Simply Happens [H.S]

By gabriela231d

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Ela, uma menina ofuscada pelo próprio medo de se mostrar as pessoas. Sendo muito difícil conseguir desifrar... More

1°- Capítulo.
2°- capítulo.
3°- capítulo.
4°- capítulo
5° - capítulo
6°- capítulo
7°- capítulo
8°- capítulo
9°- capítulo
10°- capítulo
11°- capítulo.
14°- capítulo.
13°- capítulo.
15°- capítulo.
16°- capítulo
17°- capítulo.
18°- capítulo.
19- capítulo.
20°- capítulo.
21°- capítulo.
22°- capítulo.
23°- capítulo.
24°- capítulo.
25°- capítulo.
26°- capítulo.
27°- capítulo.
28°- capítulo.
29°- capítulo.
30°- capítulo.
31°- capítulo.
32°- capítulo.
33°- capítulo.
34°- capítulo.
35°- capítulo.
36°- capítulo.
37°- capítulo.
38°- capítulo.
39°- capítulo.
40°- capítulo
41°- capítulo.
42°- capítulo.
43°- capítulo.
44°- capítulo.
45°- capítulo.
46°- capítulo.
47°- capítulo.
48°- capítulo
49°- capítulo.
50°- capítulo.
51°- capítulo.
52°- capítulo.
53°- capítulo.
54°- capítulo.
55°- capítulo.
56°- capítulo.
57°- capítulo.
58°- capítulo.
59°- capítulo.
60°- capítulo.
61°- capítulo.
62°- capítulo.
63°- capítulo.
64°- capítulo.
65°- capítulo.
66°- capítulo.
67°- capítulo.
68°- capítulo.
69°- capítulo.
70°- capítulo.
71°- capítulo.
72°- capítulo.
73°- capítulo.
74°- capítulo.
75°- capítulo.
76°- capítulo.
77°- capítulo.
78°- capítulo.
79°- capítulo
Fim.
Agradecimentos e recadinhos.
Epílogo.
Wedding And Party ( capítulo bônus)

12°- capítulo

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By gabriela231d

Uma semana depois

Estou terminado de fazer um trabalho de história. Trabalho esse que tive bastante pesquisa para fazer. A professora de história é uma pessoa bem rígida sobre os projetos e trabalhos que temos. Se não houver uma coerência e dedicação visível ela não hesita em deixar em vermelho nossas notas. Felizmente eu me puxei bastante e consegui fazer um bom trabalho.

Já era sábado de tardezinha e não há nada para fazer. Todos os dias são assim na verdade. Vivo nessa rotina de ir para a escola, voltar pra casa, fazer as atividades pendentes, ver algumas séries ou algo do tipo.

Bastante divertido, não é?

Não tenho muita animação na minha vida e também não é como se isso me incomodasse tanto. Não sou aquela adolescente que saí para festas ou é convidada todo final de semana.

Na verdade eu gosto dessa parte em alguns momentos, não sou muito fã. Muitas pessoas, música alta, pessoas bêbadas. Não consigo me enxergar no ambiente.

Provavelmente iria ficar em um canto, assistindo tudo e terei sorte se alguém quiser fazer companhia para a anti-social do rolê.

Mary uma vez me Levou para uma, foi exatamente como eu pensei. Ela dançou a maior parte do tempo, isso quando não estava beijando alguém  e eu só ficava no meu cantinho dando pequenos goles de uma bebida muito, muito ruim.

Mary gosta de festas, de movimento, de pessoas. Ela gosta de se divertir desse jeito, mas ultimamente ela não tem saído mais.

Minha mãe teve uma conversa séria com ela sobre isso. Porque ela saia quase todo final de semana e meus pais achavam que isso estava prejudicando Mary um pouco no seu desempenho na escola ou até sobre responsabilidade mesmo. Por isso, o combinado foi que Mary não iria frequentemente frequentar mais festas da mesma forma e isso realmente a ajudou de alguma forma.

Mary respeita muito minha mãe, ela sabe que ela só quer seu bem. Fico feliz que tenhamos uma boa relação.

Normalmente quando uma pessoa perde os pais e é criada por outras pessoas, como tios que é o caso da Mary, nem sempre tem uma boa relação. Essas pessoas geralmente nunca aceitaram a perda, por isso deve ser difícil o convívio, mas Mary felizmente não é assim. Ela sofreu muito lógico, tenho certeza que ainda não é fácil pra ela, mas ela reconhece que meus pais a amam e só querem o seu bem.

Ela é muito madura nesse quesito.

Meu celular vibrou sobre a mesa do computador e abri uma mensagem de Paloma.

Estou com saudades dela.

Paloma tem 17 anos, é muito gentil e tem cabelos pretos encaracolados. É uma menina bonita, uma pessoa divertida mesmo sendo um pouco tímida. Eu sempre me dei muito bem com ela.

Paloma: Hey!

Paloma: Como você está? Saudade de vocês!

Eu: Hey! Também estamos! Sentimos falta de vocês na sala de aula.

Não demorou muito para que uma nova mensagem surgisse na barra de notificação.

Paloma: Nem fala. É muito estranho não ter você e Mary agora.

Paloma: Mas me diz! Como está sendo a nova escola?

Eu: Ah, é tudo meio novo ainda mas até que não é tão ruim. E vocês aí? E a dona Érica heim?

Paloma: Está tudo indo como sempre, a baixinha está bem também.

Paloma: E o melhor... Está namorando.

Eu: Sério? Com quem?

Paloma: Com o David. Depois que você foi embora uns três dias depois ela me contou. Eu comecei a rir porque o David é quase um avatar perto dela.

Eu tive que rir porque é mesmo.

Érica é minha amiga dês que eu tinha onze anos. Ela é bem baixinha, tipo muito mesmo, tem 1,50 eu acho. Ela é loira e muito invocada. Mas é uma boa pessoa muito legal e humilde.

David é um garoto que mora na frente da casa dela, ela sempre dizia que odiava ele, mas eles estarem namorando não me deixou muito surpresa, eu já sabia que ela gostava dele.

Sabe aquele ódio que na verdade é amor?

Isso que ela sentia.

Estou feliz por ela. Espero que dê tudo certo para ela e o David. Eu não conheci ele o suficiente mas me parecia um cara legal. Desejo sorte a ele para conseguir aguenta-la. Érica não é uma pessoa totalmente fácil de lidar. Tem uma personalidade forte posso dizer.

Eu: Eu sabia! Essa baixinha não tem jeito.

Paloma: Não mesmo ahahsbs

Paloma: E os garotos dessa escola ai falando nisso? Nenhum interessante?

Eu: Tem alguns meninos bonitos sim mas nenhum que me interesse.

Paloma me conhece e pelo o nosso tempo juntas ela soube muito bem a garota problemática que eu sou.

Paloma: Minhas primas que estudam aí sempre me falam sobre os meninos daí. Eu sempre achei um exagero porque fala sério, elas falam como se eles fossem deuses gregos.

Paloma: Sabia que era exagero.

Eu: É, eu nem posso falar muita coisa.

Paloma: Por que?

- Bella! - ouço a voz de Mary me chamando.

Eu: Desculpa mas depois nós conversamos, pode ser? Preciso ver o que a chata da minha prima quer agora.

Paloma: Tá certo ahahaa Até logo!

Ponho o celular no bolso de trás da calça jeans e desço as escadas.

- Bella! - Mary grita novamente.

- Já estou aqui escandalosa. - termino de descer as escadas e caminho até a porta, onde ela estava.- Fala.

- Vamos no Walmart. A tia Cyndi pediu.

- Sério? Ela não me falou nada.

- Ela pediu pra mim. Vamos logo. - ela diz, visivelmente sem paciência.

- Tá.. - murmuro, a seguindo para fora de casa.

- O que ela pediu pra comprar? - ajeito as mangas do meu moletom para baixo. 

Ela me mostra o papel em que estava segurando em seguida.

- Isso. - ela me entrega o papel escrito as coisas com a caligrafia da minha mãe.

São apenas as misturas. Sei que logo minha mãe terá que ir até o supermercado para comprar os nossos mantimentos. Fico contente por saber que nossas contas não estão mais no vermelho, e as coisas estão melhores. Principalmente dês que meu pai abriu essa nova empresa. Está tudo indo tão bem, como já sabíamos.

Não posso deixar de achar estranho que minha mãe tenha dado essa tarefa para Mary. Normalmente ela deixa essas tarefas comigo, mas isso não quer dizer que eu não esteja satisfeita que Mary esteja se envolvendo mais com os assuntos da casa.

- Uhm.. Que milagre ela pedir pra você. - observo, devolvendo a lista para ela.

Damos passos lentos em direção ao mercado.

- Eu sou a mais velha, esqueceu?

- E isso o que tem a ver?

- Eu sou mais responsável. - não consigo segurar o meu riso - Por que está rindo?

- Mary, você nunca gostou desse tipo de responsabilidade. - olho-a e no mesmo momento, ela desvia o olhar.

- Eu sei, ainda não gosto, mas não custa nada ajudar ela e eu sou a mais velha, tenho que ter responsabilidades. Sabe, ser exemplar - carrego um olhar desconfiando e surpreso em direção á ela, que parece não perceber.

- Você está falando sério? Tipo, está bem? Tem certeza que você é a minha prima? - pergunto carregando um leve deboche na voz e ela revira os olhos azuis como resposta.

Minutos depois chegamos no Walmart, quase há três quadras de nossa casa. Entramos e um sininho anunciou nossa chegada.

Estamos nos acostumando com os lugares daqui, mas suspeito que os funcionários desse mercado já nos reconheçam. Viemos aqui sempre quando temos que comprar mantimentos. Gosto do lugar. É bem cuidado e também muita variedade.

Logo Mary e eu começamos a encher a cesta com os mantimentos escritos na lista da minha mãe.

- Você pega o azeite de oliva enquanto eu vou pegar os legumes, depois me encontra no caixa, certo? - Mary pediu e eu assenti concordando.

Sigo pelo o corredor contrário de Mary. Passo por dois corredores em que nenhum era dos azeites e essas coisas. Chego no último corredor, e procuro com os olhos pelas duas prateleiras até achar o azeite de oliva na última prateleira. Pego o vidro suavizando minha expressão com o alívio.

Mas assim que viro, meu rosto toma novamente a expressão aborrecida. Simplesmente por ser ninguém menos ninguém mais do que o idiota do Harry, está no final do corredor me observando cautelosamente.

Suas mãos estão enterradas nos bolsos da calça, deixando a entender que ele não está comprando nada no momento, ou pelo menos, nada demais.

Começo a me perguntar se ele me seguiu até aqui, mas rapidamente me lembro que ele não faria isso, aliais, por que ele faria isso?

Ela mora do lado da minha casa, e se quisesse mesmo me encontrar bastaria bater na minha porta, ou simplesmente me parar na escola. Não que eu quisesse isso. Nessa semana eu quase não o vi. Na verdade eu evitei toda e qualquer chance de encontrar com ele.

Mesmo nas aulas, eu ignorava totalmente a presença dele. A última vez que o vi nessa semana foi na quarta, quando eu cheguei mais tarde do colégio e vi ele jogando basquete em frente a sua garagem. Ele me viu mas eu fiz questão de desviar o olhar e passar reto, como pretendo fazer agora.

Dei as costas e
caminhei alguns passos engolindo a raiva que subiu repentinamente.

Podia ser mágoa também mas decidi que não daria o gosto de me ver magoada à ele novamente.

- Bella? - chamou.

Fala sério.

- Espera. - ignorei o aperto no meu peito, junto com seu pedido e continuei andando - Ei! Espera - dessa vez, ele segurou meu pulso, me fazendo parar.

- O que você quer? - perguntei claramente irritada, me soltando dele. Ele soltou um suspiro e manteve o olhar em mim.

- Podemos conversar? - perguntou, por algum motivo suave demais.

- Não. - minhas feições não mudaram enquanto me virei novamente de costas para ele e voltei a me afastar.

- Só me deixa explicar. - ele pediu mas continuei ignorando ele.- Bella.... Me deixa explicar porra! - sua voz soou alta o suficiente para achar que as pessoas do corredor ao lado possam ter ouvido.

Eu parei no lugar, inspirando fundo e me preparando antes de virar para ele.

- Eu não quero ouvir a merda que você quer dizer, garoto. Eu não ligo, fica pra você. - a irritação na minha voz não chegava perto do que estava se acumulando dentro de mim.

Me virei novamente e finalmente sai da droga desse corredor. Caminhei apressadamente até o caixa onde Mary já estava. Não tenho certeza se minha expressão não suavizou durante esse pequeno trajeto.

- Ah, achei que tinha se perdido. - ela debocha com um sorriso mas não tenho vontade de responder, apenas dou o azeite para ela que passa pelo caixa. - Tudo bem? - é claro que ela iria perceber. Assinto mesmo que ela não fique totalmente convencida disso.

Finalmente ela paga a conta e saímos do Walmart. Andamos alguns passos até ouvir alguém chamar o nome dela. Viro para olhar como ela vendo, Shawn com um sorriso charmoso nos lábios. Os cabelos negros espetados e os olhos fixados no rosto de Mary.

- Tudo bem? - ele pergunta carregando um sorriso caloroso e ela vai até ele, com o mesmo em seus lábios carnudos.

Era só o que faltava, ficar ouvindo eles flertando. Eu mereço!

- Tudo sim e você? - ela pergunta depois de dar um beijo na bochecha dele.

Desvio o olhar para a entrada do mercado vendo Harry e Louis saindo de lá. Meu sangue congela quando o verde dos seus olhos encontram os meus, e eu rapidamente desvio o olhar bufando.

- Mary, vamos logo! - estou frustada e impaciente quando ela me olha, como o shawn.

- Oi Bella. - Shawn diz com o mesmo sorriso e forço um à ele.

- Oi. - murmuro.

Meus olhos voltam para a entrada do mercado, mas já não tem ninguém lá. Posso sentir meus ombros relaxando rapidamente.

- Bella, você se incomoda de ir na frente? - Mary Pergunta com a sua melhor cara de súplica e assinto até porque, não ficaria aqui ouvindo eles flertar.

- Tudo bem, me dá o resto das sacolas. - digo e ela assente me entregando.

- Eu não demoro. - ela assegura sorrindo animada e assinto suspirando em seguida.

Começo a caminhar de volta para casa pela a calçada, levando duas sacolas em cada mão. Não está tão pesado até. Não tenho tempo para pensar nos últimos acontecimentos, porque em segundos, ouço passos apressados atrás de mim, e eu rapidamente reconheço a sua voz rouca quando ele diz:

- Ela não devia te deixar levar tudo sozinha. - Harry diz e rapidamente me aborreço novamente.

Como se ele se importasse tanto com isso.

Continuei ignorando ele até sentir sua mão agarrando meu braço, de novo.

Mas que droga!

- Porra! Eu já disse que não quero falar com você.

Harry inspira fundo, praticamente na minha frente e me impedindo de passar. Minha paciência evaporando com isso.

- Só preciso de um minuto, por favor. Me escute pelo menos.

- Escutar o que Harry? Você mentindo que não queria dizer nada daquilo quando eu tenho certeza que é a verdade pra você?

Ele suspira audivelmente.

- Bella...

Apenas descarto com a mão, mal conseguindo encara-lo sem pensar no quanto eu gostaria de não estar aqui com ele.

- Foda-se. Você pode ter todas as garotas não é? Por que se importaria comigo agora? Por que liga tanto pra merda que você fez? Ela já está feita.

- Eu não queria... -

- Eu também não queria ser assim se você quer saber. Não queria ser essa menina sem graça, mas você fez questão de jogar isso na minha cara não é? - desvio o olhar engolindo as lágrimas.

Não vou chorar na frente dele. Ele está tirando todo o autocontrole que construí nessa semana, toda a camada de proteção que inventei para mim mesma. E o problema é que ele nem se quer disse alguma coisa ainda, relevante quero dizer.

- Eu falei aquilo sem pensar, Bella. - ele diz e reviro os olhos andando novamente. - Eu só estava irritado. - ele continua se explicando mesmo que seja, inútil pra mim.

- As pessoas dizem as verdades quando estão irritadas.

- Não é verdade, elas dizem a primeira coisa que vem na cabeça. - ele diz ao meu lado e ignoro completamente.
- Você chorou? - Pergunta ligeiramente curioso, e empalideço conforme olho pra ele.

- O que? Não! Eu não chorei! De onde você tirou isso?

Como ele sabe?

- Eu vi quando eu te vi pela a janela, seus olhos estavam vermelhos. - ele explica me olhando, examinado meu rosto, agora, horrorizado.

- Você deveria cuidar da sua própria vida.

Era só o que me faltava, depois de tudo ainda mais isso?

- Eu realmente não queria te fazer chorar. - sua voz é baixa e grave demais. 

- Porra. Eu não chorei. - ele suspira.

- Olha, eu sei que fui idiota, eu não queria te ofender. - eu franzi a testa, em descrença. - Ok, eu queria, mas porque você me irritou, eu estava tentando ser legal com você e você só me ignorava e me tratava com indiferença. - eu desvio o olhar. - Eu juro que não queria te magoar, pelo menos, não desse jeito. - sua voz sai suave e por um momento começo acreditar que ele possa realmente estar arrependido.

Ignoro seus olhos atentos em mim, e volto a andar. Ele me segue, fielmente ao meu lado. Não sei muito bem o que dizer agora pra ser sincera.

- Você quer ajuda? - depois de breves segundos ele pergunta, mas nego com a cabeça. - Me deixa te ajudar vai. - antes que eu possa negar novamente ele pega as sacolas mais pesadas das minhas mãos, e leva só em uma mão, enquanto com a outra, puxa seus cabelos encaracolados para trás.

Sinto seus olhos em mim em alguns momentos, mas estou pertubada demais para me incomodar com isso. É muita coisa para pensar, muita informação em pouco tempo.

Mesmo se eu quisesse, não vou conseguir esquecer aquilo. Não vou conseguir esquecer o quanto suas palavras me humilharam e o quanto doeu em ouvir.

Mesmo eu dizendo pra mim mesma que ia esquecer essa semana, não teve um dia que eu não pensei nisso. Mesmo não querendo, quando eu vi já estava pensando e sofrendo feito uma idiota.

Não vou conseguir desculpar ele hoje, nem sei se algum dia, não sei se devo.

Mas me deixa curiosa saber o porquê ele se preocupou tanto com isso. Está insistindo tanto nisso, eu realmente não sei, e a cada segundo que sinto seus olhos em mim, cresce mais essa dúvida.

- Por que você quer que eu te desculpe? - resolvo Perguntar, sem olhar pra ele. Mas posso sentir que ele não esperava por isso pelo o jeito que se mexeu e pigarreiou.

- Hum.... Eu acho o certo. - não sei se consigo acreditar nisso.

- O certo? - insisto em ter mais que isso.

- Sim. Eu sei que fui basicamente, um babaca em dizer aquilo. Até porque eu não te conheço o suficiente para te definir. Peguei pesado, e me sinto culpado, isso é tudo. - sua voz é baixa, mas posso sentir verdade em cada palavra, por alguma razão.

Fico quieta, continuo caminhando com ele, e mesmo que ache isso estranho, não posso manda-lo sair da rua que é popularmente, pública. Além do mais, não quero agir como uma criança, sendo infantil mesmo que ainda esteja chateada, e a mágoa esteja viva dentro do meu peito.

Eu tenho consciência que ele estava parecendo querer ser legal comigo. Ele sentou ali comigo, começou a puxar papo. Ainda não sei o real motivo de querer falar comigo, mas enfim, estava alí. Sei que se alguém não gostasse de mim, também gostaria de saber o porquê.

Mas isso não muda o quanto aquilo me magoou. Não sei se vou conseguir algum dia esquecer aquelas palavras.

Quando vejo nós já estávamos na frente da minha casa. O resto do caminho foi feito de completo silêncio entre nós. Eu estava ocupada demais pensando em tudo isso, que só agora, comecei a prestar atenção nas coisas ao meu redor.

Entro em silêncio na varanda da minha casa, Harry me segue e me para antes que eu pudesse abrir a porta, sua mão livre segura meu braço, agora mais delicadamente do que a última vez. Quando ergo meu olhar para ele, seus olhos pairam sobre mim. Não gosto do jeito que ele está me olhando mas no entanto, está quase impossível desviar o olhar.

- Me desculpa mesmo por tudo, não era suposto eu dizer aquilo. - a intensidade do seu olhar me deixa um pouco intimidada mas no entanto, prende meus olhos igualmente aos dele. - Espero que algum dia eu possa tirar essa ideia errada do que você tem de mim.- ele me soltou e suspirou suavemente. - Você não é ruim como eu fiz parecer. Não é nada disso. Me desculpe. - ele tentou um sorriso e me devolveu as sacolas antes de sair para sua casa.

Por algum motivo, essas palavras amenizaram a mágoa em mim. Parece uma forma de se redimir, mas no entanto, não consigo compreender o motivo do sorriso nascendo em meus lábios.

Obrigada por lerem!❤️❤️
Desculpa qualquer erro.

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