once upon a plug {l.s}

By infactIarry

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Na qual Harry e Louis transam e não se lembram de nada depois, Louis acorda com um plug e Harry tira uma foto... More

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Trailer OUAP!
OUAP is back!
Um Milhão de Pequenas Coisas
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capítulo extra final

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By infactIarry

loueh (pra quem não pegou a referência, é OiOi rs)

bom, vamos direto para o cap e no final conversaremos okay?

uma coisinha antes

"Vítimas de relacionamento abusivos tendem a se culpar por não terem percebido e resistido aos abusos ou por terem cedido em nome do 'amor'. É comum que muitas dessas vítimas saiam de relacionamentos abusivos com um enorme buraco na própria autoestima. Abusadores são criativos. Eles diminuem as vítimas, as culpas e romantizam a violência, diante de tudo isso, é realmente difícil se livrar de um relacionamento abusivo. 

Remoer a culpa por ter permanecido em um relacionamento abusivo é como permitir-se ser violentada(o) novamente."

Fragmento retirado da colunista Nathali Macedo para o site SuperEla (o texto se referia á mulher apenas e eu adaptei, uma vez que não só mulheres sofrem por relacionamentos abusivos.) Espero que ajude a compreender o capítulo.


A mente de Louis estava um caos total. Seus olhos azuis baixos e vazios seguiram o corpo alto e forte no movimento de se erguer do chão, com facilidade, o peitoral esbelto sendo manchado por hematomas – borrões vermelhos na altura do peito esquerdo, assim como outros na base de seu estômago, em seu rosto, cortes encima da sobrancelha e embaixo dos lábios o dava um reflexo irritado e inchado – mas seus olhos verdes estavam intensos, afiados, mal demonstrando dor.

Menos quando ele fitou Louis de volta.

Assim que seus olhos esmeralda pousaram no corpo pequeno e repousado sob o edredom em sua cama, olheiras nos olhos, deixando-os ainda mais inchados, lábios rubros e pele pálida, sua clavícula estava saltada e seu peito subia e descia – ele não conseguiu conter o torcer de seu rosto, a dor estampada na expressão do menor sendo demais para ele próprio suportar de forma neutra.

Cada vez que via a dor e o sofrimento escorrendo dos olhos de Louis, Harry sentia como se estivesse com Ryan novamente, desta vez, sendo torturado com Louis, a dor do menor era a sua, o simples fato de Louis estar no inferno o fazia se sentir o próprio Diabo – como se ele fosse responsável por aquilo. Não por causar aquilo. Mas por não conseguir aliviar aquilo.

Aquela dor que agora é, e sempre será, compartilhada pelos dois.

Por isso, retirando o edredom e expondo o corpo pequeno e frágil deitado na cama, Harry estendeu a mão para Louis, convidando-o a se levantar – o que foi feito após um olhar intenso, ignorando o gesto do maior enquanto sofria para se equilibrar nos pés, e Louis parecia tentar esconder sua dor, seus olhos, de todas as formas possíveis, tentavam mascarar sua história, mas Harry não seria enganado por aquele show.

Ele gemeu baixinho e entredentes, tentando ao máximo desfocar a atenção de todos na sala para si, mas Harry sentia sua dor em seus próprios ossos. Louis podia tentar o quanto quisesse, Harry sabia de tudo – ele lia seu corpo machucado como se fosse uma obra de arte, um próprio Picasso em carne e osso.

Conforme ia sendo guiado para o banheiro, as mãos de Harry firmes em si, em sua cintura, Louis conteu um grito – ele queria esgoelar sua angústia para fora. Seus ossos doíam e sua cabeça implorava por rendição, a dor estampada em cada face naquele quarto era demais para ele próprio suportar e a mesma voz de sempre gritava em sua cabeça. A culpa é sua. E ele não podia evitar em pensar que era verdade. Ele queria livrá-los daquilo.

Estava indo tudo bem, sim?

Ele e seus amigos. Ele e Harry. Niall voltara para seu quarto ao mesmo tempo em que Ryan sumira. E Louis estava grato por aquilo – somente para perceber que ele era a causa do sofrimento de todos ali.

E uma onda de arrependimento inundou seu estômago.

Ele não devia ter conhecido Ryan, não devia tê-lo deixado entrar em sua vida, não devia tê-lo deixado domar seu coração, não devia ter deixado a si mesmo a ficar tão dependente de alguém tão ruim, tão egoísta, não deveria ter duvidado de Harry, não deveria ter sido aquela pessoa pessimista e rude, não devia ter sido aquela pessoa insensível, não devia ter sido aquela pessoa que duvidara de uma vítima, não devia ter feito seu amigo deixar seu próprio quarto, não devia ter deixado Harry o perdoar, não devia ter deixado Harry conhecer seus segredos e inseguranças, não devia ter deixado Harry o ajudar, não devia ter deixado Harry o encantar, não devia ter se permitido gostar de alguém quando na verdade ele não merecia nada, não devia ter se permitido pensar, apenas por alguns dias, que ele poderia vir a ser feliz de novo.

Louis não devia.

Apenas.

Não devia.

E, se arrastando pelo concreto daquela fraternidade, mais cedo, enquanto observava seus amigos, cada um deles, incluindo o cara que gostava – o único cara que o fazia se sentir bem, não só com tudo em sua vida mas também consigo mesmo, o cara que dava razão ao cheiro das flores de manhã, aquele que dava sentido à uma poesia romântica, aquele que fazia seu coração bater mais rápido enquanto o mundo ao seu redor era mais lento – e vendo-os machucados, perdidos, com dor e angústia dentro do peito, o fez perceber que talvez, eles estivessem melhor sem ele.

Antes de Ryan, eles eram apenas cinco amigos que cantavam no Balls&Blues, que estudavam normalmente e que tinham planos sutis para suas vidas – agora estavam esparramados no dormitório com hematomas e lágrimas presas no peito, seria poético se não fosse tão trágico.

E Louis era o responsável. Se não fosse por ele, Ryan nunca teria entrado em suas vidas – Niall nunca teria deixado seu dormitório, Liam nunca teria sido machucado e Zayn nunca teria ficado desnorteado igual estava deitado ali.

E Harry.

Harry nunca teria sido dopado, espancado, estuprado, consumido mental e fisicamente, duvidado, ignorado, menosprezado, chateado ou perturbado.

Harry, oh Harry, ele era o homem mais forte que Louis conhecia, aguentou tanto e ainda se aventurou a aguentar os problemas do menor. Estava na hora de aliviar a pressão e deixá-lo ir, era algo necessário e ele iria superar, Louis sabia que sim, Harry era forte o suficiente para isso, para esquecê-lo.

Louis era o problema ali. Ele era o cara do mal que entrava na vida das pessoas vestindo uma capa longa e preta que carregava trevas e sofrimento – lágrimas acumuladas durante uma vida apenas para serem despejadas em inocentes que só estavam tentando viver suas vidas de forma não problemática. Mas Louis era problemático.

Por isso, enquanto ignorava o olhar penetrante de Harry sob seu corpo, parado estranhamente no centro do banheiro, a porta fechada o sufocando metaforicamente, Louis decidiu se afastar, esquecer e fazer um bem para a humanidade.

Ele se arrependeu de não ter ido embora naquele dia, quando Harry o impediu. Tudo só piorou a partir dali, camuflado em sorrisos, beijos e carinhos – o que só tornava tudo mais doloroso para ele, afinal, ele iria sentir falta dos beijos, dos abraços, dos risos e dos momentos compartilhados juntos.

Mas era para um bem maior. Ryan estava certo desde o começo. Louis era o problema, sempre foi.

Harry não falava verbalmente mas seus olhos eram uma súplica e Louis se sentiu intimidado no instante de fraqueza que o fez encará-los de volta, recuando em seguida para o chão do banheiro. O suspiro que deixou os lábios de Harry foi impiedoso, como a brisa fria que derrubava as folhas mais resistentes da árvore, no final do outono, se preparando para a neve cair, branca e fofa, mas tão gélida que lhe doía os ossos.

Louis reprimiu o ímpeto de chorar bruscamente.

Harry tocou a pele fria de Louis com delicadeza, tirando sua blusa com lentidão e cuidado apenas para perder o fôlego com o que viu – ele se sentiu derrubado, destruído, como se estivesse caminhando com os pés na areia úmida e fofa e fosse atingido subitamente por uma onda forte e fria.

Seus olhos verdes arregalados desceram desde os hematomas em seu peitoral até os na área da costela, muitos deles, legítimas marcas dolorosas que provavelmente vieram seguidas pois se amontoavam umas nas outras, algumas áreas mais escuras e outras mais claras em uma bela pintura de caos contra a pele pálida que era a de Louis. E então, parou a atenção no brilho no mamilo direito de Louis.

Alguma coisa se retorceu dentro de si, Harry sentiu, além da agonia em ver alguém na qual se importava tanto derramando pesar em sua frente, algo como... lembranças? Era familiar, o corpo de Louis seminu em sua frente era familiar, como se viesse de um sonho, um conto de fadas onde ele era um ser pequeninho e quentinho, saudável e feliz, saltitante por ai enquanto espalhava alegria e prazer.

Harry engoliu em seco com aquela sensação estranha e constante em seu corpo.

Aquele piercing.

Ele o fitou e teve a certeza de que nunca mais iria esquecê-lo – até porque tinha a sensação de que já o tinha visto antes.

Louis abraçou seu próprio corpo, suas mãozinhas cobrindo o máximo que podia de seu tronco conforme arrepios visíveis percorriam sua pele e ele se encolhia em... não era vergonha, era algo mais profundo, mais doloroso, Harry podia ver em seus olhos azuis mas não conseguia identificar exatamente o que era.

Mas ele não gostara.

- Ei... – ele sussurrou, suas mãos abraçando o corpo pequeno sob os bracinhos que já o envolviam. Louis estremeceu bruscamente, se afastando em um susto conforme seus olhos fugiam dos de Harry.

O coração de Harry quebrou em mil pedaços. Louis havia recuado, se afastado de si como se seu toque fosse perigoso, como se ele pudesse machucá-lo, mesmo que fosse a ideia mais absurda do mundo para o maior, mas Louis deu passos para trás com receio.

Harry viu medo nos olhos azuis frágeis de Louis. E se sentiu um monstro, seu toque havia causado aquilo. Ele havia causado aquilo que queria evitar desde o começo.

Louis continuou mudo e seus olhos permaneceram em qualquer lugar menos em Harry, mesmo que o do mesmo estivesse focado em seu corpo pequeno, dor e sofrimento escorrendo das íris verdes – o que fazia Louis se sentir mais confiante ainda de sua decisão.

Ele entrou no box após deslizar suas calças pelas pernas, a cueca indo junto. Ele não se permitiu vergonha ou qualquer coisa do tipo, a vontade de lavar cada gota de angústia de seu corpo fora com água quente sendo maior que tudo naquele momento.

Tudo menos o sofrimento que o corpo de Harry exalava. Ofegante, seus suspiros saíam como lágrimas invisíveis, seu peito subindo e descendo tão rápido era a única indicação de que havia algo ali dentro, mesmo que fosse só o pulmão tentando achar ar para trazê-lo de volta à vida, pois seu coração já havia entrado em pane.

O registro foi ligado e conforme o vidro do box embaçava e o corpo de Louis sumia no vapor, Harry permaneceu ali, a dor o corroendo por dentro e exalando para fora. Ele não sabia o porquê, como, quando e onde tudo aquilo havia começado. Ele só sabia que Louis estava com medo dele, recusando seu toque e esquivando de seu olhar, que mais cedo ele estava de joelhos, entregue a si e agora, na sua frente, o tratava como ameaça, e para seu desespero maior, ele se sentia mais dependente ainda de Louis.

Harry se sentia péssimo, ele precisava de Louis mais do que imaginara, ele precisava de seu sorriso e precisava de seus olhos azuis vívidos como sempre. A noite estava perfeita, um sonho em potencial e de repente, tudo aquilo havia colidido e sucumbido à cinzas, tão rápido como uma flecha – a dor em seu peito sendo tão profunda quanto se tivesse atirado ou sido atingido, ciente de que se Louis fosse o alvo ele estaria em ruínas e que, de qualquer forma, se ele tivesse sido atingido pelo menor, a dor seria igualmente dilacerante.

Ele precisava fazer algo.

- Lou. – a voz trêmula, Harry murmurou, os dedos no vidro embaçado do box em uma tentativa inútil de diminuir a tensão que se alastrava no cômodo, ele precisava ver Louis, sentir Louis, acolher Louis, somente Louis.

A resposta não veio.

Talvez tivesse sido minutos, quem sabe horas, mas eventualmente, o registro foi desligado e a mãozinha de Louis escapou pelo box, alcançando uma toalha e a enrolando em seu corpo antes de sair junto com o vapor, seu peitoral meio molhado realçando ainda mais seus hematomas – não tão dolorosos quanto seu coração despedaçado, mas perto o suficiente para fazê-lo morder os lábios. E mais uma vez, ignorando o olhar intenso de Harry, ele abriu a porta e sumiu para o quarto, Harry em seu encalço. Ele queria esconder o inchado em seus olhos devido ao choro silencioso que escapou de seus lábios, mascarado pela água caindo constantemente contra o azulejo do chão do banheiro.

Aliviado, Louis fitou a pilha de roupas limpas que repousava na cama de Harry, provavelmente sendo pego por alguém para facilitar seu trabalho. Assim que ele havia se vestido por completo, a toalha no chão e o tênis deslizando pelos pés nus, ele se recusou a fitar os quatro rapazes presentes, mesmo que sentisse seus olhares pesando em si, e simplesmente saiu.

A voz de Harry soando em suas costas como um último pingo de esperança sendo expulso do peito de um passarinho amarelo no galho de uma árvore, a mira de uma espingarda focada em si, aguardando pelo momento certo para atirar e matar.

Harry era o passarinho amarelo e Louis segurava a espingarda, sem realmente querer fazer tal. O ato de puxar o gatilho era inevitável e tudo que lhe restava era espantar o passarinho antes que a bala seja disparada.

Era exatamente o que ele estava fazendo conforme se distanciava no corredor, a voz de Harry percorrendo atrás de seu corpo incessantemente conforme lágrimas grossas deixavam seus olhos e suas unhas iam de encontro com seus braços quase cicatrizados, arranhando-os fortemente.

Ele se sentia no inferno novamente ao que sangue escorria dos arranhões.

Mas...

Vai ver Louis nunca havia deixado o inferno e os últimos dias foram apenas ele sendo distraído por um anjo teimoso e curioso que ansiava ver as almas perdidas, brincando de salvá-las.

E Harry era esse anjo – e não havia salvação para Louis.

"Sempre temos nossas recaídas. Afinal, até o céu chora."

Clarice Lispector

oi oi vim cedo dessa vez né?

tem algumas coisas que eu quero pontuar antes da fanfiction continuar.

1. Durante cada letra de cada palavra de cada frase de cada parágrafo de cada capítulo até o final da fanfiction, lembrem-se de que o Louis é uma vítima de um relacionamento abusivo e conforme a história for desenvolvendo, vão compreender porque ele acha que a culpa é dele e porque ele acha que deve se afastar para não machucar seus amigos e mais, a pessoa que ele gosta, vulgo, Harry Styles.

2. Tentem compreender que a interação Larry de antes foi rápida e fraca e lhes pergunto, por que? Porque ambos estavam desesperados para suprir suas necessidades, como foi explicado antes, eles queriam preencher um vazio e não perceberam que preencher algo destinado à quebrar não é uma boa escolha.

3. As frases que aparecerão após os capítulos serão referentes à história e ajudarão em sua compreensão, assim como, a partir de agora, haverão os capítulos mais curtos, sim? Porém sempre acompanhados de capítulos maiores e tudo mais.

4. Estou tentando melhorar minha escrita e nada melhor que desenvolvê-la na parte mais crítica da história, aonde descreverei o que está se passando na mente de Harry e Louis, por isso, as cenas serão mais longas e descritivas, e quem sabe assim possa tornar a leitura de vocês mais prazerosa :)

5. Amo ocês

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