua orelha, ricocheteando como balas dolorosas e quentes em seu corpo, alastrando destruição por onde passava, tornando-o cada vez mais vulnerável e fraco. Ele não via nada pelas lágrimas que materializavam sua dor fisicamente, molhando seu pescoço e gola.

- Louis!

Estremecendo, Louis pôde ouvir a insatisfação na voz de Ryan ao gritar com ele. Será que estou causando dor à ele também? Eu não valho a pena. E antes que Louis pudesse conter seus soluços e segurar suas lágrimas com toda sua força, um ardor se alastrou por sua bochecha molhada, esquentando um lado de seu rosto e causando-o um gemido baixinho de dor ao que ele virava instintivamente o rosto para o lado.

- Eu mandei calar a boca, caralho.

De olhos fechados, Louis não conseguiu ver Ryan, mas sabia que ele estava perto o suficiente de si pois sentia sua presença junto com a dor referente ao tapa em sua bochecha. Ele engoliu o choro junto com o sangue em sua boca e apenas se limitou a fungar pesadamente enquanto os braços de Ryan se embolavam ao redor de sua cintura e o trazia para perto.

- Isso, isso mesmo, calado. – ele sussurrou contra seu cabelo mas Louis mal podia ouvir, todas as suas forças e sentidos concentrados em conter o choro e trancar a dor da perda de sua mãe dentro de seu coração.

Ela havia dito à ele que sentia dor e que Louis não valia essa dor.

Louis se lembrou de quando sua mãe viu Mark batendo em sua cara pela primeira vez, igual Ryan havia acabado de fazer ali. Saiba perdoar, filho, as pessoas são capazes de fazer de tudo por amor, ele só... ele só está tentando te educar, sim? E ele faz isso porque te ama, lembra dos espinhos? Aguente os espinhos para apreciar a rosa, Louis. Foi o que ela disse em seu quarto mais tarde naquela noite enquanto cuidava do lábio inchado de Louis, que só sabia chorar.

E ele não conseguiu conter o choro ali. Ele não era forte o suficiente. Por isso, quando irrompeu a soluçar mais uma vez, Ryan simplesmente o retirou de seus braços de forma bruta e o jogou despreocupadamente no chão.

- Meu Deus, Louis, para de ser um bebê chorão e supera. Eu estou cansado de ouvir você choramingar e resmungar por ai, dizendo que tudo está uma merda e que não está satisfeito. Quem não está satisfeito aqui sou eu! Chega disso, cansei. Você não vale tanto a pena assim.

Louis sentiu seu corpo inteiro estremecendo com a menção daquelas palavras e se levantando desengonçadamente, lágrimas borrando sua visão e de joelhos pelo chão, ele se arrastou miseravelmente até Ryan, seu peito doía em conjunto com suas costas e bochecha, Johannah causando mais dor do que qualquer tapa jamais conseguiria.

- Não, por favor, não vai embora, não me deixa, eu—eu vou parar e—eu faço o que você quiser, só não me deixa, eu—eu te amo, Ryan, eu—

Ryan colocou a mão sobre os ouvidos em pura irritação, a voz de Louis causando chamas em seu corpo e tudo que ele queria fazer era gritar para ele parar de ser tão infantil e dramático.

- Cala a boca, porra, cala a boca, cala a boca. Para de chorar por coisa besta e—

- Eu paro, eu paro, eu paro, só... só não vai embora, não me deixa sozinho, por favor, eu—eu 'to te causando dor? M-me desculpa, eu só—

- Dor? – Ryan riu irônico enquanto encarava Louis agarrado em sua coxa, chorando desesperadamente. Ridículo. – Você me causa nojo, Louis, nojo. Dor? Não, você não é lá tudo isso.

E Louis se sentiu aliviado por não causar dor à mais alguém no mundo.

O quão idiota era aquilo?

E mesmo pela pontada de alivio que percorreu seu corpo, os espasmos do choro compulsivo ainda estavam presentes e isso irritou Ryan profundamente. Mas Louis não conseguia evitar, tudo veio como um choque de realidade e porra, sua mãe havia morrido.

- Ainda 'tá chorando, porra? Por nada? Por causa de uma mortezinha de nada? Puta que pariu, Louis.

E Louis não parou, seus soluços soando altos e cortando o silêncio da sala, suas lágrimas molhavam a perna de Ryan, a qual ele continuara miseravelmente agarrado – se Ryan fosse embora, quem iria ser seu porto seguro? Quem iria ser seu refúgio? Quem iria confortá-lo? Ele não podia arriscar perder mais alguém.

- PARA DE CHORAR, PORRA!

E então, Louis teve sua visão turva ao que Ryan chutara-o para longe de si, deslizando dolorosamente contra o piso enquanto uma pontada fortíssima se alastrava de sua barriga até suas costelas, a área ficando rapidamente quente conforme as lágrimas que soltava se intensificaram – agora não só por Johannah, mas também por si.

- Quer chorar? Tudo bem, então, vou te dar motivo pra chorar. Um bom motivo.

Um. Dois. Três. Louis fechou os olhos, incapaz de ver Ryan o chutar repetidas vezes, a dor tão dilacerante que mal cabia dentro de si, afinal, o luto ocupava a maior parte de seu sistema. Ele não conseguia pensar direito, seus sentidos bagunçados pelos acontecimentos bruscos. Mas uma coisa rodeava sua mente.

Saiba perdoar, filho, as pessoas são capazes de fazer de tudo por amor, ele só... ele só está tentando te educar, sim?

- Eu estou cansado de aguentar suas frescuras, seus dramas, cansado, Louis. Eu só não te deixo porque você ficaria tão miserável sem mim que dá até . Perdido, fraco e miserável, é isso que você é. – e mais um chute, sangue já era cuspido pra fora da boca de Louis.

E ele faz isso porque te ama, lembra dos espinhos? Aguente os espinhos para apreciar a rosa, Louis.

E Louis apenas apertou os olhos juntos, o pesar de sua mãe se misturando com suas palavras enquanto ele se agarrava à única coisa que indicava que ele não estaria sozinho dali em diante – os chutes de Ryan.

Pelo menos ele ainda estava ali.

Era doloroso? Era. Mas Louis iria aguentar os espinhos.

Ele não podia arriscar causar dor a mais alguém, seu coração não aguentaria, afinal, sua própria mãe disse que ele não valia a pena tanto esforço assim. Sua própria mãe, sangue do seu sangue. O sentimento que o apossou fora tão amargo que ele jurou para si mesmo, a partir daquele dia, que nunca mais iria deixar ninguém sentir dor por si.

Ele ligara para sua mãe, mandara mensagens, de texto, de voz, chamadas de vídeo, de aúdio. Ele tentara de tudo. Ele não desistiu de sua mãe. Mas foi tudo em vão porque ele só causou dor à ela. Ele só causou um sentimento que não valia a pena. E ela se viu obrigada a cortá-lo de sua vida.

Louis prometeu a si mesmo que não deixaria ninguém passar pela mesma situação que sua mãe de novo.

Ele se convenceu de que ele não valia a pena.  

E Ryan apenas confirmou isso quando lhe deu o chute que garantiu seu desmaio.

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Quando Louis acordou, uma sensação de alívio tomou seu corpo.

A dor excruciante em sua costela, o latejar em sua bacia, o ardor em sua bochecha e a agonia em suas costas foram esquecidos ao que ele sentiu a presença de braços ao redor de sua cintura, uma respiração calma batendo em sua nuca e o balançar de seu corpo ao que o peito do outro subia e descia calmamente.

Abrindo o olho, Louis encarou a figura à sua frente, o apertando tanto que quase parecia que estava com medo de perde-lo – engraçado, Louis que estava agradecido por não ter sido abandonado.

Ryan ainda estava ali.

Ele ainda estava ali, depois de ver quem Louis realmente era, depois de ver Louis em seu momento de maior fraqueza, depois de Louis implorar para que ele não fosse embora. Ryan o ouvira e ainda estava ali.

Sim, Louis estava aliviado.

Ele não havia causado dor em Ryan. Mesmo que para isso ele tivesse causado dor em si mesmo – mas ele não valia a pena, então tudo bem.

Seus pensamentos foram levados de volta à Johannah e ele sentiu tudo girar no quarto conforme estremecia. A lembrança da mãe o trazia de volta à momentos obscuros – de quando apanhou tão feio de seu padrasto que foi parar no hospital, de quando foi xingado publicamente na farmácia enquanto comprava camisinha, de quando suas irmãs o amarram na cama enquanto dormia apenas para que ele não fosse para o aniversário das gêmeas (a qual ele ajudou a decorar).

Mas tudo havia passado. Johannah havia sido enterrada e junto com ela, suas palavras de ódio e dor. Ninguém além de Louis saberia o que sua mãe havia dito, até sua morte. E ninguém mais teria que sofrer as consequências de sua presença, ou seja, a dor, já que ele permaneceria com Ryan para sempre.

Ryan o compreendia, Ryan o acolhia, Ryan colocava em prova as palavras de sua mãe, Ryan era a definição de amor de Jay, e acima de tudo, Ryan não sentia a dor de Louis.

Isso bastava para Louis ficar.

"O problema é que a gente continua esperando flores de quem só nos da espinhos."

Desconhecido

ei, pesado né? o que acharam?

uma coisa, lembrem-se que isso é um flashback do segundo ano da uni, ou seja, há um ano atrás, bem antes de tudo acontecer, de Ryan abusar de Harry e tudo mais

e aí? compreendem um pouco mais o Lou?

paciência, não disse?

de vez em quando flashbacks assim acontecerão okay?

só isso mesmo e até o próximo

amo ocês

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