Simply Happens [H.S]

By gabriela231d

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Ela, uma menina ofuscada pelo próprio medo de se mostrar as pessoas. Sendo muito difícil conseguir desifrar... More

1°- Capítulo.
2°- capítulo.
3°- capítulo.
4°- capítulo
6°- capítulo
7°- capítulo
8°- capítulo
9°- capítulo
10°- capítulo
11°- capítulo.
12°- capítulo
14°- capítulo.
13°- capítulo.
15°- capítulo.
16°- capítulo
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18°- capítulo.
19- capítulo.
20°- capítulo.
21°- capítulo.
22°- capítulo.
23°- capítulo.
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25°- capítulo.
26°- capítulo.
27°- capítulo.
28°- capítulo.
29°- capítulo.
30°- capítulo.
31°- capítulo.
32°- capítulo.
33°- capítulo.
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37°- capítulo.
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40°- capítulo
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44°- capítulo.
45°- capítulo.
46°- capítulo.
47°- capítulo.
48°- capítulo
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50°- capítulo.
51°- capítulo.
52°- capítulo.
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67°- capítulo.
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73°- capítulo.
74°- capítulo.
75°- capítulo.
76°- capítulo.
77°- capítulo.
78°- capítulo.
79°- capítulo
Fim.
Agradecimentos e recadinhos.
Epílogo.
Wedding And Party ( capítulo bônus)

5° - capítulo

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By gabriela231d

Uma semana se passou dês do meu primeiro dia na nova escola. Mas não aconteceu nada demais desde então. Só descobri algumas coisas sobre a escola, os alunos e professores.

Emma virou uma grande e maluca amiga para Mary e eu. Ela está sempre com a gente, rindo de coisas banais que ela mesmo fala. Ela é divertida, humilde, generosa e tem uma espontânealidade de dar inveja, muito para alguém tão deprimente como eu.

Emma é exatamente como Mary, espontânea, divertida e linda, coisas que eu sou miserável. Eu realmente tento entender como elas conseguem ser assim, como consegue ser fácil para elas. Como é sentir que todos gostam de você e se sentir acolhida e confortável com as pessoas. Tudo que eu gostaria de saber e poder sentir, mas isso parece impossível.

Eu não consigo controlar muito bem os meus pensamentos. Mesmo que eu queira, eles são inevitavelmente levados sempre para as mesmas perguntas. Sempre. É impossível conseguir para-los. Os pensamentos sombrios e deprimentes sempre rodeiam minha cabeça, em todos os momentos possíveis. É atormentador, mas realmente inevitável.

Eu não posso dizer exatamente o que não me agrada em mim, é praticamente tudo. Não gosto do jeito que pareço sempre tão estranha. É como se tudo que eu tentasse fazer, esteja fazendo errado e estranho, como se aquilo fosse patético. Eu realmente não entendo, mas é apenas o que eu sinto. Não consigo realmente lidar com isso.

Durante a semana, fiquei encolhida no meu canto, apenas andando com Mary e Emma, ouvindo elas conversarem sobre tudo e todos. Apenas as ouvindo. Talvez seja por isso que eu saiba tanta coisa. Eu apenas observo as pessoas em silêncio, praticamente sendo invisível e talvez seja por isso que eu me sinta ainda mais deprimente. Não tenho algo realmente bom na minha vida que fico pateticamente observando as dos outros. Eu não entendo como pode ser tão simples para eles e tão difícil para mim.

Emma essa semana pôde ver isso. Ela viu de cara os meus problemas, viu de cara o quão deprimente consigo ser e as suas perguntas não foram novidade para mim. Eram sempre assim; por que você é tão quieta? Por que você está triste? O que você tem? Qual é o problema? E enfim. Eu apenas forçava um sorriso e dizia que estava tudo bem, e voltava me fechar. Mary talvez tenha explicado para ela a maldita garota deprimente que eu sou e talvez seja por isso que ela parou de me fazer tais perguntas mesmo que ainda me olhe curiosa, como se tentasse me entender. Tadinha dela, provavelmente vai morrer tentando. Como eu.

Tirando essas coisas já habituais para mim, eu soube de muitas coisas sobre os alunos e a escola. Praticamente idiotices que eu provavelmente não deveria estar dando bola, mas não posso ajudar já que fiz uma amiga praticamente popular. Emma parece saber de tudo que acontece naquela escola e não pude tapar meus ouvidos quando ela começou a contar os baphos, segundo ela.

A primeira coisa que ela disse, tão dramática que fez Mary e eu revirar os olhos juntas foi que era para o nosso próprio bem, não mexer ou irritar Stacy Maxwell.

Stacy é uma das meninas mais populares da escola, se não a mais. É líder da torcida do time de basquete da escola, em que Harry joga sendo o astro do time, junto com seus amigos, Zayn Malik, Niall Horan, Liam Payne, e seu melhor amigo Louis Tomlinson. Tem mais jogadores claro mas para Emma os relevantes são esses.

Ela disse que Stacy odeia qualquer menina que se aproxima de um deles, no caso, Harry Styles.

Stacy é louca por Harry dês do jardim de infância segundo Emma. Ela sempre trata Harry como uma propriedade, e não me surpreendeu quando ela disse que Harry não gosta disso, por mais que ele ainda tenha uma relação de " amizade" com ela. Eu realmente não consigo entender e nem quero. Somente acho muito desnecessário e cruel como Stacy tratou algumas meninas que Harry teve uma relação. Stacy é obviamente obsessiva mas eu realmente não entendo porque trata e insulta tanto as garotas que ele ficou. Isso é patético e ridículo.

Emma disse que uma vez, uma menina que até já saiu do colégio, ficou com Harry. Stacy descobriu e adivinha? Fez a vida da garota um inferno. Fez a menina passar a maior vergonha da vida dela, difamando e pondo apelidos horríveis na garota. Isso durou algumas semanas, depois a garota mudou de escola e nunca mais se viu ela. Emma disse que Stacy é muito possessiva, mas parece que Harry não dá muita atenção pra isso. Harry fica sempre com muitas garotas e nunca para com ninguém.

Clássico.

A minha opinião sobre isso?

Não sei muito bem o que pensar. Na verdade não tenho o que pensar. A garota é louca, possessiva e obcecada, por um cara que provavelmente nem deve ligar para ela e para o que ela sente.

Eu ouvi muitas coisas sobre Harry Styles na última semana, e posso dizer que nenhuma realmente foi agradável para mim. O cara é o típico Badboy da escola e eu realmente não gosto dessa expressão. Acho fodido a forma que fazem isso virar uma coisa boa. Bem, não posso julgar, somente não me agrada, e isso também não tem nada a ver com a minha vida.

Já tenho problemas demais comigo para dar bola para um cara assim. Não o conheço e é por isso que tento não julga-lo.

Emma continuou dizendo sobre uma rixa que existe entre o grupo de Harry e o grupo do Luke. Uma coisa bem ridícula para dizer a verdade.

Ela disse que isso apareceu depois de uma festa. Eles brigaram porque Luke gostava de uma garota mas ela preferiu Harry. Então eles brigaram entre eles, e desde então eles nunca mais se deram bem.

Mas isso é tudo que eu sei. Às coisas parecem mais agitadas nessa escola do que eu pensava, mas nada que eu tenha que me preocupar. Nada disso me envolve, nada disso parece maduro o suficiente para eu me importar ou me interessar. Porque caramba, somos adolescentes mas os compromissos estão aí, batendo na nossa porta a cada dia, e eu realmente não posso acreditar que eles sejam imaturos assim.

Eu me assusto quando meu celular toca encima da mesinha do computador em que eu estou tentando baixar um jogo. Me sinto entendiada, muito mesmo, por isso, tento fazer algo como isso. É um saco não ter nada pra fazer às vezes.

O nome do meu pai está destacado no ecrã do meu celular e o pego para atender.

                   Ligação on

- Oi?

- Bella? Tudo bem?

- Tudo bem. Por que?

- Nada. Apenas perguntei.

- Ah.

Meu pai nunca foi de me ligar para saber como eu estava ou enfim, de me ligar. Por isso, sabia que ele queria algo mais.

- Hm.. Okay. Eu tenho uma reunião que provavelmente vai demorar e eu vou voltar tarde, por isso queria regasse as flores do jardim para mim por favor. Essa é a melhor hora.

Meu pai está apaixonado nesse jardim.

- Tudo bem. Eu vou fazer isso agora.

- Obrigado, Bella.

                    Ligação off

Meu pai é mesmo muito cuidadoso quando se trata do seu jardim, mas não é nenhuma obrigação pra mim regar suas flores, eu gosto de fazer isso na verdade.

Me levanto e saio do quarto. Mary está dormindo no quarto dela quando eu passo. Pensei que ela iria querer sair pra algum lugar hoje porém sua boca entreaberta babando todo o travesseiro me diz que não.

Desço as escadas e saio. Pego na varanda o regador branco vendo que já está cheio dágua, e vou até o pequeno jardim e começo a regar as flores.

Elas estão lindas, como meu pai ama. Minha mãe não é muito disso mas também gosta de ter sempre cuidado com a aparência da casa, e o jardim faz parte dela. Ela gosta de manter tudo bonito e apresentável. Isso às vezes me irritada, mas não posso fazer nada se ela é tão vaidosa assim. Com tudo.

- São bonitas. - me assusto inevitavelmente quando ouço a voz rouca dele.

De Harry.

Me viro para encara-lo. Ele está sério, me olhando com tanta intensidade que me deixa desconfortável. Não acho que seja de propósito. Parece uma coisa dele.

Assim como os cabelos rebeldes ou as roupas sempre tão casuais mas que parecem casar perfeitamente com ele.  

É, ser bonito te dá muitos privilégios. Como por exemplo poder usar qualquer coisa sem medo de parecer ridículo.

Gostaria que fosse fácil assim pra mim também.

- Não quis te assustar. - ele diz quando eu não falo nada.

Engulo e desvio o olhar para nada em específico.

- Não me assustou.

- Você pareceu bem surpresa.

Quando olho novamente, ele parece estar tentando conter um sorriso. Não entendo como algo positivo.

- Não estava esperando por alguém.

Muito menos por você.

Quis dizer mas achei que isso resultaria em uma pergunta. Ele parece alguém curioso e eu não quero conversar.

Gostaria de saber porque ele está aqui, falando comigo na verdade.

Ele não diz nada e eu resolvo voltar minha atenção para o jardim. Tomo cuidado para pegar toda a extensão e não deixar de molhar nada, por mais de estar fazendo isso com um pouquinho mais de pressa.

- Você quem cuida?

Ouço seus passos quando ele se aproxima e eu quero perguntar por que ele não foi embora ainda. Sabia que ele estava aqui. Me sentia observada e isso não é algo comum pra mim.

- É.

Resolvo dar uma resposta curta. Assim evito ter que dar uma explicação maior e talvez o leve a perceber que ele pode cair fora.

Ele para ao meu lado e eu não preciso olhar pra ele pra me sentir pequena pra caralho.

Nunca me senti baixinha ou algo assim. Sempre pensei ter a altura mediana e adequada, mas perto dele me sinto como Mary talvez costuma se sentir. Talvez mais pelo jeito intimidador que ele parece.

Quando ergo o olhar, ele está me encarando diretamente. O verde do seus olhos quase tão fortes quanto o gramado todo. Me sinto vulnerável, por toda a intensidade, que parece apenas aumentar assim de perto, por isso, rapidamente desvio o olhar.

Acho que é a primeira vez que fizemos um contato visual relevante. Daqueles que você realmente consegue enxergar a pessoa e todas as coisas nela.

Não sou uma admiradora de contato visual. Acho uma ato muito intimidador. Não sei, mas me sinto exposta demais.

- São bem cuidadas. - ele comenta depois de segundos em silêncio extremamente desconfortáveis pra mim.

Eu ainda quero saber o porquê dele querer puxar papo comigo, já que a semana toda ele praticamente me ignorou. Não que eu estivesse querendo falar com ele, mas bem, somos vizinhos e nossas mães estão inseparáveis dês que chegamos.

- É.

- Seu pai também cuida delas não é? Eu vi ele mexendo nelas ontem a noite. Como se quisesse saber se elas estavam bem ou algo assim.

É bem a cara do meu pai mesmo.

Por isso percebo que deixo escapar um meio sorriso. Harry também percebe e sua curiosidade parece aumentar.

- Sabe, minha mãe também me faz regar as plantas dela, às vezes. 

Quando olho-o, ele está admirando o pequeno jardim e seus lábios estão pressionados em uma linha reta, deixando sua mandíbula destacada.

- Você não gosta? - não sei porque estou perguntando e muito menos porque estou olhando fixamente para sua mandíbula marcada. Muito marcada, céus.

- De regar? - ergo meu olhar para o seus olhos que estão em mim, e aceno fracamente com a cabeça. - Gosto, quer dizer, não é nada demais ajudar ela. - ele dá de ombros.

- Uhm. Verdade. - digo tirando meus olhos dele e decidindo que já está bom por hoje.

Me afasto dele e entro na varanda,  pondo o regador no lugar.

- Você não fala muito não é? - ele finalmente pergunta.

Parece algo que ele queria dizer há tempos e é algo que eu já esperava também.

Me aproximo do cercado de madeira em volta da varanda e dou de ombros. Harry continua no mesmo lugar.

- Não tenho muito o que falar.

Não sei exatamente se eu deveria continuar aqui e responder suas perguntas estranhas.

- Comigo?

- Sim. - me impeço de revirar os olhos mesmo que a vontade seja grande. - Por que você está falando comigo?

- Não sei. Acho que é normal pessoas conversarem com outras pessoas. Você não acha? - não consigo decidir se ele está sendo sarcástico ou não.

Porque simplesmente não dá tempo.

- Harry.

A loira chama, se aproximando de Harry, com os olhos presos em mim, fixamente.

Stacy Maxwell.

Conseguiria reconhecer ela mesmo se só a tivesse visto uma vez. Não tem como esquecer uma menina tão metida até na forma que anda. Ela é bonita, atraente e tudo mais, mas saber que não passa disso não me deixa nenhum pouco encantada.

- Oi. - Harry responde. Ela se aproxima dele e passa os braços pelo os ombros dele, depositando um beijo forte na bochecha.

Stacy me olha, ainda pendurada nele, me examinando como se tentasse encontrar algo de bom.

- Quem é ela?

- Ah, a Bella. Ela se mudou recentemente. Somos vizinhos agora.

Bella. O som do meu apelido soa bem melhor na sua voz rouca. Mas de onde vem essa intimidade? A maioria das pessoas que recém me conhecem me chamariam de Isabella.

- Ela mora nessa casa? - Stacy pergunta, olhando para a casa atrás de mim.

Qual é o problema de me fazer as perguntas? Eu estou aqui, bem na frente dela. Não que eu quisesse realmente falar diretamente com ela mas só acho desnecessário.

- É. - Harry responde me olhando.

Quando paro para pensar, não entendo porque ainda estou aqui. Eles estão me olhando e me sinto desconfortável com isso. A forma como eles parecem estar me estudando, como se eu tivesse algo errado. Bem, eu meio que estou acostumada com isso. Mas me sentia menos desconfortável quando era só ele.

Desvio o olhar, pra nenhum ponto específico, me mexendo desconfortavelmente. Tenho que entrar, antes que isso fica ainda mais estranho.

- Eu.. uhm.. eu vou entrar então. - digo um pouco atrapalhada.

Que caralho?

Nenhum deles diz nada e eu entro e fecho a porta. No mesmo momento ouço a risada esganiçada de Stacy e logo depois ela diz com todo o deboche do mundo:

- Meus Deus! Ela parece um robôzinho, que esquisita!

Fecho os olhos e engulo em seco.

Ignoro, ignoro, ignoro e ignoro. Não é que seja uma novidade para mim. Eu sei que sou estranha, sei que sou esquisita e realmente não preciso pensar tanto ou deixar isso me afetar tanto. Eu mal os conheço e realmente não preciso me importar com isso. Não quero saber se ela está rindo de mim, não quero saber se ele está rindo de mim, não quero saber se os dois estão rindo do quão patética consigo ser, mesmo que me machuque ou mesmo que vai ser tudo que vou fazer durante o resto do dia.

Obrigada por lerem!❤️❤️
Desculpa qualquer erro.

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