Agente Morgan 3

By ThaQuake

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Encarar uma traição nunca é fácil... ainda mais quando foi ela que te levou a ser uma ameaça mundial. Natasha... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Nota
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Despedidas
Agente Morgan 4

Capítulo 28

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By ThaQuake

-O chefe de segurança vai te encontrar lá dentro, Morgan. - murmura Miller. -Você é uma consultora de segurança, e está aqui para vender um novo sistema de detecção de movimento.

-Aham, alguma ideia do tipo de sistema de detecção? - questiono tirando os pés de cima do painel do carro e apertando o telefone.

-Há algumas informações dentro de um panfleto, no porta-luvas.

Abro o porta- luvas e retiro o papel vermelho, lendo alguns pequenos fragmentos para ter noção do produto que venderia.

-Olha! Tem até um número de telefone! É meu? - questiono.

-Não. Boa sorte Agente Morgan. Estaremos esperando na Ala norte.

-Obrigada.

Olho pelo vídro do carro, contando o número de guardas que peranbulavam pelo pátio do outro lado da cerca de arame.
Desço do carro e acomodo os fios do meu cabelo loiro que escapavam do coque. Sim, fui obrigada a pinta-lo e usar óculos. Tudo isso para garantir que ninguém daquela prisão me reconhecesse.
Atravesso a portaria, com autorização liberada graças ao crachá falso que Noah fez, e deixo-me ser revistada. É frustrante entrar num lugar como esse sem as minhas armas. Por sorte, Sara teve a brilhante ideia de me emprestar um Hashi pontiagudo para prender o cabelo. Talvez ele tivesse alguma utilidade.
A grande prisão secreta da CIA se localizava no meio de uma floresta. Na verdade, essa é uma prisão conhecida, mas o que as outras pessoas realmente não conhecem é a parte subterrânea, onde ficavam os prisioneiros da agência.
Sigo um homem Baixinho até uma sala separada, onde um homem me fez sentar numa cadeira fria e dura para o interrogatório. Colocando cada fio e mecanismo necessário no meu corpo, para iniciar as perguntas.

-Seu nome é Natália Morse?

-Sim.

-Tem 24 anos?

-Sim.

-Com quantos anos terminou o ensino médio?

-17.

Seguro um suspiro. Tudo estava indo bem. Era só ficar calma.

-Em que ano você nasceu?

-1993.

-Pra que companhia trabalha?

-Segurity and Privacy.

-Já esteve numa prisão antes?

-Sim.

-Já foi presa?

-Não.

-Já foi acusada de algum comportamento ilícito?

-Não.

Ouso um apito, e a máquina que escrevia a minha frequência cardíaca no papel treme. Ele me olha, repetindo a pergunta.

-Bom... Já dirigi bêbada, isso conta? - minto.

Fico aliviada quando a máquina volta a funcionar e ele parte para a próxima pergunta.

-Já matou alguém?

-Não.

O apito soa novamente.

-Matei um pássaro, mas foi sem querer, foi ele que não saiu da pista! Isso conta como "alguém"?

-Não. - responde.

Ok, estou me saindo bem... nesse pique consigo convence-los.

- Por qual motivo você mataria alguém? - indaga.

Por perguntas como essas...

-Não sei... Por medo?

-Responda, não pergunte.

-Por medo. - afirmo.

-Conhece alguém dessa prisão?

-Não.

-Com quantos anos você mataria uma pessoa?

Qual o problema desse cara? Esta aqui para me interrogar, ou me transformar numa assassina?

-Não faria isso, a menos que fosse por pressão... não tenho a mínima ideia.

-Última pergunta: em alguma das perguntas, você mentiu?

-Sim.

Ele franze a testa, confuso e surpreso.

-Você mentiu em alguma das perguntas? - Questiona mais uma vez, duvidando do que acabara de ouvir.

-Sim.

-Em qual? - indaga com cautela.

-Não matei um pássaro, matei um pica-pau.

-É a mesma coisa senhorita.

-Não, li numa revista que o pica-pau não é um pássaro.

Suspira cansado e retira com cuidado cada aparelho do meu corpo. Ele bateu duas vezes na porta, e o guarda do lado de fora a abriu.

-O chefe de segurança irá encontra-lá. Este homem a levará até ele. Foi um prazer Srt. Morse.

-O prazer foi meu, Senhor...?

-Eduard.

Sorrio educadamente e deixo a sala, seguindo o mesmo homem Baixinho que me trouxe até aqui. Procuro observar cada detalhe das coisas ao meu redor, decorando os caminhos e a posição de cada guarda.

-Srt.Morse? Está me ouvindo? - indaga o guarda.

Já haviamos parado, e ele tratava de me despertar do meu desvaneio, apontando para a porta ao lado.

-Ah, sim. Perdão, estava distraida.

-Está é a sala do chefe, ele está te esperando. - avisa.

Aceno com a cabeça, em forma de despedida e giro a maçaneta da porta.
Como o esperado, a sala era simples, sem muitos móveis e poucos confortos a oferecer. O chefe de segurança estava sentado do outro lado da sala, comendo batatinha enquanto digitava no seu Notebook. Pingareio um pouco antes de me aproximar para chamar a atenção.

- Você deve ser a Srt.Morse, não é?

-Isso mesmo.

-Muito bem, o tem a me dizer sobre esse novo sistema de detecção de movimento?

-É um sistema automático baseado em apenas um vídeo. A imagem sera filmada, através de uma filtragem morfológica, que permite que seja vista aos olhos humanos. A câmera pode ser de baixo custo, e evita que alarmes falsos aconteça em caso de ventania e etc. - explico resumidamente.

-E quanto isso custará?

-Apenas 600 dolares.

-Quê? Muito caro!

-Escute senhor, você tem que levar em conta que não havera gastos com câmeras, qualquer uma se adapta a esse sistema. E que tera garantia da diminuição drastica de alarme falsos.

-Posso pensar alguns dias, ou esse preço é apenas hoje?

-Felizmente o preço será o mesmo a qualquer hora que ligue. Porém, havera um acrecimo na taxa de firma do contrato. Pois precisamos reconhece-la em cartorio. O que não seria atribuida de o senhor assinasse o contrato hoje.

-Muito bem, onde posso assinar? -indaga.

-Vou providenciar para que tragam o contrato ainda hoje senhor. É politica da agência não carregar o contrato para todos os lados.

-Estarei esperando. -sorri, apertando minha mão.

-Obrigada pela atenção. Foi um prazer negociar com o senhor.

-O prazer foi todo meu. Vou chamar um guarda para que te acompanhe até a saída e...

-Será que poderia usar o banheiro? - intervenho. - Tenho mais uma parada, mas é só daqui 60 km.

-Claro.

Aguardo que o baixinho voltasse para me guiar até o banheiro. Mais uma parte do plano foi cumprida. E agora vinha a mais dificil, encontrar Ducler e tira-lo da prisão sem ser morta.
Olho para o auto das paredes, buscando as cameras de segurança conforme mudavamos de corredor.

-Esse é o banheiro senhorita, esperarei do lado de fora. - diz, abrindo a porta.

- Claro, obrigada.

Antes de terminar de passar por ele, me virei e voltei meu cotovelo para o seu estômago, acertando uma joelhada na cabeça assim que seu corpo inclinou para frente. Seguro o corpo desfalecido do guarda e o lanço para dentro do banheiro, dando uma ultima olhada no corredor para ter certeza de que ninguem me vira.
Antes de fechar a porta, procuro algum mapa nas suas roupas e roubo o walk talk da sua cintura. Infelizmente, ele não carregava nenhuma arma consigo, e muito menos o mapa. Tiro a parte de cima da minha roupa, o pequeno casaquinho, e amarro suas mãos, para depois, usar a sua propria blusa para amarrar os pés e impedir que o sujeito falasse.
Apresso os passos pelos corredores, em busca de alguma placa que identificasse em que ala estava, e verificando se nenhum guarda me via.
Simon verificou a planta da prisão, e chegou a conclusão de que a entrada para a área subterrânea, provavelmente era na Ala norte, onde Miller estaria nos esperando do lado de fora.
Encontro uma placa que indicava que essa ala estava logo a minha direita, e dobro o corredor.

-Senhorita? O que faz nessa Ala? É proibido!

Olho para atrás, encontrando um guarda carrancudo que segurava a arma da cintura para deixar claro a sua autoridade naquele lugar.

-Vou ter que pedir para você se retirar. - diz.

-Ah, me desculpe. Aquele guarda, o senhor... bom, não me lembro o nome. Ele disse que encontraria o que precisava nessa área.

Ele suavizou a testa franzida e soltou a arma. Acho que sabia exatamente do que estava falando.

-Qual é a senha? - indaga

-A senha é: "Vou chutar o seu traseiro". - digo, fazendo careta. - É... foi uma péssima piada.

Antes de esperar sua reação, lanço um soco no seu nariz e chuto a boca do estômago, ouvindo o som da minha saia rasgando com o movimento. Olho para o guarda a minha frente, que já havia levantado para me atacar com uma sequência de socos em direção ao meu rosto. Ok, esta confirmado, ele com certeza não é um guarda comum. Provavelmente é algum agente da CIA disfarçado, que protege a entrada para o subterrâneo, o que significa que estou muito próxima. Bloqueio seu chute com as mãos e giro sua perna para a direita, ouvindo o estalar de algo quebrando.
O homem cai desmaiado no chão, ou pela dor de ter a perna quebrada, ou pelo impacto da sua cabeça contra o chão assim que caiu.
Sabendo que ele não era um guarda comum, vasculho suas roupas e encontro uma arma e uma granada de fumaça. Obviamente a arma seria útil, mas para a bomba, ainda teria de achar uma utilidade. Rasgo mais um trecho da minha saia, tendo uma liberdade maior de andar e futuramente, lutar.
Continuo em frente, seguindo as placas e indicações penduradas nas paredes. Essa era uma area com muito pouco movimento, talvez haja apenas agentes da CIA, já que os corredores estavam totalmente vazios.
Precisava achar a entrada o mais rápido possível e tirar Ducler de lá, pois não fiz questão alguma de esconder o corpo do agente inconsciente. Não sabia exatamente o que cada porta significava, portanto, não queria correr o risco de abrir uma sala e encontrar uma penca de guardas e agentes. Era mais seguro deixa-lo no corredor, e seguir mais rápido com o plano.
Espio com cuidado o próximo local onde viraria, observando que ali era o final da linha. O corredor terminava exatamente onde quatro agentes armados faziam a segurança de uma porta.

-Se não for ai, não me chamo Natasha. - sussuro.

Permaneço espiando o corredor, tentando arquitetar um plano para não ser atingida por uma bala muito antes de chegar a eles. São quatro pessoas armadas contra uma. Não sou rapida o suficiente para algo assim. Acertaria no máximo três, dando tempo para o último me atingisse com algum projétil.
Sorrio de lado, uma ideia maluca me veio a mente. Séria loucura, mas também tinha grandes chances de dar certo.
Decoro mentalmente as posições de cada um. E retiro a tampa da granada de fumaça, fazendo com que o obejeto deslizasse pelo chão liso até onde os agentes estavam. Eles demoram a entender o que estava acontecendo, mas antes que pudesse reagir, e granada explodiu e cobriu o corredor com fumaça. Sai de onde estava e atirei nas mesmas posições que havia decorado.
A fumaça se dissipou, e os corpos caidos no chão puderam ser vistos, apenas um homem permanecia em pé, apontando sua arma para mim. Provavelmente ele se movimentou, e por isso não foi atingido.
Vejo suas feições endurcerem, e os musculos faciais tensionarem. Foi então que lembrei das aulas do meu pai, vendo aquela microexpressão surgir em seu rosto, e soube que ele estava prestes a atirar. Alguém teria de atirar primeiro, e se não fosse ele, seria eu.
Semicerrei os olhos e atirei, foram dois estouros. Tudo parecia em câmera lenta quando projétil atingiu na altura do ombro do agente, e a bala da sua arma, raspou no meu quadril.
Saindo do transe, peguei mais duas armas dos homens acaidos e me acerquei a porta para destrava-la. Arrastei o corpo de um dos agentes mais proximos da porta para usar sua leitura digital na tranca que só abriria desse modo. Um zunido oco foi emitido, e imediatamente a tranca sedeu.
Passo pela porta, e desço alguns lances de escadas, empunhando a arma a frente do rosto por segurança. As luzes eram mais fracas do no que no andar de cima, mas mesmo assim, era possivel identificar as selas ao meu redor, cheias de prisoneiros.
Logo na entrada do grande corredor, havia um computador velho, mas que com certeza seria útil para encontrar Ducler. Talvez eles tivesse algum registro da sela em que o criminoso estaria.
Digito apressada o sobrenome dele, e olho para o relógio no canto da tela. Simon e Noah estavam preparados para desligar a energia do local a exatamente trinta minutos, sem isso, é impossível passar pela cerca elétrica.
Encontro a localização de Ducler e corro pelos corredores, sem me importar se fazia algum barulho que chamasse a atenção dos agentes que circulavam ali embaixo. Ele estava na sela 8A.
O lugar parecia mais um esgoto, fedia a xixi e fezes, sem contar o cheiro impregnado de sangue.

-7B...7C...7D... - conto. - 8A!

A sela estava lotada de pessoas, nem sequer conseguia saber se Ducler estava mesmo ali dentro. Os prisioneiros estavam agitados com a minha presença, e aquela gritaria não demoraria muito em chamar atenção de algum agente.

-Me tira daqui! - grita o homem a minha frente, enfiando as mãos entre as grandes e tentando me alcançar.

Desço os olhos pela grade e me xingo mentalmente ao encontrar a fechadura.

-Abrir uma fechadura sem Chaves, ótimo! - murmuro. - Alguém de vocês tem um grampo?

Aquela era uma pergunta estupida, ninguém entraria com um grampo em uma prisão como essas. Meu tempo estava diminuído e minhas opções de como abrir aquelas fechadura também.

-Esta bem. Ducler está ai dentro? - grito.

Nenhum dos homens respondeu, só continuavam gritando por ajudar se espremendo nas grades.

-Ok! Se Ducler estiver ai dentro, solto todos dessa sela! - grito.

Imediatamente eles ficaram em silêncio, procurando entre eles o homem chamado, na esperança de conseguirem a liberdade. Um homem machucado e cheio de suor foi se aproximando das grades, passando pelo caminho que os prisioneiros abriam.

-O que você quer comigo?

Era Ducler, um Ducler quase irreconhecível, mas com certeza era ele.

-Nada, estou aqui apenas para solta-lo.

-É impossível sair desse lugar.

-Isso é o que nós vamos ver. Só preciso de alguma coisa para abrir essa tranca.

-E que tal essa coisa no seu cabelo?

Franzo a testa, tateando o meu coque que se desfazia e encontrando o Hashi de Sara. Grande Sara!
Retiro o pauzinho, deixando meus cabelos escorregarem pelos ombros e me concentro na fechadura. Enfio o Hashi na lacuna, e giro as travas de ferro, ouvindo a tranca abrir de uma só vez. Meu Hashi, infelizmente estava quebrado, mas pelo menos a sela estava aberta.
Abro a sela e seguro as mãos de Ducler, para evitar que a multidão de pessoas que saiam de lá nos afastassem.
Os prisioneiros sairam, mas permaneceram ali no corredor, me encarando.

-Vou tirar vocês do subsolo, e depois disso, cada um por si. - digo, auto o suficiente para que eles ouvissem em meio aos outros presos trancafiados que reclamavam.

-Nós não temo como sair daqui! - resmunga um deles.

-O combinado foi que abriria a Sela, não que os tiraria da prisão, já faço demais em tira-los do subsolo.

-Eles seriam de grande ajuda. - cochicha Ducler. -Pelo menos não vamos ser os únicos perseguidos.

-Não. -sussurro.

-Não precisamos tira-los da prisão. Só usa-los.

Ele tem razão, não necessáriamente eles precisam sair, mas sim distrair os guardas. No entanto, se fizesse isso estaria arriscando que o plano desse errado, e que algum homem doentio fizesse besteira no mundo lá fora. Ninguém aqui é inocente.

-Já disse que não. Vamos, não temos muito tempo.

Retrocedo o caminho por onde viera, sendo seguida pelos prisioneiros e Ducler, que não parava de me pedir uma arma.

-É... será uma longa fuga. -sussurro.

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